08 agosto 2011

aviso de compilação da obra

Prezados leitores/seguidores,

dedicarei o mês de agosto para compilar os quase 2 anos de obra escrita que possuo.

Publicarei esporadicamente aqui ou em meu perfil no Facebook,

Mantenham-se Luccados!

Abraços
Luiz
 
LUIZ CLÁUDIO P. BAPTISTA






01 agosto 2011

alegria

que eu possa expressar paz
que eu possa tentar, ao menos um dia
levar alegria
a quem tem, para que transborde

para que não discorde
e que comigo, sorria

que eu possa, uma vez mais
que eu possa irradiar, todo santo dia
levar alegria
a quem está sem
para que acorde

para que não se transtorne
e que com ele, tenha alegria

27 julho 2011

vencedor

a batalha não é fácil
não deixa de deixar seu legado
pulso arrastado, insistente

a vitória é consequência
malandragem ciência
curso determinado, resistente

a guerra está aí
não se permite permitir tréguas
léguas consumidas, evidentes

o vencedor é experiência
octanagem influência
mágoas digeridas, inconsequentes

25 julho 2011

A moça

é de verdade
é transcendental?
é flor de jasmim
é surreal?

a moça sorri
a moça abala
a moça aqui
me regala
o sentimento de admiração.

é novidade
é sensacional?
é flor da saudade
é magistral?

a moça paralisa
a moça desmonta
a moça, brisa
me apronta

com um furor de rebentação.
A beleza, plena.

xexm x7x6

em 76
alguma bagunça começou, devagar, e findou

em 76
afobados buscavam combinar diferenças e falharam
em 76
angústia bolinava consciências de espécies falsas
em 76
alertas burocráticos criticavam duas expressôes fortes

e as impediam de nascer, progredir, se expressar,
e as privavam de qualquer que fosse a tentativa

mas os estados permaneceram, e o tempo seguiu o seu curso, imperfeito e autêntico
mas os anseios prevaleceram, e o vento o levou além, indomável e imponente.

21 julho 2011

não sei fazer canção

PS: obrigado, Zeca Baleiro.
(citação - Tacape (Zeca Baleiro)

não sei fazer canção
que acolha, que seduza
sei fazer com que desperte
o lodo íntimo, a medusa

não sei fazer ninar a pequenina em ti
em sóis, sem dós, nem lá ou aqui
sei fazer com que se indefina
sua escolha, sua adrenalina por mim

sei fazer com que se exprima
sua falha, sua navalha em mim

o que eu sei
eu converto em guia
o que direi?
a solidão, a melodia


tampouco sei cantar canção
que enfeite, que suba à raia
sei fazer com que se extraia
o azeite extra louco do coração

não sei gerenciar a independente em ti
sem véus, sem cós, nem fado ou algo assim
sei fazer com que se reinvente
sua coral verdadeira, seu veneno jasmim

sei fazer com que se arrebente
sua bolha, sua pena por mim

ninguém disse que seria fácil

a mais bela
falta de personalidade
reluzente estrela
a trincar, explosiva

a colorida tela
de tons irritantes
curta viela
sons repelentes, agressiva

ninguém me disse
que sequer ouvisse
não será fácil
não, não será


a mais dura
sobra de bestialidade
avarenta, escura
a brotar, corrosiva

à semelhança dela
miltons divergentes
escuta paralela
fins aparentes, restritiva

18 julho 2011

rara

tão rara
doce, e mara vilhosa

tão cara
fosse menos geniosa

tão rara
ingênua e para normal

tão séria
fosse menos temporal

tão etérea
fosse menos convencional

fosse rara pessoa transcendental.

17 julho 2011

cirque du solo él

malabarista! pega com carinho as curvas sinuosas da vida,
e te equilibra, frágil, enquanto puderes!

domador! afeta com atitude as ondas indomadas da vida,
e te posiciona, altivo, enquanto aguentares!

mágico! ergue a varinha de condão defronte as não-solucionáveis,
inacreditáveis visões, e te suspende no ar, impávido, enquanto viveres...

homem barbado,
mulher bala,
não sei o que lhes pedir.
Vivam a realidade.
Vivam, vivam, sem vaidade.
Vivam a verdade.

aurora candanga

bem que a radioatividade alheia tentou mascarar
perverter, como fosse algo ruim

bem que a superficialidade feia tentou balançar
abater, como fosse algo fútil

bem que há sempre simpatia nos recantos do Behr
um prato feito de poesia para quem queira

bem que há sempre alegria da boa nos bairros distantes
um aviãopássaromulher pleno de boa histeria para Brasília inteira

dona maria project

não desiste nunca
do que é possível planejar
se dedica como se fosse o instante último

não a esquece
mesmo que nunca a tenha conhecido
se expressa como se fosse a única palavra

é um projeto de vida
do que é possível amar extraordinariamente
com defeitos, com efeitos nobres a contento

é um ponto de chegada
a partida do pleno desafio da vida
se explica como se fosse o maior amor

platônico.

12 julho 2011

aprendizado

que os tijolos floresçam
que as indulgências sejam alcançadas em sua graça
que os bicudos se beijem
que as inteligências sejam somadas

que o perdão prevaleça
que os cuidados sejam preservados
que o irmão aconteça
que os excluídos sejam citados

que as tentativas surjam
que sejam cogitadas
que as mãos não se interfiram
sejam juntadas

que o fim recomece enfim
que seja satisfatório
que o mundo seja sim
um livre parlatório

09 julho 2011

terceiro fio

a bomba pode ou não explodir
não estou nem
reagir, prefiro ficar sem

azul ou vermelho
tanto faz
teremos roxo, azul, lilás

contemplação de um novo momento,
contemplação do vento que me sopra

não (re)agir, eis minha quota.

dinamite pura

é mais que C4,
é a nona escala
11 na Richter
Einstein na bala

é supernitroglicerinada
mega pura
força delicada
pele rosada, escura
reluta, lanha e se relaxa.

beleza, paciência?

Nenhum compromisso futuro,
beleza?
Paciëncia!
Qualquer semelhança passada não será!

Nenhuma destinatária presente
Paciência?
Quaisquer mercenárias videntes
logo virão, impacientes...
Beleza!

o rito

segue o rito
enforcado, encardido

segue o rito
estornado, dividido

o conflito

segue aflita
abalada, destruída

segue e grita
esfolada, repelida

nega o dito
nega o rito

folgou,manchou
será restrito
bastou, quebrou
está finito

cego, o rito
cego, o rito

novelo

faço nexo todos os dias
lanço vias como flechas

entristeço, tranço madeixas às vezes
teço luxo noites a fio

fixo neuras todas as vezes
endereço flores, nas guias

trago gueixas à prazo
toco zona dias a rodo

prossigo.

fito elas todos os lances
levo garbos como fluxos

embeveço, expando rodeios por segundo
fecho a conta, me compadeço.

contigo.

de outra vez, quem sabe?

se posso te observar
agora só notarei se posso...

te observar
por ora é o que consigo
se te chamo a atenção
me verás de outra forma?

agora só admirarei

se devo...te desejar um pouco
por ora é o que realmente quero

se te clamo o coração
me sorrirás na mesma pequena forma?

07 julho 2011

água dura s/a

água dura
tanto invade
até que, impura

me combate, me pendura

água dura
tanto arde

até que cura
me inverte, me esmurra

água dura da paixão
tanto invade quanto empurra
minha ação junto à tua.

01 julho 2011

o que não aconteceu?

o que não aconteceu?
pergunto eu

fui, apenas...
o que não posso fazer
é querer que alguém compreenda

o que não sucedeu?
reflito ao breu

fel, apenas...
o que não posso querer
é fazer com que alguém entenda

30 junho 2011

Ela:Volátil

por algumas horas
seu corpo é só meu,
nem todas as tuas curvas...

Por algumas horas
seu cheiro é só meu
nem todos os teus perfumes...

Por algumas horas
teus sexos me pertencem
mas não teu coração.

27 junho 2011

ruído ruína revanche

teu prato frio está na prova
tua lua nova já está minguada
mas não é nada, nada, nada
é puro engano

tua franqueza está na lona
tua rua escura já está pintada
esmigalhada, intimada
regalo insano

ruído ruina revanche
sem a nova chance reconsiderada
trincado, de pé
pinçado por nada

ruído ruína revanche
sem um novo ponto a resolver
desarmado, até
levado a você

linha de posse

é tão claro o teu jogo
tão na cara o teu fogo
inimigo

é tão óbvia a tua face
tão ingênuo o teu disfarce
antigo

a tua linha
de posse
sob meu espaço aéreo


é tão raro o teu apego
tão na cara o desassossego
me intrigo

é tão óbvia a tua ação
tão ingênuo coração
perigo...


a tua linha
de posse
sob meu espaço aéreo

24 junho 2011

na sua

cada um, cada um
não importa o que se é
e sim o que parece
estar
na sua

cada uma, cada uma
não importa quem ela é
e sim a que parece
estar
na rua

assim, comigo.

16 junho 2011

parece

parece que acabou
que nada!
acabou de se iniciar
aqui em frente da gente
o mais belo "Era uma vez.."

parece que findou
o que é isso!
é breve o começar
aqui dentro é reluzente
o "conte-nos outra vez"...

13 junho 2011

desejo do encontro

é sincera a vontade
é vera, é felicidade nas entrelinhas

é espera, à tarde, é quimera
eletricidade nas alíneas do nosso contrato informal

o desejo do encontro é tanto
e tão casual

o desejo do encanto, em prantos
é tão usual
de nós dois

11 junho 2011

pé na mágoa

Ela se lembrava daquele pé na bunda que aplicou no cara -
impossível se esquecer disso...


mas é obrigação do dia, sorrir plasticamente... é devoção da noite esfregar-se freneticamente,
mesmo que com alguém que nada, nada represente.

