21 dezembro 2015

lista de desejos

Queria ser fonte vicejante,
gente interessante, que não se pertencesse

Densamente,
não se permitisse conflito extenso

Queria ser a máquina do tempo, nômade vagar,
sabendo sobre o que vida é
ou sobre o que não poderia

Essa volta ao real de hoje valeria
ou gozaria tudo de um recomeço?

Queria ser horizonte imponente,
feito relevante, que não se gabasse

Puramente,
não se comunicasse como mito externo

Queria ser a rosa dos ventos, leve soprar
herdando desta vida o que não tive ou que hei de ganhar

Essa lista de sonhar futura me preencheria
ou seria apenas mais um tropeço?

11/9

Eu, ponte dada.
Tu, fé encerrada, passas, longe feita pose.

Dúzia de ideia
Medéia, cor.

Tu, hoje bradas
Eu, por estradas
Olho perto
Coração, dor.

Nós, semi mel
Assim, anel
seu fim, meu.

Céu rasgado,
Dilacerados.


magnética

atrativa, energética
institiva e magnética
mente que se satisfaz

ego que se compraz,
no que pode direcionar comigo

eletiva e frenética
implosiva apologética

ente que sabe o que faz
logo me desfaz
no que pode arrastar consigo

lotérica

sei que é do dia, talvez
mas a noite me desnuda em impossibilidade

tento acreditar, mas como?
de que jeito?

jogos de azar
que se armam, somem
formas de encantar
que arrebatam e consomem

a sorte acumulada, não vês?
mas a sequência contemplada está em outra localidade

tento reprocessar, mas de que forma?
com que velocidade?

jogos de amar
que se calam, homem
formas de delirar
que desatam, sem nome

22 novembro 2015

espaço

encontro meu espaço
as referências, os valores
o laço

flutuo em sua direção
as coordenadas, os dissabores
frio aço

esboço meu horizonte
as prerrogativas, os amores, não sei...

o passo: quando darei?

ponto de interesse

desse magnetismo crítico queria entender mais
compreender o mínimo necessário
máximo múltiplo de uma boa possibilidade

mas parece tão volúvel, quebrantável

os queixos que não torci
me subtraem o sono e a saúde

brindo às suas irrelevâncias
com o dolorido ardor artista

melhor respirar a perder de vista
que rifar à sorte uma vida sem pista

blacklouis

interlúdio

ilusão
submerso
impressão

intervalo

aparição
controverso
confusão

nem Confúcio, são...

troço

troco este troço, essa troça
por um bom ritmo
pelo dialogar íntimo

bossa renovada

dança este disco
por um bom tempo
pelo pulsar infinito

passo intensificado

15 setembro 2015

rumores

dádiva duvidosa
juros eternos de rancor
amor, pra quê?

sinceridade espalhada
em parcelas doloridas

pinceladas doídas na alma
de uma só cor.

rumores
de que algo não está por vir.

17 agosto 2015

Performer

Compreenda, perceba, observe, aplique!
Apreenda, aguçe, note, supere-se!

E constate que não é humano...
ser super, a todo instante.

Transbordar

vai, em tua direção, este meu gostar
multidecorado e universal
eixo monumental - expandido em dimensão

não demora, então
a alertar seu querer-ação

sai de mim este transbordar
multifacetado, unidirecional
um alvo sentimental, que busca gratidão

inerte em nãos
espera, em sua vã ilusão

Ao se decantar, reflete
o caminho do bem querer

Ao repensar, infringe
a derradeira lei de me afastar de você

18 julho 2015

volta ao mundo

Eu, paisagem
Você, outra viagem
Urgente, sorri
Mensagem, percebi
Compreendida

Você, divergente
Eu, inconsciente
Qual gente, feri
Atento, ouvi
Transparente

Breve reunir
Leveza, te sentir
Transcendente

Como o Android já dizia

Quem não tem delírio,
Baixa apps obscuros

meias, taças(ou sobre as batalhas dos sentimentos)

Talvez o maior êxito de se envolver por inteiro
Seja a não-tentativa, a despretensiosa espera pra ver

Ou, quem dirá, a máscara de uma perfeita noite
Onde eu me pouso, ouso até me impor
Aos feelings que toda mulher já soube prever

Para que me eleja como líder provisório
Observado feito alvo frágil, trêmula bolha

Para que ela conquiste o território do meu sentir
E os rife à sua escolha

corrente

Os arrepios, correntes
As previsões, inconvenientes

A intensidade do choque
Há maldade nesses toques,
Penetrantes e silenciosos?

