26 novembro 2009

Meu Aniversário

meu aniversário atrasa contas,
acelera datas
arrasa pontas malfeitas
abrasa loucas brejeiras

meu aniversário, afinal de contas,
reverbera atas
que estabelecem o princípio,
o particípio, os futuros preteridos.

meu hinário,
meu aniversário,
meu zen.

meu confessionário,
meu aniversário,
pois bem.

25 novembro 2009

Mantra Pessoal, Universal, Direto e Irrestrito

Vamos mudar nossa consciência
Se conscientizar não vale,
Poetizar!!!
Que malhem!

Vamos elevar nossa paciência
Se advertir não vale,
Poetizar!!!
que achincalhem!

Vamos transcender nossa ignorância,
Se refletir não cola,
Poetizar!!!!
Ora bolas!

"Só não pode tola com tola,
nem mané com mané,
o resto pode!"

(parafraseando Vale Tudo, Tim Maia)

Sete Atitudes a não tomar

- Mandar uma intrometida buscar coquinhos na Lua... de Saturno;

- Tirar independência do primeiro núcleo de família, para repetir isso no 2º, 3º, ou alternativas abaixo:
   - grupo social de envolvimento comprometedor (vamos lá, você já sabe..);
   - vizinhas fáceis;
   - faixas etárias (acima de 18, por favor...) fáceis;
   - conquistas impossíveis (tendem a ser viciantes);

- Tentar não demonstrar que você não é quem você sabe que é;

- Tirar férias do trabalho e se esbaldar em redes sociais... do trabalho;

- Acalmar seus nervos, descontando em que não tem nada a ver com isso;

- Desperdiçar serenatas com insensibilidade melódica, harmônica e existencial alheia;

- Deixar de publicar, expressar, divulgar e "enlouquecer" a ignorância ao redor.

Ladeirão **

** Música do Rumbora, banda saudosa de Brasília.

"Quanto mais o tempo passa,
mais eu fico a fim
se já tá bom agora,
imagina lá no fim" (Alf, Beto, Baca e Biu)

eis que se mostra,
monstro, ostra transgênica,
velocidade epidêmica,
a gosto ou desgosto,
quer deseje ou não.


eis que se demonstra,
rota inevitável,
ângulo enquadrável,
o princípio do fim.

eis que se é crostra,
piche, areia movediça,
que me ameaça e enfeitiça,
faz treliça de meus sonhos alisados, um a um.

Ladeira verticália,
marginal genitália,
o começo de tudo,
o final de mim.
Buuum!

Fonte Confiável de Informações?

Desconfie de sorrisos fáceis,
polegares levantados "amarelados",
palavras ternas, porém ocas,

bocas loucas se escondem por detrás
arquitetam, magistrais,
a sua ruína,

veneno menina,
assassina de boas intenções a dois,
deixa pra depois,
o que poderia ter agora,

entra de sola pra quebras as pernas e braços,
pulverizar sem traços o que restava de boa intenção,

o bom moço, meio tarado,
fica parado, sem ação.

Como emocionar uma mulher racional e inativa

caralho,
já enchi o saco,

tentei traços,
troços diferentes
tentei ser gente igual a gente que deveria sempre ser,
Pô!

tentei, na mente, ser algo impresso,
permanente.

Mas, moldam músculos bombados,
monossílabos datados,
gestos previsíveis
Merda!

O que faço,
espero de braços cruzados,
estendo a tarrafa e me faço de inocente,

ou uso palavras convincentes,
para dar de cara com o vazio?

Acho melhor não,
Quem sabe rio,
e vejo a metade cheia se preencher...

- "Próxima".

24 novembro 2009

poesia para acampamentos

sorri,
que o mundo é muito mais do que aqui
que tudo é muito mais que do que se vê
que loucura é não amar e morrer, assim

sorri,
que os escuros hão de se refugiar em outros cantos,
que as luzes hão de fulgurar sobre teus prantos,
que insistem em permanecer em ti,


acredita,
que o brilho que reluz em tua aura é peculiar,
que não há dentro deste universo outro similar,
que somente há o melhor de mim e de ti para mostrar.

acredita,
que o futuro nos reserva consolidar,
nos prepara uma surpresa particular,
do amor que transborda,
do vôo, da casa, da colina solar
de bem-te-vis, golfinhos, e estrelas do mar.

o pulsar vermelho do amor, o tresloucar rubro da paixão

me sinto pêndulo,
entreeixos trêmulo,
vacilo,
sou teu pupilo, teu escravo,
em teus mamilos me cravo,
delicado demente.

me sinto ângulo,
sobrecoxas vírgulas,
e pontos iniciais.

me sinto ponte,
roscapernas horizontes,
e pontos finais,
em ti.

