31 dezembro 2009

Feliz

Vai chegar a hora
Logo,sem demora, de ser
Feliz

Vão chegar amoras,
mangas muitas, graviolas
Sabores por triz

Vai chegar o vento
Lúdico movimento
do Sim acima de todos os
Cem Nãos

Vai chegar o momento
de se deixar, pouco e lento
se abraçar pelo início
do fim do final.

27 dezembro 2009

0 K

0 K
É utilizado para medir a temperatura absoluta de um objeto, com zero absoluto sendo 0 K. (em Física, zero kelvin equivale a -273º C) Fonte: wikipedia.org

nota zero, grau zero enfim

gélida,
passa por mim,
adiante,

cálida, tenta não
demonstrar,
por instante,
que gelou minhas estruturas,
me gerou as fissuras,
onde havia pulsação.

pálida, tenta não
me avisar,
conflitante,
que zerou minha candura,
gerou-me amarguras,
onde havia consideração.

* Luiz Cláudio Pimentel

Natal Candango, versão 2009.


Da poeira dos panetones
Da zoeira dos ringtones
Zé se esquiva,
se reaviva,

afinal,
enfim,
por fim é Natal!

Na coleira dos trabalhos
Na colheita dos retalhos
Zé se ativa,
se reaviva

Afinal,
todo ano assim,
tintim por tintim
é Natal!

Desejo a meus amigos, minhas amigas, família, alunos, colegas,
parceiros de música, poesia e meus demais projetos,

Um Natal de Reconciliação,
Um excelente Ano Novo,

Sugestões - paralela com Do It, do Lenine

Se o fone tocar, insista
Se não atender, desista
Se então chover, revista
No amanhecer, pra pista

Se sono chegar, se deite
Se o fim pousar, aceite
No entardecer, se espreite
No encaminhar, deleite


Se não há caminho, invente
Se é pequenino, aumente
Se for esfriar, esquente
Se retroceder, pra frente

Se já é final, celebre
Se não é então, requebre
Sem imaginar, desregre
Pra finalizar, se integre.

hora da virada

- Hora da Virada, anunciam os meios.
- Hora da "minha" virada, anuncio-me entremeios.

seria o momento propício
o tempo adequado
o ornamento artifício
o deleite recalcado

mais que Trezentos e Sessenta
Seriam Trilhões, Dois Mil Novecentos e Nove
Choveriam Novas Possibilidades
Alteridades Mil

seria o dilema preciso
a rampa necessária
o estratagema preterido
a hora da batalha
comigo.

18 dezembro 2009

Acordes Dissonantes

estranho, que pensei até em te abandonar
sinto, porém, que nossos acordes não têm porquê
mas se dão, se têm, se unem e vão além

estranho, que pensei até em me quitar daqui
sinto, porém, que os nossos acordes tem um quê
mas se vão, se repelem, se desunem e mais além


me parece tão familiar
tão próximo e distante
um ciclo circular
acordes dissonantes

17 dezembro 2009

para duas queridas pessoas, recentes em minha vida

I
A uma inicialmente agradeço, pela emergência em atender
o socorro de uma tarde que insistia em estender,
e se complicar, perigosamente
o socorro de uma mente que insistia em escurecer
e se deletar, perigosa.

II
A outra segundamente ofereço memórias quase empoeiradas,
e lembranças esticadas que não cesso de ver,
afinal, estão em mim e delas só posso ver
o melhor do pior,
a piora da piora,
que cure e mande embora.


I
Não conheço o seu bairro de São Paulo,
Gente simples deve habitá-lo,
serená-lo, diferente de minhas crises,
meu momento tsunami.
meu calo 50 vezes pisado até que extraia o urro gutural de minhas pregas vocais.

II
Admiro seu esforço de conduzir a vida, independentemente
o que tanto proclamo, porém cumpro quase nada,
ao menos traço sintonias e acordos  - ainda que breves -
com as condições do que devo fazer.

I
Sei que isso me perseguirá o resto da vida,
mas escolhi amar, fazer o quê, escolhi esse caminho
de entender de sofrer de penar e de fazer sorrir no final,
talvez por isso seja minha sina ser amplo no social
e restrito em mim mesmo.

II
Os furos das horas..
Ah, os furos....
Quantas vezes foram, todos não intencionais, óbvio!
Dependo de metade da II e das químicas da I para seguir compondo versos tortos,

Para Zero Comentários.

Bobagem cibernética

ética nenhuma,
você se pega, e se mostra, orgulhosa
trama ardilosa, por entre sedas, fios e
transparências reais do recanto virtual seu.

herege humana,
faz da cama seu maior caminho,
seu menor esforço,
o maior desabamento de caras-duras,
o maior levantamento de caras de pau,
afinal desses tantos você deve ter vindo,
a fim de saciar o que te é insaciável.

ó imagem idolatrada, pixel pulsante
ó mulher artificializada, rapunzel abundante,
joga-me tuas teias!

Sacarina Sentimental

Sacarina é o nome de uma substância adoçante, artificial, derivada do petróleo, quando é contraindicada a ingestão do açucar. A sacarina não é metabolizada e é eliminada  sem alterações pelo organismo. Atualmente é muito usada em
refrigerantes de baixo teor calorífico.

 adaptada de http://www.dicionarioinformal.com.br/buscar.php?palavra=sacarina

artifício mecânico
sabor homogêneo, plástico
sandália de cores, elástica
sacarina sentimental

o beijo amargo e dulcíssimo
o incompreendido final

orifício orgânico
olor lacrimogêneo, cáustico
mortalha de dores, fantástica
querubina eventual

o beijo doce e amaríssimo
o incontestado sinal.

15 dezembro 2009

passagem de permanëncia

Ir ou vir, alto lá!
Melhor seria permanecer por aqui,
muito melhor será!

passagem de permanëncia
zerodesistencial
insistente, primordial.
presente.

a base de tudo que é inesquecível

memoráveis dias
corridos, mas fantásticos

improváveis crias
dedos cruzados, caminhando em sintonia

de meu pai para minha filha
assim espero que seja,
pelo resto de meus dias.

logo, me iludo,
porque tudo residia em fantasias.

droga.

Metalinguagem da Poética

meu ponto inicial,
sofreja, almeja um dia
te encontrar,
poética praia
arraia reluzente,
dor que sente
e se alivia,
de repente.

para quem se põe
a pensar emocional
racional, mente,
rechaça, sente o que náo sente.

para quem se vë
escrevendo visceral
lateral, mente,
delira, invente o que invente.

meu ponto inicial, se acha,
se faz presente, tenta olhar o que não tem vista pro mar
somente para o interior do mirar, para o dentro do estar.

metalinguagem passageira,
abordagem sem fronteira
lado a lado com a saudade.

tempos assim

costumam voar, flutuar pelo terno espaço
de mínimos segundos,
de máximas profundas

sabe que, por vezes, me sinto alijado
detonado pelos brancos dos instantes?
pelos flancos que me preenchem
pelos tamancos que me vencem,
impávidos?


tempos assim
soam pra mim
táo sólidos
táo pálidos
táo ácidos
catárticos

ótimos....

liga ação / link mim

ligar já não basta
link em mim,
fique aqui, por perto

telefonar já era
abrevie a espera
linkse em minha esfera,
quadrada multifacetada;

avisar já é passado
aqui, do meu lado,
o link está conectado.

11 dezembro 2009

08 dezembro 2009

se fosse tão fácil seguir em frente

se fosse, ah, se fosse tão fácil
seguir em frente
ser desistente
do que causa dor!

Ah, a dor voaria como grãos de areia,
se espraiaria, inteira,
em infindos pedaços,
em indos e vindos,
traços.


se fosse, ah, se fosse tão fácil


seguir em frente
ser aderente
ao que menos nos causasse dor!
ah, a dor voaria como pedros pans,
se estreparia, toda bobeira,
em tão lindos palhaços,
em risadas, em tinindos,
em abraços.

07 dezembro 2009

vermelhidão

a chuva cantarolava, em altos volumes desabava, em suaves pesos

a nuvem molhava meus pensamentos

a vermelhidão circundante de meu cerebelo,
de minhas espinhas de bagre
de minhas espinhas de piá
de minhas expiações.

a chuva sambava, em perfeito desalinho
contagiava, em tensos alívios

a nuvem encharcava meus sentimentos

a vermelhidão vigilante de meus olhos,
de minhas córneas de tolo
de minhas córneas de ouro
de minhas escoriações,
por teu sentimento.

o som do momento

a tormenta parece ter cedido
e eu ter deixado o estado ardido
para outro mais apimentado,
ao lado de ninguém mais do que minha presença.

Solitária desavença,
escolha otária,
sem licença,
sem autêntica pária.

a tormenta parece ter colidido
e eu pareço ter saído de algo maior
para o infinito
fim do atrito comigo próprio,

Puro ópio destilado
veneno repente,
me rompe, me aquece
em poucos instantes,
me solidifica,
meu gel, meu fel do bem.

índole fraca

índole fraca,
caráter oco,
causa sufoco,
essa pessoa
causa-me blocos de desgosto,
me atordoa.

diga que não perdoa,
finja que não à toa,
ela permanece,
ecoa em mim.

sístole fraca,
catéter sufoco,
essa quase coroa,
causa-me blocos de confusões
me arrepia, me povoa.

epístola laica,
revólver de fogo,
essa pessoa,
essa à toa,
que me destoa.

