29 dezembro 2013

Parcerias - Estrutura Mondo Lucca

Aqui,o agradecimento a 2 pessoas essenciais na definição sonora do Mondo Lucca

Haroldinho Mattos (HM Guitarras)
CLN 406 Bl D Lj 34 (subsolo)
Asa Norte - Brasília - DF
(61) 8142 4422

https://www.facebook.com/haroldo.mattos.3?fref=ts






Wagner Duarte - Especialista em Valvulados (contato via Oficina do Haroldo Mattos)
izzychilli@gmail.com (61) 8158-2528

13 dezembro 2013

microTEDIO

microTEDIO
mezzoREMEDIO
altoREVERSO
pisoINCERTO
lousa sem nexo

macroLERDO
meioPERVERSO
todoDISPERSO
tudoDESERTO
verso sem prosa

11 dezembro 2013

11do12do13

sexta-feira 13,
a má sorte se irá, espero que triste;
poderia não acontecer, mas será, mesmo imperfeitamente

quinta, dia 12,
pares formando close
amores à la carte, azares à parte

dia onze, primo...
modestamente estimo que relevo o prêmio bronze que me espera
pelos esforços cometidos, pelos destroços ajeitados
pelas palavras douradas pelo tempo
que prateiam meu númerico caminho de amores imperfeitos

10 dezembro 2013

Mente

mente serena
coração feliz
me diz que não ama
a que sempre te quis

mente, amena
diversão com bis
me fiz como se não amasse
a que sempre me quis

08 dezembro 2013

movimento um

pêndulo movimento
crédulo momento acontecer
modular harmonicamente
gente consciente de si mesma

que vale a pena esperar
por alguém que será mais que nós

pêndulo cíclico
voltas pelo mesmo caminho 
amadurecer

maneirar adequadamente
gente como a gente, um pouco diferente na tabela

vale a pena tentar

ser mais que eu por ela

06 dezembro 2013

fracionada

Você
Metade inteira de mim — definitiva

Você
Minha alternativa incerta
Incisiva

Ah morena
Desde já te persigo perdido entre tuas partes únicas
Não necessito túnica pra notar tua pose alada

Curvas e sorrisos de prenda
Privilégio—demonstração

Filmes e cores andinas
Sacrilégio dizer—te. Não...

Plumas e abrigos de renda
Repetente encantado em construção

desperto

Âncora fora do mar
Despejo
Desperto
Desejo aberto
Te vejo por perto
Por outro rótulo
Título provisório, paixão memorável

Pés fora do chão
Mãos ao alto
Salto confiante
Um levante motor

Corpos em agito
Silencioso grito, não mais distante
Apenas rompante

29 novembro 2013

looloos

coisas de menina...
de mulheres que não esperam, que desejam ser atrevidas guerreiras

coisas de mulher... de meninas que querem, então pelejam
coloridas arteiras

coisas, pelo menos!
realidade talvez nunca sejam
poses, muitas vezes
doses, pelo menos

com essas caras
esses caras serão

virtualmente seus
praticamente de ninguém

18 novembro 2013

imprecisão

não precisa precipitar não
imprecisão pode ter
pode ser do jeito que você é
menina mulher

não escandaliza não
inocência pode haver
pode agir do jeito que você imagina
mulher menina

não divida não
inteira pode estar
pode ficar onde deseja brilhar

mulher, mulher

08 novembro 2013

nem eu

certas coisas
coisas erradas
nos zoam, atrasadas
nos tiram do sério

certas poses
posses passadas
povoam, lotadas
com seus mistérios

você não aguenta
você nem tenta ouvir
você não aguenta mais
nem eu
nem eu

certas pessoas
passos errados
nos travam, intimando
nos levam a nada

certos closes
causos pautados
percorrem, pilhando
a nossa estrada

você não aguenta
você nem tenta mudar
você não gerencia mais
nem eu
nem eu


29 outubro 2013

sussurro

você não sabe o que sou só eu sei quem não fui
pretendia dizer menos verdades amenidades pra você
ser menos arisco correr menos risco querer
poderia dizer mais maldades inverdades sobre você
ser menos avesso correr mais espesso viver
você não sabe o que sou só eu sei quem não fui

24 outubro 2013

Mondo Lucca ao Vivo - 2012 (Ceilândia-DF)

ABC Covers - Mondo Lucca - 2009 a 2011

Pop Rock ou Baladas Lentas e Músicas de Amor? - P.Ro.Bl.E.Ma (2009 a 2011)

liberdade

solto das amarras?
dessas garras, que eu mesmo criei?
posso comemorar, e dizer que sou dono de mim?

teimo em ver logo a conclusão
de um caminho mal vivido
meu gemido, abafado
meu penar, exaltado

solto das barreiras?
dessas, em mim traiçoeiras
que eu mesmo finco

teimo em ver logo o cessar
de um destino tão invadido
meu partido, anêmico e isolado
meu sentido, polêmico e inebriado

risco

chance, não tenho
erros, desdenho

corro o risco de me revelar
não ser
ninguém

lance, empeno
romance, pequeno

corro o risco de me rebelar
não ver
porém


23 setembro 2013

saturada

o que importa, se aparência mal nos sustenta?
o que importa, se fingir é o que te contenta?