é só uma foda nova, nada mais.
não a renova, só desova, brutal, em estranhas entranhas,
elas dele, eus dela, que não vingarão...

Ele tentava se esquecer do episódio-traste, marcante que nem fardo que tem de ser levado,
e que parece não querer flutuar pra outro lugar, como deveria/poderia.

Mas é congestionamento da noite servir-se como latin lover amantemente,
é bom tom da manhã seguinte espreguiçar-se forçosamente com um travesseiro,
de sempre companheiro,  e que babas infindas coleciona.

só uma revista velha, nada mais.
não o inova, e só prova, em dedicados neurônios,
que leros de outono, passam a esmo,
e não florirão, jamais.

dual

a mão se estende, mas se fecha no meio do caminho
o coração se desprende, mas se fere no meio de espinhos
o amor se encaixa, mas se expulsa no meio da história

a face brinca, mas se enfurece no meio da decisão
a cor se multiplica, mas não se explica em meio à confusão
o ardor se amplifica, mas se arredia de forma inglória

nada disso é miragem habitual
ou parte de um plano!

nada disso é duro sinal
é apenas dual do cotidiano...

nada disso é artificial
é apenas visceral de um imperfeito ser humano.

direitos e sinistros

somos pelo direito!
livrai-nos dos sinistros...

se nisto formos,
esqueceremos do senso benéfico,
por caminhos viciosos, tortos

leva-nos, imperfeita, a vida,
por lados opostos que vão-se encontrar, enfim,

a fim de ter um final,
a fim de ter sinal, que endireite os dois lados.

08 junho 2011

a prosa

a prosa
à prazo
é um arraso

a tosa,
em todo o caso
é acaso redundante

a prosa
à toa
é um alívio

a pose,
na boa,

é um atraso excitante.

02 junho 2011

estática

olhares teatrais, perdidos
falta de gestos, mal-entendidos

não precisas fazer mais isso
de tua frieza já basta a prática
não precisas mais de meu suplício
cuida da sua, estática

atores iniciais, escolados
amargos à gosto, mal-ruminados

não precisas fazer mais isso
de tua frieza já basta a prática

não precisas mais de meu suplício
cuida da sua, estática

não quero que percas a razão
não quero que esqueças o sentido
só espero que lembres um pouco, ou não
de meus gestos contidos

01 junho 2011

N2

são tantas vias
quadriláteras
quase frias
não-adúlteras

são tantos fios
subterrâneos
quase rios
não-alagados

são tantas etnias
miscelâneas
quase pares
não-alinhados

31 maio 2011

ano das namoradas

me sobrou um dia para tentar algo com ela
já que em todos os outros, ela domina o cenário e me elimina, dos seus

me afastei um ano para provar algo pra mim mesmo
já que no teu dia maior, eu patino, patético
me contamino, sem porquê

quero que sejas feliz
quero que sejas enfim, verdadeira
espero que não fiques por um triz
refém da hora traiçoeira

quero que sejas, ao fim
uma mulher inteira
se viste tuas metades deslocadas
sejam agora força primeira

quero que estejas a fim
quero que creias no fim, és pioneira
espero que venças nos bis
prevejas uma nova vida, não-costumeira

30 maio 2011

capaz

capaz de aguentar, de suportar isso?
capaz de expressar, de se animar para o início?
não creio que eu esteja...

não alardeio a quem almeja se colocar como protagonista
não freio quem quer que seja...
não rodeio a quem deseja se colocar como uma turista
desde que me conduza ao paraíso.

28 maio 2011

liga

funciona, contigo
tua liga
nossa amargarida
nossas subidas e descidas

funciono, contigo
meu umbigo
meu novocastigo
nossos chamegos e perigos

trabalhamos, esbaforidos
suplicamos, embevecidos
exauridos, adormecemos....

25 maio 2011

a sede

a sede nunca cede
não me impede
me concede
nova chance

a sede nunca pede
não interfere
me diverte
novo canto

sigo em frente
vou na mente
decidido

digo, crente
vou demente
ardido

20 maio 2011

Justo

é uma troca
é irresponsabilidade
é suor justo
é insanidade

a todo custo

é uma broca
é velocidade
é labor justo
é fertilidade

de alto custo

é uma droga
é intensidade
é favor justo
é cumplicidade

a todo custo

é uma mágica
é felicidade
é amor fanho
é nosso desejo

de alto ganho


então se esforce
arrume a minha vida
antes que a tua se destroce
lentamente comigo


então se destroce
banguce a nossa vida
antes que a minha se esboce

breve perigo

19 maio 2011

urukabazica

bazuca
bulica fora de controle
caduca, me faz perder o fôlego

um desejo ruim de alguém
transcende tempo e espaço
me causa um descompasso,

me faz refém,
de uma não-identificada.

18 maio 2011

paredes

entre nós
intransponível,indestrutível lente

atados nós
volátil, imperceptível mente

entre pós
invisível, inegável sede

retardos, sós
portáteis, indiscutíveis

frios, como paredes.

17 maio 2011

amassado

já tinha acordado, corrido, suado,

estava todo pregado...

já tinha ralado, rolado e tentado

estava todo ensopado



entendo teu enfado,

teu lance furado

estava tudo acertado!



só não precisava ficar mamado

sair voado e deixar meu carro

amassado!



só não precisa olhar pro lado

sair sem ser notado, tirar um sarro

e deixar o lance inacabado.

13 maio 2011

eu prometo

Eu prometo
não te comparar com as outras
não te dar novas velhas roupas

não te levar pra sair,
se podemos gastar o tempo juntos

Eu prometo
não te entreter com meus poemas
não te sufocar com meus dilemas

não te perseguir,
se podemos nos caçar a 2

Eu prometo
não prometer
só cumprir o meu papel

Eu prometo
não te capacitar a ser nada
não te abandonar na estrada

não te iludir,
se podemos nos ferir não muito longe daqui

Eu prometo
não te derreter com meus problemas
não te esquecer entre meus fonemas

não te implodir,
se podemos explodir de amor sem esforço

Eu prometo
ser teu borracho
se fores meu pão de mel

Eu prometo
ser teu ogro
se fores minha Rapunzel

eu prometo delicadeza, se impuseres à mesa a tua atitude
eu prometo a gentileza, se formares a tua virtude de mulher
eu prometo não alimentar tristeza, se semeares alegria
eu prometo não me abster, se nos jurarmos todo dia

se nos amarmos em sintonia
se nos olharmos sem apatia
se formos para nós
um só pelos 2

academia da espera

uma série infindável de tropeços
um novo reforço nas dores de cotovelo

uma correria sem motivo, sem esquecer da malhação em público

outra sequência interminável de julgamentos em suspenso
ora erguida para todas as direções como fosse supino de suposição

segue num ritmo descompassado, porém resistente

pondo à prova a possibilidade maior de inexistir uma nova dupla dançarina.

sorte ou não

você considera que ter sorte ou não vale pouco
você espera que ter sorte ou pão seja mais
que a vida que te amassa
...
você em guerra, forte ou não
supera lotes que alguém te libera em vão

você emperra, sorte ou não
você primavera, inverno ou verão
muda a estação, reconsidera

você riviera, lounge ou gabão
pula a privação, acerta e erra
azar temporão.

se

se levar embora um pouco da tua sede
te dizer que é tão intrigante

vai fazer diferença?
vai marcar presença?

se digitar sentimentos de atração, bem querer e clemência
te dizer que é missão especial a embalar

vai ser complicado?
vai compreender?

se tomar um pouco da tua tarde
te dizer que você é uma mulher tão diferente

vai fazer efeito?
vai surtir o desejo?

se digitar palavras de admiração, amor e carinho
te dizer que você é um caminho a percorrer

vai ser delicado?
vai te dar prazer?

já está digitado, então, o meu querer por você.
já está colocado, então, o meu dizer pra você.

horas horas

tem hora que não sei
te esculacho ou agradeço
sigo como capacho ou adereço
...dos teus caprichos

tem hora que não dá
te repasso ou te esqueço
algo como compasso ou falta de apreço
com meus cuidados

tem hora que não posso
te avanço ou te retrocedo
fosse como ranço ou sobra de medo
com minhas paixões

tem hora que não passa
te alcança ou te cede a outros
fosse como banzo ou lombra do enredo:
"as tuas negações".

cisma

 o sensor, a percepção pura
a censura dos meus atos por mim mesmo
o ator, a pessoa, cara dura
...a ruptura dos meus princípios por ela

cisma, decepção
iludidos
sofisma, desilusão
interferidos

o amor, a emoção pura
a aventura dos meus neurônios dentro de mim
o temor, a pessoa, peça obscura
a desestrutura das minhas crenças por ela

cisma, senão
histéricos
sofisma, destruição
maquiavélicos

09 maio 2011

peão

chega de ser escolhido
é hora de ter

chega de ser preterido
é hora de acontecer

rodo feito peão
em preto e branco
despenco, travanco
longe de tua visão

chega de ser destratado
é hora de ganhar
chega de ser escanteado
como jogo de amar

balanço feito peão
pelo flanco
quase me estanco
louco por teu coração

08 maio 2011

quando


quando você berrou, alguém te acudiu
quando você errou, alguém te abriu
os olhos
...
quando você chamou, alguém curtiu
suas palavras

quando você vingou, alguém previu
suas vitórias
[e algumas derrotas também]

quando você virou pai, ou deu à luz
o orgulho de ser filho voltou aos braços de quem te gerou.