26 novembro 2009

Meu Aniversário

meu aniversário atrasa contas,
acelera datas
arrasa pontas malfeitas
abrasa loucas brejeiras

meu aniversário, afinal de contas,
reverbera atas
que estabelecem o princípio,
o particípio, os futuros preteridos.

meu hinário,
meu aniversário,
meu zen.

meu confessionário,
meu aniversário,
pois bem.

25 novembro 2009

Mantra Pessoal, Universal, Direto e Irrestrito

Vamos mudar nossa consciência
Se conscientizar não vale,
Poetizar!!!
Que malhem!

Vamos elevar nossa paciência
Se advertir não vale,
Poetizar!!!
que achincalhem!

Vamos transcender nossa ignorância,
Se refletir não cola,
Poetizar!!!!
Ora bolas!

"Só não pode tola com tola,
nem mané com mané,
o resto pode!"

(parafraseando Vale Tudo, Tim Maia)

Sete Atitudes a não tomar

- Mandar uma intrometida buscar coquinhos na Lua... de Saturno;

- Tirar independência do primeiro núcleo de família, para repetir isso no 2º, 3º, ou alternativas abaixo:
   - grupo social de envolvimento comprometedor (vamos lá, você já sabe..);
   - vizinhas fáceis;
   - faixas etárias (acima de 18, por favor...) fáceis;
   - conquistas impossíveis (tendem a ser viciantes);

- Tentar não demonstrar que você não é quem você sabe que é;

- Tirar férias do trabalho e se esbaldar em redes sociais... do trabalho;

- Acalmar seus nervos, descontando em que não tem nada a ver com isso;

- Desperdiçar serenatas com insensibilidade melódica, harmônica e existencial alheia;

- Deixar de publicar, expressar, divulgar e "enlouquecer" a ignorância ao redor.

Ladeirão **

** Música do Rumbora, banda saudosa de Brasília.

"Quanto mais o tempo passa,
mais eu fico a fim
se já tá bom agora,
imagina lá no fim" (Alf, Beto, Baca e Biu)

eis que se mostra,
monstro, ostra transgênica,
velocidade epidêmica,
a gosto ou desgosto,
quer deseje ou não.


eis que se demonstra,
rota inevitável,
ângulo enquadrável,
o princípio do fim.

eis que se é crostra,
piche, areia movediça,
que me ameaça e enfeitiça,
faz treliça de meus sonhos alisados, um a um.

Ladeira verticália,
marginal genitália,
o começo de tudo,
o final de mim.
Buuum!

Fonte Confiável de Informações?

Desconfie de sorrisos fáceis,
polegares levantados "amarelados",
palavras ternas, porém ocas,

bocas loucas se escondem por detrás
arquitetam, magistrais,
a sua ruína,

veneno menina,
assassina de boas intenções a dois,
deixa pra depois,
o que poderia ter agora,

entra de sola pra quebras as pernas e braços,
pulverizar sem traços o que restava de boa intenção,

o bom moço, meio tarado,
fica parado, sem ação.

Como emocionar uma mulher racional e inativa

caralho,
já enchi o saco,

tentei traços,
troços diferentes
tentei ser gente igual a gente que deveria sempre ser,
Pô!

tentei, na mente, ser algo impresso,
permanente.

Mas, moldam músculos bombados,
monossílabos datados,
gestos previsíveis
Merda!

O que faço,
espero de braços cruzados,
estendo a tarrafa e me faço de inocente,

ou uso palavras convincentes,
para dar de cara com o vazio?

Acho melhor não,
Quem sabe rio,
e vejo a metade cheia se preencher...

- "Próxima".

24 novembro 2009

poesia para acampamentos

sorri,
que o mundo é muito mais do que aqui
que tudo é muito mais que do que se vê
que loucura é não amar e morrer, assim

sorri,
que os escuros hão de se refugiar em outros cantos,
que as luzes hão de fulgurar sobre teus prantos,
que insistem em permanecer em ti,


acredita,
que o brilho que reluz em tua aura é peculiar,
que não há dentro deste universo outro similar,
que somente há o melhor de mim e de ti para mostrar.

acredita,
que o futuro nos reserva consolidar,
nos prepara uma surpresa particular,
do amor que transborda,
do vôo, da casa, da colina solar
de bem-te-vis, golfinhos, e estrelas do mar.

o pulsar vermelho do amor, o tresloucar rubro da paixão

me sinto pêndulo,
entreeixos trêmulo,
vacilo,
sou teu pupilo, teu escravo,
em teus mamilos me cravo,
delicado demente.

me sinto ângulo,
sobrecoxas vírgulas,
e pontos iniciais.

me sinto ponte,
roscapernas horizontes,
e pontos finais,
em ti.

última paixão

me tira a respiração
me vira, com obsessão

menina!
o que fazes não deveria ser privado,
devia ser escancarado, em minha mente
impregnado, em minha pele rente

me saca a compreensão
desloca minha visão pra sua

menina!
nua,
és o deleite maior do desejo,
do toque forte, do beijo,
de tudo que és de melhor
do pior que não almejas
alcançar, do que gotejas
latejar, do que cerejas
espalhadas em seu olhar.

Deus!
deixa-me admirar,
enquanto possa.

Amargo, de novo

ah, desilusão imensidão imensa
invasão de nada
tudo o que pensa
é fazer de nós piada,
maré piada
mera pisada

ah, amargor incenso intenso
incisão de fadas
tudo o que tenta
é fazer de nós cilada
manés, chapadas
meros camaradas

a repetição constante
me deixa arfante
me queixa, incessante
a manipulação pulsante
me desleixa, amante
me feixa, intrigante

Me deixa o doce fel
de um instante,
que se esvai em rompante.

23 novembro 2009

Cenário Futuro

Nem Jets, Nem Simps,
SILVA sons.

os filhos do nada, de ninguém,
dominarão o mundo, por muito lutarem.

A eles estará destinado,
a eles está definido, demarcado.
A elas estará definido,
a elas estará remido, confirmado.

Nem Pets, Nem Pimps
MARIA sisters.
as filhas, privadas de tudo, de alguém,
celebrarão a vida,
e cuidarão do mundo, por muito buscarem.


A elas estará confirmado,
a elas está admitido, ratificado.
A eles estará definido,
a elas estará remido, confirmado.

Para Ela

Ah, ela merece
merece de mim,
mas se esquece
das preces que fiz por mim e por ela

Ah, ela se esquece
que merece, sim, de alguém chinfrim,
mas se entontece
com troços que ganha de outro,
mais do que doei de mim para ela.


Ela deve ter de tudo o melhor
do ludo saber de cor
o sorrir do viver

Ela deve saber olhar o pior
rir da renúncia ao redor,
solicitar ser feliz.

Ah, santa prece
merecedora de ti,
és das mais belas a que vi
de uma visão tão singela

Ah, santa prece

intercessora de mim,
porque maltratas assim
que dor me causa versar
inda um pouco por ela.

hélice pungente, disco perfurante, eixo intransigente

Credo,

que essa velocidade com que vem me assusta
me aflige, me angustia, me fascina,
delira-me fora de meu eu.

Cedo me vejo em teu intenso desvio-mor
em teu pregresso segredo-cor
ação incisiva dentro de minh´alma.

Não pode ser tão normal desse jeito
Quiçá fosse normal o parapeito,
em que me apóio sem estar preso,
em que me vejo teso, em que sou não,
apenas sinto.

Minto para mim tantas vezes,
tantas cruzes e crises, cismas por meses,
indefinição.

Teu contraataque colide-me pungente, perfura-me a mente,
interfere-me, por fim
Teus piripaques afetam-me agentes, asseguram-me, dementes,
sintonizam-me em ti.
Paixão.

22 novembro 2009

O amor de fevereiros

Mas chegou o carnaval, E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei. 

RETALHOS DE CETIM, Benito de Paula, regravada por Zeca Baleiro.


era passageiro,
invasivo, mineiro, esse amor de fevereiros
era estradeiro,
incisivo, um morteiro, esse amor de mil janeiros.

era,
fôra,

eras, foras, estopas para o brilho,
lenços e milhos para a escuridão.

o desgaste vence quaisquer estratagemas
e minha pena, meu martírio final
minha gema candanga
minha linha inicial.

A.S.N.O

Artifício Sincero Novidade Orgânica
Acidente Simplório Nauseante Obrigatório

Atitude Secreta Negativa Optativa

Alguém Separou Novo Olhar
Algum Sensor No Ouvir
Além Sentidos Não Ocultados

Delírios,
que sinto,
são passados.

19 novembro 2009

surpresa, você está vivo!

a possibilidade logo se desfez
de pronto, se refez em busca da próxima
parada, hiperativa ou calada


da próxima irmã de caridade, puta que não pariu
ou estrada de acesso a caminhos que sejam
quaisquer fossem,
jamais seriam os teus

descubro, então, que pulsam em minhas mãos
a vontade, a atitude de seguir
de fazer o futuro cada vez mais
com menos cara do passado que se apresenta,
olor de menta, cores variadas
velocidade de luz lenta, para armazenar em mim

derrubo, em vão
a maldade, a frieza de ignorar
de fazer o passado cada vez mais
com mais cara de fantasminha camarada aposentado,
eterno resfriado, que segue interferente

e o condizente, agora é dizer,
"vida, me siga, me diga, onde andas".

