22 dezembro 2010

noitedia

dioturno
destemido
diferenciado

noitedia perpassado

indulgente
intempestivo
inseguro

noitedia sigo impuro
e consciente
dos meus acertos

indelével
insolúvel
impossível

noitedia sinto-me incrível
e aderente
às pequenas coisas, relevantes.

12 dezembro 2010

PROJETO BALADAS ROMANTICAS - cancao 03

b.a.ba mor


Amor ausente
espera - esmola
indica - incolor
o oposto-orgia
ultimatiza, utopia-amor

atriz - ainda
esmera - linda
veste - indolor
ora ousada - amplificada
de usuária cor

estar, preciso
ondas, indico
decifrar você
palavras, consigo
defeitos comigo
alcançar, te ter

PROJETO BALADAS ROMANTICAS - cancao 02

dose negra de júbilo


conte as gotas, ajuste a roupa
e saia já
aponte as armas, ajuste o choro
e venha cá

ja oscilo desse jeito
ja vacilas em meu peito
sem razão

pinte as pontas, tire a roupa
e deite aqui

baixe as armas e venha,
descanse e nos entretenha
em ti e em mim

ja suspiras desse jeito
já acumulo em meu peito
toda emoção

o único jeito que se tem
é seguir o caminho de alguém
que não orienta, diz
que não acrescenta, enfim
me atormenta...

o pânico forma um tufão
que descompassa a razão de viver
o prático meio, adoção
de gotas mágicas, ilusão
a esquecer

PROJETO BALADAS ROMANTICAS - cancao 01

ultima chance de ser feliz

velha rotina
fria, assassina
tão costumeira
prendeu-se aqui
-----------------
Insegurança
Dona da dança
vão de poeira
me dividiu
-----------------

Sustento lembranças
Não vejo esperança nenhuma
Quisera uma chance de ter você

Ultima chance de ser feliz
De novo
Ultima chance de ser feliz
Por enquanto

Os desencontros
muitos confrontos
tão traiçoeiros
saiam daqui
----------------
Sou prisioneiro
Medo Primeiro
Nova Atitude
Vou conseguir

10 dezembro 2010

trato

promete que não esquecerás
dos menores carinhos, dos mais nobres

dos maiores desejos
e tão loucos, beijos intensos

promete que não esvanecerás
frente as pequenas dificuldades
as mesquinhas

das maiores crueldades
e tão esnobes desavencas
minhas

promete que escutarás o meu canto
e que o sustentarás sem vacilo
pelo encanto
por capacidade, calor e um pouco de dó


promete que permanecerás em meu peito
e que viverás por sua vontade
por plena idade
por caridade, fé e um muito de amor.

retrato dois por um

dois destinos
um único desencontro

duas alternativas
uma terceira, de fuga

dois acessos
uma ausência de saida

dois excessos
um terceiro, de boas vindas

sinfonia da construcao

matei minha ultima esperanca
se foi atras de sei la quem
do nao sei o que
de quem mais fosse

reguei minha unica flor
numa sinfonica melodia
rara composicao
breve construcao do meu eu exposto

ressuscitei num ultimo suspiro
se esvaiu por entre as nuvens
feitas de algodao e trevas
feitas de solidao e doces

plantei meu primeiro sonho
o pe de feijao e tamanho
tao tristonho e calado
a ponta dos dedos e imponente
tao resultante, tao insistente

reavaliei minhas chances
revigorei meu folego
e segui em frente, em tua direcao.

o remédio

tenho fel dentro de mim
mel amargo,
luto sem fim
sem remédio

tenho tua imagem frente, aqui
meu desejo,
amar a ti
sem fim de créditos

tenho dor dentro de mim
sal ardido, luta sem fim
sou o dito tédio

tenho tua miragem rente, aqui
meu desejo, amar sem fim
milhões momentos inéditos.

o mais importante, no fim das contas

o mais importante, no fim das contas
com as pontas desgastadas
com as cotas estouradas
com as rotas reveladas

é pensar que viver tudo isso, no ínicio de tudo
com os pontos prometidos, com as pautas definidas, com as pontes erguidas

valeria a pena, somente.

é pensar que sofrer disso tudo, no término iminente
com os pontos suturados, com as pautas rasgadas, com as pontes invadidas
penaria, mas seria de valor.

o mais importante, no fim das contas
com as pessoas atracadas
com as cestas derramadas
com as setas apontadas em desafio,

é que se tentou amar.

poesia bruta para amores insensíveis

pretensiosa,
soberbo,
intrigante,
acervo de nada.

o conflito é o confronto final
a cada instante repassado
a cada vírgula relembrada, cortante.

perigosa,
desatento,
fervilhante,
câmera lento,
te fita na escada.

retrospectiva do futuro

o sorriso vai se alargar, me cativar
a presença altiva, logo me calará

ela È e SERÀ a dama!
o vermelho só me faz inflamar por dentro, todo, todo.
me irá tirar do lodo, então!
me fará teu bobo, teu mágico novo,  teu refrão.

me amadurecerá logo, mas não tão de repente
quiçá construa à tua frente um cenário, somente nosso
somente onde eu posso estar,
e ninguém mais, além de ti.

09 dezembro 2010

victorious ones

me pergunto porquê alguns não alcançaram
ainda
não pisaram no Olimpo, por suas realizações
simples e tão perfeitas

me pergunto porquê as feridas de alguns são tão incisivas
mais de que a de outros, os verdadeiros vitoriosos
me pergunto porquê gloriosos são os que tripudiam, trapaceiam
quando o ideal é que fossemos éticos, limpos, transparentes

me pergunto porquê?
me refaço e insisto no questionamento
o agora é o instante
o melhor momento

me pergunto porquê as dívidas de alguns são tão pouco agressivas
mais de que a de outros, os verdadeiros vitoriosos
me pergunto porquê preferidos são os que nos iludem, sacaneiam
quando o ideal é que fossemos únicos, ladies, cavalheiros.

Meia Cinco Zero

no pensamento,
poderia ser o número de teu apartamento,
recanto solidário, recosto solitário de tua alma nômade;

na realidade,
são quilos de intenção,
litros de lágrimas,
toneladas de pretensões, furadas.

na imaginacao rasa,
poderia ser a dimensão de tuas asas,
revoo solitário, suporte solidário de tua pluma tuaregue;

na verdade,
são anos-luz de aversão,
lotes de lutas,
zilhões de pulsos cardíacos, entregues.

sonho de papel

creditar o sonho de papel
descrever o enfadonho movimento

o intento
a pretensão

não!

pior do que isso
é ver o monumento,
e se dizer não

pior do que isso
é ser omissão
não tomar decisão no correto momento.

pior do que isso
sou eu
imprecisão, incerto ao vento.


deseja alguém
peleja sem
desistir


deseja amar
almeja alcançar
investir


deseja você
extradionária, com defeitos
revolucionária, com trejeitos
pra quê?

29 novembro 2010

20 linhas sobre o amor

- não é nada!;
- mais do que você imagina...;
- traz em si a maior sensação...;
- a dor da perda da relação,
- com a dor intensa do parto,

- com celebração;
- só contém poesia nos contos,
- so contém pandemia nas contas,
- é correria, é tensão;
- tesão, cantoria;

- evasão do não
- negação do talvez não;
- afirmação do claro que sim;
- começo do fim dos problemas;
- começo dos problemas sem fim;

- falta do que fazer;
- sobra do que não fazer com alguém;
- o melhor a dar para si;
- o melhor a dar para alguém;
- um e um são infinitamente um só.

28 novembro 2010

por hoje é só

por hoje é só
devo me dedicar dia a dia
devo até amar mais, filosofia
que me fará bem

por hoje é só
levo me a pensar, alegria
levo me a vagar, telepatia
que me conduzirá a fio, por anos

por hoje é só
por hoje é pó, sem engano
por hoje é só
por hoje sigo, cego cigano.

a cura (ou caminho errante)

penso nas próximas linhas, contas
atitudes prontas,
escapadinhas

penso nas próximas falas, improvisos
negativas claras,
mesquinhas

penso na cura de um caminhante que erra
e gosta, insiste em errar tanto
tanto que seca inclusive os seus prantos

que erra tanto, que insiste em sepultar o sono diário
em benefício de um livro de memórias virtual, pouco acessível
em benefício de melódicas músicas de um só ouvinte
em benefício de um ponto de nada no horizonte infinito.

noturna tensão

noturna tensão

inspira o quê em mim
transpira o viver de mim, me acomete, me toma por inteiro

noturna tensão

complica o ego posto
triplica o gesto oposto
que me faz sair de mim
e pensar em ti
vez em quando

noturna visão
noturna versão única.

tchau (adeusdaex)

darei adeus
ou até breve, Deuses meus
para tua leve
ausência

darei um dos meus
melhores pontos breus
para tua breve
clemência

saudade, talvez
irmandade se fez
ferocidade

acalanto, que fez
arrepiar tua tez
eletricidade

darei adeus
ou até breve, Deuses meus
para tua leve
desistência

darei um dos meus
melhores pontos breus
para tua breve
resistência

maldade, talvez
proximidade se fez
intensidade

esperanto, português se fez
aconchegar tua tez
afinidade.

Até.

revival chat

é de se levar em conta,
quando a vida, o acaso, ou a combinação de ambos insiste em nos dizer algo...

já havia achado estranho ser "relembrado" do passado por pessoas que não vejo, ou quem não mais convivo.

já havia achado repetitivo insistir em não perceber ciclos problemáticos em outro alguém...
e me mutilar mentindo internamente que isso cessaria

mas num "terreno ganho" testemunhar a perda, é a pior invasão.

Não deveria doer, mas foi.
Devo apenas aceitar.