06 maio 2011

formulacro

entro, rodo o programa
invento o que não existirá
avento o que não sucederá
e minto

sigo, seduzo a platéia
exponho o que não vingará
proponho o que não mudará
não sinto

termino, expulso-me do ambiente
apanho o que não florescerá
estranho o que desaparecerá
por instinto

05 maio 2011

trinta e ciclos

as reviravoltas são parte do jogo
o jogo é parte do lidar

saber lidar, é para quem pode
para quem tem finesse, classe, maison du charm

as estripulias são toda a ação
o tempo extra é parte do "retomar o fôlego"

saber conduzir a vida, é para quem quer
para quem tem garra, raça, know how.

vastidão

o mundo e suas posses,
como fascinam a mim;

o mundo e suas poses,
como soam facínoras!

como destoam, desafinam!

nessa vastidão, poucas palavras
nessa tensão, porcas destravas

confusão...

container

entre paredes de metal frio,
tenta pulsar o teu coração

entre palavras duras de indiferença,
tento entender tua menção.

parece doença
mas não!
é a ciência da repulsa,
a dança da solidão.

02 maio 2011

só comigo

quero estar só comigo, assim me deixo levar
pelo som que emito
pelo louco grito

quero estar só comigo, assim me permito andar
pela luz que transito
pelo pouco infinito

quero ficar
só comigo, amar
quero tentar

só contigo
só comigo
quero estar

quero voar só comigo, assim me deixo levar
pela dor que digito
pelo rouco rito

quero brincar só comigo, assim me permito flutuar
pela cor que reflito
pelo muito particular

01 maio 2011

o saldo

(inspirado por "Balanço das Horas" - Max de Castro)

eu amo hoje,
ou eu deixo pra amanhã?
aguardo o sinal do "quando",
e vejo o saldo...

as trocas poderiam ser bem mais positivas
um "ganha, ganha"
sem picuinhas
sem desentendimentos

as pontes poderiam ser bem mais sólidas
um "riso, riso"
sem ladainhas
sem enforcamentos

declaro hoje
ou eu faço amanhã?
aguardo o final do "enquanto"
e vejo o saldo...

os olhares poderiam ser bem mais diretos
um "veja, veja"
sem machadinhas
sem contratempos

as ações podem ser mais efetivas
um "ouse, ouse"
sem espinhas
sem perda alguma de tempo

o dia

tem dias que não quero
noutros, espero
você

tem dias que não acho
noutro, esculacham
comigo

mas o dia
há de chegar

o dia,
será!

tem noites que não vejo
noutras, prevejo
você

tem noites que não caso
noutras, ocasos, amigos

mas o dia
há de vingar

o dia,
prevalecerá!

quanto trabalho em vão
discurso sem nexo
quanto esforço, torsão
tudo tão desconexo

vale mais

vale mais


satisfazer que ser enrolado
entreter que ser ignorado

dividir que ser dimunuído
acudir que ser esquecido


vale mais tentar viver
vale mais

representar que ser teatralizado
revirar que ser revirado
propor que ser engomado
calor que ser acuado

vale mais tentar esquecer
vale mais

aguentar do que ser tolerado
declamar do que ser silenciado
crescer que ser achatado

vale mais crescer
vale mais

29 abril 2011

agora!

sim

sou otimista convicto
relator das transições
transeunte da satisfação

sim
sou "terra à vista" compacto
inventor das invenções
tendente à ebulição

Agora!
não há tempo que me sobre
Agora!
não há sobra que me cobre

sim

sou teu passista blueseiro
redentor das emoções
transcendente do chão

sim
sou teu artista rasteiro
tradutor das intenções
ardente, sem direção

25 abril 2011

estranho

isso é tão
então
sim ou não

estranho

me pira a cabeça
me deixa de pernas trocando


nada é tão
em vão
sim e não

estranho


me vira a consciência
me deixa de asas voando

quando decidi dizer a ela que a desejo


Não sei ao certo o impacto que isso vai te causar.

Mas decidi te dizer que eu tenho tentado chamar tua atenção, dentro do pequeno espaço de convivência que temos, de forma que fosse direto e discreto.


Talvez por ser como sou, a discrição fosse palavra alheia, mas não é.


Condição mais que necessária para que as ações diárias sejam devidamente encaminhadas e resolvidas, se podem assim ser resolvidas.


A objetividade nunca foi característica forte em mim, e por isso, sempre é hora de pô-la em prática.

Afinal, por gostar de você, muitas coisas podem começar a fazer sentido. As nuances e as concretudes se moldam de um  jeito estranho, mas perfazem um sentimento que existe, e que continuará discretamente, em seu domínio de origem.

Tenho respeito e admiração por você,

Desejo que a felicidade se concretize em seus atos,
em sua beleza e na forma de ser, perfeita como Deus a criou,
e imprecisa pelas condições alheias à sua vontade.

don´t

já não me importa mais!

sou uma porta de 1976
que aprendeu a andar autônoma, pelo mundo de meu Deus,
e dos vários demônios que me rondam

já não pode reverter o ciclo
o vício superou todas as virtudes em si
o preço é o que se deve pagar
e estará pronta para as dívidas

resolveu ser ecoamiga essa porta!
já está em fase de reciclagem
já se encontrará com sua essência

resolveu não comprar briga com quem não se dá conta
já está pronta pra dizer até logo
e seguir rindo, boba
até se afeiçoar de outra fechadura
que a leve a luzes desconhecidas.

estados solitários unidos

estado, sentido / um novo solitário perdido
amargo, destino / um louco planetário rendido

a solidão cobra, pune, sobra comigo...
Que tal uma volta?

nos estados solitários unidos de nossas vidas
de nosso abrigo

solitário, rendido, um novo estado dolorido
amargo, destino, um louco planetário sentido

a decisão cobra, zune, obra contigo
Que tal uma escolta?
dos estados solitários unidos de nossas almas

do nosso si, consigo.

de coração, em 1º de abril

não sinto tua falta, não quero saber onde moras!
não me interessa o que fazes, o que cobras...de mim

admito que gosto da atitude que demonstras
espero que não mudes e que dê de ombros, não acho ruim!

não presto atenção nos teus gestos
não me prendo às tuas cenas, não me entrego!

não ando quieto pela rua
não duvido da bondade serena, te renego!

não presto atenção nos teus sinais
não me levo pelos canais, não me contradigo!

não escrevo cartas de amor pela rede
não transpiro pela sede, te consigo...

rachão

estou pra marcar seus passos,
fazer um golaço de placa


tua marcação mulher a homem

é uma zona


é uma afronta!
um rachão em meu sentimento...

não tem fair play

mas pode ter love play...

depende de você, artilheira...

as lições

é breve a vida
as lições, infinitas

é leve a vida
as pressões, insuportáveis

é louca a vida
as condições, insustentáveis

é pouca a vida
as relações, eternizáveis

tremor

já tenho o não
tremor, então

...já tenho meu senão
entrego
temor, tufão

já vejo o não
torpor, tensão

já tenho meu jargão
estrago
calor em vão

beijo

o beijo da traição
da mentira,
da escuridão
...
o beijo da insegurança
da impostura
da invenção

saem todos de você
em outras direções

saem todos de mim
sem nenhuma intenção
que não sejam pra ti.

curiosidade

você sabia!
sempre soube...

...sempre coube na tua forma de ser
o interesse, puro
o jogo, não-declarado...

você sabia
sempre soube disso!

qual carta jogar
as minhas não-resistências

a sua insistência no relaxar
a sua saliência a me encantar.

a sua presença.

28 março 2011

"RECESSO TEMPORÁRIO" - postagens de abril em pausa

prezados e prezadas seguidores do blog,
por motivos relacionados com a compilação da obra deste blog (2009 a 2011/março)
e a consequente organização de arquivos feitos por mim,

não postarei nada no blog até o feriado de Semana Santa,
mas continuarei produzindo "offline"

Contatos,
mondolucca@gmail.com
@luccamusic

Abraços
Luiz Cláudio
Mondo Lucca

27 março 2011

pérolas aos pródigos

queria ser o pródigo
chutar o pau da barraca
voltar com cara de babaca
rindo em código


queria ser o próximo
a cavar intriga
sair bem na briga
e me sentir o máximo


queria não ser pândego
murmurar como fosse nada
ganhar entrada
para o paraíso
do louco

queria ser tão trôpego
derrubar esquinas,
dar minhas risadas
parar com isso
um pouco

26 março 2011

o medo que encoraja

o medo que encoraja
é tudo o que falta
para dominar o que se mostra impassível

o humor que desanda
é tudo que exalta
para fisgar o que está irredutível

tua sedução me toma
à tua ambição se somam
as evidências.

Nosso desinteresse em par,
é tão interessante...

25 março 2011

terra do sempre

me reconforto em saber
que existe saída
que ocorre probabilidade
que há algo que me leva adiante

tenho orgulho contido
modéstia zero por vezes
sem conta


vivo na escola dos espertos
de coração pronto
pra nosso instante, eterno
moro na terra do sempre
de braços abertos
pra teu horizonte

24 março 2011

oh doutoras

oh doutoras
oh doutoras

essa urgência me aproxima de amar alguém de verdade
sei que, nessa idade, o que não se retém se vai

pras cucuias

oh doutoras
oh senhoras!

essas velocidades me animam a buscar a pessoa de integridade
sei que, nessa minha bondade, o que convém não permanece

pra sempre...

Seal Falou

In a sky full of people only some want to fly, Isn't that crazy?

Em um céu pleno de gente, somente poucos querem voar,
Não é uma loucura?

(citação "Crazy", Seal)

condição

reclamam,
sou imperfeito como todos
sou medroso
como você

alertam
sou sem jeito contigo
sou estranho
como você

mas és estranha comigo!

não posso tê-la, amigos...
não posso vê-la!

A que condição me submetes!

A intimidade se intromete
desde quando permitida

se, do ponto de partida,
nos intrometemos,
é caminho sem volta.

