31 maio 2012

estação desejo


o que eu quero
está em tuas mãos
está nas intenções bem claras
nada mais a esconder

o que desejas
está em teus beijos,
habita nossos corações

está nas ações transparentes
no sentir diferente que me invade
e que me arde, como em ti

estação desejo
parada eterna
sentir, sem atrito
amar, desejo
parceira serena
sorrir infinito

você.

sopro de esperança (colapso da crise)


o som me sorri
teus gestos delicados se abrem, em sintonia com os meus

a crise se vai
que os colapsos desabem, em sintonia com as tuas dores

o tom se aquece
teus olhares dedicados nos conectam, em anestesia, como os meus

a vontade nos vem
que os lapsos acabem, em agonia, com as suas cores

que as voltas completem neste dia, os nossos sonhos
que os vultos venham à luz nesta noite, em nossas vidas

menos feridas, mais amores
das divididas, mais ardores
das dívidas, menos dores
da vida, mais flores

28 maio 2012

vivendo e desaprendendo

que bom que você foi...
esqueceu do salto
e nos nivelou

nos achou perto da ribalta
a mente alta de sensações

que bom que você escutou
o silêncio de minha ausência
sensibilizou um pouco?

que bom que você pode
botar nada a perder
nem começamos

nos findou perto da escada
a vida baixa de convicções

que bom que me toquei
refleti sobre mim
e nos esqueci

me fechei longe de sua vista
a passo repleto de lamentações
passageiras

bingo!

as pedras vão cair
as chances vão sumir
um amor, sem seu inicio
o pudor
no precipício, se fez

as ladras vão surgir
distantes a trair
acabar, com artifício
tanta dor sem sacríficio
outra vez

a sorte está aí
amor está ali, sozinho
por esporte vai fugir
e reinventar o seu caminho

as quadras vão voar
próximas, a pedir
iniciar, com benefício
tanta flor sem malefício
dona da vez

belle dancer

ventres bailam
desafiam
graves atitudes

entrecortam
teletransportam
minha saúde de lugar

bela dança
na festança, agonia
na gota geradora da vida
apressada, esbaforida

entes clamam
interagem
leves aproximações

25 maio 2012

a dança


aprende, bobo
o globo gira
a fila vira de lugar

entende, tolo
o ponto expira
o conto, quem diria, perde o encanto
o entretanto cede lugar

compreende, rapaz
saber quem é capaz de encantar a moça
carrossel dessa dança?
o por enquanto pede altar

transcende, pessoa
mede que a ponte do elo é poça
não esboça novo caminho
não te remoça

o pranto pede estar
e a dança da vida há
a dança há de nos mostrar

que não, não há.

23 maio 2012

clube da solidão

bem-vinda ao Clube da Solidão
ao belo trono da indecisão

rainha, de mil amores passageiros,
paradeiro ilusão

dos tesouros prometidos
do amor ora induzido
é miragem, aberração

bem-vindo ao bar, desilusão
ao requiém relacionado
ao fator seccionado
expiação

senhores, desejos mil a cada menina
por tesão, indisciplina, tensão
de um amor surpreendente
incandescente ficção

de uma paixão louca, bandida?
Amor ou Não...

sincero

sincero eu sou
tenho pouco, ralei
ando rouco, cantei
e ainda vou

sereno eu sou
explodo pouco, rachei
ainda que louco, me achei
e isso me conclui

severo eu sou
tento pouco, cansei
mando trocos, falhei
e ainda estou à espera

seguro eu fui
ao ver teus olhos, levitei
tuas linhas, me entreguei
doido por ti

sonhando eu estou
olho tudo, e vejo você
paro, mudo, para antever
um lindo caminho
seguir, eu vou

calo

eu queria dizer
só escrevo
queria fazer mais por você,

mas soberbo
calo
calo, por dentro

eu queria você / só desejo
queria estar em você
só dou despejo

e falo
falo, pelos cotovelos

eu queria acontecer
só nervo
queria transbordar você
só fervo

e calo
cego, desatento

14 maio 2012

mera morena


mera morena
na esquina
do bate papo
eu, queixo caído

mira, morena!
nessa rotina
do sopapo sobre sopapo
eu? pulso contido

mora, menina?
feminina como você
pernas longas
bem querer

musa, menina
é felina, quando bem quer
closes, flertes
em você

mora, menina?
tão divina como você
pauses, mutes
play 2 play

musa, menina
é sacana, quando bem quer
poses sexys
tem você

abuso


a espinhela tá aí
muxiba, murcha
mimimi

abuso coletivo
de todos os lados
sob vários artigos

o que move as relações
interesse puro, casto?