17 novembro 2009

O que não deveria ter sido dito, pensado, arquitetado

o tempo voa
e descrentes, nos damos conta,
de que não nos contemos
nem mesmo sabemos
para onde ele vai

o arrependimento destoa
e de repente, vamos de ponta
o que não prevíamos
nem mesmo imaginávamos
os "ohs" e "ais"

o vento ressoa
e rentes, nos vemos, tonta
não colidiremos
nem mesmo sairemos
pra onde ele se esvai

o sentimento ecoa
e, presentes, refazemos a conta
não não nunca nos perderemos
jamais nos deixaremos
levar para o onde o amor se trai

a lente de redução

dois pares, tensos
acostumados a aumentos
descobrem que a lente-solução,
é a redução.

reduz-se o tempo de demora,
mas se perde o de convivência,
acelera-se a escola,
mas se perde a consistência.

abreviam-se os passos para ganhar investimentos,
mas aí percebe-se que são amigos do tempo,
um momento.

um instante lento, sereno,
passo para o definitivo, transcende o terreno.
vil metal enferrujado, vil animal aniquilado.

reduz-se o tempo de calor,

mas se perde o de assistência,
acelera-se a esmola,
mas se perde a boa convivência.

aceleram-se os passos para ganhar cumprimentos,
mas aí percebe-se que são amigos do tempo,
momento a momento.

um instante lento, sereno,
passo para o definitivo, transcende o terreno.
vil metal enferrujado, vil animal aniquilado.
vil animal anestesiado, vil metal banalizado.

16 novembro 2009

Significado Total

é hora de se jogar no imprevisto é tempo de utilizar o seu visto
permanente em meu coração

é hora de extravasar demônios
é tempo de liberar hormônios
pra mim

é hora de realizar seus sonhos
é hora de você e de mim
juntos
unos
Sem fim

é hora de se jogar no abismo dos altos céus

é tempo de utilizar os véus, em sua natural sequência
reluzentes em minha visão

é hora de liberar sinônimos
de igualar os meus antônimos
com os de ninguém,
só contigo, meu bem.
é hora de realizar seus sonhos
é hora de você e de mim
juntos assim, minutos sem fim.

Aposta

Aposta que esse prumo vai te dar
novo rumo
dar tenência, consistência que o valha
novo fio pra navalha
de teus dias

Aposta que é possível que entretenhas
não hesites nem te contenhas,
age com paciência, resiliência que o sustente
novo brio para a palha
que não queime nem seja fria.

Aposta em ti,
pelo que vês em tuas sardenhas
não te limites, mesmo que venhas com temor
lida com ardor da ciência, emocionada efeverscência
novo cordão para a sandália
que se instala sob teus pés.

enfim.

delícia difícil, carícia amiga

por obséquio,
conceda-me a honra de raptar sua pulsação pequena,
imponente, serena, tudo ao mesmo tempo, nada do que não me dê contento.

por acaso,
poderia

a propósito,
demais seria...


se minha dificuldade fizesse o jogo ter valor, ter mais sabor
ser diferente
o que faz o amor ser tão reluzente,
transcendendo os seres que o ignoram,
latentes.

às vezes, isso passa, retorna e passa

isso
às vezes isso retorna e passa
do meu lado, desgraça!
outra vez

vício
às vezes isso arrasa e amassa
o meu fado, descompassa
de vez.

isso
às vezes passa, retorna
e se engraça comigo
sem ter vez

suplício
às vezes isso abrasa e colapsa
e se afasta comigo
de tua tez.

11 novembro 2009

criar uma nova postagem poética

pra quê?
quem vai se importar?
poesia dinâmica, invencível,
impossível detê-la

cirandar um nova paragem poética
talvez solucione,
impacte, impressione.

comandar uma nova invasão poética
por certo revolucione,
revele, impulsione.


pra quê?
quem vai se mover?
poesia atômica, imprevisível,
impossível contê-la

cantarolar um nova passagem poética
talvez emocione,
enfrente, delicie.

implantar uma nova visão poética
por certo inflacione,
descontrole, vicie.

pra quê?
quem vai se descontrair?
poesia milimétrica, imprestável,
impossível escondê-la.

cabeça radiofônica

ondas revoltas
ocas, e soltas,
retornam e investem contra mim,
novamente, insistentes e constantes

pulsantes, moduladas,
amplas ou interferidas,
ondas adquiridas,
recebidas, repassadas

ondas loucas, trançadas,
lisas, afroamericanizadas,
louras, ruivas, asiáticas,
morenas hiperglobalizadas.


torço para a sintonia permanecer em voga
que esta boa nova droga
não vicie, apenas convença
de que você é a estação,
o ponto de interação.

A MELHOR TERAPIA

A MELHOR TERAPIA
para gustavo, marcos, leitores bipolares, e pessoas que em algum momento de suas vidas,
manifestaram emoções pungentes.

a melhor terapia, meu amigo
não tem traço, ranço de carbono em pílulas
troço de conversa de academia,
"Você deveria fazer isso..."
Faço o cacete
Meu cacoete é "defeito de fábrica",
do qual me orgulho, no qual me espelho.

Centelha do novo no velho,
escaravelho do escorpião sentimental,
que de mim levou o bem e o mal para o limbo.

matrix de onde?
que seja de Chuí, de Vladivostok, ou do sertão,
o sim e o não se difundiram e se anularam, então.

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a melhor terapia, amiga
não tem casa, rasa de referências espaciais
massa de delírios astrais
"Realize seus sonhos..."
Faço o punho enfeite

Meu florete é "ilusão de ótica",
do qual me orgulho, no qual me espelho.

Centelha do novo renovado
engomadinho no "erradinho" sentimental,
que de mim levou o bem e o mal para o limbo.

matrix de onde?
que seja do Havaí, de Woodstock, ou do verão,
o sim e o não se difundiram e se anularam, então.

Tão serenos.

a alegria está contagiando esse ambiente

de dor só não se vive,
embora somente dor viva pra nos matar.

de amor só não se morre,
embora só o amor não quite as contas pra pagar.

a alegria está contagiando esse ambiente
está fazendo clemente esse coração,
por abrigo remido,
por artigo de liquidação da insatisfação.


de flor só não se aspira,
embora somente flor alérgica pra nos infestar.

de cor só não se decora,
embora só cor não derrote as cinzas pra apagar..

09 novembro 2009

referencial trocado

homens não são mais
mulheres são demais
algozes são vítimas
vítimas, são bestiais

o que sobra é refletir
sobre o resto de nós
o pó concreto
de um horizonte abstrato,
sem nexo, chato, lento.

crianças são animais
adultos, iniciais
na arte do desencontro
do desespero sob nenhuma medida

a preferida, talvez,
do descarte
do "arremate e engula"
do "pule para a próxima parte"

o ser humano quer ser mais
o desumano vende mais,
de seu encanto veneno
de seu sufoco sereno.

07 novembro 2009

a perspectiva da mudança sempre eterna

vai mudar, eu acredito
mas sei lá,
não me movo,
me removo de tudo isso....

vai que a situação se mostra diferente,
pode ser, porquê não?

que seja eu um novo descrente da não-solução
aderente ao NÂO para o não.

dinâmica vai à minha frente
me persegue frequente
mente e diz que vai aguardar
me passa a banda, devagar

Game Over.
Hora de recomeçar.

Correria boa, essa

reabasteço
subo e desço
as cidades
as feiras
as quebradas

me despeço,
até breve, adeus
nas escadas
nas escolas

das sacadas


agradeço
subo e desço
os paralelos paralelepípedos
as beiras alquebradas

me requebro

com felicidade de deus
nas tomadas
nas sacolas
das cinturas bonitas
das meninas que admiro.

27 outubro 2009

o pensamento dominante

sim,
ele,
impassível, intrigante,
o pensamento dominante.

para onde vai, de que jeito se firma?
a quem atinge, como se porta?

sim,
ele,
inatingível, dominante,
o pensamento delirante.

o que é, de que efeito se abastece?
a quem aflige, como acontece?

sim,
ela,
sedutora, insinuante,
a pensadora brincante.
Você.

obedeça aos comandos básicos

a camiseta dela dizia "Kiss Me"...
talvez seus poros suplicassem, lânguidos,
e tentassem me convencer, sem qualquer êxito,
de que a timidez fizesse escola em cada gesto.

__  "Não há problema, nem porquê temer"
      -- Claro, que há, afinal, não tenho você!

talvez um quinhão de mim, não tão pudico assim,
suplicasse....
--- sempre te esperei, desde não sei quando.

Deus não põe virtudes em todo o canto,
afinal o mundo ficaria sem graça.
Viva a virtude de você existir,
afinal das diferenças faço massa de modelar o amor, que nutro por sua pequenez imensa,
por sua infinita individualidade, por tua porção menina mulher.

a chance do risco acentuado

vinte e quatro horas me perpassam
todos os dias me atravessam, incólumes
celebram sua pressa
sua prece dos milissegundos

ou opto por ignorar,
ou me deixar devorar,
por duas saídas
arriscada ou costumeira.

doze papéis, maiores que os de Hércules
me asseguram uma instável calma, uma paz assoberbada.

Aguentar quem não suporto,
Bajular quem não quero bem,
Conseguir extrair o melhor disso.

Ausentar-me das confusões que armo,
Beliscar como criança a quem desejo,
Captar o essencial.

Afugentar as dores de minh´alma
Besuntar-me do suor da amada,
Congelar o instante crucial.

Afastar-me de mim mesmo,
Buscar a poesia no ermo
Coração atarantado.

26 outubro 2009

jogo das partes

parte I

eu, disposto a encarar o desafio,
reluto, confio e prossigo

você, disposta a aceitar as perdas,
ganha em confiar no imprevisto.


parte II

ela, a fim de me prender em um pequeno pedaço de sua vida,
seduz, desliza e se mostra amigável

eu, a fim de me perder nos ganhos,
perco as estribeiras e me banho em você.