21 março 2011

umrelativo

quando o começo findar
e nossa história, for assim
umrelativo

o particípio, passar
imperativo impuser seu fim
indefinido

lembra que não ficarei
serei muito menos mau
tão instintivo

lembra que te esculpirei
darei o meu toque astral
umprimitivo

quando o percurso forçar
e o declínio apontar assim
definitivo

o negativo moldar
e o avesso afirmar seu sim
tão punitivo

lembra que esquecerei
farei contos de cristal, alternativo
lembra que te levarei
verei o melhor final,
umcoletivodedois

na esbórnia

não tem jeito,
vou pra esbórnia
que lá tem perfeito engano
que lá tem perfeito pano pra paisagem dolorida que recebo

não tem solução
vou pra farra
que lá não tem marra
não tem senão

na esbórnia me reconheço
me encho e me despeço
da vida feita em não

não esbórnia me engradeço
me preencho e me aqueço
na coletiva solidão

20 março 2011

jardim das dores

não brotam begônias, nem surgem jasmins
só causa insônia, o belo jardim
das dores

não se plantam lírios, nem mesmo as rosas
não vingam os cravos, nem mesmo as prosas
que levo, do jardim
das dores

das cores,
sem fim
amores,
no fim
só dores,
do jardim

dolor, sí, hay
Pero su amor
pronto tendrá su final

homens, que não sabem

(sob música de Chico César - Mulher, eu sei)

Não sei como chegar
Ao coração de uma mulher

Já fui, 
mulher
não sei

O coração de uma mulher
é mistério noturno
asa de anjo soturno

O coração de uma mulher
armadilha de enxame
sentimento infame

Não sei como chegar
Ao coração de uma mulher

Já fui, 
mulher
não sei

O coração de uma mulher
fortaleza de aço
penetrante estilhaço

O coração de uma mulher
ao alcance da pele
some, nem que se apele

peso das coisas

não está no teu olhar
nem em teus ombros
está em teu portar
sobre meus escombros

o peso das coisas

não está no teu ser
nem em tuas rendas
está em teu poder
sobre minhas fendas

o peso das coisas

não está no teu agir
nem em teus atos desmedidos
está, está por vir
sob meu coração demolido

o peso da moça, que disse não, sem dizer.

nenhuma intenção

o que você deseja
com nenhuma intenção?

o que tanto pragueja
sua dissimulação?

tão cínica...

o que você planeja
com a melhor das intenções?
o que, ao fim, almeja
entre insinuações
tão óbvias e clínicas

Seu jogo fere
não desespere, vou sair de tua mira

Seu ódio ferve
não atropele, vou fugir de tua ira

never syndrome

preciso lidar melhor com esse efeito
colateral, imperfeito, até fatal
preciso tentar ser mais indigesto
imperial, desonesto, até cruel

quem sabe assim o nunca vira agora
o jamais será hora
da virada?

preciso olhar menos para as sedutoras
inocentes, traidoras, até imortais
preciso tentar ser menos compassivo
maternal, assertivo, um lobo bom

quem sabe assim o muro vira amasso
o murro será abraço
de paixão?

16 março 2011

certa coisa

PS: releitura de "Certas Coisas", do Lulu Santos.


O som do silêncio
A luz da escuridão
és mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...


Silenciosamente te falo com paixão
Silenciosamente te sigo com devoção

Por te amar calado,
Sou medo e desejo,
Por te desejar, amada
Sou febre e arpejo
de noite enluarada

certa coisa não sei dizer...
certa coisa que só, sei viver...

Uma (1a)

o relance já diz
é, vale a pena!
mas o dia a dia não condiz,
revela outra cena...

a primeira vez
eis a pequena
no entanto, só há aridez
drama de cinema!

no teu canto, só desfaçatez
pane de quarentena

no meu manto, só pequenez
pose de poema

divina encomenda

vou buscar em outra esquina
bombas de alegria
quindões de ternura

doçura eterna nas palmas...

de lampejos, não vivo
me divido, desse jeito

vou buscar em outra forneria
calor de calmaria
grande porção de candura

alvura plena da alma...

às trovejadas, não resisto
me comprimo, sem efeito

vou sondar em outra colina
azulões de magia
portões de felicidade

tontura louca d´alguma mulher.

15 março 2011

bicampeonato

duas vitórias
   ter nascido e não ter perecido
duas rotas 
   ter convencido e não ter parecido.
duas violências - ter conhecido e ter vivido o amor.

zebras

tento alcançar o teu olhar pelo retrovisor,
apesar de ter te mirado por algum tempo

o silêncio alimenta teu mistério
e me retira a seriedade própria

é um ópio esse sentimento
estou que não me entendo
entendo que não sou

nada.

tu, mulher, és MUITO,
és A.

14 março 2011

forasteiro

ama, ama até demais
ama o mundo ligeiro
serás assim forasteiro
se não o sentires, primeiro

inflama, inflama por demais
ardor por toda parte, ó estrangeiro!
serás o novo baluarte
se não a amares, por inteiro

miopia do approach

não é correta
fora de tempo
totalmente incerta

mas me magnetiza
me embevece
me atrai

tento achar o foco
fora de ti

e não consigo.

12 março 2011

o seu?

quanto custa amar?
um céu, o pesar
e o que mais?
rosários
outros contos, vigários

vai ver nada custa
ou, talvez
custe cada segundo
eterna espera, eterno investimento

então...

monumentalmente
acidentalmente
inocentemente, até!
sofregamos à busca

naufragamos sem tormentas
atracamos sem poentes
deliramos em dormência
absolutamente, transcendemos...

alardeamos o intangível
massacramo-nos em detalhes
oníricos loucos
razoáveis poucos, do amor.

o sonho, realidade

que a fase seja fato
que o quase seja ato
que se mova

que a crase não se acanhe
que a chave não se arranhe
que se cravem

que o sonho seja realidade
que o medonho perca crueldade

que se alegre

que a dor seja nada
que a flor seja fadas
que se eleve

que o amor se apaixone
que o pendor revolucione
que seja leve

pronto

fretta il tuo passo
regola il modo
per raggiungere


fare
non perdere

solo godere
la tua occasione
saper perdere

solo godere
la tua vittoria
solo, solo conoscendo


PS: graças ao Google Tradutor.

apressa seu passo
ajusta sua forma
para conseguir

fazer
não se perder

apenas aproveitar
a tua chance
saber perder

apenas aproveitar
a tua vitória
somente, somente saber

11 março 2011

grato

me alegro em ver você sorrir,
em estar simplesmente desalinhada
e linda, sempre

me alegro em fazer
pequena parte do teu mundo mínimo
me alegro  mesmo que não te alegres tanto,
porque tento sentir teu canto, teu viver

porque a quero tanto,
tanto, tanto...
e não racionalizo
só te visualizo,
sem quebrantos, crises ou prantos

só te cristalizo
sem cantos, rebarbas ou lamentos

sentimento diamante.

medida

mais que,
muito mais além!

o nosso entreolhar
ainda meu,
quem sabe...

o nosso aproximar
talvez mais teu,
quem diria...

na medida
de nossa timidez
na medida
de nossa vez

o único

o único:
dá-se
jeito, manobra, conserto
saída original

a única:
doa-se
trejeitos, desdobras, concertos para a juventude dela
ida magistral

os dois
entregam-se
direitos, cobras, enxertos
doidos iniciais

o sol na cabeça

o sol na cabeça
os pés no chão

o chão de ponta nos pés
a ponta de visão
revés

a libertação

a ocasião perfeita
um novo lugar, que estreita a relação
que a azeita

a adoração

a ocasião perfeita
no mesmo lugar, que enfeita a aproximação
que a deleita

09 março 2011

dez

PS: em homenagem aos 10 anos de falecimento de Joacyr da Silva Baptista, pai deste blogueiro poético.


nota dez é o camisa discreto, o maestro
nota dez é o caminho sem alarde, sem ser astro
nota dez é quando nada disso se encaixa em alguém, além,
muito além dos adjetivos, das parcialidades

a explosão de atitude era seu gargalhar
a condição de plenitude sempre foi o seu guiar, por aqui, perto de nós, nas saudades.

e agora que estás um pouco mais,
tão perto de Deus e de nós, porquê não?

Roga por nós,que te saudamos daqui
Com amor.

08 março 2011

ferrenho

estou pensando enviar uma mensagem;
mas tenho medo, medo do que não tenho;

estou tentando dedicar a passagem;
mas temor eu tenho, um temor ferrenho.

seu dia, mulher

seu dia, mulher
podia ser somente nosso

podia ser o ócio
podia ser o que quiser


pode ser menina,
louca, aventureira,
devassa ou ligeira

cachaça ou palmeira,
onde brotar.

seu dia, mulher
pode e deve ser somente seu

pode ser o apogeu
pode ser o teu bem me quer.

pode ser dona,
rouca, passageira
maluca ou estrangeira

caduca ou faceira,
onde ficar.

quase amores - em algum lugar de Goiás, 2007

sxt

quase em vários aspectos, não necessariamente negativos!
a relação, a mãe, o platonismo, uma correria de estudos.
Fica na lembrança como o início de uma escalada, e sempre estará lá.

ttq

o rosto angelical, sedutor de lolita mulher, mas a mente ainda de menina...
Eu sei, eu sei! as mulheres maduras me derrubam (e como...) de paixão.
valeu pela curta experiência...

gee

tirou não sei de onde a admiração por mim, os seus costumes corretíssimos e a sua retórica habitual.
aventura inusitada, mas interessante, prova de que
(carência) ² = (problemas futuros) ³.


izz

A garota mais desbocada que conheci, e que infelizmente sucumbiu a um momento etílico que colocou nossa amizade em prova. Mas ela me dava um tesão... (com todo o tesão de respeito!) Nos vimos recentemente, e seguimos os caminhos à parte um do outro. Que seja muito, muito feliz.

sonhos - em algum lugar de Goiás, 2007

d´azur

que olhos... rostinho pedindo colo,
e um pescoço tão convidativo, implorando dengo,
ou um lenço estilo Jackie Onassis...
(um pouco mais de óleo de peroba para minha cara de pau, por favor!)

tictac

poderia e deveria estar na galeria dos "quase amores", mas algo ainda me intriga nela... Aposto bons trocados, que por baixo daquela serenidade há sim, uma mulher indomável. (Revisão atual - há, sim, a serviço de Deus!)

dpop

talvez um sonho, distante (casada, hoje...), acreditem! Me carinhou tanto, me seduziu até, e eu, nerd convicto, nem me movi. INACREDITÀVEL CASÒRIO CLUBE.

