20 janeiro 2010

Poesia de Peso

boemia e academia são palavras que tem sufixos iguais
 mas endereços diferentes
lugares de encontro
com o prazer da preguiça
e o prazer do planejamento esforçado

não detestamos academia para malhar
detestamos a pressão

na boemia
vale a folga, a descontração

mesmo na descontração dos malhadores
há pressão de tempo e resultados
medido e avaliado

adoramos a boemia do admirar
veneramos a profusão do sentimento

mesmo na pressão dos degustadores
há descontração a todo momento, todos deleitados
ardidos e aliviados

* Marcos Fabrício e Luiz Cláudio Pimentel

16 janeiro 2010

Lucca Music - Excesso Exceto - Lenine

Excesso exceto

Composição: Lenine / Arnaldo Antunes
O que se abre aberto
Se aproxima perto
Pra esvaziar o já deserto

Desorienta o incerto
Ruma sem trajeto
Nunca existiu mas eu deleto

Querer sem objeto
Voz sem alfabeto
Enchendo um corpo já repleto

O excesso, o exceto
O etcétera e todo resto
Do chão ao céu, da boca ao reto

Eu só eu
No meu vazio
Se não morreu
Nem existiu

Só eu só
No meu pavio
Futuro pó
Que me pariu

TecnoFóssil

TecnoFóssil
Molécula móvel
Sem o pulsar de si mesmo


Século Míssil
Dejeto Perfeito
Fogo sem nenhum artifício


Glândula Parasita
Flâmula Esquisita
Radical Sem Motivo
Seminal, Radioativo,
Afinal


Tecno Frágil
Área Sinistra
Sem o pulsar de si mesmo


Drácula Trágico
Objeto Perfeito
Ego em total precipício



Mármore Ponto Net
Lâmina, Canivete
Residual Sem Abrigo
Pré-inicial, Conflitivo,
Afinal.

O que dizer, sem palavras?

O que se esconde por detrás de tuas dores,
As cores, maltratadas?


O que se esconde por detrás daquelas flores,
As horas, compartilhadas?


O que dizer, sem palavras
O que falar, sem mágoas

O que viver, sem tréguas, sem chagas?
Seria melhor eu desistir
Ou então você admitir
Amor e ódio, são chuva e lava.




O que se esconde por detrás de tuas danças,
As lanças, desgastadas?


O que se esconde por detrás daquelas ânsias,
As vozes, tão desgastadas?

Jeito Costumeiro

Os sorrisos me enganam,
me seduzem, dizem que me amam,
e partem para muito além


Os abraços me enforcam,
me conduzem, me deslocam,
e partem para muito perto daqui.


Os amassos me gamam,
me reduzem o ego, me lambuzam,
continuam com todo o resto.


Seu jeito costumeiro de me olhar,
me fascina, me faz ser, estar,
e não seguir para nenhum lugar,
longe de ti


Os sorrisos me desarmam,
me seduzem, dizem que me exalam,
e partem para muito além


Os abraços me pipocam,
me maldizem, me entortam,
e partem para muito perto daqui.


Os amassos me chamam,
me suplicam entregas, me abusam,
continuam com todo o resto.

Vontades e Custos

às vezes me custa ter vontade
pulsos me custam realidades,
virtuosismos


às vezes me escutam sem vontade
plutos me enchem, de verdade,
aforismos


quase sempre me custa tua vontade
quase sempre me lustra tua verdade
negativa


quase sempre me chispa tua idade
quase sempre me cuspa tua maldade
pulsativa

Lançamento Digital

Breve a compilação das poesias de 2009,
Aguarde

Luiz Cláudio
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