29 outubro 2012

Dose de Lua

Rua nua me contamina
tua anfetamina

lua, tua me diz
melhor é ser feliz, boa menina

rua, nua me fita
tua lua de chita
é um

balão que levita
ar que se respira, em zoom

Lua dos Amantes
Rua de Mirantes tão incomuns
lua contagiante
flua, refrigerante, alguns

sem tu

sem tu, como indo vou ?
sem tu, aonde findo ?

você, oh my, my you

sem tu, arrivederci
sem tu, aonde deixe
você, eu te I love you

sem tu, vivo pequenino
sem tu, sigo sozinho
me sem you

sem tu, vivo fininho
sem tu, sem teu carinho
oh my, my you

frame

quadro a quadro
dia a dia

dor e alegria, cor e breu
meu
e de ninguém mais

pose sobre pose
close no close

euforia, amor e orgia
flor e fel
pedaço do céu, seu
não mais meu

o sorriso se congelou
acalento, se afastou em definitivo
sigo doce, amargo, doce
trago um ponto que te trouxe,
em mim, vivo
em mim, vivo

omega mem

omegamem tá lá no final do alfabeto
nada mais direto, homem ômega!
macho sensibilizado, em desconstrução

desculpas e excesso
imaturação ingênua
sentem pena, não!
voam sob suas penas

não resiste como fera
reside em quimeras
não insiste como há eras
não habita o sim, e sim o senão
habita o não-esquema de suas mãos

20 outubro 2012

cadim

um cadim
um pouquim só
não basta
não restará pó sobre pedra
no caminho,  no meio de meus caminhos

um, assim
um ali, entre muitos
não cuidará
não haverá jó sobre paciência que reste
pequenino, no meio de meus infinitos sentires

16 outubro 2012

turbocharger

fumaça nos dedos
gatilhos sem medo
transformam em pó o tempo a ser computado
mal ou bem passado, como queiram

trapaça, sem alarde
gentalha sem caráter
transformam um só em algo a ser admirado
bem ou mal idolatrado, como divino fosse

arruaça nas ruas
destacam-me sem dores
reformam meu eu só em algo a ser construído
bem e mal entrelaçados, como delírio solo

ditadura da sensatez

tenho que ser o mais feliz
o invencível
tenho que ser o mais audaz
o inoxidável

o do inviolável amor
o da inesgotável paixão

o rei do sim e do não
o absoluto



tenho que ser o mais feliz
o esgotável
tenho que ser o mais capaz
o reciclável, sempre que preciso

o do inviolável ardor
o da inabalável visão do bem querer

o rei do claro e do pode ser
o resoluto

15 outubro 2012

Via Catedral


o canal é nítido
tão simples, tão límpido
reflete boa intenção

a intenção é transparente
ama o indiferente, acolhe o esquecido
ao que se isola dá ouvido

o canal é pleno
tão lógico, tão emocional
congrega boa solução

a intenção é transcendente
chama reluzente, acalenta o desistente
ao que se imola
refaz, novamente

13 outubro 2012

Google Thanks


obrigado por prestigiar meu website de poesia

gracias por honrar a mi sitio poetico

thanks for honoring my poetry website

Dank für die Ehrung meiner Poesie Website

merci pour honorer mon site poésie

grazie per onorare il mio sito web poesia

私の詩のウェブサイトを称えるためのおかげで

Спасибо за честь моей поэзии сайте

terima kasih untuk menghormati laman web puisi saya

شكرا لتكريم موقعي الشعر

10 outubro 2012

situando

tô que tô mesmo
em uma relação complicada com o mundo
comigo e com ninguém, ao mesmo tempo

vou que vou, em um reconhecimento próprio
de quem não tempo a perder, com a perda do tempo, por nada demais

em uma relação enrolada com o tudo
comigo e com você, ao mesmo tempo

09 outubro 2012

adesão

como não aderir?
ao formato que tens, ao extrato do sorrir
insensato, outra vez
caricato,
em outros três
bem na cara de vocês