05 março 2011

Grêmio Recretivo Unidos da Avenida Solidão

O coração de um mestre-sala
é sempre um abre-alas para a porta-bandeira passar

O artista zela pelo bem da humanidade
Na Avenida Solidão existe amor de montão

O coração da porta-bandeira é sempre a passarela
Onde desfila o mestre-sala

A artista zela pelo bem do seu amado
Na Avenida "amor de montão", não há solidão

Solidão é comunhão em potencial
Solidão é pulsação do astral sem fim

* Marcos Fabrício e Luiz Cláudio Pimentel

Os olhos também dançam

PS: título graças a cortesia de Marcos Fabrício.

a dança de teus olhos
arabescos
vitrais vivos
vitais afrescos

a dança de tuas idas
campestres
divinais, extra terrestres
vendavais burlescos

a dança de teu coração
solitário
transcontinental, supra aéreo
torrencial refresco

a dança de tua indecisão
binária
especial, puro mistério
descomunal trovadoresco.

em silêncio

o calor de tuas asas
mais candente que as brasas em mim
não atingem minha casa
nem a declaram fim

grito mudo as canções
clamo ausente ao teu lado
a mais extrema das opções
resíduo, abandonado

O VIGOR DE TUA VIDA
MAIS PRESENTE QUE A FERIDA EM MIM
NÃO ABALA MINHA FORÇA
QUE SE MOVE, A FIM

Amo em silêncio,
sonho sem fim
Doce prenúncio,
amar assim

O olhar de tua alma
Mais brilhante que as luzes em mim
Não sustentam minhas cruzes
Mas as derrubam, sim

Vejo arder a emoção
doce veneno, não vai ser curado
o mais convicto coração
entregue, apaixonado

O SABOR DE TUA VIDA
MAIS SUAVE QUE A LUTA EM MIM
NÃO ABALA MINHA FORÇA
QUE ME ELEVA, A FIM

Amo em silêncio,
sonho sem fim
Doce prenúncio
amar assim

dupla de um

uma só carne que sofre
uma só pessoa que ama
dupla de um

uma só força que desune
uma só mulher que chama
sopro de outro

uma só ponte que desaba
uma só fonte que arde
órfão de alguém

uma só visão que acaba
um só horizonte, tarde
amor de ninguém

04 março 2011

lamentação oral de uma noite sem fim

olho ao meu redor
impossível conformar-se
impossível delegar-se
ao ordinário

vejo o que me rodeia
incrível como se planta
como se pentelha
em meus ouvidos

me agoniza, isso!

saio de meu corpo
impossível deleitar-se
impossível entregar-se
ao mezzo mezzo


quero o que me permeia
incrível como me encanta
como se assemelha
aos meus gemidos

me tranquiliza, tanto!

viagem

luz de alerta acendeu!
tudo errado

cor de longe sucedeu...
o nada certo

a viagem recomeça a todo instante
que te vejo

e recebo indiferença,
no meio da cara.

a imagem reaparece a cada segundo
que te sonho

e recebo resistência
no centro de meu peito.

estepe confete

chamado, desafio
desligado, por um fio

cotado, protagonista
largado, na pista

um fútil, repete
inútil, confete

um fuzil, que aperte
zarpado, estepe

a manha

a luz em vintém
a cor de champanha

não arranha nem cativa ninguém
crise tamanha

não tem charme de Espanha nem de Belém
coisa fanha

a voz de alguém
pois, estranha

o sol é além
da flor, da campanha

não assanha nem entretém
não tem a manha

lovefool comics

fica bobo, tão pueril
tão a par de tudo,
especialista nela toda

história em pequenos quadros
passo a passo
esquadro impreciso

liga logo, tão infantil
tão à tona, de tudo,
entretidos entre si

anedota em pequenos gestos
olho no olho
enquadro indeciso

03 março 2011

tropeço

se seu tropeço ao andar
significa,
fica e diz,
sem falar

se me despeço e esqueço de perguntar
me explica,
clica e manda,
sem calar

se seu tropeço ao amar
edifica,
habita e reluz
nesse meu lugar.

complexo de venom

é muita mulher-areia pra minha teia.

02 março 2011

ho ho

ela deve rir tanto!
Chega em casa, larga os sapatos
fecha a porta do quarto
e se estribucha em êxtase

Boba!
Já o fiz antes, logo ao te ver
Achei a chave da felicidade
em você

ela deve corar de gozo!
entre confidências, solta o verbo
abre a porta do coração
e se realiza em prosa

Tola!
Já o faz tanto, que parece esquecer
Procura a felicidade?
Ela se encontra em você!

aditivo

tudo anda tão comum
borras daqui
berros de lá

tudo anda tão menos
corres pra lá
caço daqui

tem cores novas, não?
tem algo estimulante, novo?

só tem casca de ovo
e paixão.
só tem lasca de asa
e tesão.
só tem banho de sal
e azar.

só tem olhar de plebeu
e uma rainha...
a passar.

01 março 2011

Por que ela não me sai da cabeça

talvez por causa do salto, alto
porque não desce
porque desce o sarrafo
porque se safa
porque parece ser safa

talvez por causa do jeito estragista
porque não me sai da vista
porque cresce, soberana
porque se gaba, fama...
porque parece não precisar disso

impossível apagar esse vírus de querer tanto a alguém,
de um jeito qualquer, meio sem querer.

neura linguística

vai dar certo!
sucesso sem erro, êxito total...

sorrisos no fim?
acho que não.

ILÓGICO

há coisas que nem o coração entende
sentir, então,
quem dera

deseja, a penas
condicionamento ácido, distante

errante,
espera
a chance

arfante,
entrevera.

Frodo explica.

28 fevereiro 2011

retrovisores

vim falar  
honestamente
vim dizer - sou teu presente
sem cristais, vi meu futuro ao teu lado

vim pedir 
malandramente
bem na tua frente
pra você dilacerar retrovisores do passado
revirar teu lado com o meu

27 fevereiro 2011

bem

teu melhor carinho
sentimento de abrigo
que se foi em traição

Me vejo só, sem ninho
sem convicção, castigo
aonde estou, erupção

do teu bem preciso
do meu alguém, aviso
que me aponte a direção
que me afaste da  prisão

do teu bem, sorriso
venha sem aviso
levo aqui teu coração
levo aqui paixão, meu vício

pontiaguçado

Nas alturas, só Deus que salve
que eu mesmo, não vou pra lá
tão direto e reto

Nas duras, dificuldades que vivo
que a cada dia vejo revelar
tão desviadas e dementes

quero ser incisivo
espero eternamente
quero ser decisivo

cedo a frente,
finjo e rio

quero ser ponto de referência
luto bravamente
quero ser tua vivência
logo ao teu lado

quero ser diferente
espero, alternativo
quero ser novo vivo
passo a frente,
reajo e crio

quero ser ponto de insistência
luto loucamente
quero ser tua ardência
teu amor, pontiaguçado

25 fevereiro 2011

pro diabo com ela!

me basta que as cartas digam,
que dependo
que me extendo, em perdição

virá alguém que te reforça
que te ilumina

Será em vão?

me consola que os sensores mostrem
que não minto,
que pressinto
em contradição

Terei alguém que me caça
que me consome
em possessão?

essa palavra

risca essa palavra do dicionário
da tua agenda, da tua rede neural
esmigalha essa essência do imaginário
da tua prenda, da tua ode moral

sai do coma em breve gesto
não deixa resto, que assim renasça
atira essa cortisona em fundo cesto
não pensa nela, que assim desgraça

risca essa tentativa do teu diário
da tua escala, da tua teia natural
estraçalha essa clemência de campanário
da tua alma, da tua onda anormal

cai em forma em louco gesto
não digas "empresto", e sim "é meu"
atira-te à própria zona, em puro atesto
nessa palavra, que sou só eu.

o sol

estrela maior
desordem e regresso fogem
quando as cores se resumem,
às tuas mechas de fogo

mulher melhor
descaso e rudeza rugem
quando as fendas se unem
às tuas flechas de flor

pessoa plural
desprezo e raiva sublimam
quando as madeixas se mexem
às tuas flâmulas de gozo

Do além

agito sereno
cândido grito

de escutar, amor
de filtrar a doralém

agito moreno
esplêndido dito

de escutar, a cor
de fitar a posealém

extremo infinito
em sânscrito pleno

ao viver a flor
ao pairar a coralém

ingênuo inscrito
hipócrito dreno

de vazar, a dor
de flertar a moçalém

Avessos

fuja de mim
não sei segurar
escape logo
não vai começar
                         o amor assim

escolhas
diversas
escolas
promessas demais

saídas
avessos
saudáveis
tropeços, talvez

fuja de mim
não sei segurar
escape logo
não vai começar
                          o amor assim

24 fevereiro 2011

CANALHA (candangotango)

Já era hora,sacana,
miséria ativa

cegou a cura, canalha,
mero engano

clamei, aos prantos,
repulsa querida

perdi os pontos
impulso cigano

já era estúpido
amor explodido

partiu pra farra
canalha, ó desengano

cremei as pontes
expulsa a bandida

parei um pouco
senti, que te amo.