23 novembro 2010

alento

não vai doer
será alento
será lento
o veneno a se propagar

sem arrepender
será contento
será vento
o menino a se deleitar

não vai tremer
será alento
virá atento
ao perigo a se aproximar

22 novembro 2010

sinal do fim

não me considero mórbido
sórdido ou mesmo negativista

terra à vista vem pra quem tem fé
minha fé se fecha por momentos
manifesta-se sinal do fim

não me considero mágico
mal trágico ou mesmo ativista

berro à prazo vem pra quem tem olhos
os meus se fecham pra esse momento
manifestam-se final do sim

19 novembro 2010

gente

gente passa por mim todo santo dia
todas cheias de preocupações, vazias de intenções boas

gente roça em meu lado, tom irado
todas plenas de afobações, visadas à distração boa

gente coça o saco, toda hora nobre
todas pobres de possibilidades, de revigoração da pessoa

gente cobra o ponto e o compromisso firmado
gente força o desencontro, todos mesmos desesperados

gente dobra o poste e o rebuliço formado
gente torce pelo contraponto, todos nunca preparados

17 novembro 2010

mais

não faz mal exceder
sair um pouco da letárgica e cômoda, vir à tona
se esforçar um pouco

inda que não resulte
não nos exulte
não nos contente

tento,
pretendo tentar

mais...

não faz bem retroceder

sair um pouco da zoada tônica, não ir à forra
se estabanar por pouco
inda que resulte
não nos demonstre
não nos enfrente

lento,
pretendo pretender muito mais.

dígitos

dígitos, desgastes
príncipes, biscates
overnights casuais

frígidas, mandrakes
todos sempre, sempre iguais
na mediocridade
do gasto
na complexidade de não serem um grão mísero
de não estarem a um passo ínfimo
da insignificante falta que não fazem

16 novembro 2010

similares semelhanças

soam tão como a gente
desigualmente
indiferentes, contradição

passam-se os dias
reagem do mesmo jeito
incompreensivelmente
reluzente deflagração

irrompem e indispõem
inflam, sobrepõem
meus sentidos mais racionais

loucura emotiva
fêmeas-ogiva.

15 novembro 2010

pisca analista

é demodé acenar
mas, por vezes, vem uma onda, a me arrastar
olhares que se deliciam em jogar partes de mim em revolta coletiva
olfatares que se esmeram em ligar pontes entre mim e essa moça
qual seja

em movimentar meu pericárdio freneticamente
em alimentar meu tônus muscular específico
sem nenhum aditivo, colorífico ou alterador de mente

em calibrar a intensidade de tua tez morena a me seduzir
e me fazer pequeno diante de tua vivência toda relevância,

Mulher, a regressão ao ventre começa comigo
A criança aqui sou eu, somente eu!

12 novembro 2010

atritos

meu coração se atrita contra tuas curvas
paredes nada turvas, atração

louvo tuas pontes
tua fronte, frente a mim
tua fonte de mil amores

meu coração se agita frente tua luva
passagem nada tensa, tesão

moldo tuas hastes
tua face, frente a mim
teu canto de mil querubins

eu, contrito
a teu contrato
ao nosso trato, de mais ninguém

tu, artista
em teu aparato
em nosso formato, de mais ninguém

T inta C or C oração - dedicada a quem batalha por melhores dias

o caminho não tem volta
nem escolta que o valha
não é pra canalhas
e sim pra Travoltas

pros que se viram nos trinta
pras que agem em finta dor emoção

em administração da falta de tempo
em contratempos contínuos
em aventuras únicas
sem volta
na direção de ser melhor, dia após dia


o pergaminho em envolta ordem
sem estribilho que o afine
não é pra quem desanime
e sim pros que se esmeram em volta de suas cintas
pras que transbordam tinta cor coração
em administração peralta: passatempo
em contratempos eternos
em descaminhos, invernos

na direção de ser melhor, lida após lida

certeza mentirosa

prefiro a certeza mentirosa
ao vacilo incerto
prefiro a leoa domada
à formiga passiva

prefiro a braveza portentosa
ao cochilo eterno
prefiro a pessoa amada
à intriga vingativa

prefiro a beleza maravilhosa
ao maquiar sereno
prefiro a coroa enferrujada
à briga nonsense

05 novembro 2010

pois é

pois é,
o tempo acabou
o mundo parou
por tua causa

o lodo transbordou
o lado lerdou
por tua falta

o cano vazou
a cana chegou
por tua coisa

o monte cedeu
o moço morreu
por teus erros.

90% transbordamento

meus 10% de mediocridade
nem o Ouro de Tolo do Raul salva

meus 90% são transbordamento
vertigem da alma
submissão do tempo aos meus caprichos

meus 10% de animosidade
nem o Globo de Ouro do passado restaura

meus 90% são encantamento
fuligem da alma
submissão dos ventos aos meus nichos,

sem garantia alguma.

aja

haja engodo
enrolação
justificativas prontas
respostas dinâmicas

haja empapuçados
atravessados
indiferentes, na sua
repetições irritantes

só basta que aja
que faça algo surgir
que submerso, respire
que alçado ao ar, flutue
até o fim dos tempos.

04 novembro 2010

momentaneum

é o único instante do ano em que realmente as máscaras caem
sobrevem o império da paz contra o lado negro do ciúme, outrora dominante

em que se olham sem tomar, sem riscos quaisquer
em que se encaram homem e mulher

se trocando 10 segundos de gentileza.

Nova dose?
em 500 mil minutos, talvez.

cenário

cortinas descerradas
ciclos completados
o palco vazio de luzes
pleno de sonhos

caminhos enfrentados
coices recebidos
o mundo vazio de crises
pleno de asseio

cenário perfeito para um desfecho imprevisível
o fim do ano
o começo do começo
de um novo ano
insano, pelo qual nutrem apreço.

27 outubro 2010

rodo

nunca precisou demonstrar que sabe
nunca divergiu pensar que cabe
no meio de abraços e pernas
no meio de ancas eternas, que fossem

nunca alimentou histórias de bastidores
nunca implorou glórias ou flores
embora seu ego esmurrasse aço por isso
no meio de poucas opções, carentes que fossem

nunca deixou de mentir para desferir seu sabre
nunca pegou em armas para atirar o seu calibre
embora seu ânimo assim o direcionasse
passasse o rodo em que quer que fosse, e gamasse.

conforme encomenda

o tom fúnebre
não me era estranho
a entrega foi gradativa,
mas pequena
o medo parecia ser mais dominante,
o próprio sistema

tentativas e côrtes
atrativos e cortes
prerrogativas e ibopes

pra um par
pra descompatibilizar
de vez

na valise, itens novos
e ovos podres
odres velhos,
rachados de novo,
sem ninguém sobre,
sem ninguém sobre.

da República do Pensamento - Tudo Passou

TUDO PASSOU

passou a saudade
que um dia atormentou

passou o amor
que um dia adoentou

passou o tempo
que um dia parou

passou
e só o novo ficou
* Gustavo Footloose

21 outubro 2010

idéias novas

o mundo mudou
eu não
o mundo acabou de começar
eu, no chão

esperando decolar por osmose
por overdose
de boa intenção

o mundo caiu
eu também
o mundo colidiu-se em si
para o bem

de todos,
a uma só idéia
a uma só voz,
a um só.

idéias novas
poses, provas
ceias, covas.

20 outubro 2010

crise criativa

oh, alma,
te sentes restrita,
colapsas ao sabor da ventania?
quisesse queria!

na tempestade há a tormenta das palavras
na crise a bonança das destravas

na unidade há a colisão dos universos
na reprise a re-recepção dos anversos.

O novo recriado,
para ficar velho, novamente.

outubros

você espera cantar,
te sacam o palco
você deseja falar,
te olham um pouco

você espera voar,
te levam o horizonte
você deseja amar,
te aceleram o instante

você quer ficar,
te roubam o ponto
você quer reinar
não te resta um puto,
só um conto,
de nada.

grafite 0,3

PS: licença poética - desconheço tal medida.

pelas pontas,
quebradiço
soluçante, tremelique doido
doído e dândi

pelas minhas contas,
eternaço
imperante, tribufante ponto
pautado e picolo

o retrato sai,
mas me arranha
não assanha não

o retrato distrai
mas me ganha
a desatenção vã

essa segue, enquanto outras não vem

essa carta breve
segue, porque outras não vieram
não assumiram
não disseram pra onde iam

essa carta breve
prossegue,
porque outras já disseram
e sumiram, por terem dito nada de novo a respeito

esse cara segue
cego,
porque vários já alertaram
que há luzes pelo caminho

luzes demais, luizes de menos.

2a2

pares,
loves

amores
flores

2a2
1a1
matemática inexata,
imprecisa, enxerida,
da princesa e do plebeu.

contagem

10 segundos pra explosão
1 segundo pro beijo
pro não
um universo inteiro

conto sem contar vantagem
que é toda da dupla
que é toda feita garupa
caroneira de muitas viagens

5 minutos pra cruzes e crises
5 segundos - paralise minha veia
pra assim,
consolidar-te minha sereia

conto sem cobrir pensamentos
que é todo duplo
que é feito mútuo
aventureiro de várias paisagens

18 outubro 2010

em treze linhas - para Zeca Baleiro

em treze linhas
eu tento dizer
eu posto, onde?
em treze, sim
eu digo, mas
largo mão
envieso,
desvio,
e vejo
toda
dor,

1.

15 outubro 2010

profissão de fé

Creio no giz gritado,
Creio no sangue suado
Creio na garganta rouca
Creio na matiz preta, branca, índia e amarela,
Creio no suingue do improviso
Creio na proposta recusada

Creio na valorização de um humano que ainda terá suas chances
Creio na experiência de alguém com mais tempo de vida que eu, e que me chama sei lá porque de senhor

Creio em mãos apertadas em união
Creio em sorrisos abertos em profusão

Creio no Espírito Educador,
na Nova Escola Formadora
na comunhão dos alunos e professores
na remoção das arestas entre todos

na ressurreição da escola como parceira da família
na vida divertida de ensinar

Assim Seja.