Contínua, se alterna
Governa, sem domínios
Exerce tamanhos fascínios
Que, assim, me encantam

Os assobios, rentes
As devassidões, frequentes

A impulsividade do beijo
Há divindade? Aqui te vejo
Agravante e sinuosa

Defina, que se modele
em eternas moções
Enriqueça todas as conexões
Que, enfim, me sustentam

12 julho 2015

DR

Diga, reaja
Direcione, refaça
Desembuche, redecore
Divulgue, revigore

Decida, reconquiste
Doe, reabilite
Dramatize, revele
Democratize, rebele

Ria, de nós
Dia, sem nós

instigado

Os sentidos
A tensão, propensa

Os tempos idos
A visão, compensa?

Instigado pela vida
Agora, a desafio
Com gosto e certeza das voltas incertas
Que há de me oferecer

Instruído pela prática
Ora, há tática nenhuma
Com lastro e amplitude para conter
Tudo o que hei de viver

04 julho 2015

a linha

tomo um traço
faço dele vocativo

persuasivo e claudicante
perseverante, sempre

entre, e fique à vontade

tua linha reta
faço dela sonho altivo
convidativo, interessante
desconcertante, às vezes

teu silêncio elegante à tarde,
há quem resista?

seja no que resultante ela consista,
vem, e conquista, cara-metade.

sábado sonso

Que a Paz do Amor esteja sempre contigo!
coração alado, pulso inconstante enamorado
buscador de abrigo

gira a roda do viver
aleatória finta
vira a roda para comprometer
vitória bonita

mas há realidade resfriada
incerteza, o retrabalho

nao há, pra esse amar, um atalho?

respeitável tolo

ao público,
não... obrigado!

o espetáculo do esquecimento
É finito, particular

contrito, auricular
atrito, no digitar

o obstáculo ao amadurecimeno
soa esquisito, trovejar

irrita, repelente do amor verdadeiro

e este...
onde é paradeiro?

quem o sequestrou, primeiro?

dê mais

me fiz mais-que-presente
conjugação perfeita
futuro do pretenso ingênuo do ser

menos-do-que-impossível?
irrestrita doação

impacto lento e histórias a parte
aparte de nos soa egoísta
pronto a residir na lista dos "top fardos"

sigo, a seguir
por pouco, aqui, me acovardo

e, ao refletir,
muito me vem do partir,

o mais surdo recado.

sinal das cores

Todos somos iguais, até certo ponto
Pois parecemos agir somente quando nos convém fazê-lo

O zelo é a clave de sol melhor
Para os pormenores da vida

Saudar por educação
Usar mágicas palavras
Sorrir, silencioso acolhedor
Da dor, fixa fosse suas destravas

O mel é produto da felicidade
meio inteiro que tudo pode

gradativamente explode,
contagia gente em velocidade

17 junho 2015

dizem que...

dizem que rimo,
e concordo, aqui dentro

tempero a vida,
azeitando-a como prosa-movimento

dizem que canto,
e soletro, olá melódico
(que tom metódico, por sentimento bandido!)

dizem que reflito,
não sei bem o quê (mas, aos poucos, tenho compreendido)

agito o mundo,
inundando-me em palavra-alimento.


tudoaver

tudoaver
oquenos aproxima
o quenosvaloriza
eterniza asmãosunidas

as feridas,
quem não as teve?
nelas não se deteve, em excessos doloridos?

tudo acolher
oquenos germina
o quenospoliniza
suave brisa entre os olhares

as emoções,
quem não as deseja?
não mais peleja,
em seuspassosunidos.

junho, de todos os santos

acende o que há de São, no meu coração
explode de sentimento, que é momento de o viver

o sorriso compartilhar,
o perdão conceder,
em frente andar,
o espetáculo conceber.

amplia o que há de paz, no meu coração
expande de atrevimento, que é momento de não o conter

a vida celebrar,
o senão compreender,
a gente se olhar,
sem cerimônias, conviver.



