31 janeiro 2011

manhãs de sol

manhãs de sol
meu pensamento, blue
manhã de sol
um ornamento, luz

manhãs de sol
manhãs de sol
pra onde fugiram?
quem trairiam?
quem atingiram?

manhãs de sol
teu monumento, blues
manhã de sol
um pensamento, nus

manhãs de sol
manhãs de sol
a quem serviriam?
quem mediriam?
quem transformariam?

Não vejo mais a noite, escura
Somente o sol me seduz
(a luz mais pura)

Não quero mais a dor, rasura
Só teu calor me traz luz
(és minha cura)

24 janeiro 2011

Planos

vou decolar, piano
planos
pilota da rota
garota miúda

vou revoar, armando
piada, graúda
garoto aprontando

vou deslizar, sambando
armada, se cuida
teu homem chegando

vem se deleitar, pequena
sarada morena
me abalando

vem me amar,
sem planos
pequena cabana
fonte do meu prazer

vou lhe pousar no Plano
menina
garota do meu viver

vou lhe voar, urbano
roçando no espaço
voa você

sussessu

swing ou bossa?
everything ou roça?
privilégio, poça
define, leitor, quando possa!

atina, leitora, caso queira...
é rock, pauleira?
bock ou aveia?
sacrifício, esteira?

o sucesso tem um brilho que atesto
uma inveja de indigesto
tomara que evite

o sucesso tem um jeito sedutor
uma fome de trator
tamanho sem limite

22 janeiro 2011

benefício

dúvida
para crer em mim
divida
para manter em nós 
dádiva
para sair da voz

do nosso canto.

21 janeiro 2011

mapa sentimental

vou sonhar, que penso ser o melhor
ordenar essas nuvens que insistem em chover,
em alardear o pior

rabiscar feito maluco
botar o cuco pra funcionar,


Porquê assim o quero,
Quando te vejo,
Como me toma o desejo
de quem tanto quero!


rascunhar feito copista
bolar a lista a executar,

Porquê assim a prezo,
Quando te venero,
Como me inunda o desejo
de quem tanto espero!

19 janeiro 2011

arrepio

não posso forçar
nem mesmo evitar

arrepio me causa vontade
de equilibrar meu coração
em fio bambo
ser molambo, sem razão

não posso falar
nem mesmo expressar

arrepio me dá alarde
de sair louco à tarde
em via única
Super Quadra Jambo, rumo sul.

gaiola dos apaixonados

admita que curte as grades
as hostis aventuras
a desventura romântica
química quântica
inexplicável e deliciosa

admita que se cobre de esperanças
das pueris lembranças
da ruptura frenética
mística, filosófica
transcendente e perigosa

admita que deseja
mais que tudo
ser o único sortudo
o único contemplado

admita, mesmo que não diga, que não queira
tudo ainda mais
conduzi-la aos portais
venerar o sempiterno instante
do sorriso que a toma por inteira.

the red button chronicles

pior que praia cheia no verão
liquidação de produto chique
maior que teu chilique
pura descontração

melhor que cena de casal em crise
reverberação do som gutural
manifestação maioral
doido reprise

superior ao riso natural
atrapalhada mise-en-scéne
explosão do eu autoral
de uma gargalhada perene

No pain, No gain (ou a Teoria do Tédio)

me diga, amiga
fiz eu algo além de meu limite?
fiz eu algo que te impressionasse mais negativamente do que já costumo fazer?

teu desdém me dói nos ossos,
acreditava em tuas palavras, em teus relatos,
em teus fatos

Agora que és mais mulher, te fitas ao teu regaço
ao entusiasmo do materno abraço
Agora que és quem queres ser, te lotas ao passo
vagar vistoso dos dias que antecedem tua transformação.

me diga, colega
fiz eu algo tão assim censurável?
fiz eu algo que te acovardasse da emocional decisão inspirada dos primeiros dias?

teu vintém deixou de ter valor há eras,
reluzia em tuas curvas, em tuas menções,
em tuas claras intenções

Agora que sou mais menino, me fito ao meu moço interno
à empolgação do jovem laço
Agora que sou quem quero, me junto ao passo
viver vigoroso dos dias dolorosos que me fazem amadurecer.