14 outubro 2010

330 Volts

trilha sonora: A-Sides - Soundgarden

A radiação voa ao redor
110 é pouco, porque prende e assusta,
220 insiste, choque expulsador

330 é BIG PROBLEM
é diversão perigosa, instigante
é beligerante, repetitiva

Dez vezes a ação de Cristo na Terra
com a cara do Capeta
Dez milhões de milivolts voando na esfera
de sua filipeta

Cor da pele e vermelha.

troco

troco treco
troço terço

troca traço
torça e corte
troque cartas

trace cortesãs
destroce cortes
corte troços
curta curtas
tranque caretas

surgirá

chegará o momento
virá à luz
surgirá

o fruto de ti
a tua descendência
a tua aparência duplicada

virá o instante
surgirá o semblante
sorrirá

de tua fonte
a nova fronte, transcende ciência
a benevolência no mundo espalhada.

confissão - 1

o sol de rachar,
umidade nada
descompassada, prossegue

o mel de arder,
relatividade encarnada,
destroçada, entregue

no meio do caminho
existência nula
no centro do ninho
persistência pura

o mal de arfar,
periculosidade fada
repassada, inerte

o fel de viver,
relatividade encenada,
despudorada, perverte.

07 outubro 2010

Descarrego Curtido (espiões alheios)

com todo o respeito aos amigos virtuais que tenho, mas espionar o perfil alheio é feio. Ainda tenho meus direitos, e lute pelos seus, amigo e amiga de minha lista. Se andam fuçando o seu a esmo, mande pastar com todas as letras. Já fiz a minha parte...

tenho todo o direito de estar com pessoas que quero bem, e isso inclui inclusive meus relacionamentos, coleguismos, acidentes, amigos que me acompanham há decadas, entre outras categorias.

portanto, espião/ã alheio/a, vá fazer coisas mais úteis! leia um livro, vote na oposição (se quiser na situação), trepe um pouco mais ou estabeleça um relacionamento estável e faça feliz a uma pessoa só no mundo.

ah, sim, isso aqui não é Orkut. Volte pra lá e tente achar minhas falhas, provavelmente deixei rastros, como a fila de mulheres insatisfeitas comigo, a dar voltas em minha quadra! Ponto final.

05 outubro 2010

preciso partir pra acelerar

me dizem que não,
me falam, então...
pra que acelerar?

porque preciso,
porque, impreciso,
me esmero, em confusão
para achar soluções

porque insisto,
porque, quase não desisto
me ampero, amplifico minha percepção,
para achar confissões.

os nós de meu pixaim

nós, os pixains
os sem fins
os deslocados

nós, os pirados
os pureblacks
os blackjacks
os armados

nós, os serafins
os confins
os mal amados

nós, os poupados
non ripping jacks
os acossados

nós, os pirlimpimpins
os tintins
os desprezados.

coletivo de

ficar - aldeia local
estar - sereia alto-astral
viver - meio banal
entreter - meio boçal
assistir - coisa frugal
desistir - ponto final.

stereo doom

é o fim!
ecoa em stereo
estéril, infértil

imprevisível

é ele, sim!
está mais do que incerto
inútil, volúvel

incontestável

dentro de mim.

04 outubro 2010

ABUSO DO SILÊNCIO

inspiração nenhuma
transpiração alguma saiu

caiu em desuso
é primeiro de abril
o difuso inocêncio

edificação de espuma
alteração alguma surgiu

caiu em parafuso
é morteiro senil
abuso do silêncio

28 setembro 2010

terra seca

nasci numa terra seca
oca, rachada, vermelhosa
maravilha de brilho
atrevida, com brios

cresço numa terra seca
que não floresce há anos
que gosta de causar enganos
nomear terceiros

obedeço a uma guerra seca
que acontece há anos
que se gasta a fazer planos
bobear primeiras

esqueço-me d´uma primavera seca
que não chove há eras
que se lustra a promover panos quentes
usando pessoas diferentes

vivo uma era seca
oca, rachada, vermelhosa
gentalha sem brilho
maltramada, sem caráter!

21 setembro 2010

escolhas, escolhas

se passaste meia década frente a tantos
que te deixaram tonto tantas vezes,

não rezes!
tens a vocação

não desprezes!
vem a superação

se forçaste a barra por meia vida para que houvesse mudança
que te fragilizou, mudo milhões de vezes,

não te alteres
é provação, do pó ao marfim
não desesperes!
tens coração, enfim.

gratidão

foi necessário perder para reconhecer a necessidade
foi necessário reaver para recuperar a sanidade

fui ao contrário
fui adversário de mim

a gratidão é o ponto de fuga
é o que desfaz a rusga
é meu pão
a gratidão é a cura do espinho
é a vinha do meu vinho
única opção


foi necessário rever para reconhecer a dificuldade
foi necessário esquecer para recuperar a verdade

fui um otário
fui adversário de mim

a gratidão é o ponto de fuga
é o que desfaz a rusga
é meu vão
a gratidão é a cura do espinho
é a vinha do meu vinho
única razão

20 setembro 2010

sete setembros

passam ligeiros
sete setembros
sombras e membros

atravessam

sete setembros
se escondem
destroçam
arregaçam com os emendados
os repetitivos

sete setembros
independem
manifestam-se contrários
desimpedem
os arbitrários, os impedidos

sete setembros
proclamam o horário criacional
gratuito, irrestrito e coletivo
sete setembros
não fazem mais do que isso
recriam o institivo.

16 setembro 2010

CÉREBROS À OBRA

já não basta te atirares à toa
já não basta apostares que é boa a lombra, a horda
cérebros à obra

que a onda há de mover-te
de atirar-te contra
de esconder-te dos teus sonhos
que ela há de fazê-los bisonhos, imperfeitos

já não tentes te alçar ao céu
já não tostes tua tez ao léu

aéreo de sobra

põe teu cérebro à obra
que rondas hão de deter-te
de afrontar-te contra
de repelir-te dos teus caminhos ousados
nunca dantes repensados.

carinho conforto

te darei meu carinho
pequenino, de soslaio
meu coração alevino
leva o teu junto em um balaio

te darei meu carinho
imensidão intensidade
meu sentimento menino
leva tua menina por toda a cidade

ajustarei o teu conforto
ao meu porto
à minha solidão a dois

reviverei o meu conforto
junto ao horto
da tua plantação de amores

dever

deveria pensar em refletir
deveria amar, deveria agir
deveria deixar pra lá
sair, voar, curtir o que há

deveria pausar e refrescar
deveria estar, deveria sorrir
deveria chamar pra cá
reunir, agregar, o lado de lá

somente refleti meus erros
amei e agi por desespero
deveria deixar, deveria pousar
e alçar novo caminho

somente refresquei minhas dores
estava sorrindo poses amarelas
deveria me afastar, deveria chamar
a tua realidade paralela
a tua passarela
a tua fotonovela sem cores

12 setembro 2010

si ne qua nons

condição de alcançar
- maestria
condição de acalmar
- letargia
condição de separar
- agonia
condição de avacalhar
- zombaria

quer amar, tragicomédia
quer gozar, faça média
quer armar, tragédia
quer anunciar, enciclopédia

quer escapar, emergência
quer bolinar, apetência
quer zoar, adolescência
quer voar, efervescência

condição de sobrar
- abstrato
condição de virar
- substrato
condição de castrar
- desacato
condicionar
- anonimato

do amor

desse jeito
passo longe
desse pleito
voo ao alcance do peito

do amor
eu amar
do amor
eu crer
que é ao menos
tento tentar

desse jeito
jogo perto
jogo aberto
passo certo
rumo quieto
ao efeito, correto

09 setembro 2010

sobdescontrolesúbito

sob descontrole súbito
ato revolucionaria hábito
dor disfarçaria gênios
gim reforçaria hálito

sob desfaçatez pálida
ela treplicaria cênica
ele rechaçaria cômico
duo colidiria lívido

sob aparências música
sob divergências mágica
ela alterada única
ele algemado ávido

espiral

meu círculo se faz oval
se faz hora final
se desfaz, temporário
inconsciente

minha cúpula é una
se desacata
desacostuma, pacata
desafortuna, duplicata de ninguém

minha capa é a tal
se faz pose fatal
se refaz, temerária
inocente

minha súplica é oca
se arremata
descontrola, errata
desaparelha, bravata do algo
em alguém

coincidente perdição

os caminhos não se juntam
mas querem se passear vez em quando
a perdição a desmando
o acaso como destino

os tamanhos náo colam
mas ousam se prostar
as firulas náo reinam
mas querem se mostrar

a coincidência no comando
um caso por desatino

08 setembro 2010

porradino kid

se o reflexo é o que importa da imagem no espelho
esse virtual não sei se sou eu

se o convexo é o que empresta sua imagem oca a um estranho
esse real não sei se está em mim

está a fim
de ser o super herói no final
de voltar ao futuro
de projetar o passado
escuro, cansado
de presentes que não prestam

05 setembro 2010

lógica do amor

a raiz de todos os problemas
solução: candanga da gema

a raiz da vária distração
ser capanga pra diversão

a raiz de todo momento bom
adoção imediata de todos os tons

a lógica do amor
não tem, não senhor
a lógica do amor
sobrevem, sem temor.