como resistir às tuas brasileirices?
ao contato que distante, manténs
ao gingado, em que lânguida, me tens

fêmea singular
mulher particular
tão única

04 outubro 2012

triagem

boas inspirações me vem
de vez em quando
um conto romântico, canções do Wando
saudade de ninguém

boas vibrações também
de voz ou pranto
um banzo semântico, orações num canto
vontade de alguém

boas direções me tem
de luz ou lucidez
um passo automático, corações erráticos
virtude terá sua vez

rente

alugue-se, amor
numa cidade sem esquinas
venda-se, alma
sem preço que te apague

estenda-se, paixão
numa vontade sem amarras
renda-se, alma
sem posse que a segure

alugue-se, carinho
numa cidade sem sentimentos
arrebenta-te, alma
sem laço que a afague

desentenda-se paixão!
num alarde sem escalas
renda-se, alma
sem ranço que a cure

02 outubro 2012

tolice

tolice a sua de acreditar
que o mesmo ato
dê diferente sinal
que diferentes fatos
resultem num mesmo final
assim, aleatórios

tolice a sua de desafiar
que um mesmo pacto
dê eficiente canal
que diferentes pessoas
reunam-se num mesmo ritual
assim, folclóricas

assim, eufóricas

pelo fim de um começo
pelo que resulte astral
pelo que não insulte
pelo fim do mal

conectar você

as coisas estão linkadas
o passado, não deu certo
a ousadia que declarou amá-la
e as perdas e ganhos de voltar ao começo

ninguém gerencia isso bem
tudo tem seu preço

há que se digerir
refletir
repensar
ainda mais como mulher
amar é de corpo e alma inteiros

as coisas serão consolidadas
o passado, tropeçado
a letargia que proclamou esgotá-lo
e as perdas e ganhos de reescrever sua história

ninguém gerencia isso bem
todo sacrifício gerará sua glória

há que se multiplicar
expandir
repensar
ainda mais como rapaz

de alma e coração inteiros, tudo o que se faz

01 outubro 2012

vocação

vou estender a mão, porque quero
vou reter o não, porque espero
vou rever a ação, porque erro

vou revirar o chão, porque berro
vou lavar a mão, porque a enterro
vou orar, então, porque não me libero

vou sorrir com devoção, porque amo
vou amar, então, porque a chamo
vou viver, e não será em vão, porque clamo, tanto...

o dia de amanhã

vivo o hoje, de olho enviesado
entre o que será, e o que se foi
celebro como fosse vitória
a expectativa de uma hora, breve oração

relevo o ontem, colado na atualidade de meu dia
da letargia à euforia, como fosse mágica
como fosse passe direto pro paraíso existencial

o amanhã, dia que não veio
que virá, o que será?
me digam, me prevejam, me antecipem!!!
e assim, perderei a graça de descobri-lo a sós.

reconhece

reconhece
que não dá pra esquecer
que foi megalômano
tendencioso, no pensar
catástrofe, no agir

reconhece
que não dá pra não ver
que será eterno, mesmo não durando
soturno, ali lhe cutucando, como fosse nada demais
limítrofe, no sentir

reconhece
que não dá pra se deter
que foi ultrajante
delirante, no sonhar
hipótese, no existir

reconhece
que não dá pra reter
que será terno, mesmo tão distante
noturno, ali lhe lembrando, como fosse nada demais
a tese de te ouvir, aqui ao meu lado

no regrets


no bad feelings
only lack of meanings
floating desires

no issues at all
only pack of somethings
boring vampires
against my love

no regrets
only chiclets
to cure the pain

no resets
only excess
to try it, again

Seguidores

Arquivo do blog

Minha lista de blogs

Mondo Lucca

Mondo Lucca
Mondo Lucca 2013

Páginas

Aqui, link para meus sons

Aqui, link para meus sons
soundcloud.com/Mondo-Lucca