digo que puro interesse, nefasto
conveniente

esgota gente
estoque rente

a xurumela tá ali
meleca, pastiche, blablabla

abuso incisivo
inconsistente, ardido
dando voz ao perigo
iminente

centenário (nem o meu, nem o seu, nem de ninguém)

não vou comemorar o meu centenário,
nem o meu, nem de ninguém

sei que não mereço
mas também não esqueço
o que não aconteceu

o que não deu
o que já foi

em quem doeu
como expirou
como se perdeu

não vou celebrar a sua passagem,
nem a minha, nem de quem for

se me tratam como um coxo
olho roxo de sentimento
inveja em profusão

o que não rendeu
o que já foi

quem perdeu
como ficou
a situação?

tranco

tranco as portas / troco as chaves
me perco em mim

tronco, nas mãos / torceram as chaves
me prendo, assim

troço, nota por nota / mandaram às favas
me desloco por mim

tranco, acorda / coloco as claves
música, assim

o furo

nova problemática
mesma sistemática

no duro

o furo, prestes a chegar
o furto, da paz em nosso lar

coisa indecisa
lousa imprecisa

no duro

o furo, pegar e não largar
confuso, sem ir e sem voltar

tem dias que a vida parece nos vetar
tem dias que a dívida deseja nos enrolar
pra sempre

tem dias que as coisas não querem se encaixar
tem dias que as pessoas não desejam ser gente
pra nunca mais

11 maio 2012

kati vante

cativante!
devia ter seu sorriso, devia ser agregadora
devia ser promotora do prévio aviso:
"Viva a vida"

deve ser excesso de risos!
deve ser alegradora, deve ser difusora... de boas vibrações

deve ter mais que boas intenções
é dona de vários corações, admirados!
como pode essa mulher de fibra? nada a requebra!
somente transpira felicidade!

como pode essa mulher sentir? nada a enverga!
somente respira autenticidade!

ENTER ex

interessante
sutil, inebriante

esse seu ENTER ex
sua vontade incontrolável de pisar no passado
e fazer dos hematomas arco-íris do que passou

passou, mulher, se foi!
já não é mais...

já não te traz mais o frescor de outrora
muda, que é hora de mudar

incandescente
febril, reluzente

esse seu medo ON
estar fora do tom por próposito
um auto-obito, como esporte

a tinta forte
como a cor de seus cabelos

como as curvas de suas faces
como os disfarces, que não teimas em esconder

10 maio 2012

hamburgueres não vão pro céu

Basedo no Happy Meal Project
http://www.flickr.com/photos/sallydavies/sets/72157624739645253

juros não caem das alturas
saúde não se alinha com frituras hidrogenadas

apuros nos rondam às escuras
saudade não vem com canduras mal decoradas

hamburgueres não vão pro céu

dores não somem por encanto
cores não ocultam o preto e branco dos prantos sufocados

arroubos nos espreitam nas esquinas
verdade não se afirma via medicina enviesada

aos poucos nos agitam nas oficinas
caridade não se concede via cretina, dissimulada

hamburgueres não vão pro céu
não pagam por nossos pecados
imaculados, enxeridos

halteres não moldam seu caráter nem o meu
talheres pouco bastam, entre o inverno e fel
do prazer ao dever, muito pouco

reféns não creditam suas vias crucis a ninguém
somente as administram

vinténs não ressuscitam boas intenções
que as resgatem na eternidade artificial de seus temores

hamburgueres não vão pro céu
e vivem eternamente felizes
preservados, inanimados

hamburgueres não vão pro céu
e vão observar você, onipresentes,
pasteurizados, retocados.

07 maio 2012

feroz

por hipótese, a chance
um ponto simples, um lance

a morena ao alcance
das falanges negras
a pequena a dançar
como se fossem cócegas

sutis, em seu íntimo

a mudança feroz
a caminho
a aprendizagem do espinho
a cor atroz

a voz rouca que não cala
após tantos clamores

as cores, da paixão a se gerar.

04 maio 2012

espinha

subia dos pés à cabeça
fervia-lhe à beça
como besta
como essa

falta do que não fazer
esse excesso do que dizer em 10 minutos

ser breve, porém bruto
ser broto, ainda que roto

falta do que não fazer
esse excesso do que justificar em 30 segundos

ser leve, com meus lutos
ser outro, ainda que o mesmo

promessas premissas

se sorri, topa
se não ri, tropa
do irrite alguém

se não vi, esnoba
se senti, engloba
no amar a quem

se aqui, agora
se ali, não dê o fora
no achar o bem

obturador

velocidade não basta
castra o momento singelo
o belo reconhecimento do desespero

motor que fere
ainda que gere
energia

ferocidade não basta
alastra o rebento berro
me gelo por dentro, conhecimento dos erros

motor que pulsa
ainda que expulse
anemia

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