31 agosto 2010

SAFRA DE 1996 - Para Alguém

Daqui do meu lado,
o teu olhar é o mais bonito
quase não acredito que consegui te agarrar aqui

Não tô nem aí com o que falam
Quem ama não esconde o que sente

Meu rosto bobo te admira e quer gravar
o teu pra sempre em meu coração
és como a guia de meus passos
mata comigo a solidão

O carinho que recebi de ti
destruiu mazelas, intrigas
curou feridas
mas a distância é forte, me sinto animal mordido

é
amar sem muito interesse
acabou virando esse
sentimento sem fronteira
quem menos apostou
é quem mais amou pela vida inteira

SAFRA DE 1996 - Pra Cima

Eu vou por aí
desvendando essas tuas novas trilhas
e aquelas mesmas velhas armadilhas
das quais eu nunca fugi

Estou aqui
procurando não sei o quê
por bandas e bandas
Delirando ao te ver
e ainda andas
para longe, muito longe do meu ser

Ah, se pelo menos eu não fosse estressar
com situação, clima ou com lugar
não há qualquer indício de cessão
eu não ficarei à toa não
então, pra que se importar,
jogo tudo pra ver no que vai dar

sobrevivi
a mil riscos e a rombos financeiros
só, na busca, da saída do bueiro,
em que me meti, por tua causa

eu aprendi
que jogar sem muito risco é uma furada
lamentar por toda a vida não leva a nada
então, por favor, não me deixe esperando só aqui

SAFRA DE 1996 - Utópico

fique aí reclamando do clima inadequado
ou então espere por chatos de plantão
até sonhei em ser premiado
mas você não divide companhia com qualquer um não

POSSO SALVAR O TEU DIA (3x) 
ainda há tempo, ainda

Já estou mais que farto desses seus modelos
se não for do seu jeito, vai cair em desespero
vou parar pra refletir mais um pouco,
para não acabar feito louco.

ETERNOERRANTE

Eu prefiro mesmo ser um eternoerrante
do que ter a velha velha percepção sobre o tudo

sobre todos
sobre o lodo
sobre ludo

Eu perfilo seres, mesmo sendo inconsequente
do que ser o novo novo indigente frente a todos

sobre nódoas
sobre a lógica
sobro todo

27 agosto 2010

hasta luego

a passagem na vida é breve
os dias voam duros, quando deveriam ser leves
quando deveriam, nem por pouco, tecer greve do bom grado

a miragem da vida é constante
as luzes cegam forte, quando deveriam ser o norte
quando deveriam, mesmo sem muito, tecer gozo de bom grau

deveriam ser nau
não deveriam ser o mal
nem poderiam.

ALEGRIA, alergia

esquece da tua mágoa
água pra longe
o sol pra perto
pra fora do deserto
pra perto do horizonte

alegra a alergia que te acomete
que te derrete a iniciativa
que te faz cativa
que te compete
derrota e enfraquece

questiona a tua trégua
arre égua, que és mais que o mínimo
que o menino doido que te rodeia
que a menina louca que, arfante,
cirandeia, cirandeia...

24 agosto 2010

do Rodolfo Monteiro - República do Pensamento

Luiz Áudio
põe pimenta nas palavras
transforma fala em melodia
ruído em barulho
harmoniza tudo que contagia
sem perder o ritmo

* Rodolfo Monteiro
http://republicadopensamento.blogspot.com/

23 agosto 2010

claudicontos

mangia, che te fa molto benne
monge, que te faz orar bem
manco, que te apraz andar direito
mongo, que és, rapaz, ao errar a despeito.

canta, che te fa molto musico
cento, que te faz pagar 100
cantos, que te conduzem mal ou bem
conte, que és, poeta, ao fazê-lo a alguém.

danzala, que te haz muy danzante
denso, que te faz aprofundar limites sem
dulce, que tu gosto te haz muy sabroso
dândi, que és, esperto, ao te disfarçares nem.

21 agosto 2010

E= (M.C)∞ [a maior energia do coração]

penteou-se
REVLON
maquiou-se
AVON
vestiu-se
FASHION

beijou-me MEGATONS

20 agosto 2010

Gustavo Footloose WordPerfect SangueBom

Gustavo Footloose WordPerfect SangueBom

footloose é o man
sincero, cara 100
tem se dado bem na arte
de enxergar além
na qual tento fazer meus setes

Os seus confetes são singelos e delicados
O que ele assegura não existirem
pois quem vive sente
que o coração é o chão e o céu de estrelas das sensações

é divina a moção que une
universos tão ímpares e únicos pares coligados
Rodolfo, com a Dri do Lado
Alexandre, Julião e tantos outros
Juntos ao Marcão 10LOKAdo

o dom não é exclusivo
a sensação é pessoal e intransferível

aceito as loas de bom grado
que venham outras, para outros parceiros consagrados
em sonoro e bom áudio,

Tenho Dito
Luiz Cláudio

eleição sentimental

Será que governa meu coração,
esse pensar, esse voto compromisso?
Será que representa minha paixão
esse amor, esse dote não-omisso?

Quem sabe confirma a intenção,
Transfere o poder de decidir?
Quem sabe não anula a divisão,
Transita pelo crescer da sensação,
de existir?

Talvez deporte sem nada,
Talvez soe repatriado,
esse querer, esse louco enamorado

Talvez permaneça sem mácula
Talvez voe, Drácula,
até você, essa rouca enamorada.

18 agosto 2010

do Gustavo Footloose - parceiro de poesia

Luiz Cláudio Pimentel
põe pimenta no papel
tem se dado bem na arte
de enxergar além

pois quem sente sabe
que verdade vem do coração
é humana a razão
e universal a expressão-sentir

sobrenatural de almeida
já diria Marçau Lopes, o fabricante
o dom não é exclusivo
a sensação é pessoal e intransferível

parabéns pelos poemas
não se gabe disso
e tenho dito
Footloose.

espetacular

primor ocular
obra única, singular
serena morena, a mirar

com amor a se dedicar
lida com as túnicas, pequena
menina açucena, ama amar

16 agosto 2010

amar ELA, SerELEpe

não basta a correria,
a romaria do infiel
ao relógio do passo
ao compasso do céu
entre as mãos pequeninas e mornas?

casto, a amar ELA
rastro de Ser ELE pesaroso
achado em si mesmo
perdido nas pequenas rotas,
como sempre
incríveis

gosto permanece entre nós
ao gasto lento do passar de nossos corpos
entre nós e vincos, como sempre
inesquecíveis

13 agosto 2010

bolo fofo

da fusão aleatória das palavras,
sei lá o que costuma surgir
urge transformação
ruge renovação, enfim

da cisão arbitrária dos entraves,
é bem certo o que há de vir
rouge, confrontação
rege descontrução,
o fim.

passos

poesia no plural
uma coisa qualquer
maresia temporal
um tímido bem-me-quer

passos serenos
na areia movediça
do meu sentimento

categoria fenomenal
variada dose de colher
anistia ocasional
delicada pose da mulher

(coisa de amados)

passos destinados
na paisagem fronteiriça
do meu movimento

12 agosto 2010

Menina Brasília

Menina Brasília
calor, coração, arrepia
vulcão sensação descompasso
olor atração de mormaço
explosão
de eterno flerte
adoro ter-te

menina arredia
tensão atraente da ilha
Eu canto, Meu Deus
Maravilhas...

O Paraíso, é aqui
Tudo o que rezares
Todos os altares
As modas, os bares
Pois quando eu festejo
Eu almejo teus desejos...

Menina Brasília
tesão reluzente da ilha
Toma esta poesia, como um beijo...

are you sexperienced?

PS: trocadilho de duas músicas "Are You Experienced" do Jimi Hendrix, em suas "viagens"; com "Sexperienced", sem maiores necessidades explicativas, da gaúcha Cachorro Grande.

Cada experimento
é Dezenas
Milhões de Elos
Problemas

Cama
Tormento
Pequena
Zilhões de Beijos
Morenas

11 agosto 2010

12 minutos

um quinto de hora nos basta
nos baseia, nos castra
nos alija da realidade

faz a felicidade, semeia
digere a dor alheia
com velocidade

faz-se posse, autoridade
cada segundo mais cheia
multiplica uma lua e meia
em milhões de saudades

põe-se pose, identidade
a cada segunda, mais teia
replica-se nua e meia
em milhares de bondades

Ao acaso o que é do Acaso (Cesária e César)

o lucro é o que o sobra no fim,
para um rei deportado
a alma é que fica, enfim,
para uma rainha disputada.

cores e sabores

decidi parar de correr em círculos,
zonas, quase maternidades
em poucas e prováveis improbabilidades

cansei de delegar o que deveria ser decidido
de alegar o que não podia ter esquecido
de caminhar o passo de outras

agora, que as cores e os sabores me agradam...
e como!

carambolas!

o cara travou ali no meio
sambou feio na contramão
da falta de atitude

a cara passou aqui ao lado
olhou de soslaio na direção
da sobra de amplitudes

como assim?
os opostos se quererem tanto
e se espezinharem na mesma proporção

como assim?
as apostas se anularem, tolas
e se promoverem na mesma adoração?

coluna do meio

é mais confortável a decisão
de não tentar
ser o que não se pode ser

é mais estável a visão
de não forçar
inventar o que não tem conserto

o certo, meus caros
é que a indiferença prevaleça
e que seja autêntica peça
de indecisão.

não-existente

Não é pensar
é constatação

são defeitos pra aguentar
contas pra pagar
são esporros pra ouvir

se isso é amar
o resto é invenção,
é coisa romântica

Não é pulsar
é divagação

são efeitos pra criar
ondas pra levar
são esporas pra ferir

se isso é amar
o resto é tradição,
é semântica
que não existe não.

09 agosto 2010

nova novidade

chegou de volta
sem escolta, sem falsidade
a verdade imperará
ressoará por inteira

no canto, na ribeira
na cachoeira, na cidade
és tu, ó bela mineira
a mais bela,
a nova novidade!

07 agosto 2010

risco on the rocks

a fria chegou!
inevitável linha
do início ao extermínio
dose dupla de terror....