Ainda bem.

nuloshow

ela será escolhida... sempre de ninguém...
adianta nada reverter, terá nenhum jeito

surtirá nenhum efeito

se fizer direito
ela será conquistada a peso de diamante
por alguém que, surpreso, não o faria

o risco a correr
terá o seu mau jeito
acenderá algum sujeito

na tal intenção


o risco a correr
terá o seu bom feito
arderá esse sujeito

na sua direção

18 janeiro 2011

deixa rolar

seguir o caminho
acreditar sozinho
bisbilhotar o horizonte
de mansinho

zarpar sem destino
arcar sem visto

manda chegar

cumprir o desacordado
voar entortado
bagunçar o próximo
sem pena

torpor sem direção
remar convicto

deixa rolar

prazer

prazer terei de nada fazer, nada
leitura, fundamental energia
aborrecimento, casual, até diria

o prazer
deverias, deverias ver
senti-lo ferver em minhas pairagens,
nas margens de minh´alma

devias vê-lo brotar
em minha miragem,
na imagem de tua mocidade.

Dever, dever, dever...

Dever
obrigação de entregar resultado

Lisura, essencial,
pleno descontentamento
até diria, esperado

O dever de te conquistar,
prazeirosamente vagaroso,
caudalosa rendição.

Vê-la calentar minha friagem,
nas entrelinhas do coração

Devias observar-me a marcar
teu olhar, no seu reflexo verdadeiro,

devias receber-me ao apontar
teu amar, no seu revés delicado.

Não

Bolo Solado
Massa Podre
Duro Chão

NÂO, em vez de agrado

Colo Negado
Casa Explode
Pulo Assustado

NÂO, em vez de amado

tanto, tanto faz
o conflito se desfaz
não desejo perder,
quero espero vencer
bem mais

Dolo Apontado
Osso Doído
Pane...
NÂO... em vez de cuidado

17 janeiro 2011

Devoção a São Amarguinho - Faça seu pedido (São Longuinho dos Amores Perdidos)

Meu São Amarguinho,
padroeiro dos amores perdidos,

permiti que eu alcance a GRAÇA de achar GRAÇA em AMAR,

de consegui-lo de GRAÇA, e que GRAÇA é um nome aprazível para minha intenção.

Concedei-me com DOÇURA, uma bela pessoa, que linda seja, embora saiba que "que o amor ignora rostos bonitos, tamanho, cor, forma física, religião ou posses. É somente por si, e sendo assim já se mostra suficiente o bastante."

É difícil alguns dias, mas sou brasileiro, e como o sei ,segundo pessoas bem próximas do Senhor,
Deus também o seja, não desiste quem peleja.

São Amarguinho,
desatai os nós dos NÒS. Só tenho a mim, só vejo a mim!
Isso é DOCE QUE ENJOA, que DESTOA de minha devoção e da vossa poderosíssima concessão.

Desatai e depois amarrai com SUPERBONDER DIVINO, ELA e este MENINO; que possam sorrir pela graça alcançada, por vossa poderosa mão que acha o amor perdido na esquina, mesmo nas retas de Brasília...

Pelos méritos de vosso Poder, por intercessão de uma Bela Mãe e do CARA, sem dúvida alguma.

Assim seja bela,
a união dele e dela.

quinze pras 3

o relógio passa lento,
e por mim podia retroceder.

te desejo,
corredora dos ares,
singradora dos mares aéreos,
expert em luta humana!

vencedora por seu mérito
a honra é toda tua
estejas pronta ou nua
de teus artifícios

mil batalhas
empreenderás
15 minutos de minha atenção
não bastarão

15 breves segundos de ser
cristalizarão meu empenho
em te ver, mulher,
a mais feliz das habitantes dessa ilha.

deleite, delírio

deleite, delírio
descende o declínio
dentro, aqui

deleite, delírio
acende o fascínio
desde que te vi

olhares difusos
amores confusos
em si
meu gosto, teu crivo
expando-me vivo
pra ter você aqui.

deleite, delírio
compreende o domínio
sinto, aqui
deleite, delírio
extende o domínio
do teu ser em mim

artificial

os contornos, curvos
os olhares, turvos
os chamados, vivos
estranhamente

os transtornos, loucos
os sensores, poucos
os calados, roucos
alienados, mentem

os côncavos, desconvexos
os cegos, perversos
os enviados, altivos
acanhamentos

os transbordos, leves
os censores, ocos
os alijados, toscos
relegados, sentem

nada mais artificial.

PORRE

sempre escapou...
evitou tocar no assunto, que fosse um gole

seria cômico
soaria cacofônico
querido.

Porre Amigo
Companheiro Solitário
Meu guerreiro libertário
Nobre Amigo

sempre buscou muito
quis avançar no assunto
que doesse, outro gole dosado

seria atômico
gesto lacônico
querida.

Porre Amigo
Bandoleiro Incendiário
Meu arqueiro, Necessário Perigo.


Porre Amigo
Sou teu estagiário
Nobre Amigo
Dor não marca horário.

