17 junho 2015

dizem que...

dizem que rimo,
e concordo, aqui dentro

tempero a vida,
azeitando-a como prosa-movimento

dizem que canto,
e soletro, olá melódico
(que tom metódico, por sentimento bandido!)

dizem que reflito,
não sei bem o quê (mas, aos poucos, tenho compreendido)

agito o mundo,
inundando-me em palavra-alimento.


tudoaver

tudoaver
oquenos aproxima
o quenosvaloriza
eterniza asmãosunidas

as feridas,
quem não as teve?
nelas não se deteve, em excessos doloridos?

tudo acolher
oquenos germina
o quenospoliniza
suave brisa entre os olhares

as emoções,
quem não as deseja?
não mais peleja,
em seuspassosunidos.

junho, de todos os santos

acende o que há de São, no meu coração
explode de sentimento, que é momento de o viver

o sorriso compartilhar,
o perdão conceder,
em frente andar,
o espetáculo conceber.

amplia o que há de paz, no meu coração
expande de atrevimento, que é momento de não o conter

a vida celebrar,
o senão compreender,
a gente se olhar,
sem cerimônias, conviver.



V de valendo

a vida está me levando
"valendo...", ela sinaliza!

avisa
que há tempo e condições de não resistir
aos encantos que ela mostra

aposta em mim,
e espera o melhor que deseje realizar

crê que consigo
e confessa em segredo
"Valendo, amigo".

resgate

preço incalculável, recuperar a forma
sem idealizar
constranger, esfarelar

passo sob medida
a alegria da ida e da volta

a construção do ciclo reto, com tantos olhares

amares verdadeiros
serão protagonistas
desse teatro-viver

pilares primeiros
serão estruturais, me farão mais
desse retrato-crescer

eu:ue


sou este aqui, entre vários
sou aquele acolá, nos cenários

sou do lado de cá, rente
sou do lado daí, gente

tem vezes que não...
mas não saio tanto

sou o que não são
o sei bem

viajo, devagar
sou aéreo, alado
escuridão nenhuma detém esse voar
o imaginar é, assim, elevado

sou este lugar, único
sou deste clamar, lírico rei

tentativa esta
desta, ascenderei

folha em branco

seja canetas...
suja caneleta, sóbria aparência
desciclopédia, na média
não mais que isso

simples escrita
sutil, infinita
solta luminiscência

indefinida,
mas totalmente querida

ponto de início

seja caretas!
suas carências são preenchidas

polarização

de um extremo a outro,
o meio é zero
de um erro a outro
zerou-se, a um.

de um ingênuo a tolo
os meios conspiram
transpiram inconsequências, permanentes

de um lado a lado
o globo se une
ciclo virtuose, metamorfose transitante

de um pequeno a plena
se ainda fita, olha serena
se faz postura, seu molejo fascinante

receita do sonho

pus meu sonho para descansar,
reservei momentos para que adquirisse leveza
levei aos céus uma possibilidade de combinações

Que Deus sabe porque dão certo
ou desandam

adocei com ternura e compreensão
(faltam na praça, vez em quando...)
sempre é tempo de se renovar infinitudes deste estoque

decidi não congelar,
basta de artificialidades!

tempo, senhor das fórmulas imperfeitas
mas tão valiosas, tão marcantes

pelo sabor verdadeiro que transmitem...

ser tons

mar de rio
matizes de sol e lua
a bucólica rua me acomoda
e não se incomoda com isso

flor de lírios,
rosa do agreste
cores de delírios da peste
mais amorosa, na sua dinâmica me acaricia

e nos aprecia
nem disso se vangloria

paisagem!

se o pensamento voa...

se o pensamento voa,
a razão explica (numa boa)

o pensamento voa, arfante
a razão, por vezes intrigante, intragável,
será razoável?

mas, numa boa (explica, descomplica)

descomplicará emoção
e permitirá que flua,
livre e nua pelo espaço

tênue laço, há de desbravar deste coração
e dialogará, tum tum por tum tum
na minha vez, na sua, em nosso simples abraço.

asa

estou nos eixos
balanço, com grooves e experiências

não me deixo
avanço, como quem pode sempre pensar
para o alto e avante

estou com os pés no chão
dos nãos, tantos eu sei

não me queixo mais não
dos grãos, pinturas colherei

tudo vale

estratégia, deslumbre, afeição
sentimentos, vislumbres, deleição
atitude

só não vale sacanear, e rir sozinha, no fim

vitória régia, alcance, ação
movimentos, os lances, satisfação
bonança

só não vale trocar o par da dança
e sumir feito poeira do tempo

revisão global

atento para os desgastes,
naturais
a natureza que força o seu curso,
segura

e gera o aprendizado

alerta para o que se deve desbastar,
contínua e cuidadosamente
a aspereza que contorna sua pessoa
e gera dois isolados

ciente do que houve
observar o que há por vir
e, com isso, refletir
sobre vários pontos
que enxergam muito melhor que um, apenas

12 junho 2015

na terra do sol

no sertão, eu e Deus.

eu, pobre diabo
pensamentos elevados,
mais do que nunca, otimizados
mais um dia que acabo
no horizonte, Deus meu!

eu, louco amargo (não mais...)
pensamentos suspensos
mais do que nunca, intensificados

na terra do sol,
a melodia brota de onde menos se espera
acreditar que já era, quem poderá ser

na terra do sol,
a harmonia torta de onde mais longe se alcançará
acreditar no que não se vê, quiser poderá

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