23 outubro 2009

um estado acima do normal

se quero compartilhar contigo pressões, pequenas lacerações,
suspiros prolongados

já que estou convidado e inserido dentro de teu ser

vale a pena ver o outro lado
o outro desestabilizado
estragado por vontade própria
de se abstrair

de sair de si mesmo e de estar no outro ali mesmo,
no mesmo instante, no seu tempo, no seu momento


-------------------xxxxx------------------------

se quero combinar contigo

pequenos beliscões, amplos contorcionismos do coração,
aspirações alongadas até quanto e quando suportem

já que estou alinhado e inserido dentro de teu ser


vale a pena estar com o outro lado
o outro sublimado
estrelado por vontade própria e um esforço sem recompensa de se esvair em gozo,
de se punir delicadamente, de se invadir por inteiro, num ato que compensa cada segundo vivido.

21 outubro 2009

Peraltice

Garantiu que não haveria envolvimento
de quaisquer espécies, cartões, ou dívidas a prazo cardíaco
Assegurou, acima de tudo,
que começaria e terminaria
sem consequências, que a peraltice seria superlativa

Pretensiosa,
beija e depois despista como se não quisesse aproveitar o ciclo da inconsequência
da irresponsabilidade direta por seus devaneios,
Que me afetam direta e afetivamente.

Sinuosas direções me aponta e desapontam,
deliram, atravessam sem mesmo saber
pra onde irão pra onde estarão
se virando.

Espero que em definitivo, norte e sul se atraiam
revirem-se, desmaiem e se recuperem de pronto,
me elevem o pranto, me estraguem o desgosto,
me reciclem o canto, pra quem gosto de fazê-lo.

19 outubro 2009

MATEMÁTICA DO GOSTAR DE ALGUÉM _para M._

Multiplicar tesão
Dividir amor, porquê não?
Somar sentimentos
Diminuir solidão

O quadrado do quadrado do gozo
A raiz infinitésima do tédio, que se exploda
Curvas Hiperbólicas, porém milimétricas
Dores milionésimas, tangentes hiperafastadas
 
Que bom.

JUSTIFICATIVAS À DISTÂNCIA


não deu pra te ver, por isso a mensagem SMS;
não deu pra te perceber, por isso o SUN glasses

vê se me esquece,
a distância não te basta, já?
fora é teu lugar
ali do lado de nenhum
quadrado, redondo ou reciclado

não deu pra te comer, por isso a paisagem web
não deu pra te esquecer, e eu desejo tanto que isso se quebre
logo

vê se me esquece,
a querência já não é muita, não?
estopa é o teu trato
o fato é que aqui do lado de algum,
chapado, estrondo ou abismado
você ainda reside.

14 outubro 2009

psico lógicas

retorno pra relembrar o que domino
pra afugentar o que abomino
mas venero

retorno pra esquecer o que espero
que faça parte do passado
que idolatro

retorno pra fazer de conta
que a ponta não foi remendada
e sim eliminada

retorno para fazer da lógica
minha companheira
minha querida traiçoeira
cilada.

12 outubro 2009

a necessidade de um dia nublado, no mundo ensolarado

tristezas são necessárias
mas não podem ser diárias
não devem incomodar a serena paz que se instala
entre o ter e o perder


tristezas são mercenárias
mas deveriam ser solidárias
não podem negligenciar a austeridade do sorriso
que domina
o meu campo de vista


tristezas são inglórias, sacanas
salafrárias
não eram pra estar distantes
a milhas da cidade,
que dissemina
o deixar de gostar?

09 outubro 2009

Matemática Imprecisa

novidade cheia

meia verdade / mentira inteira
novidade meia / celeridade, beira

brevidade

novidade cheia / toda maldade
caridade meia

zero falsidade / total verdade alheia

desiguldade meia
leviandade esteia
farsa falsária, creia
que não a permeia.

Toda cheia.


o tempo, senhor da emoção

já é hora

de mudar os meus conceitos
de chutar os pré-conceitos pra longe

de amar os imperfeitos
de curar os meus defeitos, por onde possa


já é hora

de fazer acontecer
de mudar, de florescer

de chamar os preteridos
de curar os maus jeitos, por onde doam.

06 outubro 2009

Sete Divagações sobre o Amor

 Verdades, parcialmente verdades:

1
tudo era pra ser do que jeito que você sempre quis;

2
nada poderia ser melhor, do que não sendo nada do que você sempre soube que foi

3
amar é: padecer no inferno, ferver no inverno e manter um sorriso no rosto, dor no coração
e alguns problemas sem solução na cabeça. - ao mesmo tempo.

4
amar deveria ser: a lista exata do número acima, cada atividade a seu tempo.

5
quem disse que tesão, paixão, dor, alegria, alívio e um "leve desespero" não são um bom tempero pra relação?
experimente usar um ingrediente apenas...

6
aprenda com a experiência: o fim é o fim, retornos não funcionam.
mas o risco pode valer a pena e ser uma exceção.

7
Cabalística e ciclicamente, apesar da sobrecarga, podemos recomeçar, reviver e construir de uma vez aos poucos, o que nos foi tirado (ou o que destruímos) de uma só vez. Ainda bem!

04 outubro 2009

sqn side story

joão e maria, ausentes de dia,
vizinhos da norte,
o que não se previa,
logo dominou suas sortes.

joão era o cara,
maria, ao contrário, não se vangloriava,
afinal, a vida não era brincadeira,
era luta corriqueira, uma enxada por segundo,
o mais profundo descontentamento.

joão se gabava,
maria então sublimava, seu sofrimento.
era bruta, tosqueira, uma caixa de lágrimas por dia,
o mais absurdo afetamento.

joão se transtornava,
com a dor que em maria gerava lamentos,
dor puta, traiçoeira, uma dose de veneno por vez,
o mais infeliz desprendimento.

joão foi à casa de maria levar-lhe algum alento,
levar-lhe conforto, ouvido atento.

Sem nenhum confronto,
se amaram de pronto,
naquela humilde casa,

João saiu já em brasa,
com a luz do momento,
como seta que arrasa,
voou sobre as asas,
sublime evento,

notícia da casa:
o dia de seu casamento.

o ano da trave

reflita, repasse,
tente furar o bloqueio
novo escanteio, o lance de craque, no meio!
mas a trave, ah... trave, em cheio!

seu impasse é perfeito
seu impasse é desse jeito,
com classe, com efeitos laterais, superiores,
marciais, elevadores.

o ano da trave, não tem jeito,não tem chave,
mate no peito, desencane,desencave.

Perfeito.

hipótese passageira

hipótese de mim, passageira, irregular, costumeira
os mesmos velhos hábitos,  as feiras

amor a 110 graus de tesão
inesperada atração
de uma visão traiçoeira

hipótese feroz e estradeira
veloz doce mulher brasileira
pura infinita intenção

paixão de 100 mil volts
milha inteira,
pura adesão,
candeeira
minha feliz diversão.

há o suor antes de haver o perfume

há o suor antes de haver o perfume

há a labor antes de haver o caos, ou estrume destroçado
há o amor reforçado, revestido, empalhado, liberto, ampliado!
sim, há, sim, há de haver, há de ter, há de ficar
tudo o mais que não deveria, recriado.

* Marcos Fabrício e Luiz Cláudio Pimentel

entre atos

passagem necessária,
espera indolente
amargo estacionário,
quimera insistente.

Final dos tempos.

30 setembro 2009

a dona da ventania

repousavam os óculos escuros ali, a expressão, serena, compreendia e aceitava o inevitável:
tinha que haver algum grau de tolerância.

a tolerância para poucos, que avessos aos ventos gélidos,
os restringiam,

a grande maioria que endossava as ventanias pungentes.

Mas ela, ah, ela,
a dona da ventania,

me movia e agitava, silenciosamente,
me sorvia e conflitava, repentinamente.

Turva, minha visão teimava em se espelhar,
na expressão indiferente, entrelinhas, a me conquistar
novamente e novamente replicar meu gosto bom,
por coisas não tão boas,
mas marcantes.

Cafetina do meu coração, pensa que a deletei de mim,
mas se houvesse reset pro amor, as boas lembranças seriam também levadas
para longe, em definitivo.

Mas permanecia, imperatriz de minhas fantasias intensas,
a dona do frescor que tanto desejo resgatar, em breves dias.

29 setembro 2009

dia de ficar passado

É hoje o dia, da fantasia!

da ilusão de se ter alegria, dizia o poeta
"Momentos Felizes", não um "vida feliz",
resposta correta.

e passo a concordar, embora não me imponha estar "passado" no presente,
talvez fique futuramente,
mas, sincero, admitirei que não me enquadro,
no esquadro, no compasso vento,

meu modo momento,
meu movimento é a todo instante,
não é lento, é pulsante,
é rápido, fugaz silêncio,
todo o demais agitado e intenso.

Gás Refrigerante da Alma,
Borbulha do Coração,
Frisante Palma,
Transbordante Intenção.

humores

humores
amores,
rumores

dissabores.

humores,
penhores,
senhores,

labor.

humores,
maus,
senhores,

atores.

a constatação do que não vai mudar em minha vida

confesso,
as tentativas são tantas,

não tenho o controle
não controlo a posse,
o toque necessário

confesso,
as negativas são amplas,

não tenho o dominio
não domino o passe,
o abraço solidário

mas não desisto nunca.

