28 março 2011

"RECESSO TEMPORÁRIO" - postagens de abril em pausa

prezados e prezadas seguidores do blog,
por motivos relacionados com a compilação da obra deste blog (2009 a 2011/março)
e a consequente organização de arquivos feitos por mim,

não postarei nada no blog até o feriado de Semana Santa,
mas continuarei produzindo "offline"

Contatos,
mondolucca@gmail.com
@luccamusic

Abraços
Luiz Cláudio
Mondo Lucca

27 março 2011

pérolas aos pródigos

queria ser o pródigo
chutar o pau da barraca
voltar com cara de babaca
rindo em código


queria ser o próximo
a cavar intriga
sair bem na briga
e me sentir o máximo


queria não ser pândego
murmurar como fosse nada
ganhar entrada
para o paraíso
do louco

queria ser tão trôpego
derrubar esquinas,
dar minhas risadas
parar com isso
um pouco

26 março 2011

o medo que encoraja

o medo que encoraja
é tudo o que falta
para dominar o que se mostra impassível

o humor que desanda
é tudo que exalta
para fisgar o que está irredutível

tua sedução me toma
à tua ambição se somam
as evidências.

Nosso desinteresse em par,
é tão interessante...

25 março 2011

terra do sempre

me reconforto em saber
que existe saída
que ocorre probabilidade
que há algo que me leva adiante

tenho orgulho contido
modéstia zero por vezes
sem conta


vivo na escola dos espertos
de coração pronto
pra nosso instante, eterno
moro na terra do sempre
de braços abertos
pra teu horizonte

24 março 2011

oh doutoras

oh doutoras
oh doutoras

essa urgência me aproxima de amar alguém de verdade
sei que, nessa idade, o que não se retém se vai

pras cucuias

oh doutoras
oh senhoras!

essas velocidades me animam a buscar a pessoa de integridade
sei que, nessa minha bondade, o que convém não permanece

pra sempre...

Seal Falou

In a sky full of people only some want to fly, Isn't that crazy?

Em um céu pleno de gente, somente poucos querem voar,
Não é uma loucura?

(citação "Crazy", Seal)

condição

reclamam,
sou imperfeito como todos
sou medroso
como você

alertam
sou sem jeito contigo
sou estranho
como você

mas és estranha comigo!

não posso tê-la, amigos...
não posso vê-la!

A que condição me submetes!

A intimidade se intromete
desde quando permitida

se, do ponto de partida,
nos intrometemos,
é caminho sem volta.

21 março 2011

umrelativo

quando o começo findar
e nossa história, for assim
umrelativo

o particípio, passar
imperativo impuser seu fim
indefinido

lembra que não ficarei
serei muito menos mau
tão instintivo

lembra que te esculpirei
darei o meu toque astral
umprimitivo

quando o percurso forçar
e o declínio apontar assim
definitivo

o negativo moldar
e o avesso afirmar seu sim
tão punitivo

lembra que esquecerei
farei contos de cristal, alternativo
lembra que te levarei
verei o melhor final,
umcoletivodedois

na esbórnia

não tem jeito,
vou pra esbórnia
que lá tem perfeito engano
que lá tem perfeito pano pra paisagem dolorida que recebo

não tem solução
vou pra farra
que lá não tem marra
não tem senão

na esbórnia me reconheço
me encho e me despeço
da vida feita em não

não esbórnia me engradeço
me preencho e me aqueço
na coletiva solidão

20 março 2011

jardim das dores

não brotam begônias, nem surgem jasmins
só causa insônia, o belo jardim
das dores

não se plantam lírios, nem mesmo as rosas
não vingam os cravos, nem mesmo as prosas
que levo, do jardim
das dores

das cores,
sem fim
amores,
no fim
só dores,
do jardim

dolor, sí, hay
Pero su amor
pronto tendrá su final

homens, que não sabem

(sob música de Chico César - Mulher, eu sei)

Não sei como chegar
Ao coração de uma mulher

Já fui, 
mulher
não sei

O coração de uma mulher
é mistério noturno
asa de anjo soturno

O coração de uma mulher
armadilha de enxame
sentimento infame

Não sei como chegar
Ao coração de uma mulher

Já fui, 
mulher
não sei

O coração de uma mulher
fortaleza de aço
penetrante estilhaço

O coração de uma mulher
ao alcance da pele
some, nem que se apele

peso das coisas

não está no teu olhar
nem em teus ombros
está em teu portar
sobre meus escombros

o peso das coisas

não está no teu ser
nem em tuas rendas
está em teu poder
sobre minhas fendas

o peso das coisas

não está no teu agir
nem em teus atos desmedidos
está, está por vir
sob meu coração demolido

o peso da moça, que disse não, sem dizer.