última paixão

me tira a respiração
me vira, com obsessão

menina!
o que fazes não deveria ser privado,
devia ser escancarado, em minha mente
impregnado, em minha pele rente

me saca a compreensão
desloca minha visão pra sua

menina!
nua,
és o deleite maior do desejo,
do toque forte, do beijo,
de tudo que és de melhor
do pior que não almejas
alcançar, do que gotejas
latejar, do que cerejas
espalhadas em seu olhar.

Deus!
deixa-me admirar,
enquanto possa.

Amargo, de novo

ah, desilusão imensidão imensa
invasão de nada
tudo o que pensa
é fazer de nós piada,
maré piada
mera pisada

ah, amargor incenso intenso
incisão de fadas
tudo o que tenta
é fazer de nós cilada
manés, chapadas
meros camaradas

a repetição constante
me deixa arfante
me queixa, incessante
a manipulação pulsante
me desleixa, amante
me feixa, intrigante

Me deixa o doce fel
de um instante,
que se esvai em rompante.

23 novembro 2009

Cenário Futuro

Nem Jets, Nem Simps,
SILVA sons.

os filhos do nada, de ninguém,
dominarão o mundo, por muito lutarem.

A eles estará destinado,
a eles está definido, demarcado.
A elas estará definido,
a elas estará remido, confirmado.

Nem Pets, Nem Pimps
MARIA sisters.
as filhas, privadas de tudo, de alguém,
celebrarão a vida,
e cuidarão do mundo, por muito buscarem.


A elas estará confirmado,
a elas está admitido, ratificado.
A eles estará definido,
a elas estará remido, confirmado.

Para Ela

Ah, ela merece
merece de mim,
mas se esquece
das preces que fiz por mim e por ela

Ah, ela se esquece
que merece, sim, de alguém chinfrim,
mas se entontece
com troços que ganha de outro,
mais do que doei de mim para ela.


Ela deve ter de tudo o melhor
do ludo saber de cor
o sorrir do viver

Ela deve saber olhar o pior
rir da renúncia ao redor,
solicitar ser feliz.

Ah, santa prece
merecedora de ti,
és das mais belas a que vi
de uma visão tão singela

Ah, santa prece

intercessora de mim,
porque maltratas assim
que dor me causa versar
inda um pouco por ela.

hélice pungente, disco perfurante, eixo intransigente

Credo,

que essa velocidade com que vem me assusta
me aflige, me angustia, me fascina,
delira-me fora de meu eu.

Cedo me vejo em teu intenso desvio-mor
em teu pregresso segredo-cor
ação incisiva dentro de minh´alma.

Não pode ser tão normal desse jeito
Quiçá fosse normal o parapeito,
em que me apóio sem estar preso,
em que me vejo teso, em que sou não,
apenas sinto.

Minto para mim tantas vezes,
tantas cruzes e crises, cismas por meses,
indefinição.

Teu contraataque colide-me pungente, perfura-me a mente,
interfere-me, por fim
Teus piripaques afetam-me agentes, asseguram-me, dementes,
sintonizam-me em ti.
Paixão.

22 novembro 2009

O amor de fevereiros

Mas chegou o carnaval, E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei. 

RETALHOS DE CETIM, Benito de Paula, regravada por Zeca Baleiro.


era passageiro,
invasivo, mineiro, esse amor de fevereiros
era estradeiro,
incisivo, um morteiro, esse amor de mil janeiros.

era,
fôra,

eras, foras, estopas para o brilho,
lenços e milhos para a escuridão.

o desgaste vence quaisquer estratagemas
e minha pena, meu martírio final
minha gema candanga
minha linha inicial.

A.S.N.O

Artifício Sincero Novidade Orgânica
Acidente Simplório Nauseante Obrigatório

Atitude Secreta Negativa Optativa

Alguém Separou Novo Olhar
Algum Sensor No Ouvir
Além Sentidos Não Ocultados

Delírios,
que sinto,
são passados.

