27 dezembro 2012

gris

nuances no céu
loucuras no ar
apesar, de todos

relances de um véu
pinturas sem vingar
sonhar, com ela

o gris me dá tons reais
caminho só, vento comigo
caminho em pó, pedra e abrigo


avanças sem mel
doçuras, não mais
apesar, dos lírios

retratos do fel
torturas sem comparar
delirar, sem ela



o gris me dá tons reais
caminho só, vento comigo
caminho em pó, pedra e abrigo

o gris me dá sons finais
sozinho só, lento, amigos
caminho em pó, pedra e perigos




26 dezembro 2012

há 1000 tons

(baseada em observação de Hamilton de Holanda, na 11ª edição do Projeto Bandolim Solidário...)

Há tantos tons de mulheres, perdidos por aí
quem dera os achasse
e os guardasse em minha retina

há o tom dessa menina
mas perto não mais está
não vinga mais sua imponência
sua delicada indecência
seu perfume

que o arrume em outra estação

há tantos sons de corações partidos, silenciados dentro em mim
quem dera os restaurasse
e os moldasse como corações perfeitamente solitários
amantes inglórios
namorados otários

há o tom dessa mulher
brincou comigo de mal me quer
e bem a quis!
não xinga nem é meretriz
sua observada ausência
seu costume

que o ajeite em outro coração

21 dezembro 2012

sopro

novo ano já vem, a soprar
a sonhar dentro de nosso planalto
sonha alto, sim
que o novo virá

para nós todos
a qualquer momento
o contentamento surgirá

novo momento se faz, a se formar
a se elaborar dentro de nosso coração
sonha intenção, sim
que o melhor será

para nós todos
a todo instante
o rompante da vida renovada
o passo a passo da estrada
o tudo sobre o nada

prevalecerá

Feliz Natal
e um 2013 de realizações para todos

Luiz Cláudio

18 dezembro 2012

vitórias?

eu levado pelo vento
passo o tempo que for
você não há de vir
eu hei de ficar

no córner, no canto,

entretanto você, e o tempo que for
a esperar
vitórias?

eu levado pelo momento
passo o tempo que for
você não há de rir
eu hei de chorar

sem canto, no pranto,

entretanto você, e o tempo que for
a esperar glórias?

recuperar
revisitar
memórias

rememorar
reestruturar
história
de um só.

16 dezembro 2012

negrafirmação

pela preta
pele preta
explosão

negra sobre os nãos

pula preta
sobre toda essa contradição


pelas pretas
veias negras
afirmação

negra sobre os nãos

pula preta
sobre toda essa contradição

(pela vitória de Ellen)

11 dezembro 2012

pequerrucho

(para Viviane)

o pequenino mal cabe no teu colo, entre tuas mãos boceja
viceja vida melhor do que a que temos levado
ao lado, atrás, sempre atrás de dias que possam melhorar

o pequerrucho pouco se expressa
ora, pra que pressa, se tenho tudo às minhas mãos?
sorri, saltita, esbraveja (um pouco só, nunca em vão....)

celebrando o chegar da renovação
gesto contido, nunca isolado
festa expandida
apresentação de uma nova vida

em tuas, em nossas mãos
situas, em teu coração
materno, eterno.

10 dezembro 2012

verões

verei tantos verões
que passarem por mim

verei muitas versões
visões sem fim

viverei tantos senões
que arrastarem a mim

verei muitas diversões
solidões, e os fins

novos de novo

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serei tantos camões
que navegarem por mim

serei muitas versões
histórias sem começo nem fim

viverei tantos sermões
que arrasarem a mim

serei muitos vilões
multidões, e os fins

ovos do povo



sua natureza

artificial, sua natureza
sorri sem ter vontade
fere com dada maldade
típica de quem não sabe ao certo por quem vive

tendenciosa, quem sabe
agride com velocidade
repele com tal majestade
pois faz parte do teu repertório

meu oratório, não adiantou
provisório, pois outro alguém chegou

saiba irrigar teu deserto.

04 dezembro 2012

onde mais?

o balanço é bem claro
a coragem, pelo gestos mais simples
o costume, com o que há de mais corriqueiro
o medo de errar, medo primeiro

tanto busco, sem rumos
faço mal a quem não quero
e o bem que esmero, náo está sob meu domínio

esse alto domínio
ledo engano

o fracasso é quase um fato
a vertigem, pelo rostos mais serenos
o azedume, com o que há de mais rasteiro
o medo de amar, medo primeiro

tanto busco, sem rumos
faço bem sem critérios, e devo mesmo fazê-lo
e o bem que esmero, náo está lhe causando fascínio

esse alto domínio
ledo engano
esse palco, extermínio
doido sem planos

onde mais?

03 dezembro 2012

zen

tudo bem
tudo bom, indo certo
tudo tom, até que enfim
tudo zen
todo tom de descoberta

flores em mim

mas tua falta, faz falta
tua alta presença, calor do sim
mas tua luz, tua pauta
tua pose intensa, tremor sem fim

do marcos fabrício - recomeço

Não há bandeira
Que tenha sustância
Quando o verde da esperança
Deita raiz em nossos umbigos
É tanta fome de leão
Pra pouca sede de leoa
Ou vice-versa
Conforme manda o figurino

Calar a boca da voz do sonho
Impor a ordem antes dos sentidos
Rumo ao progresso chamado amor
Geram braços cruzados e abraços abatidos
O frio nunca é quente no interior
Mesmo assim
Ainda sim
É possível um recomeço
Não há lei da mordaça
Que cale o canto dos pássaros
Somos aves para além das gaiolas
Andar é sentir o coração da Terra bater
E voar de alegria pela linda sensação
De perceber como a doce rebeldia
Tem jeito para a força da prisão

recomeço

eu sempre sonhei com um recomeço
o fim de novo, em mim, outra vez
eu sempre pensei em teu endereço
sozinho de novo, aqui outra vez

a felicidade lhe bateu, sorriu e lhe aconteceu de novo
será muito mais para mim, será muito mais que um clamor
será muito menos breve que o amor

fico feliz porque foi tão sereno e tão puro
fico feliz porque não há mais escuro

feliz estarei
outra vez

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