23 janeiro 2013

Inocência (so naive)


dias de inocência
dias de silêncio
vão surgir

dias de tendências
dias de ausências
por atingir

dias de inocência
noites de clemência
a colidir

dias de presenças
vidas sem sentenças
sem reluzir

por mais tentativas
por menos que eu viva
há alguém aqui?

por menos tentativas
por mais que eu viva
há alguém sem mim?

21 janeiro 2013

elegância

com elegância ele saiu
foi à procura do que nunca viu

perserverante, interligou
e dissonante, não desistiu

com paciência ele voou
foi sem um rumo do que não há

revigorante, se dedicou
tomou então alguns trocados, e se carregou

ele buscava ser tão feliz
e ela então não lhe achou
ele buscava essa razão
e a emoção lhe derrubou no chão

com elegância ele caiu
foi à procura do que nunca o levantou

inteligente, recuperou
e novamente, não se partiu

induza


induza, provoque, espere reação
produza, convoque, repare intenção

conduza, estoque, revire explosão
reluza, coloque, reverta reflexão

induza teu coração junto ao meu
reduza a distância de você e eu

produz amor
reduz a dor

16 janeiro 2013

"poetiso"


poetizo num empuxo empurrão
antimuso empenhado, em tensão
mansão de um somente

ainda que minta, na mente
reflito, sem me espelhar

poetizo num refluxo regressão
obtusa ilusão do repente
de repente, escrevinhar

ainda que escreva, na discrição
repenso, sem pestanejar

poetiza, poetiso!
prioriza o riso uniforme
inda que a dor o contorne
inda que a cor não seja conforme

prioriza, poetiza, sem avisos
concorre com a lida escorregadia
inda que a vida lhe deva uns sisos
inda que a vida lhe seja vadia

14 janeiro 2013

blue blanket

nas ondas
calores
me sondas
solitária

nas fendas
emendas
me rendes
simplória

eu sonho tanto
mas não realizo
eu vejo pouco
mas tão impreciso

caminho aqui


nas odes
clamores
me rondas
proprietária

nas fendas
emendas
me acendes
inglória...

eu sonho tanto
mas não me retrato
eu viajo, louco
mas tão indeciso

me aninho, ali


indiferença


já é hora de partir, prosseguir, evoluir
tudo tem final, seja bom ou mal
Já tomou tua decisão? juro alto em combustão

toda indiferença
faz tua sentença enfim

cartas na mesa poderão interferir?
frágil beleza poderá nos impedir?

o momento irá chegar, invadir, se espalhar
tudo tem começo, logo cobra um preço
Já chamou tua atenção? Resultou em explosão

toda indiferença
gera desavença

cartas na mesa poderão interferir
frágil beleza poderá nos impedir?

o escudo irá rachar, implodir, espatifar
logo acho um meio, educado ou feio
de poder te avisar, atitude singular

toda indiferença
nega a presença de amar


cumulus lacrima

chove do céu
sentido falta, mas há algo
no ar
que sinto pairar

chove em mim
compromisso forte, mas não há algo
que sinta firmar
nas palavras

atitudes bailam
presença falta, e o que fazer?

quando as nuvens sentem o que não expressamos
entre nós?

13 janeiro 2013

aleatoriedades

afinal, a vida é uma tenda de surpresas
escura, iluminada, fria, quente
saltitante e calejada

é tudo que seremos, somos
e nunca pensaremos ser

é tudo que vivemos, fomos
ou que pensávamos crer

afinal, a vida é uma festa mágica
florida, amarga, doçura doída
verdejante e chamuscada

é tudo que sonhamos, vemos
e nunca mais iremos ter

é tudo que dissemos, erramos
ou que contávamos viver

afinal, a vida continua....

escolhas

escolho ser eu
íntegro, falho, verborrágico, tímido
escolho o que é meu
mas não tenho noção de como posso fazer isso

o início é o meio
mas não parece ter fim

o princípio é o receio
e não parece ter início

escolhi você
esquecida, afrontada, imperfeita, abusada (do seu jeito)
escolhi ser seu
mas não tenho noção de como posso concretizar isso

a paixão é o meio
mas parecia ser eterna

o amor é o recreio
e não um lance que nos desgoverna

10 janeiro 2013

familiar para milhões

ps - título traduzido livremente do CD do Grupo Oasis - Familiar to Millions

tudo o que vivemos não passa de uma dedução aleatória
uma luta inglória,
um empate (sem vitória)
pra lado algum

uma batalha,
uma banda de um
uma navalha que corta a mão de quem manuseia
uma bolha que sem controle, nos entremeia

um canalha
uma onda de um
uma mortalha que se nos explode sem mesmo detonar
uma escolha que sem começo nem fim, nos incendeia

um indisposto
um homem que de si nasce sem saber o que não é
um mesmo rosto
uma mulher que se lhe toma o coração, desejosa do mundo inteiro

e o mundo sem você, mulher
e o mundo?

visto

poesia ingrata, é o meu visto
vida barata, nada mais que isto

exposto em minhas veias virtuais
o que não li, deduzirás

arritmia bruta, é minha cápsula
correria adulta, é minha bússola

exposto em minhas areias estáticas
o que não fiz, representarás

euforia louca, é meu norte
alegoria solta, seja minha sorte

exposto em minhas teias dramáticas
o que não tentei, conseguirás

minha parte

minha parte não está
à parte, que partirá
daqui ou nunca mais irá

minha arte não será
a cortesã, quem dirá
aqui em meu coração ou nunca mais por lá

meu ar não há
arrasa o que virá
aqui, a sensação ou nunca mais tentar

01 janeiro 2013

rede

Eu caio na rede / Não tem quem não caia
Eu caio na rede / Não tem quem não caiaEu caio na rede

A rede - LENINE

Redemoinho me leva

bem de fininho me cerca
e me conduz pra longe

onde eu possa não pensar

não relembrar
o que não foi

rede virada me pega

bem de mansinho me abarca
e me seduz, mais que todas essas

peças de um jogo que nunca sei pra onde vai

essas que o tempo há de levar com elas
e ninguém mais

redescoberta me trace

me abrace como nenhuma outra
que possa me reinventar
já que não sabemos perguntar
nem sequer responder ao balbuciar

reinvenção me cruze por aí

me adule como uma qualquer
que possa me escutar
já que não sabemos amar
nem sequer recusar a proposta

jogo (a virada)


e nesse jogo...
quem entra pra perder
vence um dia?

me virar nos trinta e muitos
nos descuidos, precipitações
nas palpitações

males da vida
da ferida de amor
que nunca cicatriza

a musa, me pisa
e a amo mais e mais
quase como sacerdotisa
de um só

me curo nos próximos minutos
nos estados, putos ou sorridentes
vejo gente, mas não me vejo neles

dores da corrida
da ferida de amor
que é boa ferida

a musa, não avisa
e a chamo: até nunca mais
quase falsa monalisa

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