19 novembro 2009

surpresa, você está vivo!

a possibilidade logo se desfez
de pronto, se refez em busca da próxima
parada, hiperativa ou calada


da próxima irmã de caridade, puta que não pariu
ou estrada de acesso a caminhos que sejam
quaisquer fossem,
jamais seriam os teus

descubro, então, que pulsam em minhas mãos
a vontade, a atitude de seguir
de fazer o futuro cada vez mais
com menos cara do passado que se apresenta,
olor de menta, cores variadas
velocidade de luz lenta, para armazenar em mim

derrubo, em vão
a maldade, a frieza de ignorar
de fazer o passado cada vez mais
com mais cara de fantasminha camarada aposentado,
eterno resfriado, que segue interferente

e o condizente, agora é dizer,
"vida, me siga, me diga, onde andas".

17 novembro 2009

O que não deveria ter sido dito, pensado, arquitetado

o tempo voa
e descrentes, nos damos conta,
de que não nos contemos
nem mesmo sabemos
para onde ele vai

o arrependimento destoa
e de repente, vamos de ponta
o que não prevíamos
nem mesmo imaginávamos
os "ohs" e "ais"

o vento ressoa
e rentes, nos vemos, tonta
não colidiremos
nem mesmo sairemos
pra onde ele se esvai

o sentimento ecoa
e, presentes, refazemos a conta
não não nunca nos perderemos
jamais nos deixaremos
levar para o onde o amor se trai

a lente de redução

dois pares, tensos
acostumados a aumentos
descobrem que a lente-solução,
é a redução.

reduz-se o tempo de demora,
mas se perde o de convivência,
acelera-se a escola,
mas se perde a consistência.

abreviam-se os passos para ganhar investimentos,
mas aí percebe-se que são amigos do tempo,
um momento.

um instante lento, sereno,
passo para o definitivo, transcende o terreno.
vil metal enferrujado, vil animal aniquilado.

reduz-se o tempo de calor,

mas se perde o de assistência,
acelera-se a esmola,
mas se perde a boa convivência.

aceleram-se os passos para ganhar cumprimentos,
mas aí percebe-se que são amigos do tempo,
momento a momento.

um instante lento, sereno,
passo para o definitivo, transcende o terreno.
vil metal enferrujado, vil animal aniquilado.
vil animal anestesiado, vil metal banalizado.

16 novembro 2009

Significado Total

é hora de se jogar no imprevisto é tempo de utilizar o seu visto
permanente em meu coração

é hora de extravasar demônios
é tempo de liberar hormônios
pra mim

é hora de realizar seus sonhos
é hora de você e de mim
juntos
unos
Sem fim

é hora de se jogar no abismo dos altos céus

é tempo de utilizar os véus, em sua natural sequência
reluzentes em minha visão

é hora de liberar sinônimos
de igualar os meus antônimos
com os de ninguém,
só contigo, meu bem.
é hora de realizar seus sonhos
é hora de você e de mim
juntos assim, minutos sem fim.

Aposta

Aposta que esse prumo vai te dar
novo rumo
dar tenência, consistência que o valha
novo fio pra navalha
de teus dias

Aposta que é possível que entretenhas
não hesites nem te contenhas,
age com paciência, resiliência que o sustente
novo brio para a palha
que não queime nem seja fria.

Aposta em ti,
pelo que vês em tuas sardenhas
não te limites, mesmo que venhas com temor
lida com ardor da ciência, emocionada efeverscência
novo cordão para a sandália
que se instala sob teus pés.

enfim.

delícia difícil, carícia amiga

por obséquio,
conceda-me a honra de raptar sua pulsação pequena,
imponente, serena, tudo ao mesmo tempo, nada do que não me dê contento.

por acaso,
poderia

a propósito,
demais seria...


se minha dificuldade fizesse o jogo ter valor, ter mais sabor
ser diferente
o que faz o amor ser tão reluzente,
transcendendo os seres que o ignoram,
latentes.

às vezes, isso passa, retorna e passa

isso
às vezes isso retorna e passa
do meu lado, desgraça!
outra vez

vício
às vezes isso arrasa e amassa
o meu fado, descompassa
de vez.

isso
às vezes passa, retorna
e se engraça comigo
sem ter vez

suplício
às vezes isso abrasa e colapsa
e se afasta comigo
de tua tez.