05 agosto 2010

ecos

Não vou dizer que não sinto a sua falta
Não admito que seja alta a tensão
Só me escoro no que me exalta
No que me chama a atenção

Não vou tremer porque não existe alguém
Não insisto que não seja baixa a pressão
Só me escorro pelo que me faz bem
Pelo que impulsiona meu coração

Ecos de você
Partem de mim
Ecos de você
Tão longe, assim

Ergo, sem você
Minhas partes divididas

Não vou prever que não anseio tua volta
Não admito que não seja louca a sensação
Só me esmero no que é sincero
No que me clama decisão

Não vou morrer porque alguém não age
Não desisto! Que seja oca a punção
Só me aventuro pelo que me dá coragem
Pelo que verbaliza minha intenção

Ecos de você
Partem de mim
Ecos de você
Tão longe, assim

Largo, por você
Minhas próprias feridas

04 agosto 2010

aquelas

aquelas surgem do nada
vem como se nada tivessem de intencional
o emocional, então, se expande
se invade, irracional

aquelas viram o dia
ou as noites que as perpassam
se estressam ou se estilhaçam
o pessoal, então, se esconde
se irrompe, instrumental

aquilo que julgava impossível
é agora o mais incrível
o animal, então se transpõe
o amor, se propõe
transitivo direto.

o fator: não entendo

é fato,
é foda
ou falta de

não saco qual é
nem o que devo fazer

sou cobrado pelo que não pude oferecer
nem me cobram a disponibilidade - negociável, sempre!

é chato
é corda
dada à toa,
posto que

não arco com a maré
nem orço o que devo manter

sou pisoteado pelo que não posso ser
nem me escanteiam por caridade - desintegrável, nunca!

03 agosto 2010

EXCESSIVA

lombras, boites, sombras
cobram a noite de ti
a olheira que tange teus sentimentos
a orelha, doideira que se alastra em ti

comedido
ardido açoite,
traço que ousa vazar de mim

excessiva
ardida pose, fosse!
tuas ancas e teus closes que soçobram
me esnobam, doces

alarido
bandido-pose, pistola
que tento desenterrar de mim

lasciva
fervida hipnose, dose!
te espancas e te contorces tanto que acusas
me usas, agridoce.

02 agosto 2010

também amam

BRUTOS

alguns mais outros menos
outros mais ou menos
ainda há poucos que o fazem, mal de mais
muitos, bem de menos

LUTOS
 
poucos fazem outros veios
outros tremem, em meio
ainda há loucos que jazem, fel de mais
putos, não é pra menos

01 agosto 2010

há gostos e gostos

a escolha é livre
o gosto é discutível, porém palpável
palatável, incrível puro pano de cena

bom é mesmo curtir
um bom gosto bem dividido
multiplicado em sensações
indescritível, louvável,inabalável antena,
dos meus sentidos com os seus.

bom mesmo é varar
uma boa noite bem atrevida
expandida em diversões
ininteligível, abusável, inflamável arena,
dos meus nexos nos teus.

até breve

o adeus foi temporário
tímido, um pouco solene demais

o momento chegara,
então, que seja feito
sem vontade

reavaliar decisões impensadas
empurrões desnecessários
dores repisadas

e seguir, seguir
que breve, breve
tudo mais irá cair
na repetição

reajustar divisões mal calculadas
adições arbitrárias
flores arrancadas

e sorrir, sorrir
que breve, breve
tudo mais irá cair
na ação: esquecimento.

bolo sabor poesia - de Marcos Fabrício

grande poeta-camarada
um bolo sabor poesia
em tua homenagem

doce amigo doce
tua existência em mim
é sempre festa

divirta-se sendo nu
com os seus ideais e com as suas fantasias
vista a melhor roupa
à altura de suas utopias

grande abraço e aquele axé!

Marcos Fabrício (Julho 2010)

26 julho 2010

27 de julho

27 de julho por acidente
incidentes ocorreram
coisas aconteceram, várias

interferências na História
batalhas inglórias
pancadarias salafrárias

silêncios e risadas
toques tímidos e porradas
distribuídos a torto e a direito

igualdades e diferenças
as verdades e as descrenças
assintomáticas

paridades e excelências
credicards e clemências
automáticas

2 da manhã

o horizonte sofreu poucas modificações
para me mudar é preciso ser estacionário
por um tempo
que por nada, nada mesmo é bom de curtir

se alonga, impositivo

aposto, provocativo
e tenso, muito tenso

cápsulas me aguardam ali
me permitem "fugir" e "voltar" ao mundo criativo
das autovoltas no autódromo experimental de meus hemisférios

o mistério se instaura em uníssono
o que seria tão particularmente frio e conflitivo com minha pessoa?

o reflexo de minha mão no rato?
a minha cara de pato?
o atestado de silêncio e solidão?
o novo contrato?

Não, não,
não era nada que pudesse estar pensando.
just a blank time for a modern living style young black man.

Era mais do que isso,
era a exatidão vacilante
era o sábio errante,
era o passado em conflito
o corpo em agito,
desenfreado.

datas, datas, datas...

a rotina é costumeira
a hiperantecipação de uma formalidade, mera progressão social
versus decadência física

cabe um fuscão aqui dentro de mim
mas não me importa!
Graças a Deus, pra isso tem solução e muita

pra tua desatenção, minha cara
nem que a formiga tussa.

a esquina boêmia

a boemia ali da esquina
segue em seu ritmo
enviesado, porém íntegro

a academia do poeta
não tem sede
somente sede de estragar o conformismo
em desmedir o íntimo

toda hora todo dia
bendita seja a santa boemia
viva todo o momento
toda dia toda hora
bendita santa boemia esteja
presente a contento

dor

sensação esquisita
cíclica
gosta de seus rodeios

mas confesso que "Hei Bobo"
me seria um bom apelido

provação implícita
estúpida
curte um bom devaneio

admito que "Seu Tolo"
me seria um ótimo adesivo.

Pena que o prazo do concurso por ti expirou.

23 julho 2010

MARCOS "PONTES" FABRÍCIO - o astronauta literário

(singela homenagem ao Dezlokado Mor)

as pontes que o cara faz
meu Deus, que úteis

superfaturadas de zelo
inchadas de amor

espelho da alegria em minh´alma

as pontes que o cara traz
meu Deus, que lúdicas

superestimadas de afeto
temperadas com ardor
e a mineirice calma dos montes

a mineirice coisa de lá das pontes.

18 julho 2010

é, fogo

é, fogo
te atearam em qualquer rincão
em qualquer desfiladeiro
penhascos sinuosos, e verdadeiros
gêmeos de vontade

é, logo irás
te assentar ou te ajustar
ao gelo da mediocridade
de uma cidade que insiste em perturbar
a desordem alheia

é fogo,
te alcançaram por entre tuas lâminas
por tuas chamas, calmaria
por tuas criptas, alegorias variadas

é, logo estarás
a te prostrar ou te conformar
com o gole de média idade
de uma idade que insiste em chegar
a passagem alheia
dos anos.

15 julho 2010

no spankings, please

hora da trégua
da folga lavar a égua
da mágoa levar fogo

hora da descontração
da atração contrariar a regra
hora de começar o jogo.

13 julho 2010

vOCÊ

ei,
quer tentar?
não sei

tentar, eu tentei
ganhei,perdi,
amei, chorei
estendi a toalha branca do luto

vOCÊ,
quer amar?
não sei

flertar, eu tentei
gamei, prendi
soltei, clamei
expandi a pomba branca do amor
em diminuto.

Não Ligue

não ligue

resfrie
reserve
preserve
espere
contenha-se

desconecte-se
de vez.

não há assistência técnica do outro lado.
saiba.

esforço

vai adiantar eu não dizer, sugerir, entreter?

vai nada

a piada já é velha
o esforço é pilha de poeira
a zoeira acontece do outro lado

vai adiantar eu me esforçar, interferir, debater?

vai nada

a toada já é desafinada
o impacto é mínimo de punção
a oliveira está unida com outro parreiral

nada mal,
só pra quem perde a noção.

Inspiração

O inspirar transcorre
se move por mim

mas a que custo!
com quanto suor!
com quanta emoção...

Até desejo que se eternize
seja efetivamente sempre
mas a que cascos!
com quanto ardor!
com quanta demolição...

11 julho 2010

o caminho

encontrei verdade na vida
não consegui reter parte
criava minhas próprias mentiras

encontrei vida em inverdades
não permiti contar todas
regava minhas únicas pétalas

o caminho?
quem diria que estava ao lado
estranho no ninho
andava,
andarilho...

07 julho 2010

despertar

falo tanto da melhor idade
sei incerto, que não há tempo que se encaixe
ou ego que se rebaixe
ao meu despertar

imóvel, no meu canto
dou de ombros
me isolo ali, que tem desconto
nada a pagar, nada a temer, nada a encarar

ajo pouco em minha flor dos dias
vou incauto, que não há tampa que se adeque
ou lego que se requebre
ao meu repensar

inútil, em meus cantos
dou "high fives"
me alisto ali, que tem confronto
nada a celebrar, nada a viver, nada a enfrentar.

só a mim.

interesse

o que faz o mundo girar
o que faz o amor se mandar?
o que faz a mulher pirar
o que faz o homem se mortificar?

interesse incessante
invencionice interessante
artifícios

o que faz a face corar
o que faz o ódio se estabelecer?
o que faz a dúvida pairar
o que faz o óleo escorrer?

retrocesso edificante
rebordosa retumbante
estrupício

folhas

é inverno
tão normal que seja...

contemplo folhas num jardim
pena que lá não estejas,
alijada de mim.

o ideal desatino, de um homem menino que vê
vê seu melhor motivo: porquê?
o ideal desatino de um homem menino que crê
vê seu pior momento, folhas livres com o vento: porquê?

é noturno, 
tão óbvio que pareça...

contemplo cores monotemáticas
no fim do jogo, são dramáticas
me dói que lá cresça,
tua presença, em mim.

um destino vivo por viver,
vivo pequenino sem você.




Melhorias

Melhorias a Aplicar:

cabeça para resfriamento
    pulmão em repouso
        sexo sem movimento
alma no calabouço

Abortar Missão: vivo ou morto.