você merece de mim um zero à esquerda
e mais nada
você merece de mim toda desconsideração
saturada

o que importa, se atitude é o que nos resta?
o que importa, se desprezar é a tua festa?

você merece de mim, silêncio eterno - tua morada
você merece de mim, nada mais, saturada
nada

18 setembro 2013

o IDIOTA:inteligente

vai logo achar uma razão
para viver
isoladamente
vai logo pra te passar uma questão
pra reviver
eternamente

a transparência há de cegar
seu olhar da alma, enfurecerá a sua calma
a inocência há de macular seu pulsar,
como algema, endurecerá a sua pena

viverá sem sua nota, infelizmente

vai logo pra causar a impressão
de ser um ser predominante
vai logo pra te convencer
de uma explosão contagiante

a decadência há de orientar sua causa
será nobre, jamais pequena
a prepotência há de fomentar sua nova rota
e vai valer a pena

vencerá o idiota, inteligente.

a meu favor

ando a meu favor
indiferente na cor, tão resistente

ando aí, sem ardor
gritando sem temor, inconsequente

ando a meu favor,
estipulado penhor, inteligente

ando aí, sem pudor
enchendo por temor inexistente

paro, penso, não sei o que fazer
se vou lutar, se vou gemer

se faço a mim o meu favor
se peço seu calor
fluorescente

paro, penso, não sei o que fazer
se vou findar, vou renascer

se faço a mim o meu favor
se peço por humor
incandescente

09 setembro 2013

alerta

acorda, menino
desperta, divino
repensa contigo que vida é dom
tudo que há de bom

acorda! previno...
desaperta, ferino
o que lhe incomoda;
moda é pra quem não sabe opinar

desconectar?
não..
sempre alerta.

04 setembro 2013

resoluta

independente, resoluta
infinitude
incandescente, conduta
longitude

efervescente, disputa
A virtude
quarto crescente, santa ou puta
atitude

26 agosto 2013

sinal verde

tanto procuramos fora de nós
a sós
o amor, a cor intensa do querer

o sinal verde, por dizer
mesmo que não nos diga

e prossiga, escurecendo...

tanto buscamos aqui dentro
o tempero do amargor
a cura da dor
qual seja

e veja, bem ao nosso redor
algo maior
transcende

e acende a vontade de disparar, ao encontro,
lentamente.

20 agosto 2013

tento

tento, meu querido...e como!
tento, aos poucos, combate após combate

empate, nunca será bom resultado
o combinado é vencer
vitória é a glória
a estrela solitária em boa companhia

marcaste aquele gol de placa, meu nobre
70 anos farias, e marcarias - como ainda marcas - nossa história

a lembrança é a nossa memória
história após história
a sua
sempre permanece,

de quem nunca te esquece,
e tuas histórias recordará.

16 agosto 2013

solto

ando solto pelo mundo
preso por detalhes
loucos entalhes, receio

ando solto, vagabundo
rezo por quem me valha
poucos canalhas, recreio

ando solto, moribundo
preso por quem me olhe
se o bem me escolhe, isso vale

não comparei meus pontos fracos aos tacos
que recebi de outros
poucos pontos fiz, mas foram pontos

ando solto, propagando
vivo por harmônico que sou
novas melodias, eu crio

ando solto, revelado
rezo com o fio na navalha
poucos paspalhos, de quem rio

13 agosto 2013

sem zeros

sincero eu sou,
eu tenho pouco mas eu conquistei
eu ando rouco, tanto tanto que por ti gritei
desiludi, como a mim também
quem sabe um pouco mais presente de ninguém

sereno eu fui
explodo pouco, mas ao fim rachei
um pouco louco, nunca, nunca, nunca mais te achei
investiguei, como a mim também
quem sabe um pouco mais mistério pra se crer?

seguro eu fui,
então me antecipei
vi teu olhar, o teu sorriso e me levitei
espero agora ser muito mais que sei
não ando solto, desde que te achei

severo estou, eu tento tanto mas eu me cansei
portantos, toques, tentativas, insistências 100
espero nunca mais ser só vintém
um pouco menos crente em qualquer alguém



clube da solidão

bem vinda ao clube da solidão
ao ponto da indecisão
rainha de mil amores passageiros
picadeiros de ilusão

bem vinda ao clube, sem adesão
com tesouros sem fim, prometidos
seu amores tão bem mal fingidos
é miragem, do seu coração

bem vindo ao bar, desilusão
à canção desesperada
ao começo do fim da história inacabada, expiação
bem vindo, bem vinda
desejo disperso a cada esquina
um pulsar inflamado pra quem acredita
(paixão bandida)
amor ou não...