27 setembro 2009

teclas

delicadeza tem suas formas
e a aspereza quer revelar que se conforma!
que aceita que não deveria reter para si a fórmula do querer

que a altura e a pequenez
que a fartura e a aridez tenham seus meios
de sintetizar toques e tempos

moças e meios
moços mais ou menos
iguais.

o mistério tem suas normas - desconhecidas -
e a revelação quer esconder que se admira!
que se inspira para conter em si a fórmula do seduzir


que a alvura e a sensatez
que a lisura e a lucidez tenham seus meios
de sintetizar teclas e toques

mulher e homem,
mais iguais, menos indiferentes.

anônima

vamos chamar de não-identificada,
a amada, querida, esperada
chance premiada.

perseverança nunca é demais,
nem sempre o bastante,
nas coisas do amor não há regra nem sistema,
só a engrenagem do gostar de quem se quer bem.

vamos clamar pelas estradas,
pontes, riachos, beiradas,
onde se esconde,
a direção única, o horizonte tão sonhado.
a divisão infinita, multiplicação explícita do sequer imaginado.

O amor declarado,
explícito e derramado.

gelo derretendo

é uma questão de tempo,
a tímida mão hesita em se aproximar,
em registrar interesse mínimo,
em fazer parceria à essa fotografia pendente,
dos anos fazendo chilique em poucos segundos.

é uma questão de classe,
de um charme alternativo, diferente,
simples e cativante.

é uma questão de altiveza,
de ser atriz, embaixadora,
voadora em meus sentimentos.

é uma questão de ser,
quem espero que sim.

25 setembro 2009

o sistema de fracasso

o sistema de fracasso está fundado na presunção
na intenção, na errada direção
na falha

o sistema de fracasso está firmado em convicção
passada, perdida, empoeirada,
datada, até que não valha, de vez


o sistema é o processo do edema,
é o problema para a solução
é o estrategema, o excesso,
a colisão.

24 setembro 2009

O impossível virá em 2 minutos

Eu não sei
Como te convencer do contrário
Como vou virar o horário
Como ser menos do mesmo
Salafrário

Eu não sei
Como acender um cigarro
Como queimar o seu carro
Como reaprender a dizer
Ordinário

O impossível virá
Em 2 minutos estará ao lado de mim
O improvável mudará de chance,
irá sim


Que o absurdo ficará, ao menos aos poucos
eu sei que irá,
ficar bastante bem distante,
longe assim.

23 setembro 2009

Adeus, Disco da Derrota

Adeus, disco da derrota
Já gastei minhas botas
Já se foi tua crise
Já encontrei nova rota
Quem me analise

Adeus, disco da derrota
Já acabou sua cota
Chega de ser miss
Quem me governa sou eu
Não sua babaquice

22 setembro 2009

Sinfonia número 1 para Gi

o amor concreto transbordava de seus poros
invadia olhares ainda desconectados
do sentido maior

de desejar sem vulgaridade
de amar sem consumir ao outro,
de se dar em amplo espectro,
simples, reta e diretamente,
para mim.

o amor direto dela transformava as neuras em pó,
preenchia minhas células vermelhas da paixão,
ora, se não, não haveria,
pois o amor renovável - nunca esgotável - aflorava todos os dias
nunca demais, sempre na medida ia.

O calor sereno de suas mãos, e seu olhar sorriso
transformarão o mundo,
onde giram os satélites mudos,
onde brilham os planetas escuros.

Movimentos Harmônicos: Simples

Aperto de mão: serenidade.

Estar perto de alguém querido: necessidade.

Indagar sobre o mistério que há em nós: verdade.

Optar pelo caminho reto: sinceridade.

Ultrajar o que é errado, o que nos faz mal: felicidade.

A solidão

A solidão nunca vem sem algo,
sempre está acompanhada de tudo que não se deseja.

O lamento, a dor, a divagação.

Porém em si trasteja,
gagueja,
indefinição.


A solidão ofusca, delira, deseja ser domínio
Pleno fascínio do não ser,
A amplitude de estar só traz em si desafio de permanecer solitariamente presente.


A solidão é o não, o martírio,
o destino impuro delírio de dizer,
que não suporta se ver tão amplamente só,
um tiro no piedade alheia,
uma bomba na hipocrisia cheia,
de vazio.

21 setembro 2009

CHUVISCO E TROVOADA

já tentou melhorar a sintonia?
mudar de canal, agradecer pelo dia?

usar um novo sinal, uma forma coletiva de enxergar,
uma escotilha, perceber um novo olhar?

já usou uma nova saída, fugiu do tropeço,
renovou a esperança, no seu recomeço?

já pensou em fazer poesia, em cantar a alegria,
o contentamento?
já pensou em fazer da ventania, terreno fértil
pros moinhos de vento?
dar um tempo pra imaginação.

Acho que não,
a instabilidade da área não me permite chegar
frente a seus olhos e contemplar sua muda ignorância.

Canção da América Mineira

Canção da América Mineira - livre adaptação de "Canção da América", de Milton Nascimento e Fernando Brandt

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.


Amigos, que não são coisas,
deveriam ser parte integrante
do coração inteiro
Pra que chaves para abrir,
porquê chorar ao vê-los partir?

Amigos, que não são coisas,
deveriam ser parte integrante do corpo inteiro
Febre imune ao tempo e à distância
De canções inesquecíveis,
e da voz do coração,
a voz da emoção.

Amigos, que não coisas,
são pra todo instante
são insistente revanche contra o tédio rotineiro,
contra o ódio passageiro,
a favor do vento, do tempo, do que é intenso.
Amigos, tesouros sem momento,
heranças do todo inteiro!

18 setembro 2009

Há pesares

Há pesares que pensam, são
Outros não, poucos irão ser

Há pesares que nem precisam,
estão,
outros hão,
pagam pra ver

Há apesares de mim, de você,
de tantos outros que vão,
sem crer
sem admitir que ao menos podem
acreditar que não.

Ciclos, Circulares, Colares

reafirmo que a vida tem seus ciclos,
supera os picos, a história
a glória de breves derrotas

convicto, me revisto de sede, de verde
de agir logo antes que o porém prevaleça
e me esqueça a qual rede devo pertencer

os retrabalhos e os novos retornos,
são estornos, devoluções, simples tratos
contratos do ser, extratos do viver

colares são adornos, contornos cíclicos
ciclotímicos, redundantes, reluzentes,
brilhantes, zeros.

16 setembro 2009

distintos, distantes, descrentes

o tempo é medida sem precisão
não estima o medo, a solidão oposta pelo vértice
não exuma o lado oposto pelos cálices,
não esconde o lodo levantado pelas hélices da crise.

o tempo é medida sem tamanho
não estima a passagem, a amplitude mediana,
não lastima a altitude, não a concebe insana
não pondera os tolos abestalhados pelas pontes derrubadas.

não creio no tempo, vivo cada instante seu intenso,
penso, não creio como o fim, mas sim como tempos que começo a entender,
que são intensamente extensos, inefáveis, completos infinitos.

15 setembro 2009

INTENSIDADE

é preciso amar as pessoas como se ontem não houvesse, hoje não viesse e amanhã não desaparecesse.

Senões

é, os sermões dominam o dia
Nego que existam, mas ali estão, vivos e permanentes

por mais esforço que haja
logo se baixa a crítica,
refaça de novo, e de novo, desgraça!

coisa estranha é tentar compreendê-los
zelo não zela espinhos nos pêlos
só estraga o dia inteiro.

13 setembro 2009

líricas lorotas

loucas levadas
líricas lorotas a vida me sopra
me conta

desaponta, faz chacota
apronta!

poucas presepadas
antigas, animadas
cítricas anedotas
me preenchem

nunca enchem, nem deveriam
se esvaziam,
em sonora risada.

PEGADA

bem que se tenta olhar além do olhar, da cantada
a desejavel pegada
a impressáo inicial, que se estende até o fim
até onde possa
a fossa que termine assim, num estalar

talvez se ponha ao alcance dos dedos
ao alcance dos medos
ao descanso do pulsar

talvez se esconda por entre os cabelos,
anéis e colares de estrelas
belas formas de gostar
telas, formas, deleitar.

bem que se quer preservar
a impressáo inicial, que se estende até o fim
até onde possa
a bossa que comece assim, num estalar

sem medos.

08 setembro 2009

280 por hora

Ainda bem que as vias não escorrem a tantas milhas
Fisurras na ilha de terra central se instalariam breve

O leve ressoar dos pássaros levantados pelo pó aceleradíssimo
num instante sobraria, pesado.

O gelado tomaria lugar,
venderia a caro custo
o busto da vitalidade,
sem demora, a 280 por hora.

O palco se tornaria neve,
romperia o terno calor existente,
o que fôra o quente de outrora,
já não o seria agora.

Seria, de repente, algo que se foi embora,
a 280 por hora.

o que fazer numa situação tão confortável: Paixão Louca?

gritar do alto da torre que vive de amor por ela, embora com vontade de "voar" atrás da desejada;


  virar voluntário, abrir as portas e janelas, deixar que tudo flua naturalmente, e desatentar dos que levam seus poucos   itens pessoais;

  alegar que tudo perdoa, tudo crê, tudo espera, mas com uma ponta de dúvida quando chegar o primeiro desentendimento....

fazer um poema de improvisação
entregar aos poucos o coração
inteiro
faz-me pensar que sempre serei
a quem deves amar,
Ligeiro!

esboçar uma canção
tão pequenina
com emoção a quem se destina
Divina direção,
minha paixão-menina,
meu amor-razão.

em risco

alerta
desperta que o perigo ronda teu ser 
vai lá ver, o que te espera
já que renegas que a hora está a correr

em risco te encontras
o imprevisto que assombra é teu fim
o indício da reinvenção
não, de novo não.