21 fevereiro 2011

no final, finja que tudo ainda está bem

sorria mecânico
acene, cìnico
simule seu pânico e reaprenda a amar


no final, finja que tudo ainda está bem

arrote incrédulo
evite, caótico
aguente, desconte e recomece a andar

no final, finja que tudo ainda está bem
 
agrida exótico
afine, crítico
segregue isotônico
e queira apresentar

suas desculpas sinceras

o que importa é tudo ajeitar
o que chora é duro suportar

o que pesa é pouco afirmar

no final, finja!
tudo está muito bem

20 fevereiro 2011

poeira

sacodiu poeira
levou de primeira
sem chance de erro

alerta primeiro
acertou em cheio
toda chance de chances

19 fevereiro 2011

porque é bom esquecer

Graças ao Senhor,
que somos falhos
que há poucos atalhos do sentimento

que bons e maus momentos se alternam
entre abomináveis e inesquecíveis

Graças ao bom Deus
que somos fáceis
que há rotas dóceis, contentamentos

que bons e maus momentos se revezam
na doce perversão de nada significarem.

acorda

Desperta, ânimo!
Anima-te!
Quando achares que deva...
Quando pensares que levas pouco dessa vida

Acorda, pronto!
Rebela-te, ao conto do réu!
Quando fitares a prova...
Quando tocares com tuas mãos a prenda nova

do inferno ao céu
é nítida a tênua separação

do sereno ao seu,
rápida e tensa aproximação

As Retas da Avenida Comercial de Brasília

não contes com isso, jovem!
o que aprontas aqui, breve terá reviravolta
o que descontas ali, em outra ponta vem
com multas e correção

sonhas em não ver o passado à tua frente
quando de pronto ele surpreende,
passa rente a ti

imaginas dividir a felicidade por igual?
para ti só haverá o mal
para elas, a brilhantina

imaginas superar a nervosidade natural?
para elas, o alto-astral
para ti, a morfina

grande angular

Pausa em mim
instantes de tua percepção
Retém, assim
tua lânguida expressão  

devora-me com olhares, que me rendo
ampara-me com teus braços, que me estendo em tua direção


encara-me com o coração, que me emendo ao teu

quero fotografar
milissegundos de felicidade
quero encadernar
macrofissuras de bondade
quero me recusar
a evoluir na idade, junto de ti

encara-me com atitudes, que me iludo
escora-me com tuas pernas, que me jogo frente tua visão

estuda-me todo, que aprendiz não serei em vão
encara-me com o coração, que teu serei em tudo

18 fevereiro 2011

p a

posturas agressivas
político astuto
promotora à altura

pessoas alienadas
perigam, avisadas
paralisadas... alertas!

provável alvo
perfumes ancestrais
pesado algo
persuasões animais

passagem, abriga 
previsão alheia
pintura, ateia
primeira amiga

improvável

o esforço é contínuo! soa perecível
o desgaste é iminente... ecoa, invencível

nossa sintonia é pouca! como fosse improvável...
nossa atonalidade é louca... como fosse impublicável

nos pontos menores
faremos horizonte
nas maiores dores
fixaremos ponte

dos contos, flores
das contas, cores
dos sonhos,
amores

17 fevereiro 2011

a hora

me surpreende teu jeito
de não querer, ardendo de vontade de se expressar, por dentro

só quem não entende teu pulso, estranha
teu viver lutando pela vontade de se revelar, por inteiro

não, nunca me arrependerei
de ouvir tua firme voz

marcando passos arteiros
teu olhar, mirando horizontes certeiros


não, nunca me arrependerei
de sentir tua pele flor
pisando poses de freira
teu andar, incandescente passageira

a hora é essa
se junte ao meu desejo
guardo o teu beijo
delicada peça

a hora é essa
me inundo em teus braços
estreita o laço
afasta a pressa

15 fevereiro 2011

topo

topei contigo
empatei

portei-me, amigo
chapei

por ti
porto
descomporto
trampo
desempato

por ti
rompo
desafio
tampo
destemido

tipo
dominante

porte
delirante.

12 fevereiro 2011

prego

estou com medo, admito!
estou atônito, aflito
não há sinal mais claro que o silêncio
devastador e discreto...

sujeito composto

eu a vejo em meus sonhos, tão verdadeiramente reais
a sinto, em presença impávida
cheia de vida, mas solta-a aos poucos, entre tragos
cadarços amargos, de fel

eu a miro em meus olhos rasgados, tão estupidamente fitos
a crio e recrio, em ausência inválida
cheio de esperança, mas prendo-a muito, entre suspiros
rechaços antigos, de dor

11 fevereiro 2011

parece que o amor me cerca (após ler wellington_xyz - twitter)

estou sentindo, e não pensando...

quiçá pensando sentir,
e não notando

talvez notando,
sentindo sem pensar.

Somente amando.

http://twitter.com/Wellington_XYZ/statuses/36058269235548160

08 fevereiro 2011

inquietude

A outra parte da relação, sou eu
a inquietude, a plenitude platônica

o outra parte da ação, me pertence pouco
a solitude, a atômica perplexidade

o teatro contém vários idiomas
onde duas faces se exultam, ou se lamentam
não há termo do meio

o drama contém poucos aromas
mas as dores se expandem, ou se realimentam
não há amor pela metade

canário candango

sinal tíbio
único, estranho
sentimento, tamanho
que não o contenho

empenho-me, portanto
em agir quando for para sê-lo

mal dúbio
múltiplo, ferrenho
máscara ilusória
que logo se desprende

te empenhes, atento!
em amar o que soa verdadeiro
te desprendas, cuidado!
ao soar como posse interesseira

07 fevereiro 2011

hora de dizer o que deve ser dito

quero querer você
podias saber logo
posso perder tudo
saberias escapar à toda

posso olhar você
devias amar isso
poderia arriscar tudo
esquivarias a rir disso

chegou a minha hora
a tua, foi-se agora
de dentro do meu peito

bastou a tua hora
a minha, foi-se embora
findou, não tem mais jeito

U ltrapassada F utebol C lube - Clube da Luta Homem vs Mulher

Queria mesmo era dar uns petelecos que valessem 3 pontos
Um de agarrar, outro de reter e o de conquista, logo de cara

Queria dar umas boas palmadas, politicamente corretas
Na caretice blasé de uns que se julgam de corpo empinado pra lua

Queria ter o Steven Seagal do lado pra dar umas dicas, só pra tirar onda
Queria ver Fat Ninja que fosse mais escolado!

Queria ter o chute do Anderson
Dinamitar uns babacas em 90 segundos,

Puxá-la delicadamente em meu colo,
Ser teu joão gordo bobo.

assada

assim ela é
assaz,
voraz

assada

assim ela é
com o mundo inteiro
(menos com vulgos vip)

virada

assim ela está
capaz,
arqueada

feroz.

06 fevereiro 2011

cruzes/crises

Ps: inspirada pela faixa "Cantor de Bolero", de Zeca Baleiro e Fagner.

Cruzes!
Crise chega, e se instala, viral

Crises!
Cruz se apega, e abençoa, batismal

nada mais frágil e forte
na debilidade do conhecer
a fortaleza da revelação

nada mais fútil e férreo
na causticidade do saber
a agudeza da absolvição

poesia de verão

a pose não é nova
nem as palavras de milênio
a dose não é pouca
nem as penduras de seu gênio

a poesia de verão
sobe a serra
inventa e erra
investe no sim

à pose do varão
coube guerra
pimenta e terra
resultado no fim

login of love

pressione start para paquera
reset para espera
que logo logue
inicialize a paixão
sem ctrl alt del para travar o sentimento

continue eterno
para esse nosso
momento

usuária,
pode entrar.

04 fevereiro 2011

soluções da meia noite (receita do grande amor)

1 kg
doçura,
cerveja,
chocolate,
morangos

1 kg
bem salgadinho
de fofuras, recheios e sorrisos

10 ton de amargura, a caminho.
Reserve, se possível, não preserve.

500 g de lágrimas do crocodilo para a crocodila
(e vice-versa)

Tente misturar, sem bater
Tente não se meter, quando dá nos nervos
Tente, tente, tente

e não desista
Insista

Restará o sol, o suor, as lágrimas, e um grande amor,
Faltará um ingrediente principal, que pediu pra sair.

retrocesso estúpido

retrocesso estúpido
acesso do cupido
a um coração oco

ricocheteio sórdido
ingresso do diabo
a um prato cheio

podia ter idéias de merda,
mas sonho contigo
o mundo nos nega
mas teu prazer em sorrir me sustenta

não vejo graça em ruas sem curvas, como as que tens
não suporto luas sem mistérios, como os que sangram de minha mão direita,
que inventou de ser sinistra, despertando um monstro romance sempre alerta.

uma das poucas coisas sem nódulos, sem máculas
são as graças femininas
que infelizes momentos calharam de fazer morrer e secar.

Deixa-me ser um foco tímido de luz
e alimentar-me de tua vida que pulsa, aqui a meu lado.

Deixa-me ser um pouco lívido de fé
e acreditar que posso compartilhar e generosamente contigo multiplicar
os dias, que me arrastam, ariscos.

via aborrecente

não chega a luz
espero no breu
eu, e ninguém mais
(há tempos)

só levo a cruz
esbarro, sandeu
nela, e em ninguém mais
(por tão pouco)

me tolhe, sem aflição
me embaça a vista
ah, árdua conquista
dolorida lamentação!

me encolhe o coração
me esfumaça os sentidos
ah, míngua calculista
dividida apreensão!

u.ti (último, terminal idealismo)

última para ti
terminal missiva

vã tentativa de tecer, de TI ser

como não o sou,
vou

como não me queres,
feres

e como o fazes!

atroz, atropelas
desfazes o pouco

sigo como louco
isso, bem sei que estou.

03 fevereiro 2011

febre do tempo

por mais que você tente me afastar
insisto em tocar você

por mais que nos pareça ser banal
insisto, e parece natural pra mim
só assim, sou assim

febre do tempo, que não vai sarar
arde aqui dentro, a me tomar
febre do tempo, que não vai curar
ferve-me inteiro, quer te esquentar

por mais que eu tente me esquecer,
insisto no motivo que é você

por mais que eu queira me punir,
pensando tanto em desistir
ainda sigo e vivo por ti

Preto e Rosa (reta prosa)

PRETO

por vezes, tantas vezes
eu duvido do bem que me esforça,
destroça e não traz ninguém.