12 agosto 2013

sparring

a luta começa agora
direita, esquerda, dentro ou fora
tá feita a armadilha
homem na ilha, de lata

a dose é imperfeita
sincera e rebelde
peça receita!
tá feita a solução
homem na pilha, da solidão

o ringue, inaugurado
à sorte, eu fui lançado
tão feitos os estouros
homem na ilha, com touros

sparring, involuntário
refém de seu horário
tá feita a explicação
homem na pilha do fim, senão...

dia cheio, noite vazia

o tic tac é  o mais real de tudo
contudo, o resto é somente plano virtual
eu, crente // ela, fria
eu, que ria // ela, indiferente

o bang bang é o melhor que se espera
de frente, a esfera sempre mais peso terá
eu, aceso // ela, ao Deus dará
eu, azia // ela, desprezo

a seta alheia é a mais aguda
eu, verbalizo // ela, muda
eu, então mudo // ela, descontextualiza

fenda

São Coisa, meu poupa!
me julga, sereno...
um dreno, um estorvo
a fenda na mente

maldito tesouro
tão inconsequente
sou lata, nem ouro
nem aço pungente

Oh santa, me valha
ajuda-me, rente
de fraco a canalha
não há quem aguente

a fenda é funda
deserto imenso
me ronda, me inunda
posto, submerso

a fenda, profunda
aberto universo
me esconde, rotunda
rosto adverso

07 agosto 2013

dia bom

o que eu preciso, é um dia bom
um novo som
esta pessoa
eu, à toa
ela à procura

eu às claras, ela, na dura
a fim de

o que eu preciso, é um dia maior
um alfajor
esta onda
eu, na boa
ela, a melhor

eu, por várias, ela, a cura
o começo de.

06 agosto 2013

as preces, que sabem

que subam, as preces
que ouçam minhas preces
benesses, que desejo

que me vêem pelo lado mau
que me processam igual a outros
a desgosto próprio

sou, então, expropriado de mim
e fico aqui, alijado

desossado, não endossado
indeferido

que iludam, às vezes
que usem minhas preces
gentilezas, que desejo

que me vêem pelo lado escuro
que me atiram igual a outros pelos muros
a próprio prazer

sou, então, retirado de mim
e fico aqui, separado

destratado, difamado
incompreendido



05 agosto 2013

foco:frugal

minha cabeca diz sim
mas o corpo titubeia
ele rabeia com um charme irrestrito

levanta, homem!
a dor é finita, a cor do amor desbota
e põe-se em rota de separação

não houve mal intento ou pouco sustento
houve novo olhar, um novo momento

despetalar

02 agosto 2013

turista:candango

esse céu passa por mim, todos os dias
rolamentos, avenidas, gente
e eu crente, capaz de mudar o meu redor
utopia maior...

esse amor passa por mim, me arranca sentimentos,
me estanca a tristeza da consciência
mas é momento temporário
muda o horário e o destino final, por consequência

essa vida passa por aqui no meu peito
teria jeito? terei menos defeito, que o de ser?
maior das estações

verão o inverno primaverar meus outonos passageiros
verão algum terno ferver costumes derradeiros
verões candangos, poeiras do tempo.

leva leve

leva leve, se o mal me leva vez em quando
se, tentando, não consigo,
quem dirá abrindo mão...

dizendo não a oportunidades arriscadas, doloridas,
mal executadas

leva leve, se me empolgo por padrão
se, pensando, ajo não
quem dirá, desconectado

repetindo velocidades exageradas, explodidas,
bem repassadas

leva contigo meu bem querer
de quem não te quer, bem
leva contigo meu bom aprendizado
de que convicto, acerta errando.

30 julho 2013

feitiço:mestiço

quero me ver livre de você, e não consigo
o quanto ligo para quem não me crê
o quanto digo para alguém que nem me vê

quero me ver curado do teu feitiço
mestiço, malvado, lascivo
o quanto brigo por nenhum querer
o quanto consigo por sequer dizer
desconectar, voo impreciso

quero me ver junto de você, e não deixas
o quanto lutas por quem não lhe crê
o quanto brigas por alguém que nem te vê

quero me ver imerso em teu feitiço
mestiço, temperado, incontido
o quanto luto por teu querer
o quanto consigo por tanto dizer
reencontrar, homem refletido

foto:síntese

é um troca,
fosse broca talvez, oca, quem sabe...

é um transtorno, me move
me priva, me cala...

me chama... não me dou conta
me confronta, quiçá dance no meu ritmo

me acorda, pois é tarde, muito tarde

me circunda, há quem diga
me baila, no bom da dança

é um caminho, sozinho por vezes
carinhos, quem dera...

esse será
meu já era
meu motivo, meu calo

me alertam, não me dou conta
me sacodem, isso me arde, como arde..

CRU:eu

em promoção! pra acabar...
não deixe de levar um coração que custa a pulsar,
entre outras carnes nada nobres

não deixe que sobrem espigas!
debulhem-no, picotem-no sem se envergonhar,
ou cruzarem olhares desinteressados, que o restante custa os olhos da alma!

calma, que é artigo raro nesses tempos,
alguém, cru, por dentro,
alguém, nu, a seu contento.

calma, que é muito, muito caro,
um coração em despreparo,
um coração de um só momento.

05 julho 2013

então...

então, José, não dá mais pé,
pois é, Luiz, se foi por um triz,
e agora, Adriana, mais um novo drama?
e como será, Dinorah?

nomeie a competência
tire a assistência e, assim, não será...

então, Ramiro, sem último suspiro,
pois é, Antônia, sem mais cerimônia!
e agora, Isabel, na torre de papel?
e como ficará, Eloá?

escave a incompetência
revire a paciência e, assim, não será...