Fim do Jogo.
Continua?

07 setembro 2009

Em dependência

Em dependência
para alguém que leia e mereça

Tentei declarar, convencer, analisar
Mas estou dependente, sem ar.
Nada condizente comigo, somente com você, morena.

Pequena obra divina,
fascina e me rende,
me prende, assassina do mal em mim

Não faça assim, que me desprendo
e não me contendo, irei

Pra onde? Pras tuas idas irei,
pra onde mais, de qual jeito? Saberei.
Nas ondas de teu sorriso
Escorrego e não nego,
pronto permanecerei.

Rainha definitiva de um breve instante,
põe teu arfante peito próximo do meu,
que eu me deixarei.
Aqui, ao lado de teu viciante olhar sereno.

Subdivisor - para john e fernanda

E ao chegar lá fora Direi que fui embora
E que o mundo já pode se acabar
Pois tudo mais que existe
Só faz lembrar que o triste
Está em todo lugar

Agridoce, PATO FU


Dividir em dez mil pedaços
Não resolve, não passa
de ilusão

Colidir por dez mil vezes
Não dissolve, não destroça
a desilusão

O doce e o amargo se confundem
se unem, se conflitam
se punem, tanto que nem sei

Se ao certo, o incerto se faz
Perto

Recitar dez novas instruções
Não resolve, não passa
de ilusão

Expandir por dez mil meses
Não dissolve, não destroça
a desilusão

O doce e o amargo se confundem
se unem, se conflitam
se punem, tanto que nem sei

Se ao certo, o incerto se faz
Perto

06 setembro 2009

brado pleno

Libera teu cântico da alma,
obtuso, confuso, que desarma
tua mais singela intenção.

é explosão do carma,
a arma contra todo não.

Regenera o expulso de tua casa,
descompassa a conformidade,
tua idade passa,
menos a frialdade de quem detestas.

Atesta, se possível,
que o frio reconfortante,
o gás refrigerante, do grito lancinante,
que tu soltas contra quem te acalma.

Voa, alma!
Adiante!

Constatação Tri Nova Terminal

seguiu e não foi notado,
aderiu e foi despejado,
fugiu e não foi procurado!

a insensibilidade foi o preço,
alto adereço da saudade,
o eixo da maldade,
o medo de errar.

ouviu e não foi ensinado,
abriu e não foi abraçado,
escapoliu e não foi sequer cotado...

explodiu,
coitado...

04 setembro 2009

a vida, plena de momentos

Por um momento
tem que chover pro sol brilhar, toda vez?
isso é realmente necessário?

Por um momento, breve momento
tem que doer pra cicatrizar, de novo?
isso é o argumento, o relicário?

várias opções me foram postas
frente a frente,
e logo deslizaram rentes a mim
o que não imaginava é que fossem
me mover pra junto delas,
pra fora de mim.

Por um momento, interminável momento
tem que morrer pra retornar ao começo, sempre?
isso é o sustento, o abecedário?

Por um momento, estacionário.

02 setembro 2009

qual é a tua?

Qual é a tua?
a rua?
a perda de tempo?

movimento entre corpos?
entre bocas?

qual é a tua?
seminua?
a roda dos ventos?

movimento entre dentes?
entre punhos?

a tua intenção malquista
me enverga a vista
me faz divergir pistas
e gostar de me perder nelas

a tua direção à vista
me entrega condições à prazo
me comprazo, me deleito
me deito, e aguardo as consequências.

O melhor de alguém

Tenta precisar,
o melhor de alguém
Parametrizar,
de outrem
Canalizar,
pra ontem

Tenta balancear
o melhor de alguém
Sem mesmo saber
se o risco vale
as penas, duras penas

Tenta afirmar
que o melhor de alguém
ninguém tem.
Somente vem em doses enormes
de outras linhagens,
de outras imagens,
todas minhas.

01 setembro 2009

som das gotas de suor do céu

dia de chuva é bom
pra ficar de bobeira, sonhar

dia de chuva tem som
de velocidade pequena
de gente parada, mais que tudo
serena

dia de chuva tem tom
de cidade amena
de gente amada, mais que tudo
plena.

Asas

Asas tive,
Casas, nuvens, riachos,

Diacho...

Brasa urge,
Casa murcha,
que saco!

Asas ícaro,
Mesas, píncaros,
batalhas.

Retalhos épicos,
Detalhes métricos,
Metralhas.

Asa leve,
no infinito agora se espalha.

28 agosto 2009

Lógica do Tempo

Eu, hein,
fantasia, mágica?

Pura Lógica
Temporal, trágica.

Eu, hein?
revestrés, lisérgico.
quaisquer notas
qualquer jeito,
lógico.

Tempo,
Enérgico, Prático, ótico.

Tempo
Célere, breve, exótico.

Momento...

PALAVRAS CARÍCIAS

Navego em tuas ondas querendo chegar
Em teu porto seguro poder âncorar
O sol tem luz só quando faz jus ao teu brilhar
Que não falte isca
Teu amor quero pescar
Escrever na areia
Palavras que o mar não vai levar
Palavras carícias
Palavras carícias
Palavras adentro

* Marcos Fabrício
republicadopensamento.blogspot.com

inspirado pelo som de Palavras ao vento, regravado por Mondo Lucca.

27 agosto 2009

Servis Palavras

Não é um processo de distorção,
de algo a ser manipulado,
retorcido, revirado, não!

Talvez uma relação entre servos,
de amistosa reciprocidade
de espantosa cumplicidade...

As palavras vis
Veem rotas servis
Notas afins

Denotam, assim,
A cota infinita
de serem preferidas
servas da palavra,
livre liberdade.
de serem até bandidas
usadas, preteridas
papel e caneta,
teclado e tela preta,
profunda amizade.

25 agosto 2009

boomerang song

Voltas e voltas em sua mão
Pra desabar de novo no chão
Por mais de uma vez, por mais de uma vez

Parti de suas mãos rumo ao céu
Pros altos brilhantes
Dos seus abraços,
dos seus beijos viciantes
Parti rumo ao desejo inesgotável
Ao rumo irreparável,
à fusão de nossos corações

Voltas e voltas em sua mão
Pra desabar de novo no chão
Por mais de uma vez, por mais de uma vez

Parti de suas mãos rumo à busca
Que não tem fim
De um amor
Tão simples assim
Tão dedicado
Parti rumo ao desejo inesgotável
Ao rumo irreparável,
à fusão de nossos corações,
antes separados,
Agora um.

Redenção Imensa

Sobre meus pés, mancos, trapaceantes
Cambaleio, me vejo vacilante
Sobre meu ser,
Incandescente
Me vejo titubeante

que indecente sou,
repetente do amor
da redenção imensa
de ser perdedor.

quão reluzente estou,
aderente ao amor,
da intenção intensa
de não sentir dor.

24 agosto 2009

E você, camarada, como vai?

E você, camarada, como vai?
dedicada à Confraria da República

estou bem,
mais sereno a cada dia!
curtindo esperas,
esperando curtições

é um momento bom!
"que delícia"...
embora meus poemas reflitam o outro lado...
das esperas e das ânsias.
ainda bem que as refletem,
escondidas são prejudiciais.
melhor que voem e cativem...

por me permitirem expressar
arma de pelúcia
algodão de chumbo
por me permitirem revelar
chama de astúcia
avião de pluma.

"um brinde para a nossa poesia que não se blinda"

* Luiz Cláudio Pimentel e Marcos Fabrício

NO WEST

NO WEST
para Nicolas Behr

Sabe, Nicolas
o horizonte está regredindo
Sumindo até,

As avenidas largas vão-se estreitando
eu pensando, aqui
Como é que é?

As ruas logo se insinuam,
se desnudam, em três vezes mais
Sentem-se tais
que transcendem
as demais, que se acendem

As asas são microarteriais
Gêmeas polivitelinas
Abissais Colinas,
Esquinas demais,
somente esquinas.

23 agosto 2009

Sinceridade Ltda.

"O coração desconhece as razões que o aquecem
Mas espera que possa tecer nelas o que de fato o estremece
Sem razão."

Posso
falar agora, sem rodeios?
O que ficou no entremeio
Ali na esquina, quer revelar

Osso
No osso puro, escanteio
Nem no início, nem no meio
Na escuridão, eu vim estar


Náo adiantam bons bilhetes, nem chicletes
Flores, afagos e lembretes
Sinceridade vai descuidar e lhe pregar peça feito um porrete

Ouço
falarem agora, dos seus rodeios?
O que ficou no entremeio
Ali na esquina, quer revelar

Poço
No osso puro, escanteio
Nem no início, nem no meio
Na escuridão, eu vim estar

21 agosto 2009

Tudo foi, sempre será, duvida?

