27 julho 2011

vencedor

a batalha não é fácil
não deixa de deixar seu legado
pulso arrastado, insistente

a vitória é consequência
malandragem ciência
curso determinado, resistente

a guerra está aí
não se permite permitir tréguas
léguas consumidas, evidentes

o vencedor é experiência
octanagem influência
mágoas digeridas, inconsequentes

25 julho 2011

A moça

é de verdade
é transcendental?
é flor de jasmim
é surreal?

a moça sorri
a moça abala
a moça aqui
me regala
o sentimento de admiração.

é novidade
é sensacional?
é flor da saudade
é magistral?

a moça paralisa
a moça desmonta
a moça, brisa
me apronta

com um furor de rebentação.
A beleza, plena.

xexm x7x6

em 76
alguma bagunça começou, devagar, e findou

em 76
afobados buscavam combinar diferenças e falharam
em 76
angústia bolinava consciências de espécies falsas
em 76
alertas burocráticos criticavam duas expressôes fortes

e as impediam de nascer, progredir, se expressar,
e as privavam de qualquer que fosse a tentativa

mas os estados permaneceram, e o tempo seguiu o seu curso, imperfeito e autêntico
mas os anseios prevaleceram, e o vento o levou além, indomável e imponente.

21 julho 2011

não sei fazer canção

PS: obrigado, Zeca Baleiro.
(citação - Tacape (Zeca Baleiro)

não sei fazer canção
que acolha, que seduza
sei fazer com que desperte
o lodo íntimo, a medusa

não sei fazer ninar a pequenina em ti
em sóis, sem dós, nem lá ou aqui
sei fazer com que se indefina
sua escolha, sua adrenalina por mim

sei fazer com que se exprima
sua falha, sua navalha em mim

o que eu sei
eu converto em guia
o que direi?
a solidão, a melodia


tampouco sei cantar canção
que enfeite, que suba à raia
sei fazer com que se extraia
o azeite extra louco do coração

não sei gerenciar a independente em ti
sem véus, sem cós, nem fado ou algo assim
sei fazer com que se reinvente
sua coral verdadeira, seu veneno jasmim

sei fazer com que se arrebente
sua bolha, sua pena por mim

ninguém disse que seria fácil

a mais bela
falta de personalidade
reluzente estrela
a trincar, explosiva

a colorida tela
de tons irritantes
curta viela
sons repelentes, agressiva

ninguém me disse
que sequer ouvisse
não será fácil
não, não será


a mais dura
sobra de bestialidade
avarenta, escura
a brotar, corrosiva

à semelhança dela
miltons divergentes
escuta paralela
fins aparentes, restritiva

18 julho 2011

rara

tão rara
doce, e mara vilhosa

tão cara
fosse menos geniosa

tão rara
ingênua e para normal

tão séria
fosse menos temporal

tão etérea
fosse menos convencional

fosse rara pessoa transcendental.

17 julho 2011

cirque du solo él

malabarista! pega com carinho as curvas sinuosas da vida,
e te equilibra, frágil, enquanto puderes!

domador! afeta com atitude as ondas indomadas da vida,
e te posiciona, altivo, enquanto aguentares!

mágico! ergue a varinha de condão defronte as não-solucionáveis,
inacreditáveis visões, e te suspende no ar, impávido, enquanto viveres...

homem barbado,
mulher bala,
não sei o que lhes pedir.
Vivam a realidade.
Vivam, vivam, sem vaidade.
Vivam a verdade.

aurora candanga

bem que a radioatividade alheia tentou mascarar
perverter, como fosse algo ruim

bem que a superficialidade feia tentou balançar
abater, como fosse algo fútil

bem que há sempre simpatia nos recantos do Behr
um prato feito de poesia para quem queira

bem que há sempre alegria da boa nos bairros distantes
um aviãopássaromulher pleno de boa histeria para Brasília inteira

dona maria project

não desiste nunca
do que é possível planejar
se dedica como se fosse o instante último

não a esquece
mesmo que nunca a tenha conhecido
se expressa como se fosse a única palavra

é um projeto de vida
do que é possível amar extraordinariamente
com defeitos, com efeitos nobres a contento

é um ponto de chegada
a partida do pleno desafio da vida
se explica como se fosse o maior amor

platônico.

12 julho 2011

aprendizado

que os tijolos floresçam
que as indulgências sejam alcançadas em sua graça
que os bicudos se beijem
que as inteligências sejam somadas

que o perdão prevaleça
que os cuidados sejam preservados
que o irmão aconteça
que os excluídos sejam citados

que as tentativas surjam
que sejam cogitadas
que as mãos não se interfiram
sejam juntadas

que o fim recomece enfim
que seja satisfatório
que o mundo seja sim
um livre parlatório

09 julho 2011

terceiro fio

a bomba pode ou não explodir
não estou nem
reagir, prefiro ficar sem

azul ou vermelho
tanto faz
teremos roxo, azul, lilás

contemplação de um novo momento,
contemplação do vento que me sopra

não (re)agir, eis minha quota.

dinamite pura

é mais que C4,
é a nona escala
11 na Richter
Einstein na bala

é supernitroglicerinada
mega pura
força delicada
pele rosada, escura
reluta, lanha e se relaxa.

beleza, paciência?

Nenhum compromisso futuro,
beleza?
Paciëncia!
Qualquer semelhança passada não será!

Nenhuma destinatária presente
Paciência?
Quaisquer mercenárias videntes
logo virão, impacientes...
Beleza!

o rito

segue o rito
enforcado, encardido

segue o rito
estornado, dividido

o conflito

segue aflita
abalada, destruída

segue e grita
esfolada, repelida

nega o dito
nega o rito

folgou,manchou
será restrito
bastou, quebrou
está finito

cego, o rito
cego, o rito

novelo

faço nexo todos os dias
lanço vias como flechas

entristeço, tranço madeixas às vezes
teço luxo noites a fio

fixo neuras todas as vezes
endereço flores, nas guias

trago gueixas à prazo
toco zona dias a rodo

prossigo.

fito elas todos os lances
levo garbos como fluxos

embeveço, expando rodeios por segundo
fecho a conta, me compadeço.

contigo.

de outra vez, quem sabe?

se posso te observar
agora só notarei se posso...

te observar
por ora é o que consigo
se te chamo a atenção
me verás de outra forma?

agora só admirarei

se devo...te desejar um pouco
por ora é o que realmente quero

se te clamo o coração
me sorrirás na mesma pequena forma?

07 julho 2011

água dura s/a

água dura
tanto invade
até que, impura

me combate, me pendura

água dura
tanto arde

até que cura
me inverte, me esmurra

água dura da paixão
tanto invade quanto empurra
minha ação junto à tua.

01 julho 2011

o que não aconteceu?

o que não aconteceu?
pergunto eu

fui, apenas...
o que não posso fazer
é querer que alguém compreenda

o que não sucedeu?
reflito ao breu

fel, apenas...
o que não posso querer
é fazer com que alguém entenda

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