nenhuma intenção

o que você deseja
com nenhuma intenção?

o que tanto pragueja
sua dissimulação?

tão cínica...

o que você planeja
com a melhor das intenções?
o que, ao fim, almeja
entre insinuações
tão óbvias e clínicas

Seu jogo fere
não desespere, vou sair de tua mira

Seu ódio ferve
não atropele, vou fugir de tua ira

never syndrome

preciso lidar melhor com esse efeito
colateral, imperfeito, até fatal
preciso tentar ser mais indigesto
imperial, desonesto, até cruel

quem sabe assim o nunca vira agora
o jamais será hora
da virada?

preciso olhar menos para as sedutoras
inocentes, traidoras, até imortais
preciso tentar ser menos compassivo
maternal, assertivo, um lobo bom

quem sabe assim o muro vira amasso
o murro será abraço
de paixão?

16 março 2011

certa coisa

PS: releitura de "Certas Coisas", do Lulu Santos.


O som do silêncio
A luz da escuridão
és mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...


Silenciosamente te falo com paixão
Silenciosamente te sigo com devoção

Por te amar calado,
Sou medo e desejo,
Por te desejar, amada
Sou febre e arpejo
de noite enluarada

certa coisa não sei dizer...
certa coisa que só, sei viver...

Uma (1a)

o relance já diz
é, vale a pena!
mas o dia a dia não condiz,
revela outra cena...

a primeira vez
eis a pequena
no entanto, só há aridez
drama de cinema!

no teu canto, só desfaçatez
pane de quarentena

no meu manto, só pequenez
pose de poema

divina encomenda

vou buscar em outra esquina
bombas de alegria
quindões de ternura

doçura eterna nas palmas...

de lampejos, não vivo
me divido, desse jeito

vou buscar em outra forneria
calor de calmaria
grande porção de candura

alvura plena da alma...

às trovejadas, não resisto
me comprimo, sem efeito

vou sondar em outra colina
azulões de magia
portões de felicidade

tontura louca d´alguma mulher.

15 março 2011

bicampeonato

duas vitórias
   ter nascido e não ter perecido
duas rotas 
   ter convencido e não ter parecido.
duas violências - ter conhecido e ter vivido o amor.

zebras

tento alcançar o teu olhar pelo retrovisor,
apesar de ter te mirado por algum tempo

o silêncio alimenta teu mistério
e me retira a seriedade própria

é um ópio esse sentimento
estou que não me entendo
entendo que não sou

nada.

tu, mulher, és MUITO,
és A.

14 março 2011

forasteiro

ama, ama até demais
ama o mundo ligeiro
serás assim forasteiro
se não o sentires, primeiro

inflama, inflama por demais
ardor por toda parte, ó estrangeiro!
serás o novo baluarte
se não a amares, por inteiro

miopia do approach

não é correta
fora de tempo
totalmente incerta

mas me magnetiza
me embevece
me atrai

tento achar o foco
fora de ti

e não consigo.

12 março 2011

o seu?

quanto custa amar?
um céu, o pesar
e o que mais?
rosários
outros contos, vigários

vai ver nada custa
ou, talvez
custe cada segundo
eterna espera, eterno investimento

então...

monumentalmente
acidentalmente
inocentemente, até!
sofregamos à busca

naufragamos sem tormentas
atracamos sem poentes
deliramos em dormência
absolutamente, transcendemos...

alardeamos o intangível
massacramo-nos em detalhes
oníricos loucos
razoáveis poucos, do amor.

o sonho, realidade

que a fase seja fato
que o quase seja ato
que se mova

que a crase não se acanhe
que a chave não se arranhe
que se cravem

que o sonho seja realidade
que o medonho perca crueldade

que se alegre

que a dor seja nada
que a flor seja fadas
que se eleve

que o amor se apaixone
que o pendor revolucione
que seja leve

pronto

fretta il tuo passo
regola il modo
per raggiungere


fare
non perdere

solo godere
la tua occasione
saper perdere

solo godere
la tua vittoria
solo, solo conoscendo


PS: graças ao Google Tradutor.

apressa seu passo
ajusta sua forma
para conseguir

fazer
não se perder

apenas aproveitar
a tua chance
saber perder

apenas aproveitar
a tua vitória
somente, somente saber

11 março 2011

grato

me alegro em ver você sorrir,
em estar simplesmente desalinhada
e linda, sempre

me alegro em fazer
pequena parte do teu mundo mínimo
me alegro  mesmo que não te alegres tanto,
porque tento sentir teu canto, teu viver

porque a quero tanto,
tanto, tanto...
e não racionalizo
só te visualizo,
sem quebrantos, crises ou prantos

só te cristalizo
sem cantos, rebarbas ou lamentos

sentimento diamante.