Uma questão de ponto
De vista, de emoção talvez
Uma punção na vista
Outra vez

Uma versão revista
Pura invenção, desista
Não é assim que as coisas devem ser

Tudo foi sempre será
Duvida?
Repetição da mesma ida
Do mesmo blablablá

Indecisão na pista
Ou a visão simplista
Uma torção de vista
Outra vez

Nova aversão à vista
O prazo foi conquista
Não é assim que as coisas devem ser

Tudo foi sempre será
Duvida?
Repetição da mesma ida
Do mesmo blablablá

A vida como ela não deveria ser

nascer é um porre, praticamente um parto
de um quarto a outro, sou um décimo do que serei em poucos anos

desenvolver-me como criança, dentro de minhas ânsias inocentes
e daí até a puberdade, meus conflitos adolescentes
me levam ao princípio caótico de ser jovem

Pasmem,

se me coloco entre estudo e trabalho,
não valho tanto, estagiário que sou,
se, por outro lado, alcanço, logo descanso,
na faculdade tenho um ponto divisor

onde se entra jovem e na pressão, se amadurece
se cresce em pouco tempo

Ao terminar,
como deixo amigos e utopias pra trás
passamos por esse racha, que faz parte
é assim mesmo que se traz o homem do limbo para o palco de se viver

Se opto por estender minha descendência,
com descência e paciente curso, devo proceder minuto a minuto,
meses a fio

Rio, porque passam-se anos, e mesmo o frio que sinto percorrer minh´alma
Me acalma, porque compreendo enfim a não-necessidade de tanta correria
Histeria coletiva que se instaura e declara a anarquia, a desordem da calma.

No ponto final, o recomeço se estende a fim de fazer da vida
Pequena brincadeira, grande desafio
Confio, porque sei que viver nunca será estar por um fio
Será sempre desfiar a vida, dia a dia, nas águas do rio.

20 agosto 2009

Ouça o mundo lá fora

Ouça o mundo lá fora
Agarre, é a hora
deixe de bobeira
e siga o imprevisível

Ouça o burburinho que destoa
à toa é que não fico
me quico pra lá
e não volto pra dentro
nem que me tirem

Ouça a zona de agora
Lance-se para o momento, para a hora
para o descobrimento.

19 agosto 2009

a redescoberta do silêncio em mim parte 2

é melhor escutar o que não temos a dizer,
do que falar o que não queremos ouvir...
o som do silencio é bom...
traz novas descobertas sobre si.

por Mônica Morbeck

a redescoberta do silêncio em mim

é bom parar por aqui
deixar de coisa e tal
de ser imortal
e partir pra um silêncio moral
final, incisivo

é bom tentar divagar
devagarinho
pisar em ovos, náo no ninho
e sonhar

é bom chorar por seu carinho
fazer delírios lindos, te cativar
ser pequenino, improvisar
um instante particular

silenciar, não sei se é táo bom (.....)
ninguém escuta o som
do silêncio
porquê perco tempo me escutando, entáo?
porquê penso ser hora de tentar.............................

escalas figurativas

homem maduro,
mas náo muito,
estatura mediana curva, decadente, esquelética, dormente.

mulher madura, segura, sofrida,
náo importando os anos, filhos (ou náo) e dores dos partos,
dia a dia, ano a ano,
plenamente mulheres em estado puro.

homem,
estatura mediana-alta,
bipolar, intensivo, emocional

mulher,
estatura mediana,
padrão brasileiro (traduzido por cadeiras macias e sustentáveis),
expansiva, verborrágica, multipolar versáo 2.0

jovem,
estatura média,
mundo mágico de OZ, pilha 220 volts, sensível

jovem menina,
estatura mediana, com padráo brasileiro já existente,
ciumenta, expansiva, verborrágica, um pouco temerosa, polar, sem saber que é

crianças brincam inocentes e felizes, sem saberem as diferenças que virão...

Panorama

- Não tenho vontade de estar com ninguém, disse.
Argumentei o porquê daquela resistência...
- (...)
- Você tem a vida pela frente...
- Vejo a morte pelas costas.

Saí,
e não mais pensei em outro panorama.
Zero Vida ou Zero Morte
Não mais que tudo isso.

17 agosto 2009

Momento Poético Externo - Lucca Poetry 01

assimilar/não condecorar os ferimentos/reinventar/
não copiar os sete ventos/amamentar/não aprisionar os seus rebentos

martha medeiros, poeta.

14 agosto 2009

BIG BANG, PING PONG

Mongo, só repete o eco
Troncho, Speedy Gozado Desarmado,
sem reagir, só diz
- "Um momento".

Big bangs não esperam,
desastram, demolem, invadem.

Ping Pongs exitam,
reconsideram, choram.
Pobres.

Moléstia,só insiste em flores, cores ousadas
Trouxa, Penélope Manhosa,
só ousa rosas repetidas.
Inerte, só repete-"Diga".

Big Bangs aterrorizam,
normalizam, interferem,
sacodem.

Ping Pongs gritam,
se desesperam,
imploram.
Nobres.

PERIFERIA

mais je ne sais pas dire je t'aime
pero yo no se hablar te amo, te amo
but i don´t know how to say I love you
Frejat, Eu não sei dizer te amo


Queria habitar o teu suburbia
Desfilar na avenida principal de teu enredo constante
Pero, por un instante, te fuiste y me dejaste inconsolable

Queria ser teu mon cherry
Penetrar no universo central de tua existência maestrina
But, menina, you´ve kissed my ass goodbye

Agora, adrenalina e dicionários avante
sigo adiante, só reconheço
que não sei dizer como amaria ser inquilino da periferia,
dono do teu endereço,
rubro pulsante.

GAROTO ESQUEMÁTICO

garoto esquemático
quase performático
se agitava quase sempre
frenética mente

Que cara prático!
Prática mente, um ato,
Praticamente um chato
um fato, inexato, omisso

Que cara crítico!
Prática mente, um cisco
Praticamente um místico
um risco, um fiasco, penhasco abaixo

13 agosto 2009

Pausas e Reinícios

Recomeço, sacrifício
Pausas e reinícios

Adereço, precipício
Pausas e reinícios

Mero apreço, um solstício
Causas e artíficios

Começo a ver o não
De onde vem o sim
Prever o fim, o senão
De onde começa a colisão.

Bela preciosa
Içada, rouca
Grita,

Berra,
Aonde
Não
Gostariam dela?

Porquê
isto
não
ganha

Perfil, seriedade, mistério,
ou
novo
gosto, porquê?

Esquinas

De quina, observou
Esquinas passou, corre-corre
Esbarra-esbarra, num frenesi
Sem igual

Esquinas tão quadradas
Ultrapassadas,
velocistas

Pistas adequadas,
somente pistas
Erradas.

Esquinas,
zeradas.

12 agosto 2009

Quarta da Sorte

Numa quadra, quina, megasexta
Talvez numa mala, pilha, cesta de flores
Cores reluziriam e me trariam bons sinais
Iguais aos dos que tem mais

Só que almejo ser,
embora ter seja em si, a meu ver,
Algo que quero crer,
que vejo ser,
Além do que penso

Sorte de quem tem
e é assim,
tudo demais é ruim
sorte, ao contrário, é boa, sim.

11 agosto 2009

PURA FRICÇÃO

Antes o atrito que o contrato - Zeca Baleiro

Eis o que somos
Cromos, ferrugens, gomos de nada mais do que isso
que aí está

rua
pura fricção
punção do tenebroso ser
saia de mim o quê
nunca quis

Crise de terça idade

A ciência avançou,
logo provou que cinco décadas seriam
poeira, sombra, troço rasteiro

Provaram mais do que quem provou primeiro

Que a vida da gente, assim de repente,
se aproxima do reinício, de um precipício sem fundo.

A razão logo mostrou,
deslizou com teses arteiras,
artérias, matérias certeiras

Mostraram mais de quem bobeou primeiro

Que a lida urgente, no fim, de repente,
se aproxima do solstício, escuro e início sem onde, sem mundo.

Abecedário 2 - Do amor

A menor distância entre o fracasso e o sucesso.

Arrasei!
Bosta.
Cacete!
Doida demais!
Eu, hein?
Foi foda...
Ganhei dessa vez.
Homem é tudo igual.
Insista, rapaz!
Jogo duro...
Liga não, deixa ligar...
Mulher de malandro...
Nunca me aconteceu antes...
Olha lá que posso gostar de você.
Porcaria de celular que não atende!
Quem você ama? Ela ou eu?
Resista, se for capaz.
Sou toda sua, fofo.
Tesudo.
Ùltima chance hoje...
Vagabundeou e quer perdão... Tá!
Xuxa mais Alto Astral... Ui!
Zé ruela de uma figa.

10 agosto 2009

Receita Inexistente

Não, não existe lógica, mágica, estética
Não, não existe química, física, engenharia genética
Não existe espasmo, lasca, esmo
que te recrie


Receita Inexistente


Não, não existe ácido, básico, neutralizante,
não, não existe rápida lerdeza ou paralisante,
não existe cravo, canela, refrigerante
que te sintetize

Receita Inexistente

Caio na impossível improbabilidade
Na incrível perversidade
Só pra ver o que vai sobrar de mim

Caio na impossível calamidade
Na inexistente tranquilidade
Só pra ver o que vai sobrar pra mim

06 agosto 2009

Persevera!

Perservera, pois já era
o início do fim
o princípio do começo, do tropeço
Sim,

Persevera, pois já era
o endereço do acesso,
a avesso do perverso,
o ingresso, o tintim,
Sim,

Persevera, que já vem
Logo quem, logo quem?
Nova era de sucesso,
Enfim!

05 agosto 2009

Geração de Idéias

Saem caóticas, elas
pelas despregas do absurdo
pelo avesso do obscuro,
porque quero.

Se esvaem, eróticas,
Belas perdidas nessa poeira que me contamina,
me energiza, me reanima a prosseguir adiante,
pulsante por ti.