   

bolsa de valor

investe tua energia
dispende, em demasia
garante a tua jornada

aplica-te de forma pia
ajunta-te à sinfonia
dedica-te à tua amada

amada, amada poesia
investimento tão sem dia
sem quaisquer revoadas
sons, sim, do universo
dos tensos aos tão diversos
prazeres da contemplada.

Aplica tua diligência
preserva tua gerência
do querer bem a quem se ama

Triplica a inteligência
viverás tamanha urgência

de amar a quem mereça
de amar, amar sem tamanho.

decisão

Por fim, decidi me abster
decidi não mais ter
decisão

Preferi manter vigília
ser minha mera mobília
de ilusão

Por fim, repelir a alegria
não ter mais estrepolia, receber a pressão
registrar a boemia, minha mera alquimia
geradora da agonia-paixão

Ah, se indecisa ela soubesse,
se altiva, retivesse a mais louca emoção
se precisa, ela viesse 
para o coração, houvesse 
uma chance pouca de ser redenção

Monalisa , em estresse,
ou Medusa de benesses
portadora do meu coração

Ah, se indecisa ela soubesse,
se altiva, retivesse a mais louca emoção
se precisa, ela viesse 
para o coração, houvesse 
uma chance pouca de ser redenção


minha vida então seria, menos prece
viraria 
alegria de quermesse, 
toda pura diversão.

05 julho 2010

hora de ir

já chegou a hora,
não demora!
fora...

o que mais te escora aqui?
não implora
sai!

aqui não há mais flora
juros, mora,
vai!

dívidas morais
amor, não mais.

questão universal

pontual,
insistente,
única questão

Ser ou Não?

finalizando um poema

o fim da poesia
é pura poesia
é magia
que se escorre da alma para os céus

traz entre seus véus
alegria, dor e nostalgia
confusamente combinadas

põe delicadas fragrâncias
expõe as ânsias
propõe máximas sensações
em mínimo tempo

traz contratempos infindos
jaz com passatempos lindos
de um somente

ente do nada,
parente de todos
casa de denodos
asa de derrocada.

admiração ingênua

não me dei conta não...
mantive a postura
a decisão, inconteste
de ser levado
de ser lavado de toda inocência
ainda que restasse ingenuidade, tênue

minha cabeça mina-se constantemente
porque espera que essa admiração
siga adiante
como se o pobre e burro coração o quisesse!

haja justificativas!
haja aspas, entremeios
missivas, raspas, devaneios...

minha admiração por ti permanece,
e o benefício da dúvida não perece,
a quem se entrega minh´alma,
a quem se reverte minha luz
minha calma seduz,
minha raiva contém em suas palmas?

mistundertoddy

o grau de entendimento é mínimo,
diria até, crítico,
nadica de nada, mesmo!

a incompreensão é patente,
diria até, recorrente,
pinica de tudo, coisa!

só resta a nova palavra,
a árvore, a solução
a tez, realização.

sonoralógicartografia
novalinhabússola
chavelenteargila
protoanciãanalogia

moldai meus caminhos,
dai-me instante, atenção

seguralânguidafilosofia
névoalinhaideologia
clavequentecamomila
neonovanalogia

mudai meus caminhos,
dai-me suplicante, direção.

muitas coisas que sinto

o quanto, o quente, o pranto
de quem sente
as muitas coisas que sinto

o transe, o trance, as tranças
de quem entende
das muitas cores que sinto
em mim

a dor, ardente, os cantos
de flores que pinto
em você

a flor, semente, os galhos
de ramos que irrigo
pra te ver, dentro de mim.

e daí?

o consolo reside entre metacarpos e cartilagens
que aos poucos se envelhecem
rapidamente desgastam
se esquecem de pausar o tempo em si

o carinho resulta de acordos preestabelecidos
de soluções mais racionais que emotivas
de riscos mais calculados que espontâneos

a crise instala-se entre delírios e delícias
que aos pálidos se demonstram
rispidamente desgostam
se esquivam de pintar o sete um pouco mais

soma dos quartetos = alquebrada hipertensão...

e daí?

destinatária ausente

já não se falam mais...
cartas, telefonemas, conversas após um recado,
coisas do século XX.

Ainda que inventasse algo novo,
acreditava que sucederia nunca mais,
merecia o castigo por agir colérico, que era, de vez em quando

só não se conformava com "destinatária ausente"...
coisa demente, essa!
quem cala, há de consentir,
baterei, a porta vai abrir,

porquê? céus, porquê?

mais um coração rasgado e posto fora.

04 julho 2010

frases festivas

já se expirou,
venceu teu argumento
desiste,
desiste enquanto há tempo!

frases festivas só atingem tua satisfação
só fazem tua feição
mais alegre

o que em minha vida segue
só é de mim,
somente o fim eu determino
se decido o que salvo e elimino
só, aqui, só.

já se acabou,
gorou teu lamento
insiste,
insiste em outro tento!

frases festivas só colorem tua estação
só sintetizam tua única singela repetição

o que em minha vida, entrego
só faz de mim um, não nego
somente assim eu me animo
se acredito nos meus alvos e amigos
só, aqui, só.

Obrigações? Pra Ninguém!

não me vejo, nem te obrigo
siga seu caminho

não te vejo, nem te ligo
ligue suas partes

que hoje sigo sozinho

não te elejo para a briga
nem que esteja sem

tudo que te digo,
amiga

Não devo obrigações pra ninguém!

Caderno de Notas

Nota, alegórica
aqui.

Ali,
Categórica
Total Hiperbólica
Palavra da Imaginação.

Cota, automática
Ali!


Ali, traumática.
Perfeita, aristocrática,
Medida sem Razão.

alívio

vai ser um alívio
um próprio delírio
contagiante
inebriante
reluzente

vai ser um redemoinho
um auto-descontrole
leviano
insuspeito

soberbo!

Passou...

paisagem

o cerrado é duro, irmão
é protoespinho
é descaminho sol a sol
é lima e pinho ardendo na pele

é o "L" de lacuna
o "P" de perguntas
loucos em parafuso
lodo profuso

o cerrado é puro chão
é práticoferro
é berro após birra
é lama e serra
perigando o coração

é "S" sem saída
um "V" de vendida
sólida visão
sórdida vazão.

emoção

ser emotivo, sem noção
rir dos cravos em seu crivo?
ser um corvo em ação?

ser emotivo, é redenção
flor de rosas muito rasas
fel de crise em progressão

ser criativo, é emoção
cor de mundo sem desmando
céu de amêndoas por visão

ser construtivo, é solução
lar de doses de alegria
bar de dores sem razão.

vuvuzela brasileira - uma aquarela brasileira às avessas (Samba Império Serrano, livre adaptação)

Vejam a armadilha de cenário
Foi um episódio tão primário
Que os artistas, num sonho boçal
Escolheram para este carnaval

E a savana como passarela
Seria tela
do Brasil em som de vuvuzela

Passeando pelas cercanias da defesa
Conheci vastos nortes coreiais
nas costas, de marfins por estar
E a dura política do trombar

Caminhando ainda um pouco mais
Deparei com lerdos portugais
Estava no Além Mar, pura acomodação
De uma toda abstenção

Fiquei tão abismado: que calmaria!
Se alastrou nesse dia
Onde ficou a ginga, samba no pé?
Laranjas fizeram mandinga, vai ver que é

(....)

Brasil, recupera o teu destaque
Na arte, na beleza, arquitetura
Feitiço que assola céus e serras
Aquilo que engrandece toda a Terra

Do Leste, do Norte e dos Oestes
Tudo é belo e tem lindo matiz
na bamba dos sambas e batucadas
Dos malandros e mulatas
De requebros febris

Brasil, traz pros nossos verdes campos
Chapéus e elásticos de colorido sutil
E este lindo céu azul de anil
Emoldure em aquarela o meu Brasil
Não amarele: Brasil!

confiança a longo prazo

confio e espero,
um dia
o amor virá
pra mim

desafio o que mais quero,
"sofia" conjugará,
o amar, enfim

confio e espero.
a lida, um dia
terá um fim

desafio o que tanto quero,
a vida, um dia
sorrirá, sim.

meu chapa

um dia te pego, meu chapa
pregando peça aqui e ali
trocando tapa
com tua consciência

fazendo beiço pra ciência
jogando fora a paciência

próprio de ti

um dia te pego, minha cara
pregando pose ali e aqui
crente de que os hipócritas ao redor
desconhecem teu grande mistério

aéreos, sós,
os culpados, que sois.

28 junho 2010

julgamento precipitado

o meu vício é tão controlado
que desconheço seu princípio do fim

o meu precipício é tão planificado
que sequer oferece risco a quem o contempla

o teu julgamento se descontrói
se implode em prés e poses
em pregas e portes
em rasgos e cortes

o teu julgamento se precipita
se limita a lentes confusas
a cores difusas
sentido desconexo
ente imperfeita
dor desfeita
artigo convexo

cartão laranja

sai da atenção rubra, descubra
põe em tela
a síndrome amarela
que me acomete

e se intromete entre meus alvéolos
áureos, pétreos

sai da submissão pulsante, levanta
tira da cela
a letargia que revela
que te compromete comigo

e se faz manchete entre meus neurônios
sólidos, lânguidos.

é a mesma, sempre

a situação simula mudar
aonde?
jamais o fará

se esconde e enganará a todos
começando por mim

sorri e me ilude
a mesma, de sempre
é lesma que me hiperacelera
me dilacera,
me faz ainda gostar de ti.

27 junho 2010

acreditar

alguém há, haverá?

pelo menos algum
sequer nenhum, ao menos?

doidos, serenos
algum haverá?

alguem há, há sim!
sobrará um que creia
que enfrente a teia
da incredulidade.