Se fosse, quem sabe, um troço qualquer!
jogado, tudo bem, aí vá lá...

Mas ela, bela rosa, então vem tão pura,
que me avança, balança e revela o seu melhor
e me faz sujeito passageiro, refém aventureiro do amor.

O amor, este ser ligeiro, galopa frente ao meu pobre coração
sabe como ser perfeito avacalhado,
ator abobalhado da paixão.

ROSA
por segundos, poucos segundos
eu confio no bem que me seduz,
devassa e não traz ninguém.

Se fosse, quem sabe, uma louca qualquer!
largada, tudo bem, aí vá lá...

Mas ele, negra cor, então vem tão seguro,
que me avança, balança e revela o seu melhor
e me faz menina passageira, refém aventureira do amor.

A paixão, esta dor ligeira, abusa de meu pobre coração
sabe como estar perfeita cor alada,
atriz consolidada do amar.

moçabandida

moçabandida
bandidamocinha
garota con vida
na linha, atrevida

bandida, mocinha
me tira da linha,
se vier, eu tô a fim

31 janeiro 2011

manhãs de sol

manhãs de sol
meu pensamento, blue
manhã de sol
um ornamento, luz

manhãs de sol
manhãs de sol
pra onde fugiram?
quem trairiam?
quem atingiram?

manhãs de sol
teu monumento, blues
manhã de sol
um pensamento, nus

manhãs de sol
manhãs de sol
a quem serviriam?
quem mediriam?
quem transformariam?

Não vejo mais a noite, escura
Somente o sol me seduz
(a luz mais pura)

Não quero mais a dor, rasura
Só teu calor me traz luz
(és minha cura)

24 janeiro 2011

Planos

vou decolar, piano
planos
pilota da rota
garota miúda

vou revoar, armando
piada, graúda
garoto aprontando

vou deslizar, sambando
armada, se cuida
teu homem chegando

vem se deleitar, pequena
sarada morena
me abalando

vem me amar,
sem planos
pequena cabana
fonte do meu prazer

vou lhe pousar no Plano
menina
garota do meu viver

vou lhe voar, urbano
roçando no espaço
voa você

sussessu

swing ou bossa?
everything ou roça?
privilégio, poça
define, leitor, quando possa!

atina, leitora, caso queira...
é rock, pauleira?
bock ou aveia?
sacrifício, esteira?

o sucesso tem um brilho que atesto
uma inveja de indigesto
tomara que evite

o sucesso tem um jeito sedutor
uma fome de trator
tamanho sem limite

22 janeiro 2011

benefício

dúvida
para crer em mim
divida
para manter em nós 
dádiva
para sair da voz

do nosso canto.

21 janeiro 2011

mapa sentimental

vou sonhar, que penso ser o melhor
ordenar essas nuvens que insistem em chover,
em alardear o pior

rabiscar feito maluco
botar o cuco pra funcionar,


Porquê assim o quero,
Quando te vejo,
Como me toma o desejo
de quem tanto quero!


rascunhar feito copista
bolar a lista a executar,

Porquê assim a prezo,
Quando te venero,
Como me inunda o desejo
de quem tanto espero!

19 janeiro 2011

arrepio

não posso forçar
nem mesmo evitar

arrepio me causa vontade
de equilibrar meu coração
em fio bambo
ser molambo, sem razão

não posso falar
nem mesmo expressar

arrepio me dá alarde
de sair louco à tarde
em via única
Super Quadra Jambo, rumo sul.

gaiola dos apaixonados

admita que curte as grades
as hostis aventuras
a desventura romântica
química quântica
inexplicável e deliciosa

admita que se cobre de esperanças
das pueris lembranças
da ruptura frenética
mística, filosófica
transcendente e perigosa

admita que deseja
mais que tudo
ser o único sortudo
o único contemplado

admita, mesmo que não diga, que não queira
tudo ainda mais
conduzi-la aos portais
venerar o sempiterno instante
do sorriso que a toma por inteira.

the red button chronicles

pior que praia cheia no verão
liquidação de produto chique
maior que teu chilique
pura descontração

melhor que cena de casal em crise
reverberação do som gutural
manifestação maioral
doido reprise

superior ao riso natural
atrapalhada mise-en-scéne
explosão do eu autoral
de uma gargalhada perene

No pain, No gain (ou a Teoria do Tédio)

me diga, amiga
fiz eu algo além de meu limite?
fiz eu algo que te impressionasse mais negativamente do que já costumo fazer?

teu desdém me dói nos ossos,
acreditava em tuas palavras, em teus relatos,
em teus fatos

Agora que és mais mulher, te fitas ao teu regaço
ao entusiasmo do materno abraço
Agora que és quem queres ser, te lotas ao passo
vagar vistoso dos dias que antecedem tua transformação.

me diga, colega
fiz eu algo tão assim censurável?
fiz eu algo que te acovardasse da emocional decisão inspirada dos primeiros dias?

teu vintém deixou de ter valor há eras,
reluzia em tuas curvas, em tuas menções,
em tuas claras intenções

Agora que sou mais menino, me fito ao meu moço interno
à empolgação do jovem laço
Agora que sou quem quero, me junto ao passo
viver vigoroso dos dias dolorosos que me fazem amadurecer.

Ainda bem.

nuloshow

ela será escolhida... sempre de ninguém...
adianta nada reverter, terá nenhum jeito

surtirá nenhum efeito

se fizer direito
ela será conquistada a peso de diamante
por alguém que, surpreso, não o faria

o risco a correr
terá o seu mau jeito
acenderá algum sujeito

na tal intenção


o risco a correr
terá o seu bom feito
arderá esse sujeito

na sua direção

18 janeiro 2011

deixa rolar

seguir o caminho
acreditar sozinho
bisbilhotar o horizonte
de mansinho

zarpar sem destino
arcar sem visto

manda chegar

cumprir o desacordado
voar entortado
bagunçar o próximo
sem pena

torpor sem direção
remar convicto

deixa rolar

prazer

prazer terei de nada fazer, nada
leitura, fundamental energia
aborrecimento, casual, até diria

o prazer
deverias, deverias ver
senti-lo ferver em minhas pairagens,
nas margens de minh´alma

devias vê-lo brotar
em minha miragem,
na imagem de tua mocidade.

Dever, dever, dever...

Dever
obrigação de entregar resultado

Lisura, essencial,
pleno descontentamento
até diria, esperado

O dever de te conquistar,
prazeirosamente vagaroso,
caudalosa rendição.

Vê-la calentar minha friagem,
nas entrelinhas do coração

Devias observar-me a marcar
teu olhar, no seu reflexo verdadeiro,

devias receber-me ao apontar
teu amar, no seu revés delicado.

Não

Bolo Solado
Massa Podre
Duro Chão

NÂO, em vez de agrado

Colo Negado
Casa Explode
Pulo Assustado

NÂO, em vez de amado

tanto, tanto faz
o conflito se desfaz
não desejo perder,
quero espero vencer
bem mais

Dolo Apontado
Osso Doído
Pane...
NÂO... em vez de cuidado

17 janeiro 2011

Devoção a São Amarguinho - Faça seu pedido (São Longuinho dos Amores Perdidos)

Meu São Amarguinho,
padroeiro dos amores perdidos,

permiti que eu alcance a GRAÇA de achar GRAÇA em AMAR,

de consegui-lo de GRAÇA, e que GRAÇA é um nome aprazível para minha intenção.

Concedei-me com DOÇURA, uma bela pessoa, que linda seja, embora saiba que "que o amor ignora rostos bonitos, tamanho, cor, forma física, religião ou posses. É somente por si, e sendo assim já se mostra suficiente o bastante."

É difícil alguns dias, mas sou brasileiro, e como o sei ,segundo pessoas bem próximas do Senhor,
Deus também o seja, não desiste quem peleja.

São Amarguinho,
desatai os nós dos NÒS. Só tenho a mim, só vejo a mim!
Isso é DOCE QUE ENJOA, que DESTOA de minha devoção e da vossa poderosíssima concessão.

Desatai e depois amarrai com SUPERBONDER DIVINO, ELA e este MENINO; que possam sorrir pela graça alcançada, por vossa poderosa mão que acha o amor perdido na esquina, mesmo nas retas de Brasília...

Pelos méritos de vosso Poder, por intercessão de uma Bela Mãe e do CARA, sem dúvida alguma.

Assim seja bela,
a união dele e dela.

quinze pras 3

o relógio passa lento,
e por mim podia retroceder.

te desejo,
corredora dos ares,
singradora dos mares aéreos,
expert em luta humana!

vencedora por seu mérito
a honra é toda tua
estejas pronta ou nua
de teus artifícios

mil batalhas
empreenderás
15 minutos de minha atenção
não bastarão

15 breves segundos de ser
cristalizarão meu empenho
em te ver, mulher,
a mais feliz das habitantes dessa ilha.

deleite, delírio

deleite, delírio
descende o declínio
dentro, aqui

deleite, delírio
acende o fascínio
desde que te vi

olhares difusos
amores confusos
em si
meu gosto, teu crivo
expando-me vivo
pra ter você aqui.

deleite, delírio
compreende o domínio
sinto, aqui
deleite, delírio
extende o domínio
do teu ser em mim

artificial

os contornos, curvos
os olhares, turvos
os chamados, vivos
estranhamente

os transtornos, loucos
os sensores, poucos
os calados, roucos
alienados, mentem

os côncavos, desconvexos
os cegos, perversos
os enviados, altivos
acanhamentos

os transbordos, leves
os censores, ocos
os alijados, toscos
relegados, sentem

nada mais artificial.