02 julho 2013

dê corre

decore as cores
corra das dores
deleite-se com as flores
cura amores
cura dores

dê corre nos atores
rechace os bolores
embale a senhorita, meus senhores
sem favores...

sentimental-obsessivo

inicial e decisivo
me sinto mal, mas estou vivo, afinal
buscando cores em breu tão claro
buscando flores em meio a espinhos de rejeição

sentimental e inativo
me sinto mais, não sei se vivo, por ti ou não
buscando pulos em abismo aberto
errando lados, duvido incerto
não sou quem eu fui em vão

um sentimento inconsciente
um coração incandescente, outro tão frio
revelo jogos que não sei a aposta
retiro a cota, voo vazio

especial e obssessivo
me sinto tal, me reativo
buscando lógica, questão fechada
e eu não sei, não sei mais nada
não sou quem te amou em vão

17 junho 2013

garranchos

a vida?
vai...
bem...não sei se vai, mas me vem tantas vezes!

o universo?
segue...
mais ou menos, consegue!
se tanto...

o caminho
está...
mal traçado!
algo mais pode ser desfeito?

eu?
garranchos...
desmanche coletivamente unitário
algo mais pode ser pausado?

16 junho 2013

vez

vês? não tive voz
não será de novo minha vez
não seremos três
seremos unitários

seremos otários
bancando porca filosofia
o fim do dia
documentado
o fim do tédio
reiniciado

vez? não ouvi tua voz
não serei o que pretendia
se sonhei, poderia?
não seremos reis
apenas lacaios

seremos desmaios
bancando morte sentimental
raiz de um mal que não houve
mal nos ouve
mal nos crê

vê quem interessa
ama quem o tome.

14 junho 2013

azeitar

bem que podemos azeitar o diálogo
temperar bem as relações
mais agridoces
menos básicas

mais práticas
menos foices

bem que podemos azeitar o convívio
equilibrar bem os dois lados
mais alívios
menos contestados

mais suspiros
menos bombardeados

13 junho 2013

ás

a melhor jogada
o blefe perfeito
segue abandonada
sigo então, sem jeito

melhor cartada
sem revelar

melhor passado
a ocultar

a melhor cantada
o lance direto
sigo abalado
segue, então, objeto

melhor cartada
sem revelar

melhor passado
a ocultar

12 junho 2013

FELIZ DIA #172

um dia não basta!

bastaria uma vida
doída, que fosse
osso e posse
longe de nós

nós, apenas de cetim
descobertos pelo brim
pelo acetinado do teu olhar

o mar, que vejo transplantar meu coração
pra junto do teu

bastaria uma vida
corrida, que seja
brindes e cerejas
perto de nós

nós, de uma embarcação
conduzida pelo horizonte
pelo por do sol no mar

o mar, que vejo balançar meu coração
pra junto do teu

eu que não sou meu,
sou teu,
meu amor.

05 junho 2013

brasília com p (inspirado em GOG)

paro, penso
prestador procrastinado
pensador porcentado
pagador parcelado

passo, purgo
protetor passado
pateta pintado
primeiro protelado

peso, pulso
professor privado
poeta pontuado
parceiro postergado

31 maio 2013

Fila

fiel essa fila
esse filar
ataca quem quer

o bem o mal
o salve-se quem puder

não sou, mas estou lá
na espera
de quem erra, eras e eras

não vou, mas terei de ficar
na espera
de quem birra, espirra sem mira

fiel essa fuleiragem
essa imagem
autoprojetada de nada mais a dizer

a porrada moral
o ferre-se, entre dentes

não cria, mas terei de
ficar na escuta
de quem lhe cutuca, sem cerimônia

não esperava, mas terei de agir
se um dia quiser conseguir
andar nesse caminho de vida
dividido com ninguém mais.

24 maio 2013

anônima


anônima
fenômeno causa
atônito, overdose ferormônios

anônima
fenômeno pausa
meteorito, aterrisa pandemônios

me sinto assim
de longe
esponja sentimental
serial lover

me sinto assim
presságio
escudo sentimental
serial poser

23 maio 2013

answering machine


respostas! respostas!
dor nas costas
estresse
intriga em construção

o que não gerencio, me cobram custas
ajusta-se à minha solidão
o que não vivencio, me cobram respostas
como se fossem brotar de meu chão

não, não sei
não, não tenho idéia alguma


dúvidas, dúvidas
dor na alma
avança
pura decepção

o que não vivencio, me exigem cotas
ajusta-se à minha indecisão
o que me silencia, me cobram respostas
como se fossem brotar de meu chão

não, não sei
não, não tenho idéia alguma

ambulante


experiência vale de quê?
diálogo, convivência?

se sempre somos vistos como imaturos
inseguros, inconsistentes

moles enquanto duros
pobres de riqueza vã

inteligência vale de quê?
dívidas, inconsequências?

se sempre somos vistos como juniors
indubitavelmente, geralmente

prefiro ser adolescente
que idiota
prefiro ser insistente
que pura chacota

do que não ser
do que não ser
esse gênero ambulante.

assim


defino amor
cores, suspiros, exageros
algo assim

defino flor
espinhos, espirros, esmeros
algo assim

defina você!
o que sou?

defino-me: nem sei pra onde vou

refino-me, retiro-me aos cantos
encantos, encontros de alguém com ninguém

defino viver
dores, reviros, entreveros
algo normal

defino sonhar
flores, giros sinceros
algo total

defino você: o que mais posso pensar?
decida-se! não sabe o que fazer?

renda-se! refine-se com encantos
encontre-se comigo, encante-se, pelo pouco perigo!

regressão


o sono vem
a cabeça pende, não rende mais....
não acende a vela do cais que por ela espera

não era, o que jamais foi

o que dói é dizer
que não amo o que não vejo
não desejo o que mais desejo

a ilusão vem
o coração curva
não turva mais, tão rubro que estã
não há de bater mais acelerado
mais descompassado, a 2

quimera
o que jamais seria

o que faria, o que faria?
regressão, terapia, infusões?
chá de cadeira?
nova brincadeira a não realizar.