25 junho 2010

como uma ilha

me sinto, me enfrento
minto que sou meu próprio herdeiro
sou tão traiçoeiro
que desfaço em infinitos grãos
minhas mãos dolentes

me pinto, me aguento
reflito que vou em meu próprio esteio
sou tão! (creio...)
isolado que me refaço em unidade-não
minhas veias pulsantes

Como uma ilha, se isola, filha do nada
fervilha do nada,
fervilha e brilha
estrela relegada

Como uma ilha
se imola, ilha visada,

Como uma ilha,
mãeirmãfilha, por nada.

mínimo

o tempo é curto
mínimo
extenso cíclo
louco, urge, lento

o tempo é doido
cínico
marrento pífano
rouco, ruge intenso

mínimo
císmico
métrico, cético,
ritmo

ínfimo, crítico
mágico, elástico
senso

capítulo final...que continua....

E se foi, protagonista do ato-fim,
malabarista da cena-afim,
do ato do término do contrato.

E se foi, aquela artista
atuava aqui,
se introjetava e se expulsava
acelerando o desfecho do capítulo final

Máscaras de Riso e de Lamento
Cores de Paixão e de Esquecimento
Flores de Traição ou de Momento

Rotas de Fuga afins
ou para o encontro sem-fim

prazo de validade

raso em falsidade
crasso, pequeno
prazo de validade
singelo veneno

passo de felicidade
amasso ameno
prazo de validade
catarse, empeno

aço, tenacidade
fosso, terreno
prazo de validade
entrave extremo

chumaço, temeridade
poço sereno
prazo de validade
destroço escaleno.

"Se eu..."

digo que te amo
clamo e te chamo

dentro do meu
pequeno amor

de minha imensa dor
de não te ter

digo que espero,
quero, desespero

fora de todo meu ver
dentro do meu não-viver, por você.

Se eu, meu mesmo
todo breu
me faço sem você, me laço sem prever

nem o quê, nem de quem

meu preço é teu ser
meu eixo quer reter, todo ser,
tudo ter, de você.

Colapso

onda breve
leve colapso
curta, neve
longo rechaço

onda, neve
ferve relapso
porta-colapsos
sangra-mormaço

polpa palmatória
inglória estação
roda provisória
eterna colisão

colapso
lapso momentum
encharcaço
nexo inexistentis

o alvo

Alvo Nave Enferma

Epiderme Sereia
Subliminal

Perverte, me invadeia, me incendeia
Me faz seu alvo!
Afinal...

morcegos e pombas

quando me vêm esses instantes
esses rompantes estranhos

me banho do vôo que zomba
me estranho, no sonho da pomba

me cego, no ego de morcego

me prego na sombra do verso
me largo na divagação dos reversos
me lerdo nas asas esquálidas
me acelero nas ruas inválidas

me esmera, me espera e tomba
na lombra de ser chinfrim pomba

nego não parecer morcego
nas asas que aterrorizam
na presença que se estabiliza

leve terror da noite
doce aceite diurno.

retorno aos turnos

linhas fracas, luzes tênues
por pouco se querem,
por muito se desentendem

fases laicas, cruzes gêmeas
por loucas se aderem
por roucas se despedem

retono aos turnos
obscuros, soturnos,
aos recomeços, aos tudos resetados
aos mundos, ignorados

sílabas ácidas, vírgulas doces
críticas mágicas, recusas torpes

Trágicas poses, mal tiradas.

23 junho 2010

parte da vida, parte do jogo

do jeito que está
até posso continuar

parte da vida
tentar de novo

do jeito que vai
pode até se transformar

parte do jogo
arriscar as asas
mascarar as brasas
as feridas

do jeito que está
até posso relevar

parte da vida
ignorar estorvo

do jeito que vai
pode até se transtornar

parte do jogo
arrasar a casa
melindrar as coisas
as recaídas.

PÁTRIA AMÁVEL

(de Marcos Fabrício para Mondo Lucca)

do verde ao amarelo
amadurecimento
do amarelo ao verde
atenção para o avanço

* Marcos Fabrício
http://republicadopensamento.blogspot.com/

LA SANGRE

deixa sangrar, senão não se manifesta
sinta a perda se houver
deixa o amor invadir
se vier o gozo
garanta a festa,
para derrotado e glorioso.

Duelos

somos tão estranhos
lerdos e perdidos
convencidos

somos sem tamanho
mas num mundo estranho
parecidos

somos todo lanho que lutamos para ser

mulheres tão levadas
submissas ou taradas
esquisitas

são do seu tamanho
mas num mundo tacanho
contraditas

são todas ciladas que queremos rever
 
duelo por duelo
não nos vence
carinho por carinho
nos convence

são tantos caminhos que esquecemos de viver


delírio por delírio
se avança
deleite por deleite
não nos cansa

você é meu vinho
e tu, meu carinho
Não me deixa esquecer

22 junho 2010

Umidade Zero - versão Primavera O - Soda Stereo (Gustavo Ceratti)

Um intenso azul

luz que inunda meus sentidos
tudo então começa a ser real

sempre volta a dar novas chances
uma volta a mais
inteira

Ela talvez seja
um sonho de outro
um rumo incerto

A verdade é que não se vive sem amor

E agora estou aqui tombando frágil
nessa multidão
te espero

Umidade Zero
Umidade Zero

Ela já se foi
lembrança do futuro juntos
doses brindam pela distância
Te espero...

sinistra dor

meu coração tange dor
punge cor
decepção

meu coração pensa não
sente
elevação

quando te vê
quando quer você

meu coração range frescor
expulsa olor
êxtase

meu coração enfrenta chão
estende a mão
gênese.

acordes insones, acasos insanos

tá sobrando melodia
e falta do que fazer
com a falta de tempo

tá sobrando melancolia
e falta do que chorar
com tanto choro ao mesmo tempo

mas ela permanece
ressoa e enaltece
sua própria existência
sua pobre decadência

revê, e reconsidera
regurgita e erra
o quanto for necessário

não há horário
para estar sempre sozinho

Quantidade Não é Qualidade

o não-padrão infrutífero
da tua falta de postura
cara dura com esmero

sorriso plástico com óxido de ferro
nunca foi minha praia

mas, sinceramente espero
que se esvaia
e leve, saia sem peso

a não-emoção imóvel
da tua sobra de agrura
pura placa tectônica

expressão rústica com acidez indelével
nunca me atiçou a tônica

mas, sinceramente espero
que siga, supersônica
e fuja revel, sem entrevero.

aplicativo

rode a baiana, brasiliense ou mineira
compile a primeira que te vier à tona

seja dona, carregue sua bagagem
gradativa e sutilmente

role os dados, destrave as trancas
apresente-se com todas as suas cores

dores, não mais
flores demais.

21 junho 2010

lição

confia em demasia
que terás descortesia
de sobra

constrói só a obra
que restará dobra
de apatia

reforça o ego
que os pregos
logo aderirão
às tuas cartilagens

compensa o pelego
que logo o tiroteio de cegos
não te dará arrego
somente desvantagens

145: voltas por aí

PS: linha urbana de ônibus de Brasilia. (ligação entre L2 Norte e W3 Sul, vias centrais da cidade)

voltas por aí
eu aqui, rodando em círculos
quadrados de grama e terra vermelha
falta de afago na orelha

voltas por aqui
eu ali, voando em sonhos
ornados de grana e torres de vidro
falta de vergonha na cara

5
mercedão ferrado
na base me finco
admirado por teu não-senso
penso, amigo companheiro da solidão.

logo me espremo em tua limitada seção:
100 por metro espanado.

Semi

Olha lá
Quem?
Quase ninguém
Vaza, que não é pro teu bico

Semi
Partícula
Sem
Utilidade

Ouça aqui
O quê?
Nada que entenda
Casa, que não é pra tuas broncas

Semi
Perfeito
Sem
Falsidade

não sou teu trouxa

Acredito que não foi por nada que nos aproximamos,
e hoje eu estou aqui ainda pensando em ti,
de vez em quando...

só não compreendo às vezes
as entrelinhas que você me comunica.
fora nossa saída pra nos conhecermos
nunca "interferi" no seu dia-a-dia.

Se você quer estar mais próxima de mim,
não tenha medo, mas se decida!

Quero a mulher que não seja serena, e você sabe bem disso.
Apenas defina se serei homem, confidente, amigo ou colega, ou a soma aleatória das partes.

gosto muito de você, não sou teu trouxa
quero mesmo é te ter e não ser brocha
você merece tua cara de pau,
vá fazer o mal na outra esquina 
vá lustrar a face, vestir carapuça de cafetina.

Acredito em você...
Me amarro em você...
Me acabo por você...

papo internético ideal para tantas situações

Não me afastaria de te dar uma solução!
Embora a gente converse sempre sobre resolver rapidamente as coisas, na prática, o jogo é muito, muito diferente. As soluções que você trouxe até poderiam ajudar, mas no longo prazo.

O importante agora é buscar um apoio de alguém que te compreenda.
E alguma companhia, pra entender o que o você quer, e não o que parece querer.

Querida,

Dicas não são ferramenta que sustente um negócio que envolve dinheiro.
Ócios não são solução que dê novas idéias para algo que já ruiu.
Picas não são suficientes para motivar uma relação a ir pra frente.

Espero ter ajudado.
Beijo
Terei um encontro mais ou menos daqui a pouco, por isso me chamaram...

um eterno recomeço

ah, vida é assim
começa logo o fim do beijo
desfaz-se arlequim

o novo estopim
lampejos

ah, vida é assim
um eterno recomeço

a fim de não satisfazer
sem meio de se reviver
desejos

ah, vida
lida comigo,
bandida
não diz mentiras
só realejos

20 junho 2010

terapia descartável (ou amores espoletas)

(originalmente escrita entre outubro e novembro de 1996.)


sua inesgotável beleza
lapidada por rara inspiração
seria mais uma ilusão?
não, eu tenho certeza
que você não é obra do acaso, não

poderia estar mais contente, do que estou agora?
mas, lamento do fundinho do coração

vou ter que te jogar fora!

como uma terapia descartável, que posso queimar com minha gasolina
não é, menina?
em algum lugar mais fácil
de mostrar meu contentamento

e quem sabe assim, eu me endireite na vida
não fique reclamando de pernas pro ar
tocando guitarra ao ìnvés de trabalhar

então vou abusar dessas suas possibilidades
antes que algum outro venha exibir suas habilidades.