medida

mais que,
muito mais além!

o nosso entreolhar
ainda meu,
quem sabe...

o nosso aproximar
talvez mais teu,
quem diria...

na medida
de nossa timidez
na medida
de nossa vez

o único

o único:
dá-se
jeito, manobra, conserto
saída original

a única:
doa-se
trejeitos, desdobras, concertos para a juventude dela
ida magistral

os dois
entregam-se
direitos, cobras, enxertos
doidos iniciais

o sol na cabeça

o sol na cabeça
os pés no chão

o chão de ponta nos pés
a ponta de visão
revés

a libertação

a ocasião perfeita
um novo lugar, que estreita a relação
que a azeita

a adoração

a ocasião perfeita
no mesmo lugar, que enfeita a aproximação
que a deleita

09 março 2011

dez

PS: em homenagem aos 10 anos de falecimento de Joacyr da Silva Baptista, pai deste blogueiro poético.


nota dez é o camisa discreto, o maestro
nota dez é o caminho sem alarde, sem ser astro
nota dez é quando nada disso se encaixa em alguém, além,
muito além dos adjetivos, das parcialidades

a explosão de atitude era seu gargalhar
a condição de plenitude sempre foi o seu guiar, por aqui, perto de nós, nas saudades.

e agora que estás um pouco mais,
tão perto de Deus e de nós, porquê não?

Roga por nós,que te saudamos daqui
Com amor.

08 março 2011

ferrenho

estou pensando enviar uma mensagem;
mas tenho medo, medo do que não tenho;

estou tentando dedicar a passagem;
mas temor eu tenho, um temor ferrenho.

seu dia, mulher

seu dia, mulher
podia ser somente nosso

podia ser o ócio
podia ser o que quiser


pode ser menina,
louca, aventureira,
devassa ou ligeira

cachaça ou palmeira,
onde brotar.

seu dia, mulher
pode e deve ser somente seu

pode ser o apogeu
pode ser o teu bem me quer.

pode ser dona,
rouca, passageira
maluca ou estrangeira

caduca ou faceira,
onde ficar.

quase amores - em algum lugar de Goiás, 2007

sxt

quase em vários aspectos, não necessariamente negativos!
a relação, a mãe, o platonismo, uma correria de estudos.
Fica na lembrança como o início de uma escalada, e sempre estará lá.

ttq

o rosto angelical, sedutor de lolita mulher, mas a mente ainda de menina...
Eu sei, eu sei! as mulheres maduras me derrubam (e como...) de paixão.
valeu pela curta experiência...

gee

tirou não sei de onde a admiração por mim, os seus costumes corretíssimos e a sua retórica habitual.
aventura inusitada, mas interessante, prova de que
(carência) ² = (problemas futuros) ³.


izz

A garota mais desbocada que conheci, e que infelizmente sucumbiu a um momento etílico que colocou nossa amizade em prova. Mas ela me dava um tesão... (com todo o tesão de respeito!) Nos vimos recentemente, e seguimos os caminhos à parte um do outro. Que seja muito, muito feliz.

sonhos - em algum lugar de Goiás, 2007

d´azur

que olhos... rostinho pedindo colo,
e um pescoço tão convidativo, implorando dengo,
ou um lenço estilo Jackie Onassis...
(um pouco mais de óleo de peroba para minha cara de pau, por favor!)

tictac

poderia e deveria estar na galeria dos "quase amores", mas algo ainda me intriga nela... Aposto bons trocados, que por baixo daquela serenidade há sim, uma mulher indomável. (Revisão atual - há, sim, a serviço de Deus!)

dpop

talvez um sonho, distante (casada, hoje...), acreditem! Me carinhou tanto, me seduziu até, e eu, nerd convicto, nem me movi. INACREDITÀVEL CASÒRIO CLUBE.

05 março 2011

Grêmio Recretivo Unidos da Avenida Solidão

O coração de um mestre-sala
é sempre um abre-alas para a porta-bandeira passar

O artista zela pelo bem da humanidade
Na Avenida Solidão existe amor de montão

O coração da porta-bandeira é sempre a passarela
Onde desfila o mestre-sala

A artista zela pelo bem do seu amado
Na Avenida "amor de montão", não há solidão

Solidão é comunhão em potencial
Solidão é pulsação do astral sem fim

* Marcos Fabrício e Luiz Cláudio Pimentel

Os olhos também dançam

PS: título graças a cortesia de Marcos Fabrício.

a dança de teus olhos
arabescos
vitrais vivos
vitais afrescos

a dança de tuas idas
campestres
divinais, extra terrestres
vendavais burlescos

a dança de teu coração
solitário
transcontinental, supra aéreo
torrencial refresco

a dança de tua indecisão
binária
especial, puro mistério
descomunal trovadoresco.