22 maio 2013

364


e bem tentou
não podia segurar tanto sentimento assim
foi maior que ele

e ela quis
demonstrar que era mais que dores
amores que nunca vieram

e eles tentaram
aproximar corações amistosos, ansiosos por alguém
terrores de uma nova estação

e elas vão
permanecer como lembranças apenas, meras lembranças
andanças demais, amores letais

apenas.

06 maio 2013

e-lamento

mas não posso mais dar voltas nesse mundo
não sou Super-Homem, seu nem delas
velas, acenda se quiser
mas estou vivo, a observar teus erros
e tentando aprender com os meus

lamento, mas não posso mais lamentar
não sou Madalena, minha ou dos fariseus que me julgam
entulham seu tempo, perdendo o meu a belprazer
mas estou de olho, a observar minhas lacunas
e tentando detectar as suas

nessas nossas esquinas nuas
o que há já cumpriu sua função
nas tuas pequeninas
o que fazes é mais nada de necessário

sou otário?
não,
talvez resistente.

Conteúdo Literal

conteúdo literal
luta contigo
leve, constrói
completa, lírico

lento e calmo
louco e casto
isolado astro, invisível amigo

leva cadências
inexperiências, ingenuidades
ainda nessa idade, amigo?
taí o perigo de te escapar felicidade

luta, comportado
lidera, cativados
liberta carinhosamente

se tudo é uma questão de mente
verdade seja dita
e que não se repita, ignoradamente.

caça

sucede acontecer
procede
tem razão de ser

complicar o irrisório
dificultar o simplório

sobra do que não se caça
efeitos da cachaça que não se tomou
revirou a cabeça

tem quem queira
quem se esqueça
quem se apavore
quem mais lhe ignore
quem se devore
que implore ou caia em lamentos

que mire o alvo por alguns momentos
que sua vida redecore
que, na dor, não mais se escore
que a atire ao sabor dos ventos....

03 maio 2013

esse que não sou eu


esse que não sou eu, passou há décadas
está ali, mas não, na verdade não
a altura, a compleição
cederam lugar à usura, à competição

as impressões já não são mais as mesmas
talvez a determinação...
quem há de saber
quem há?

esse que não sou eu, estacionou no tempo
está ali, mas não, já passado
a loucura, a insinuação
tomaram lugar da candura, da imaginação

as impressões já não são mais as mesmas
talvez a decepção...
que mais há de viver
que mais?

a vida é

Oração
assimétrica
enviesada
reduzida de significados

Tentação
milimétrica
escarrada
refletida com ambos os lados

Opção
elétrica
esfolada
retorcida de dilemas

represália


vou andar na linha
vem a que era minha
a que amores, não me tinha
a que, de dores, desalinha

todas, em uníssono
me enfrentar, me afrontar

mas não engrenam
só encenam

pura represália

vou pousar na linha
vem a que não era minha
a que cores, se descrevia
a que dores, não mais havia

todas, em coral perverso
detonar meu universo
me perigar

mas não encenam

só desengrenam
pura represália

go, back, go


num flash, vá
suma, esvaneça por entre ares
meios bares
esquinas, que não temos aqui

num flash, há
pluma, perecer por mal navegados mares
vidas inteiras
à beira de um ataque de fervores

16 abril 2013

tarja

censura explícita
loucura ilícita
paixão, descontrolada

pela amada que não vem
pela pessoa que está sem e se fagulha
pela rua que borbulha
desilusões silenciosas

candura pungente
à altura da gente
amor, desgovernado

pela amada que não tens
pela pessoa que rouba teus melhores bens, filha...
pela nua que fervilha
insinuações deliciosas

postura indigente
ao alcance demente
fervor, descongelado

pela amada que esteve bem
pela pessoa que sumiu assim, que nem...
pela crua que se orgulha
indicações tendenciosas

Domingos

Domingos, eu divagava
eu tragava o passado ao meu redor
rodeava, sem direção
sem noção alguma

a pluma, nunca houve
quem me ouve, enfim?
o fim, que me cabe
não abre janelas
só fecha portas
explode aortas

se esquece

o que enlouquece
de lugar se muda

não se iluda, irmão

meu não é coletivo
como vivo?

dia após dia
dose fria de calor

e o amor?
nunca vi a cor
nunca vi

31 março 2013

um(a)


A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? Porque amar também é isso, não? 
Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não! (Loren Sussy)

ser bom, um curativo das tuas feridas
histórias doídas, desilusão
ver som, um aditivo das noites enlouquecidas
histórias, histórias sem conclusão

amar é penar, sem paraíso
amar é poupar, sem ser preciso
é reviver amor
é transcender
amar também é isso
amar alguém, sem dar aviso

esperar o fim sonhado
ilusionado, fantasia
esperar ao fim do dia
o início de um novo começo...

