30 junho 2011

Ela:Volátil

por algumas horas
seu corpo é só meu,
nem todas as tuas curvas...

Por algumas horas
seu cheiro é só meu
nem todos os teus perfumes...

Por algumas horas
teus sexos me pertencem
mas não teu coração.

27 junho 2011

ruído ruína revanche

teu prato frio está na prova
tua lua nova já está minguada
mas não é nada, nada, nada
é puro engano

tua franqueza está na lona
tua rua escura já está pintada
esmigalhada, intimada
regalo insano

ruído ruina revanche
sem a nova chance reconsiderada
trincado, de pé
pinçado por nada

ruído ruína revanche
sem um novo ponto a resolver
desarmado, até
levado a você

linha de posse

é tão claro o teu jogo
tão na cara o teu fogo
inimigo

é tão óbvia a tua face
tão ingênuo o teu disfarce
antigo

a tua linha
de posse
sob meu espaço aéreo


é tão raro o teu apego
tão na cara o desassossego
me intrigo

é tão óbvia a tua ação
tão ingênuo coração
perigo...


a tua linha
de posse
sob meu espaço aéreo

24 junho 2011

na sua

cada um, cada um
não importa o que se é
e sim o que parece
estar
na sua

cada uma, cada uma
não importa quem ela é
e sim a que parece
estar
na rua

assim, comigo.

16 junho 2011

parece

parece que acabou
que nada!
acabou de se iniciar
aqui em frente da gente
o mais belo "Era uma vez.."

parece que findou
o que é isso!
é breve o começar
aqui dentro é reluzente
o "conte-nos outra vez"...

13 junho 2011

desejo do encontro

é sincera a vontade
é vera, é felicidade nas entrelinhas

é espera, à tarde, é quimera
eletricidade nas alíneas do nosso contrato informal

o desejo do encontro é tanto
e tão casual

o desejo do encanto, em prantos
é tão usual
de nós dois

11 junho 2011

pé na mágoa

Ela se lembrava daquele pé na bunda que aplicou no cara -
impossível se esquecer disso...


mas é obrigação do dia, sorrir plasticamente... é devoção da noite esfregar-se freneticamente,
mesmo que com alguém que nada, nada represente.

é só uma foda nova, nada mais.
não a renova, só desova, brutal, em estranhas entranhas,
elas dele, eus dela, que não vingarão...

Ele tentava se esquecer do episódio-traste, marcante que nem fardo que tem de ser levado,
e que parece não querer flutuar pra outro lugar, como deveria/poderia.

Mas é congestionamento da noite servir-se como latin lover amantemente,
é bom tom da manhã seguinte espreguiçar-se forçosamente com um travesseiro,
de sempre companheiro,  e que babas infindas coleciona.

só uma revista velha, nada mais.
não o inova, e só prova, em dedicados neurônios,
que leros de outono, passam a esmo,
e não florirão, jamais.

dual

a mão se estende, mas se fecha no meio do caminho
o coração se desprende, mas se fere no meio de espinhos
o amor se encaixa, mas se expulsa no meio da história

a face brinca, mas se enfurece no meio da decisão
a cor se multiplica, mas não se explica em meio à confusão
o ardor se amplifica, mas se arredia de forma inglória

nada disso é miragem habitual
ou parte de um plano!

nada disso é duro sinal
é apenas dual do cotidiano...

nada disso é artificial
é apenas visceral de um imperfeito ser humano.

direitos e sinistros

somos pelo direito!
livrai-nos dos sinistros...

se nisto formos,
esqueceremos do senso benéfico,
por caminhos viciosos, tortos

leva-nos, imperfeita, a vida,
por lados opostos que vão-se encontrar, enfim,

a fim de ter um final,
a fim de ter sinal, que endireite os dois lados.

08 junho 2011

a prosa

a prosa
à prazo
é um arraso

a tosa,
em todo o caso
é acaso redundante

a prosa
à toa
é um alívio

a pose,
na boa,

é um atraso excitante.

02 junho 2011

estática

olhares teatrais, perdidos
falta de gestos, mal-entendidos

não precisas fazer mais isso
de tua frieza já basta a prática
não precisas mais de meu suplício
cuida da sua, estática

atores iniciais, escolados
amargos à gosto, mal-ruminados

não precisas fazer mais isso
de tua frieza já basta a prática

não precisas mais de meu suplício
cuida da sua, estática

não quero que percas a razão
não quero que esqueças o sentido
só espero que lembres um pouco, ou não
de meus gestos contidos

01 junho 2011

N2

são tantas vias
quadriláteras
quase frias
não-adúlteras

são tantos fios
subterrâneos
quase rios
não-alagados

são tantas etnias
miscelâneas
quase pares
não-alinhados

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