em silêncio

o calor de tuas asas
mais candente que as brasas em mim
não atingem minha casa
nem a declaram fim

grito mudo as canções
clamo ausente ao teu lado
a mais extrema das opções
resíduo, abandonado

O VIGOR DE TUA VIDA
MAIS PRESENTE QUE A FERIDA EM MIM
NÃO ABALA MINHA FORÇA
QUE SE MOVE, A FIM

Amo em silêncio,
sonho sem fim
Doce prenúncio,
amar assim

O olhar de tua alma
Mais brilhante que as luzes em mim
Não sustentam minhas cruzes
Mas as derrubam, sim

Vejo arder a emoção
doce veneno, não vai ser curado
o mais convicto coração
entregue, apaixonado

O SABOR DE TUA VIDA
MAIS SUAVE QUE A LUTA EM MIM
NÃO ABALA MINHA FORÇA
QUE ME ELEVA, A FIM

Amo em silêncio,
sonho sem fim
Doce prenúncio
amar assim

dupla de um

uma só carne que sofre
uma só pessoa que ama
dupla de um

uma só força que desune
uma só mulher que chama
sopro de outro

uma só ponte que desaba
uma só fonte que arde
órfão de alguém

uma só visão que acaba
um só horizonte, tarde
amor de ninguém

04 março 2011

lamentação oral de uma noite sem fim

olho ao meu redor
impossível conformar-se
impossível delegar-se
ao ordinário

vejo o que me rodeia
incrível como se planta
como se pentelha
em meus ouvidos

me agoniza, isso!

saio de meu corpo
impossível deleitar-se
impossível entregar-se
ao mezzo mezzo


quero o que me permeia
incrível como me encanta
como se assemelha
aos meus gemidos

me tranquiliza, tanto!

viagem

luz de alerta acendeu!
tudo errado

cor de longe sucedeu...
o nada certo

a viagem recomeça a todo instante
que te vejo

e recebo indiferença,
no meio da cara.

a imagem reaparece a cada segundo
que te sonho

e recebo resistência
no centro de meu peito.

estepe confete

chamado, desafio
desligado, por um fio

cotado, protagonista
largado, na pista

um fútil, repete
inútil, confete

um fuzil, que aperte
zarpado, estepe

a manha

a luz em vintém
a cor de champanha

não arranha nem cativa ninguém
crise tamanha

não tem charme de Espanha nem de Belém
coisa fanha

a voz de alguém
pois, estranha

o sol é além
da flor, da campanha

não assanha nem entretém
não tem a manha

lovefool comics

fica bobo, tão pueril
tão a par de tudo,
especialista nela toda

história em pequenos quadros
passo a passo
esquadro impreciso

liga logo, tão infantil
tão à tona, de tudo,
entretidos entre si

anedota em pequenos gestos
olho no olho
enquadro indeciso

03 março 2011

tropeço

se seu tropeço ao andar
significa,
fica e diz,
sem falar

se me despeço e esqueço de perguntar
me explica,
clica e manda,
sem calar

se seu tropeço ao amar
edifica,
habita e reluz
nesse meu lugar.

complexo de venom

é muita mulher-areia pra minha teia.

02 março 2011

ho ho

ela deve rir tanto!
Chega em casa, larga os sapatos
fecha a porta do quarto
e se estribucha em êxtase

Boba!
Já o fiz antes, logo ao te ver
Achei a chave da felicidade
em você

ela deve corar de gozo!
entre confidências, solta o verbo
abre a porta do coração
e se realiza em prosa

Tola!
Já o faz tanto, que parece esquecer
Procura a felicidade?
Ela se encontra em você!

aditivo

tudo anda tão comum
borras daqui
berros de lá

tudo anda tão menos
corres pra lá
caço daqui

tem cores novas, não?
tem algo estimulante, novo?

só tem casca de ovo
e paixão.
só tem lasca de asa
e tesão.
só tem banho de sal
e azar.

só tem olhar de plebeu
e uma rainha...
a passar.

01 março 2011

Por que ela não me sai da cabeça

talvez por causa do salto, alto
porque não desce
porque desce o sarrafo
porque se safa
porque parece ser safa

talvez por causa do jeito estragista
porque não me sai da vista
porque cresce, soberana
porque se gaba, fama...
porque parece não precisar disso

impossível apagar esse vírus de querer tanto a alguém,
de um jeito qualquer, meio sem querer.

neura linguística

vai dar certo!
sucesso sem erro, êxito total...

sorrisos no fim?
acho que não.

ILÓGICO

há coisas que nem o coração entende
sentir, então,
quem dera

deseja, a penas
condicionamento ácido, distante

errante,
espera
a chance

arfante,
entrevera.

Frodo explica.

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