-------------------------------------------------------------------

divisora de águas mentais
pacificadora de distúrbios cerebrais
deusa inatingível do meu Olimpo

tomara que eu não seja o otário
então jogue limpo nessa vida

Cansei de ficar à margem de opiniões insossas
que ouvia de outras moças
bem aparecida na hora, ou margarida, ou flora

e, já está na hora
de terminar

você pra mim não passa de uma terapia descartável
que eu posso levar graças à minha gasolina, não é menina?
prum lugar mais fácil de expressar o meu contentamento

e quem sabe, assim, eu não me endireite na vida
e fique reclamando de pernas pro ar
mais fácil que trabalhar é tocar guitarra
então eu vou é abusar
nem que seja na marra...

Cuidado pra não gostar!

94/19802 - perfeita assimetria dos 20.

pensei que a vida fosse sempre colorida
uh...uma bela saída
atirei tudo pela janela
esqueci do prazer de admirar...Ela
que me seduziu sem perceber
talvez fosse meu motivo pra viver

(ponte)

tudo parecia perfeito
até um dia desabar
na minha cabeça
será que não parei pra pensar
você quer que eu esqueça
do seu jeito de me olhar?

ah, menina / foge de mim novamente
aparece, assim, de repente / com essa sua angústia felina
vamos sair sem rumo rindo de tudo ao nosso redor
vamos enquanto o tempo ainda não é maior

e essa sua liberdade?
fiquei com "alguém de verdade"
pra depois voltar com aquelas desculpas antigas
mal copiadas das suas amigas
pedindo perdão a "quem realmente se importa com o que eu digo..."
é, eu nem ligo

(ponte ii)

o que estou dizendo?
nem sei o que estou fazendo!
sentado aqui nesta mesa
tentando extrair poesia dessa confusão
chame a isso qualquer coisa, menos de canção

que eu tento terminar lendo

(originalmente feita no ano de 1996, junho a outubro).

(momento informativo)

publicarei aos poucos,
os primeiros poemas que me atrevi a escrever, no longíquo ano de 1996,
com muito menos mulheres e muito mais ossos de peso próprio.

hoje, de forma especial, me emocionei um pouco mais,
porque tinha certeza absolutamente absurda que haviam anotações "perdidas", encontradas exatamente hoje, e vejam que cíclico, começada EXATAMENTE há 14 anos.
PS: flor da idade da poesia. perfeita assimetria.

94/19802 era o meu registro acadêmico na Universidade de Brasília, onde me "aventurei em Engenharia" por longos dois anos e meio, muitos MIs, MMs como gols de Loco Abreu no Flamengo em final do Carioca, zero relacionamentos, métodos matemáticos menos infinitos.

Terapia Descartável foi escrita pouco depois, e se seguiu a anotações de caderno (um caderno de poesias, pasmem!) feito numa era Tilibra e Bic, rabiscada e rascunhada com dor (i)matura de um recém-revoltado ex-engenheiro...

Um SEMI.

Abraços
Luiz

19 junho 2010

não dá!

não, nem mesmo pense em pensar
não dá assim
não vai rolar

desaproxime
desaconchegue
desista de vez

insista na próxima

mude essa ótica
pra outra lógica
cabível

não, nem mesmo tente tentar

não dá pra mim
não vai vingar

desacostume
desconsidere
demita de vez

insista na máxima
"uma andorinha faz seu inverno"

mude essa ótica
novaeróticalasciva.

sabedoria

com o seguir dos dias,
sabedoria provavelmente não irá me aderir,
vai mesmo é fugir,
escorrer por entre meus dedos

vejo que a simples questão de me preservar
vai me salvar
das aventuras
das loucuras que tanto procurei
entre meus medos

alegoria extra
novo impossível
categoria besta
saber invisível

com o seguir dos dias,
sabedoria provavelmente não irá me aderir,
vai mesmo é sair,
se perder por entre meus credos

vejo que a simples questão de me preservar
vai me salvar
das aventuras
das loucuras que tanto procurei
sob torpedos

17 junho 2010

navegante afetivo

de janelas em janelas meu coração virtual se refaz
o real, rapaz... nem sei pra onde foi

de jasmins em jasmins minha sedução passional se desfaz
o jardim, companheiro...tem mais espinhos do que doces

de rótulas em rótulas minha elevação espiritual se constrói
o pecador, meu Deus...tá ativo na praça

de ruínas em ruínas minha provação eventual se destrói
o astuto, irmão... vazou colina abaixo.

13 junho 2010

safari

floresta de concreto
cabana pro concerto
firula num contexto
forasteira, num dia incerto

soava como safari de outra estação,
mal sintonizada,
frequência polida e pirada,
insolação, de amor

flanela de metal
a coroa, para incertos
afinados, afinal
forasteiros incorretos

soava como safari de ocasião
mal dissimulado,
presença, partida e retardo,
infestação, de terror.

positive thinking

"the best thing about positive thinking is NOT knowing where we gonna be taken by all these exagerated need of thinking right."

relacionamento-padrão

não há feridas, nem desabrigo
só a busca de um ombro amigo, ainda persiste

não há partidas, nem chegadas
só a troca de contatos, para ocasião pertinente

não há cúmplices, nem amigos
somente a certeza de que dessa vez não será.

12 junho 2010

sério candidato a fracasso do ano

alerta. atentos
xereta, acentos
a seta, adendos
careta, porcentos

não devia ser o que detestava
não seria mais do que momento
conseguiu o que esperava,
ainda mais em pensamento


vou me candidatar
para vaga vou me aprovar
nem beato nem mundano
grande fracasso do ano

não devia ser o que esperava
não seria nada ao relento
conseguiu o que sonhava,
ainda mais em pensamento

vou me candidatar
para vaga vou me aprovar
nem beato nem mundano
grande fracasso do ano

sério candidato
com todo o anonimato
nem boato nem piano
grande fracasso do ano

passagem sem volta

dê-se conta, você,
somente você
da impossibilidade
da inverdade

dê-se conta, você,
de seus porquês,
da passagem sem volta
da vida sem vincos
da perda sem escolta

dê-se conta,
amplie-se ponta,
de não deixá-la tonta
de que não deve, causar revolta
ser uma afronta.


dê-se conta, você,
entre porquês,
da passagem sem volta
da trilha sem trincos
da porca sem envoltas.

mirados

no more fados
mareados
mirados e tão fora de foco
chocados com o que lá fora acontece
com tudo o que entristece

no more xaxados
epilepsiados
maltratados e tão fora de jogo
acintados com o que dentro de nós soía acontecer
com tudo o que delicado, se esvanece.

10 junho 2010

Atitude INC.

Deus, me Livre e Guarde!
Que o Demo escreve em linha reta

te dá a sentença direta
te enquadra sem perdão

Deus, me Livre e Guarde!
Que o Passivo dorme em câmera fastforward

te dá a ignorãncia completa
te soterra sem confusão

Valei-me, Atitude Suprema
Valei-me, Progressão Extrema
A Unção da Dignidade Pia,

Valei-me, Revelação Final
Valei-me, que pra todo mal
logo um outro pior se inicia.

me basta

uma poesia por dia
me basta
uma alergia por membro
me castra

uma picardia por hora
me cora
uma covardia por era
me desacelera

uma poesia, frenesi alegria
uma miragem, fritação ou viagem

uma lente, porta usuária da mente
uma fronte, linha depositária de gente

uma poesia por dia
me basta

uma poesia pra vida, não se intimida, se alastra.

RitmoRoto

eu nunca dancei for all na vida
só tenho dançado em seguida
por mim, nem sei se estou

eu nunca implorei por despedidas
só tenho lutado nessa vida
por alguém, nem sei se notou


meuRitmoRoto é trincado,
belo baile estrunchado
devagar e sempre

meu Ritmo Tosco é aplicado,
bolo belo derramado
ouça e entre.

09 junho 2010

sonho lírico

o astral lá na estratosfera
se não for, já era!

flutuar com os pés na terra
se não há vôo, quimera!

o normal lá na Inglaterra
se não há cor, regenera!

o sonho lírico no horizonte
se não há como, torne-se distante...
se não há cromo, fotografe-se, instante.

08 junho 2010

REVOLTA PELA PAZ

dedicada à colega Elzamir, parceira do infinito desde jun/2010

como pode, Deus, uma vez mais?
minha revolta é pela paz
minha resolução é pelo "não se matem mais"

agora está em outro melhor momento
está no firmamento
longe da droga de descontentamento,
que nos invade, que nos assola,

longe da esmola que sacode
as vidas e as sacolas alheias

zazuera é do infinito agora e sempre
sua alegria sempre estará presente,
mesmo que insistam em silenciá-la.

zazuera é da alegria por todos os séculos
sua plenitude sempre será.

Vai com Deus, Zazá querida.

PLANOPLEBEU

apenas espremo a expressão de mim
môo o coração com delicadeza

apenas expresso
espremido em mim

amo a devoção da coragem
a rudeza delicada da nobreza

de ser planoplebeu

07 junho 2010

espelho real

no olhar percebi
o temor que me tomou
o amor que sobrou
em desiguais medidas

o temor que prenunciava
a partida, o fim

no olhar penetrei
com a constatação
que me assombrou
a sobra em contada medida

o humor que anunciava
o prenúncio do fim
do primeiro quarto.

Seguidores

Arquivo do blog

Minha lista de blogs

Mondo Lucca

Mondo Lucca
Mondo Lucca 2013

Páginas

Aqui, link para meus sons

Aqui, link para meus sons
soundcloud.com/Mondo-Lucca