V de valendo

a vida está me levando
"valendo...", ela sinaliza!

avisa
que há tempo e condições de não resistir
aos encantos que ela mostra

aposta em mim,
e espera o melhor que deseje realizar

crê que consigo
e confessa em segredo
"Valendo, amigo".

resgate

preço incalculável, recuperar a forma
sem idealizar
constranger, esfarelar

passo sob medida
a alegria da ida e da volta

a construção do ciclo reto, com tantos olhares

amares verdadeiros
serão protagonistas
desse teatro-viver

pilares primeiros
serão estruturais, me farão mais
desse retrato-crescer

eu:ue


sou este aqui, entre vários
sou aquele acolá, nos cenários

sou do lado de cá, rente
sou do lado daí, gente

tem vezes que não...
mas não saio tanto

sou o que não são
o sei bem

viajo, devagar
sou aéreo, alado
escuridão nenhuma detém esse voar
o imaginar é, assim, elevado

sou este lugar, único
sou deste clamar, lírico rei

tentativa esta
desta, ascenderei

folha em branco

seja canetas...
suja caneleta, sóbria aparência
desciclopédia, na média
não mais que isso

simples escrita
sutil, infinita
solta luminiscência

indefinida,
mas totalmente querida

ponto de início

seja caretas!
suas carências são preenchidas

polarização

de um extremo a outro,
o meio é zero
de um erro a outro
zerou-se, a um.

de um ingênuo a tolo
os meios conspiram
transpiram inconsequências, permanentes

de um lado a lado
o globo se une
ciclo virtuose, metamorfose transitante

de um pequeno a plena
se ainda fita, olha serena
se faz postura, seu molejo fascinante

receita do sonho

pus meu sonho para descansar,
reservei momentos para que adquirisse leveza
levei aos céus uma possibilidade de combinações

Que Deus sabe porque dão certo
ou desandam

adocei com ternura e compreensão
(faltam na praça, vez em quando...)
sempre é tempo de se renovar infinitudes deste estoque

decidi não congelar,
basta de artificialidades!

tempo, senhor das fórmulas imperfeitas
mas tão valiosas, tão marcantes

pelo sabor verdadeiro que transmitem...

ser tons

mar de rio
matizes de sol e lua
a bucólica rua me acomoda
e não se incomoda com isso

flor de lírios,
rosa do agreste
cores de delírios da peste
mais amorosa, na sua dinâmica me acaricia

e nos aprecia
nem disso se vangloria

paisagem!

se o pensamento voa...

se o pensamento voa,
a razão explica (numa boa)

o pensamento voa, arfante
a razão, por vezes intrigante, intragável,
será razoável?

mas, numa boa (explica, descomplica)

descomplicará emoção
e permitirá que flua,
livre e nua pelo espaço

tênue laço, há de desbravar deste coração
e dialogará, tum tum por tum tum
na minha vez, na sua, em nosso simples abraço.

asa

estou nos eixos
balanço, com grooves e experiências

não me deixo
avanço, como quem pode sempre pensar
para o alto e avante

estou com os pés no chão
dos nãos, tantos eu sei

não me queixo mais não
dos grãos, pinturas colherei

tudo vale

estratégia, deslumbre, afeição
sentimentos, vislumbres, deleição
atitude

só não vale sacanear, e rir sozinha, no fim

vitória régia, alcance, ação
movimentos, os lances, satisfação
bonança

só não vale trocar o par da dança
e sumir feito poeira do tempo

revisão global

atento para os desgastes,
naturais
a natureza que força o seu curso,
segura

e gera o aprendizado

alerta para o que se deve desbastar,
contínua e cuidadosamente
a aspereza que contorna sua pessoa
e gera dois isolados

ciente do que houve
observar o que há por vir
e, com isso, refletir
sobre vários pontos
que enxergam muito melhor que um, apenas