X is e Y psilone

XX

críticas idôneas, novas nuvens névoas
chilique, falta de zona,
perda de tônica, prática mesmo
astutas, desempenham sob vaias ou pelos
não se irritarão com a procissão de seu Hércules,
nem o desacreditarão

XY

possíveis erros, novos novelos
intriga, falta de zelo
perda de tempo mesmo
artistas, desenterram, sob ovos ou selos
não chegarão com classe à sua Afrodite
nem a deixarão

Fissura

ah, fissura
boa de doer
sangra você em mim

sonho você, carmim
cor do pecado,
com juízo e local marcado

ah, fissura
pia de viver
vaza você entre meus átrios

sonho você, jasmim
cor da luz do sol
em matizes atrizes
gostosa em HD
autodefine meu prazer

Oh, fissura
não mais que dura
seja dominante,
pune meu sacrilégio
dana o privilégio
de ter tuas mãos às minhas unidas

seja pura com o amigo
conduz-me ao abrigo
reforça meu amor repetente,
em dose infinita.


seja cura com o aconchego
conduz-me, que me entrego
reforça teu sabor inebriante,
em pose infinita.

constate o óbvio

razão e emoção
são óleo e água

onde um acha sua função
outro se deságua

onde um pensa ser ação
outro se acaba em nãos.

constate o óbvio
explique o impossível
ressuscite o crítico
e se conforme,
ao menos, transforme.

amor e paixão
são céu e terra

pela imensidão do mar unidos,
pela solidão do ar divididos

louvor e guerra em suma
o amor e a queda em brumas

dolor de mi corazón...
el amor de mi existéncia, en todas sus negras colores.

entrega

sou capaz de por ti tudo fazer
nada atentar!
além do que te faça sorrir...
muito aquém do que te possa ferir!

és capaz de o mesmo por mim fazer?
tudo tentar?
nada temer, além do que nos possa unir
aquém do que nos afaste e nos possa dividir?

Entrega, regra clara
alegra rara, faz o bem

Entrega, sonho nosso
invade, posse, traz quem vem.

living heartbreaker (a cafajeste sobrevivente)

Eu,
eu mesmo!

Que tanto culpo, sobreponho
seu modo de achar que
TEM, SÓ SE FOR, QUE NEM.

Que insulto, imponho,
não escuto,
não sou LEVE, NEM QUE TENTASSE.

não sou breve, nem linha de passe...

Seria ELA?
Ali, a de poucos tempos passados
Ali, a de tantos sonhos requentados
que deixei que passasse?
que deixei que assentasse o tempo sob seus pés?

que abandonei ao léu, ao convés!

das negativas não;
das assertivas, lembranças sejam ativas,
quiçá as perdas as tenham cativas.

São quem sou, quem fui e quem merecerei ser: VIVAS!

16 janeiro 2011

maratona do querer

ELE

Levanta.Busca.Enxerga.Crê.
Banha.Lê.Enverga.
Vaza.Deposita.Alimenta.
Veste.Beija.
Admite.Nega.Admite mais uma vez.
Corre.Abre.Fecha.Igniciona.
Acelera.Freia.Estaciona.
Trabalha. Rala.ROLA.
RALARALAROLAROLA.
Trabalha. Foge.

Corre pra te ver.
Corre pra te ver, sim!

Mais um desencontro.
Administra, ri de nervoso, voa, estaciona, desaba e RONCA.

ELA

Levanta.
Brilha, SONHA, SONHA, SONHA.
Adormece.

Levita, sonha, BRILHA, BRILHA, BRILHA.
Incandesce meu ser.

E não a tenho...

Contos, Conchas e Fantasias

elétricos,
nada mais.

lhes bastava o ápice,
do fôlego que predominava,
lânguido, lógico.

irracionais,
muito menos.

Lhes custava o cúmplice
de almas que transpiravam,
lívidos, máquinas.

Fúteis,
tampouco.

Por pouco, se lhes explicavam ósculos de fogo
que os fundiam, fundavam, moldavam em um só,
lúcidos, leônicos.

desatino direito
CONTOS - vício, vão imperfeito
CONCHAS - meios
FANTASIAS - cheios.

na surdina, sujeitos
ao ócio e ao que não lhes diz respeito
conchas - seios
fantasias - veios
CONTOS DE LUZ.

Cor e Arte (dor e sorte)

PS: baseado numa linha de blocos de papel, de uso geral, para poesias destinadas a uma musa, existente ou não em minha passagem pela vida daqui.