Valem melódicas frases,
harmônicas fases, reflexos cinzentos,
sabem seu firmamento,
e cobram a colméia, que lhes orna.

Torna a gerar, impossivelmente,
a improvável dureza de ser gente,
de pensar semente, de ver rente,
de estabelecer.

04 agosto 2009

Mentiras

Mentiras sempre esquecem de mentir o suficiente,
e sendo menos inteligentes, perecem
apodrecem no quê de si mesmas

Mentiras quase nunca ofendem, porquê pretendem dizer
o náo-dito, um infinito de possíveis coisas náo ocorridas
feridas escondidas e recicladas como algo casto,
um pasto de olor suave e cores pastéis,
dez mil réis vale o preço de serem infiéis.

03 agosto 2009

a razão da dificuldade

A razão da dificuldade reside
no imprevisto, na calamidade,
no malvisto, na perversidade alheia

na lua cheia, dos amantes
na vida feia, dos tratantes

A razão da dificuldade insiste
em ser novidade, ser revista
em ser brevidade, malquista

na rua cheia, delirante
na rua cheia, derrapante
intensidade.

28 julho 2009

Lucca Music - Envelheço na cidade

Mais um ano que se passa
Mais um ano sem você
Já não tenho a mesma idade
Envelheço na cidade

Essa vida é jogo rápido
Para mim ou pra você
Mais um ano que se passa
Eu não sei o que fazer

Juventude se abraça
Se une pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você

Feliz aniversário
Envelheço na cidade
Feliz aniversário
Envelheço na cidade


Meus amigos, minha rua
As garotas da minha rua
Não sinto, não os tenho
Mais um ano sem você

As garotas desfilando
Os rapazes a beber
Já não tenho a mesma idade
Não pertenço a ninguém

Juventude se abraça
Se une pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você

Feliz aniversário
Envelheço na cidade
Feliz aniversário
Envelheço na cidade

27 julho 2009

Engatar a segunda

Engata a segunda, de primeira!
última chance, derradeira
lance de rasteira
seu alcance.

Engata logo de primeira
a segunda feira
que a antecedente
está demente
temendo ser passada pra rabeira.

Grêmio Repercussivo Escola de Sombras


Se escondia nas sombras,
repercutia, reverberava ondas
que espera, fossem positivas onde chegassem

Se refletia nas obras,
transparecia, desalojava modas
que naquela era, foram negativas de onde quer que saíssem

O Grêmio era em vão,
Sobrava-lhe então,
ser mero coadjuvante do final
O lema de então,
restava outro, porquê não?
ser peça de manobra, sem umbral.

24 julho 2009

Hipóteses

E se ela estiver jogando, talvez tentando até
ser mais xulé
do que lady
ser mais rapé
do que êxtase?

E se ela estiver empurrando, talvez sacaneando até
ser mais um zé
do que maria
ser mais até
do que é todo dia?

22 julho 2009

(R)evolução Do Baralho

Vale luta de espadas,
almofadas, saídas e entradas?

Vale aposta mínima,
íntima, camas,
copas, armário?

Só não exija coisas michas,
simples fichas,
Ouros estão em jogo,
Prata em mesmo tamanho,
Não ache estranho.

A revolução vai se iniciar
Paus vão quebrar,
em ação benévola,
se curvar aos teus contornos, víbora!

21 julho 2009

Imprecisão

Dos neuróticos venha a cirurgia do medo,
a apologia da calma
o enredo que almas precisam vez em quando adotar como suas.

Dos enfáticos venha a alegria desde cedo,
a sistemática da palma,
junto à outra unida, nuas em uníssono sinfônico conjunto.

De mim e de você venham, sem precisar
a imprecisão do olhar
a decisão de gostar,
a vontade de não dizer não
ao bem que nos fará.

20 julho 2009

tratado sobre a amizade

Ah,
abraço presente,

Meu amigo, minha amiga
está dentro de onde pode estar
invade onde deveria
foge para onde eu iria
em caso de emergência.

Inda carece de presença
sinto falta, sim.

Garanto que pouco há que se compare
com ser amigo de alguém que mereça.

Olha que nem se vê, hoje em dia
Amigo que valha, Amiga que ria,
chore junto, seja moradia
da vida, da amizade viva.

19 julho 2009

moleca

sapeca,
levada,
rabeca sinfônica,
minha sônica,
enamorada.

rebeca,
charmosa da breca.
super modelar
de minha privativa
coleção.

invenção metareal
o mal sintetizado a pó
a paz resumida a só
você.

abecedário

A menor distância entre um diálogo.

ahnnn.
básico.
concordo.
divertido!
é.
fala...
garota!
han han.
imagina...
justamente.
ligo, ligo...
malandro...
nossa!
ô!
pára!
quê?
ra ra ra!!!
sem essa!
tá louco?
ummm...
vem!
xaveco, né?
zoa com outra, otário...

Coragem, em frente! carta de estímulo

Já náo te limitas,
só mentes
Hesitas em seguir lutando.

Pra frente é que se caminha, homem!!!
Ainda que náo o animem,
náo o chamem, náo náo já náo te abatas
Somente reata o que te resta
Combate o que te apetece
Prevë o que náo provas

E mantém a chama.

O risco do desejo

Bem que eu gostaria
que conquista fosse um processo seguro,
bissexto, tripuro,
refresco, enfim,
um sexto do peso da alma.
Nada sobre nada.

Mas que graça teria,
essa mesma conquista,
grosso delírio,neve impura,
tosca aba,lenda malvista?
Toda a graça do universo.

Afinal, o risco do desejo,
é que no fundo seja sem meios,
seja nada ou tudo,
sem entraves, sem escudo.
Seja o mudo gritando a plenos pulmões
O coração sangrando pelos salões,
o início e o fim do risco de amar alguém.

15 julho 2009

Sobre uma Mulher

se sou seletivo? não nego.
se me derramo por ela? confirmo.

mas se da mulher que quero e espero, afirmo:
"dá-me mimo, abrigo!"
muito me esmero em sua busca.

Da experiência, quero ser aluno repetente.
Do viço de sua pele e do vigor de suas curvas, piloto de testes e chefe da equipe,
que ELA pilota (com graça e maestria).
Da inocência que seus olhos decididos carregam, apenas me permitirei contemplá-los.

Em troca, a sobrevivência de meu pobre coração em uma terra ainda estranha.

verdadeira

sei teus nomes, tua lida estradeira
sei teus conformes, tua ida mineira
só náo sei como te dizer
que és tão verdadeira!
ou pareces?

paralela mente

Paralelismo Quadrilátero
Artificialismo equilátero
Refresco pra mente
Mundo paralelo mesmo
bom pra gente, vero?

Talvez até tente
sinta, minta, invente
faça uma alternativa à gente
que se senta, mente e inventa
outros caminhos.

14 julho 2009

Lucca Music 04 - Balada de Agosto

Balada De Agosto

Fagner E Zeca Baleiro



Lá fora a chuva desaba e aqui no meu rosto
Cinzas de agosto e na mesa o vinho derramado
Tanto orgulho que não meço
O remorso das palavras que não digo

Mesmo na luz não há quem possa se esconder no escuro
Duro caminho o vento a voz da tempestade
No filme ou na novela
É o disfarce que revela o bandido

Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha nos teus olhos

Boa Noite

que já vai chegando a madrugada
cunhada prima irmã namorada
do dia cedo
medo que carrega emprego de bolsa vazia
mia que teme o enredo que alarde
tarde que arde o sol de doer
no entardecer covarde
logo escurece, vai
tarde
boa noite.

o que há de novo entre nós?

Repetições, dúvidas
Argumentações, dívidas
Promessa não paga
e dividida entre poucos

O que há de novo entre nós
São laços que não se desmancham

Natural ou artificialmente são extirpados
e levados além mar.

O que há de velho entre pós
Escaravelhos, ilhoses
São pontos de nossa história
Navegando rota inglória,
Rumo à perdição.

reflexo

Reflexo do fluxo
Nexo

Eixo do repuxo
Amplexo

Refletem-se sobre mim tantos vários
Amplas vias, áreas vazias
Sexos.

Sobrepõem-se sobre mim tantas aéreas,
Amplas vazias, várias etéreas
Anexas.

13 julho 2009

Finalmente

Finalmente, chegou a hora de ir
Embora eu ache que deva
Sair não seria o melhor
Meio de te perder de vez
quando não sei mesmo se vou
ou não
estou à beira de
ser meu próprio começo,
meu fim em aumento,
finalmente esquecimento.

Com emoção, vales

Vale emoção, suspiro grátis
Vale devoção, delírio mortis

Vale transação, gozinho simples
Vale tesão, trepada fortis

Dedicação alguma supera
A espera que valha
A pena que doa
A antena que ecoa,
Faz eras.

11 julho 2009

Apressada, saiu por aí

apressada,
saiu por aí

distribuiu
sorrisos

psiu
pare aqui
para eu desapressar
e admirar
sua beleza?

Tudo Fica, no Fundo

No fundo, tudo fica do mesmo jeito,
as gavetas desarrumadas,
as janelas escancaradas,
a poeira do tempo.

No mundo, tudo é rico em novas nuances,
as gravatas superenfeitadas,
os anéis emoldurados
a incerteza das chances.

Todo o resto, fica no fundo,
Imundo, indigesto.

No fundo, tudo fica do mesmo jeito,
as idéias embaralhadas,
as camadas desorganizadas,
ciumeira, momento.

No mundo, tudo é rico em novos avanços
as bravatas supermontadas,
dez mil véus incendiados,
a crueza do ranço.

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