eu te conheço, pessoa
minha alegria é tua, ainda que doa
ainda que à toa, te suplique
sangro amor pelo meu suor
o que tenho melhor, foi contigo.
*Luiz Cláudio Pimentel e Loren Sussy

25 março 2013

definição


sim ou não,
fim ou visão de um novo dia

cor ou letargia, dor ou alergia
amor ou euforia

tédio ou gritaria obscena
remédio ou anestesia suprema

lógica ou problema
fotonovela ou teletema
cor amarela ou escuridão que combine

fotos ou melodias, datas ou simples dias que não passam
fé ou desesperança
seja bonança, se assim quiser

homem E mulher
ou...

21 março 2013

seguir

acalmar é letargia pra mim
tenho que seguir
obcecado, focado em você

quem foi, quem possa ser
quem jamais será

aprontar é alegria pra mim
tenho que curtir
intensificado, colado em você

que foi, que há de ser
que sempre será

meu norte.

17 março 2013

porteira


abriu-se a porteira do tempo
do tempo que já se foi
nem ao menos se prestou contar como a vida seria, sem pressas

sem essas, vias desnecessárias

são claras
várias, únicas

abriu-se com vontade certeira
a certeza de recompensar
a dor com a cor de alegria

sem doses ou posses contrárias

são raras as chances
que sejam produtivas, então.

14 março 2013

alguns (outros) problemas

isso...
justamente!
o que mais quero é o inesperado, o errado, o insistente

o presente
que surpreenda na rotina
que se acomode quando deva

que não negue
mas que saiba recusar

que não pregue
mas que saiba relaxar

que sejam outros problemas
nossos, apenas.

po


é fria
é dia
é esquiva, iguaria do pensar
é cria
é tia
é mãe, amante do penar

porta
ponte
porcaria?

prova
pranto
poesia
só poesia...

11 março 2013

estréia

o tempo já fez o seu papel
e a boa nova? nada
o que havia de lógico sentou guarda
e inocenta, ao esperar por um fio

que seja!

pra quem deseja
ponto melhor o aguarda
não se acovarda, nem ao menos justifica
tem força ativa, não enrolada

estréia,
e diz a que vem
se houve alguém ou não

já é minha a solidão
a indecisão é tua,
somente tua.

07 março 2013

há melhor?


há melhor? não há de existir

alguém que supere?

que libere tantas delicadezas
que filtre nossas impurezas
que nos decante alegria
que possa e queira Deus
nos ame todo santo dia.

não há de colidir comigo
alguém assim?

não há de viver pouco
e nos deixar feitos loucos
alguém como tu, mulher?

não há como dizer
que existe a melhor

mulher que haja em profusão
que seja excelente essa confusão
do nosso olhar

a beleza transcende a forma
e forma, então, o mais belo sentir

quero, então, antes de ir
te dizer

que como tu, preciosa,
ninguém há.

Mondo Lucca 2 - D.O.I.S - Ouça!

02 março 2013

manifestum romanticae

fica estabelecida, a partir desta data,
a total liberdade do coração

a plena capacidade de que possa voar e pousar, onde queira
onde não caiba de tanta felicidade
e que, por extensão, se ganhar volume, e vontade própria,
não se furte a sonhar com outro, e mais outro, e mais outro meio de alcançar sua meta superior.

fica determinada, retroativamente,
a suprema supremacia do amar.

isso,
que move guerras,
pernas e coxas
gente boa e trouxa (na mesma ordem, sempre idiotas...)

fica, então, desregrada, esta via de acesso
que possa lograr sucesso
a vontade incontrolável de te ter,
ao meu lado, somente.

Estrada Parque

é divertido o caminho
que sigo
desligo, e vou

deslizando por aí
queimando hidrocarbonetos
meu cerebelo, por extensão

destruindo células auditivas
e algumas boas tentativas

tem continue, moço?
tem atenue, por um pouco?

estrada me conduz
um tic tac, silencioso baque
um craque inofensivo
o penâlti inexistente
no gol do tamanho da Terra.

Meu Deus, pra quem erra
adianta ser insistente?

correria, música e poesia

não é rap
é fast
é incrivelmente barato, louco
esparso

não é papo
é blefe
é estupidamente raso, pouco
controverso

eu, que fujo de mim
me reencontro nessas linhas
eu, que busco a ti
me desencanto, preces daninhas

entre vários,
sozinho;

desespero,
quietinho

Dora


sonha, dora
realiza um pouco além do que te pedem
pira, dora
não te conformes com o universo ao redor de ninguém

vira, dora
torna essa curva linha sinuosa,
leve desespero

cura, dora
tudo o que foi erro um dia
vinga, dora
vinga.

23 fevereiro 2013

térmicas


passionais, elétricas
inundações, térmicas

periferiais, frenéticas
insinuações, sônicas

tônicas, femininas
crônicas, adrenalina

menina, menina
corações, gasolina

desilusões.

placebo


um soco no ar
o jogo inútil
percebo esvaziar
coisa fútil a nem começar

um louco a voar
o pouco útil
placebo a funcionar
coisa doida a me enfeitiçar

um pouco a pensar
até logo, volátil
parece não querer voltar
moça leve a me delirar

18 fevereiro 2013

extremos

horas existem em que decidir não surge
não virá, não será

nada além de nada

horas existem em que a pista é escorregadia contramão
que a rota não hã não
que algo maior que a gente, não é

a mão pelo pé
o olhar pelo agir
o ausente, por vir
por nada, se conforma...