11 novembro 2009

criar uma nova postagem poética

pra quê?
quem vai se importar?
poesia dinâmica, invencível,
impossível detê-la

cirandar um nova paragem poética
talvez solucione,
impacte, impressione.

comandar uma nova invasão poética
por certo revolucione,
revele, impulsione.


pra quê?
quem vai se mover?
poesia atômica, imprevisível,
impossível contê-la

cantarolar um nova passagem poética
talvez emocione,
enfrente, delicie.

implantar uma nova visão poética
por certo inflacione,
descontrole, vicie.

pra quê?
quem vai se descontrair?
poesia milimétrica, imprestável,
impossível escondê-la.

cabeça radiofônica

ondas revoltas
ocas, e soltas,
retornam e investem contra mim,
novamente, insistentes e constantes

pulsantes, moduladas,
amplas ou interferidas,
ondas adquiridas,
recebidas, repassadas

ondas loucas, trançadas,
lisas, afroamericanizadas,
louras, ruivas, asiáticas,
morenas hiperglobalizadas.


torço para a sintonia permanecer em voga
que esta boa nova droga
não vicie, apenas convença
de que você é a estação,
o ponto de interação.

A MELHOR TERAPIA

A MELHOR TERAPIA
para gustavo, marcos, leitores bipolares, e pessoas que em algum momento de suas vidas,
manifestaram emoções pungentes.

a melhor terapia, meu amigo
não tem traço, ranço de carbono em pílulas
troço de conversa de academia,
"Você deveria fazer isso..."
Faço o cacete
Meu cacoete é "defeito de fábrica",
do qual me orgulho, no qual me espelho.

Centelha do novo no velho,
escaravelho do escorpião sentimental,
que de mim levou o bem e o mal para o limbo.

matrix de onde?
que seja de Chuí, de Vladivostok, ou do sertão,
o sim e o não se difundiram e se anularam, então.

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a melhor terapia, amiga
não tem casa, rasa de referências espaciais
massa de delírios astrais
"Realize seus sonhos..."
Faço o punho enfeite

Meu florete é "ilusão de ótica",
do qual me orgulho, no qual me espelho.

Centelha do novo renovado
engomadinho no "erradinho" sentimental,
que de mim levou o bem e o mal para o limbo.

matrix de onde?
que seja do Havaí, de Woodstock, ou do verão,
o sim e o não se difundiram e se anularam, então.

Tão serenos.

a alegria está contagiando esse ambiente

de dor só não se vive,
embora somente dor viva pra nos matar.

de amor só não se morre,
embora só o amor não quite as contas pra pagar.

a alegria está contagiando esse ambiente
está fazendo clemente esse coração,
por abrigo remido,
por artigo de liquidação da insatisfação.


de flor só não se aspira,
embora somente flor alérgica pra nos infestar.

de cor só não se decora,
embora só cor não derrote as cinzas pra apagar..

09 novembro 2009

referencial trocado

homens não são mais
mulheres são demais
algozes são vítimas
vítimas, são bestiais

o que sobra é refletir
sobre o resto de nós
o pó concreto
de um horizonte abstrato,
sem nexo, chato, lento.

crianças são animais
adultos, iniciais
na arte do desencontro
do desespero sob nenhuma medida

a preferida, talvez,
do descarte
do "arremate e engula"
do "pule para a próxima parte"

o ser humano quer ser mais
o desumano vende mais,
de seu encanto veneno
de seu sufoco sereno.

07 novembro 2009

a perspectiva da mudança sempre eterna

vai mudar, eu acredito
mas sei lá,
não me movo,
me removo de tudo isso....

vai que a situação se mostra diferente,
pode ser, porquê não?

que seja eu um novo descrente da não-solução
aderente ao NÂO para o não.

dinâmica vai à minha frente
me persegue frequente
mente e diz que vai aguardar
me passa a banda, devagar

Game Over.
Hora de recomeçar.

Correria boa, essa

reabasteço
subo e desço
as cidades
as feiras
as quebradas

me despeço,
até breve, adeus
nas escadas
nas escolas

das sacadas


agradeço
subo e desço
os paralelos paralelepípedos
as beiras alquebradas

me requebro

com felicidade de deus
nas tomadas
nas sacolas
das cinturas bonitas
das meninas que admiro.

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