12 junho 2015

na terra do sol

no sertão, eu e Deus.

eu, pobre diabo
pensamentos elevados,
mais do que nunca, otimizados
mais um dia que acabo
no horizonte, Deus meu!

eu, louco amargo (não mais...)
pensamentos suspensos
mais do que nunca, intensificados

na terra do sol,
a melodia brota de onde menos se espera
acreditar que já era, quem poderá ser

na terra do sol,
a harmonia torta de onde mais longe se alcançará
acreditar no que não se vê, quiser poderá

15 maio 2015

o céu é blues

Controlar o viver, por quê?
Se o olhar teu tem outras direções, que farei?
(O meu tem tantas, se soubesses, ao menos as intenções....)

Observarei cada dia de forma única
E não me doera te ver partir
Porque nunca permaneceste
Não porque queiras ir
Simplemesnte porque vejo que não me esqueces

Nem eu, levado pela razão
Ou arrastado pelo sentir
Te deixo ir
Quem dera vê-la decisão, sem indeferir
Não te vás então, não te vás, não te vás daqui de dentro

10 maio 2015

conviva

Camarada atento,
Sincera prosa orienta rosa dos tempos!

Ser todo ouvidos,
Direto olhar obtusa rasos sentimentos...

Tento, e com isso há contento
Vento! Leva leve contigo o nosso alento...

Conviva: momento
Pausada lousa: olhar entendimento

Ser ambos expandidos,
Cúmplice falar: amplitude dos movimentos.


31 março 2015

unilateral

não consigo dizer, embora sinta
indireto querer, é o que pinta

na mente

as palavras não vem, os gestos falam
indireto dizer, e que se cala

aguente

nada mais a dizer
vida segue, sem querer

nada mais a fazer
silêncio fala, mais uma vez

23 fevereiro 2015

mulher marota

mulher, marota
garota, menina
fascina, seduz
luz intensa, pequenina

mulher, garota
marota, pequenina
ilumina, reluz
faz intensa a rotina.

aquela sensação

sabe?
aquela sensação?
do imprevisível, do inacreditável, do imponderável?

aquela constatação, do infindável,
do inverídico, do inabalável?

sabe?
aquele torpor?
que nos toma, nos domina, nos consome?

bom para você,
que sabe.

responsabilidades

admito, enfim.
não posso me dividir em mar de zeros, espero...

concluo, para começar, que não posso esperar variar do nada
serei sempre o mesmo! a esmo...

sigo, portanto; não espero retomar o alcance do que passou
voou...

pontuo, para finalizar...
não posso refinar a melodia do que desafinou:recomeçar.

01 fevereiro 2015

presente:movimento

andante, dinâmico momento
instante, indutor instrumento

presente movimento

rompante, autêntico alento
brilhante, o que nos apresento

avante, sem adiamento
avante, estático evento

vilarejo

magia
natural sintonia
ventos a favor
esse amor, e o quê a mais...

alegria
visceral euforia
pontos a somar
esse olhar, e o que mais vier

essa mulher, há de vingar...

versão

meu coração
procura o teu para ser um pouco mais,
pra descansar da correria, ter alegria

minha versão
procura a tua para traduzir-se
ser capaz

pra se revigorar sem histeria
ter companhia, cais


vigor

de hoje em diante
sempre o possível será

ontem se foi, não retornará!

do amanhã ainda não sei
este dia, com vigor viverei

deste ponto ao além
algo novo por certo vem

o passado é posto
não refaz o gosto de ontem

a futura vinda não dura
pura, logo, será.

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