PORRE

sempre escapou...
evitou tocar no assunto, que fosse um gole

seria cômico
soaria cacofônico
querido.

Porre Amigo
Companheiro Solitário
Meu guerreiro libertário
Nobre Amigo

sempre buscou muito
quis avançar no assunto
que doesse, outro gole dosado

seria atômico
gesto lacônico
querida.

Porre Amigo
Bandoleiro Incendiário
Meu arqueiro, Necessário Perigo.


Porre Amigo
Sou teu estagiário
Nobre Amigo
Dor não marca horário.

X is e Y psilone

XX

críticas idôneas, novas nuvens névoas
chilique, falta de zona,
perda de tônica, prática mesmo
astutas, desempenham sob vaias ou pelos
não se irritarão com a procissão de seu Hércules,
nem o desacreditarão

XY

possíveis erros, novos novelos
intriga, falta de zelo
perda de tempo mesmo
artistas, desenterram, sob ovos ou selos
não chegarão com classe à sua Afrodite
nem a deixarão

Fissura

ah, fissura
boa de doer
sangra você em mim

sonho você, carmim
cor do pecado,
com juízo e local marcado

ah, fissura
pia de viver
vaza você entre meus átrios

sonho você, jasmim
cor da luz do sol
em matizes atrizes
gostosa em HD
autodefine meu prazer

Oh, fissura
não mais que dura
seja dominante,
pune meu sacrilégio
dana o privilégio
de ter tuas mãos às minhas unidas

seja pura com o amigo
conduz-me ao abrigo
reforça meu amor repetente,
em dose infinita.


seja cura com o aconchego
conduz-me, que me entrego
reforça teu sabor inebriante,
em pose infinita.

constate o óbvio

razão e emoção
são óleo e água

onde um acha sua função
outro se deságua

onde um pensa ser ação
outro se acaba em nãos.

constate o óbvio
explique o impossível
ressuscite o crítico
e se conforme,
ao menos, transforme.

amor e paixão
são céu e terra

pela imensidão do mar unidos,
pela solidão do ar divididos

louvor e guerra em suma
o amor e a queda em brumas

dolor de mi corazón...
el amor de mi existéncia, en todas sus negras colores.

entrega

sou capaz de por ti tudo fazer
nada atentar!
além do que te faça sorrir...
muito aquém do que te possa ferir!

és capaz de o mesmo por mim fazer?
tudo tentar?
nada temer, além do que nos possa unir
aquém do que nos afaste e nos possa dividir?

Entrega, regra clara
alegra rara, faz o bem

Entrega, sonho nosso
invade, posse, traz quem vem.

living heartbreaker (a cafajeste sobrevivente)

Eu,
eu mesmo!

Que tanto culpo, sobreponho
seu modo de achar que
TEM, SÓ SE FOR, QUE NEM.

Que insulto, imponho,
não escuto,
não sou LEVE, NEM QUE TENTASSE.

não sou breve, nem linha de passe...

Seria ELA?
Ali, a de poucos tempos passados
Ali, a de tantos sonhos requentados
que deixei que passasse?
que deixei que assentasse o tempo sob seus pés?

que abandonei ao léu, ao convés!

das negativas não;
das assertivas, lembranças sejam ativas,
quiçá as perdas as tenham cativas.

São quem sou, quem fui e quem merecerei ser: VIVAS!

16 janeiro 2011

maratona do querer

ELE

Levanta.Busca.Enxerga.Crê.
Banha.Lê.Enverga.
Vaza.Deposita.Alimenta.
Veste.Beija.
Admite.Nega.Admite mais uma vez.
Corre.Abre.Fecha.Igniciona.
Acelera.Freia.Estaciona.
Trabalha. Rala.ROLA.
RALARALAROLAROLA.
Trabalha. Foge.

Corre pra te ver.
Corre pra te ver, sim!

Mais um desencontro.
Administra, ri de nervoso, voa, estaciona, desaba e RONCA.

ELA

Levanta.
Brilha, SONHA, SONHA, SONHA.
Adormece.

Levita, sonha, BRILHA, BRILHA, BRILHA.
Incandesce meu ser.

E não a tenho...

Contos, Conchas e Fantasias

elétricos,
nada mais.

lhes bastava o ápice,
do fôlego que predominava,
lânguido, lógico.

irracionais,
muito menos.

Lhes custava o cúmplice
de almas que transpiravam,
lívidos, máquinas.

Fúteis,
tampouco.

Por pouco, se lhes explicavam ósculos de fogo
que os fundiam, fundavam, moldavam em um só,
lúcidos, leônicos.

desatino direito
CONTOS - vício, vão imperfeito
CONCHAS - meios
FANTASIAS - cheios.

na surdina, sujeitos
ao ócio e ao que não lhes diz respeito
conchas - seios
fantasias - veios
CONTOS DE LUZ.

Cor e Arte (dor e sorte)

PS: baseado numa linha de blocos de papel, de uso geral, para poesias destinadas a uma musa, existente ou não em minha passagem pela vida daqui.

óleo que detalha
bolha que se espalha
se deixa colorir

cores nuances palha,
dores fortes, navalha
vêm me invadir.

arte que impressiona
ponte que emociona
me faz refletir

arte grega ou grogue
rica louca esnobe
quer me possuir

sorte grande ou gralha
dor de monge, limalha
quero deglutir

corte grossa ou canalha
flor ao longe, que raia
queira repetir.

Beira

Salta a onda,
Mente, mudo,
larga tudo e volta à beira do mundo,
que te margeia.

Larga a sonda,
Rosna, surdo,
Brota à mando da revolta à beira do mundo,
que te rodeia.

Quando?


Escudo agulha que lhe colcheia
Escândalo pulha que lhe permeia
Sisudo em desando
Vândalo de Terceira

Escada que decompõe,
parcela que se atreve,
sacada que se indispõe, pesada, crava,
madeira!!!!
levada, breve asneira,
à beira...

4 Atos

I


Elo simples,
de alma nobre formado

do lodo ao linho
da uva ao vinho
um pobre apaixonado

CANETA E PAPEL, ANOTA VELOZ
DA TERRA AO CÉU, LUTA ATROZ

II


Frente à batalha,
vulgo fogo de palha

do ouro ao pó - desgosto -
do grupo ao só - exposto -
feito ponto de falha


III


Face ampla,
de traço revelado

do aço ao passo
da luta ao laço
rouco declarado.

DEDO E TECLADO, DIGITA VELOZ
DA SERRA AO SOM, LETRA E VOZ.


IV


Feitura tênue,
sonhos intensos

do sangue ao suor
do mínimo ao maior
louca e louco, propensos.

inspirações

Traço palavras
que escorrem de meus calos
das lamentações

Lanço pedidos que se expandem
de meu halo,
das inspirações

Inspirações Músicas
Limitações Únicas
MEU SIM

Transformações Lúdicas
Revelações Túnicas
MEU FIM

Impulsivo

Dor infinita
Amor em demasia

Cor esquisita...
Vermelhos que eu não veria mais.

IMPULSIVO
Impulsivo Coração Indeciso
Decidido do riso ao calafrio da paixão


Amor sem fim ou início
Claro breu, raso precipício

Sinistro vício...
Escuros onde menos sabia.

Sabor imprevisível
Ardor, a pilha
Furor incrível...
Amor, a ilha

Calor moderado
Temor sem tempero
Humor irado
Furor de exagero

meu coração içado à escotilha...

Filosofia do Amar

Romance, devaneio, ilusão em cheio...

NÃO ME BASTAM!
NÃO ME PUNEM!
NÃO ME CASTRAM!

Me fazem levitar dentre tuas ondas
Me fazem sondar tuas rondas
Rente ao meu coração.

Relance, rodeio, desatenção em dobro...

NÃO ME DISTRAEM!
NÃO ME AGRIDEM!
NÃO ME AFASTAM
de teus orientais,
de teus olhares astrais,
de teu mistério.

Me fazem relembrar tuas sendas
Me levam a desejar tuas rendas, leves e tensas sob meus dedos...

Rosnam com ardor, Rugem com paixão.

Dizeres

O mar, entre suas ondas, me diz
"Prossegue, rapaz, quiçá consegues!"

A brisa me sopra ao coração
"Jovem, desista não!
Haverá ordem, haverá reação!"

A chama ardente me refresca o pensar
"Sê insistente, tua vez haverá de chegar"

A terra me confessa, sem tremer...
"A guerra, outra ou essa, um dia hás de vencer!"

só me sobra a dúvida:
"Lenda Litorânea ou Pressa Espontânea de Amar?"

A dama (amada v.2)

Sou escravo teu!
és minha ama, que tanto tenho esperado!

Se aqui viemos para nos aprazer
Façamos, então, sem pressa alguma.

Se tu és a Razão de meu viver
Prossigamos!

Meu caminho é o teu
Nossa meta é ponta alcançada
Teu coração será o meu,
Nossa vida será una, entrelaçada!

Amada

Amada!
Encontraste o maior tesouro
Meu desejo e o teu
refletidos um para o outro como ouro

Meu olhar e o teu como diamante,
no céu estelar de Arante!

Te amo!

Exercício

Direcionar meu sacrifício
final
Sacrificar meu artifício
afinal

É tão grande o exercício
Não dou conta


Padronizar meu grande vício
normal
Interpretar no interstício
moral

É sofrido o exercício
Não estou pronto


Retrabalhar o edifício
canal
Eternizar o desperdício
sem final

É precioso o exercício
Vale a pena


Retificar o teu suplício
banal
Reconstruir o fictício
criminal

É doloroso o exercício
leva a vida

Seguidores

Arquivo do blog

Minha lista de blogs

Mondo Lucca

Mondo Lucca
Mondo Lucca 2013

Páginas

Aqui, link para meus sons

Aqui, link para meus sons
soundcloud.com/Mondo-Lucca