Fim

polvilho

escumadeira, concha, tanto faz
com punhos, se preciso,
garfarei com anzol delicado teu coração latino

que deixou o meu a ver embarcações
que deixou ao silencio, polvilho

esfaquearei a letargia que atinge os dois hemisférios
mistérios cardeais
norte estéril
centro frenético
não tem mal venéreo pior que a falta de chão.

demais

mascavo, excesso, pensar
doçura, regresso, azar

bonança, avesso, sonar
lembrança, stress, penar

pimenta, compassos, placar
impaciência, tremores, quasar

quartinho, espaço, envelhecer
resistência, soluço, questionar

tudo isso é demais

de mais ou menos,
sem mais.

florescer

eu, que espero,
o que não tolera tanto
que não reserva pranto
que é todo sem rodeios

nos entremeios
nas entrelinhas
nos paradeiros, de onde não vinhas

eu, que reservo cantos,
o que conta, e muito

que não preserva espanto
que é pleno de receios

nos escanteios
nas vizinhanças
nos devaneios
pra onde?
não!
pra onde vão?

17 fevereiro 2013

ainda


ainda que haja surpresa, agradeça por sentir
ainda que haja angústia, agradeça por florir

amigos, amigos
mágoas à parte

ainda que haja incerteza, insista em conseguir
ainda que haja discórdia, insista em prosseguir

perigos, perigos
amores à sorte

15 fevereiro 2013

por Q


porque erra, tenta
porque esquenta, esfria
porque dia, vaga pela noite

porque afoito, desacelera
porque espera, aguenta
porque tenta, prossegue

porque se soergue, supera
porque primavera,

se em todas as estaçôes
ama?

e chama por sua escolha
porque olha, não cega
porque erra, não nega

porque prega, ao menos um pouco
que o único remédio
sobre quaisquer tédios

porque receita, prescreve nunca
porque bate à porta, um dia se abre

porque abracadabra, meus nobres
nunca foi a solução

porque decide, persiste
porque existe, não pense duas vezes

apenas sente.

12 fevereiro 2013

je suis désolé

la dama se fue
y llevó consigo mi corazón

En vano, jamás!
recuerda que no debes olvidarla

le encanta quedarse
solitario

el caballero sin centro
quemaduras, como siempre, en el interior

Vamonos, muchacho?
Las emociones son para vivir

dolores a resistir
concentrado
intenso
delicado

le encanta quedarse
separado

04 fevereiro 2013

Organizer

organizer
pouco filter
latin lover (error...)

energizer
louco fuleirer
dancin toller (corretor...)

transformer
rouco passioner
keep walker

self servicer
jogo lancer, logo loser
pensador desister

baguncer...

sinto, muito


sinto, muito
felicidade reciclada
ansiedade antecipada
correria

sinto, muito
velocidade acelerada
agitação manifestada
alegria

sinto
que ser sincero é a saída
que ter verdade é dom de vida
saudade

eu que não sou aventureiro
te proclamei amor inteiro
o meio, desde o inicio


sinta, também
raiva dissimulada
desejar o nada
controlar ninguém

sinta, meu bem
minta, pra quem?

eu que sempre sonhei, primeiro
te criei, inteiro
sinto muito
tudo verdadeiro

23 janeiro 2013

Inocência (so naive)


dias de inocência
dias de silêncio
vão surgir

dias de tendências
dias de ausências
por atingir

dias de inocência
noites de clemência
a colidir

dias de presenças
vidas sem sentenças
sem reluzir

por mais tentativas
por menos que eu viva
há alguém aqui?

por menos tentativas
por mais que eu viva
há alguém sem mim?

21 janeiro 2013

elegância

com elegância ele saiu
foi à procura do que nunca viu

perserverante, interligou
e dissonante, não desistiu

com paciência ele voou
foi sem um rumo do que não há

revigorante, se dedicou
tomou então alguns trocados, e se carregou

ele buscava ser tão feliz
e ela então não lhe achou
ele buscava essa razão
e a emoção lhe derrubou no chão

com elegância ele caiu
foi à procura do que nunca o levantou

inteligente, recuperou
e novamente, não se partiu

induza


induza, provoque, espere reação
produza, convoque, repare intenção

conduza, estoque, revire explosão
reluza, coloque, reverta reflexão

induza teu coração junto ao meu
reduza a distância de você e eu

produz amor
reduz a dor

16 janeiro 2013

"poetiso"


poetizo num empuxo empurrão
antimuso empenhado, em tensão
mansão de um somente

ainda que minta, na mente
reflito, sem me espelhar

poetizo num refluxo regressão
obtusa ilusão do repente
de repente, escrevinhar

ainda que escreva, na discrição
repenso, sem pestanejar

poetiza, poetiso!
prioriza o riso uniforme
inda que a dor o contorne
inda que a cor não seja conforme

prioriza, poetiza, sem avisos
concorre com a lida escorregadia
inda que a vida lhe deva uns sisos
inda que a vida lhe seja vadia