óleo que detalha
bolha que se espalha
se deixa colorir

cores nuances palha,
dores fortes, navalha
vêm me invadir.

arte que impressiona
ponte que emociona
me faz refletir

arte grega ou grogue
rica louca esnobe
quer me possuir

sorte grande ou gralha
dor de monge, limalha
quero deglutir

corte grossa ou canalha
flor ao longe, que raia
queira repetir.

Beira

Salta a onda,
Mente, mudo,
larga tudo e volta à beira do mundo,
que te margeia.

Larga a sonda,
Rosna, surdo,
Brota à mando da revolta à beira do mundo,
que te rodeia.

Quando?


Escudo agulha que lhe colcheia
Escândalo pulha que lhe permeia
Sisudo em desando
Vândalo de Terceira

Escada que decompõe,
parcela que se atreve,
sacada que se indispõe, pesada, crava,
madeira!!!!
levada, breve asneira,
à beira...

4 Atos

I


Elo simples,
de alma nobre formado

do lodo ao linho
da uva ao vinho
um pobre apaixonado

CANETA E PAPEL, ANOTA VELOZ
DA TERRA AO CÉU, LUTA ATROZ

II


Frente à batalha,
vulgo fogo de palha

do ouro ao pó - desgosto -
do grupo ao só - exposto -
feito ponto de falha


III


Face ampla,
de traço revelado

do aço ao passo
da luta ao laço
rouco declarado.

DEDO E TECLADO, DIGITA VELOZ
DA SERRA AO SOM, LETRA E VOZ.


IV


Feitura tênue,
sonhos intensos

do sangue ao suor
do mínimo ao maior
louca e louco, propensos.

inspirações

Traço palavras
que escorrem de meus calos
das lamentações

Lanço pedidos que se expandem
de meu halo,
das inspirações

Inspirações Músicas
Limitações Únicas
MEU SIM

Transformações Lúdicas
Revelações Túnicas
MEU FIM

Impulsivo

Dor infinita
Amor em demasia

Cor esquisita...
Vermelhos que eu não veria mais.

IMPULSIVO
Impulsivo Coração Indeciso
Decidido do riso ao calafrio da paixão


Amor sem fim ou início
Claro breu, raso precipício

Sinistro vício...
Escuros onde menos sabia.

Sabor imprevisível
Ardor, a pilha
Furor incrível...
Amor, a ilha

Calor moderado
Temor sem tempero
Humor irado
Furor de exagero

meu coração içado à escotilha...

Filosofia do Amar

Romance, devaneio, ilusão em cheio...

NÃO ME BASTAM!
NÃO ME PUNEM!
NÃO ME CASTRAM!

Me fazem levitar dentre tuas ondas
Me fazem sondar tuas rondas
Rente ao meu coração.

Relance, rodeio, desatenção em dobro...

NÃO ME DISTRAEM!
NÃO ME AGRIDEM!
NÃO ME AFASTAM
de teus orientais,
de teus olhares astrais,
de teu mistério.

Me fazem relembrar tuas sendas
Me levam a desejar tuas rendas, leves e tensas sob meus dedos...

Rosnam com ardor, Rugem com paixão.

Dizeres

O mar, entre suas ondas, me diz
"Prossegue, rapaz, quiçá consegues!"

A brisa me sopra ao coração
"Jovem, desista não!
Haverá ordem, haverá reação!"

A chama ardente me refresca o pensar
"Sê insistente, tua vez haverá de chegar"

A terra me confessa, sem tremer...
"A guerra, outra ou essa, um dia hás de vencer!"

só me sobra a dúvida:
"Lenda Litorânea ou Pressa Espontânea de Amar?"

A dama (amada v.2)

Sou escravo teu!
és minha ama, que tanto tenho esperado!

Se aqui viemos para nos aprazer
Façamos, então, sem pressa alguma.

Se tu és a Razão de meu viver
Prossigamos!

Meu caminho é o teu
Nossa meta é ponta alcançada
Teu coração será o meu,
Nossa vida será una, entrelaçada!

Amada

Amada!
Encontraste o maior tesouro
Meu desejo e o teu
refletidos um para o outro como ouro

Meu olhar e o teu como diamante,
no céu estelar de Arante!

Te amo!

Exercício

Direcionar meu sacrifício
final
Sacrificar meu artifício
afinal

É tão grande o exercício
Não dou conta


Padronizar meu grande vício
normal
Interpretar no interstício
moral

É sofrido o exercício
Não estou pronto


Retrabalhar o edifício
canal
Eternizar o desperdício
sem final

É precioso o exercício
Vale a pena


Retificar o teu suplício
banal
Reconstruir o fictício
criminal

É doloroso o exercício
leva a vida

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