14 janeiro 2013

blue blanket

nas ondas
calores
me sondas
solitária

nas fendas
emendas
me rendes
simplória

eu sonho tanto
mas não realizo
eu vejo pouco
mas tão impreciso

caminho aqui


nas odes
clamores
me rondas
proprietária

nas fendas
emendas
me acendes
inglória...

eu sonho tanto
mas não me retrato
eu viajo, louco
mas tão indeciso

me aninho, ali


indiferença


já é hora de partir, prosseguir, evoluir
tudo tem final, seja bom ou mal
Já tomou tua decisão? juro alto em combustão

toda indiferença
faz tua sentença enfim

cartas na mesa poderão interferir?
frágil beleza poderá nos impedir?

o momento irá chegar, invadir, se espalhar
tudo tem começo, logo cobra um preço
Já chamou tua atenção? Resultou em explosão

toda indiferença
gera desavença

cartas na mesa poderão interferir
frágil beleza poderá nos impedir?

o escudo irá rachar, implodir, espatifar
logo acho um meio, educado ou feio
de poder te avisar, atitude singular

toda indiferença
nega a presença de amar


cumulus lacrima

chove do céu
sentido falta, mas há algo
no ar
que sinto pairar

chove em mim
compromisso forte, mas não há algo
que sinta firmar
nas palavras

atitudes bailam
presença falta, e o que fazer?

quando as nuvens sentem o que não expressamos
entre nós?

13 janeiro 2013

aleatoriedades

afinal, a vida é uma tenda de surpresas
escura, iluminada, fria, quente
saltitante e calejada

é tudo que seremos, somos
e nunca pensaremos ser

é tudo que vivemos, fomos
ou que pensávamos crer

afinal, a vida é uma festa mágica
florida, amarga, doçura doída
verdejante e chamuscada

é tudo que sonhamos, vemos
e nunca mais iremos ter

é tudo que dissemos, erramos
ou que contávamos viver

afinal, a vida continua....

escolhas

escolho ser eu
íntegro, falho, verborrágico, tímido
escolho o que é meu
mas não tenho noção de como posso fazer isso

o início é o meio
mas não parece ter fim

o princípio é o receio
e não parece ter início

escolhi você
esquecida, afrontada, imperfeita, abusada (do seu jeito)
escolhi ser seu
mas não tenho noção de como posso concretizar isso

a paixão é o meio
mas parecia ser eterna

o amor é o recreio
e não um lance que nos desgoverna

10 janeiro 2013

familiar para milhões

ps - título traduzido livremente do CD do Grupo Oasis - Familiar to Millions

tudo o que vivemos não passa de uma dedução aleatória
uma luta inglória,
um empate (sem vitória)
pra lado algum

uma batalha,
uma banda de um
uma navalha que corta a mão de quem manuseia
uma bolha que sem controle, nos entremeia

um canalha
uma onda de um
uma mortalha que se nos explode sem mesmo detonar
uma escolha que sem começo nem fim, nos incendeia

um indisposto
um homem que de si nasce sem saber o que não é
um mesmo rosto
uma mulher que se lhe toma o coração, desejosa do mundo inteiro

e o mundo sem você, mulher
e o mundo?

visto

poesia ingrata, é o meu visto
vida barata, nada mais que isto

exposto em minhas veias virtuais
o que não li, deduzirás

arritmia bruta, é minha cápsula
correria adulta, é minha bússola

exposto em minhas areias estáticas
o que não fiz, representarás

euforia louca, é meu norte
alegoria solta, seja minha sorte

exposto em minhas teias dramáticas
o que não tentei, conseguirás

minha parte

minha parte não está
à parte, que partirá
daqui ou nunca mais irá

minha arte não será
a cortesã, quem dirá
aqui em meu coração ou nunca mais por lá

meu ar não há
arrasa o que virá
aqui, a sensação ou nunca mais tentar

01 janeiro 2013

rede

Eu caio na rede / Não tem quem não caia
Eu caio na rede / Não tem quem não caiaEu caio na rede

A rede - LENINE

Redemoinho me leva

bem de fininho me cerca
e me conduz pra longe

onde eu possa não pensar

não relembrar
o que não foi

rede virada me pega

bem de mansinho me abarca
e me seduz, mais que todas essas

peças de um jogo que nunca sei pra onde vai

essas que o tempo há de levar com elas
e ninguém mais

redescoberta me trace

me abrace como nenhuma outra
que possa me reinventar
já que não sabemos perguntar
nem sequer responder ao balbuciar

reinvenção me cruze por aí

me adule como uma qualquer
que possa me escutar
já que não sabemos amar
nem sequer recusar a proposta

jogo (a virada)


e nesse jogo...
quem entra pra perder
vence um dia?

me virar nos trinta e muitos
nos descuidos, precipitações
nas palpitações

males da vida
da ferida de amor
que nunca cicatriza

a musa, me pisa
e a amo mais e mais
quase como sacerdotisa
de um só

me curo nos próximos minutos
nos estados, putos ou sorridentes
vejo gente, mas não me vejo neles

dores da corrida
da ferida de amor
que é boa ferida

a musa, não avisa
e a chamo: até nunca mais
quase falsa monalisa

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