28 fevereiro 2011

retrovisores

vim falar  
honestamente
vim dizer - sou teu presente
sem cristais, vi meu futuro ao teu lado

vim pedir 
malandramente
bem na tua frente
pra você dilacerar retrovisores do passado
revirar teu lado com o meu

27 fevereiro 2011

bem

teu melhor carinho
sentimento de abrigo
que se foi em traição

Me vejo só, sem ninho
sem convicção, castigo
aonde estou, erupção

do teu bem preciso
do meu alguém, aviso
que me aponte a direção
que me afaste da  prisão

do teu bem, sorriso
venha sem aviso
levo aqui teu coração
levo aqui paixão, meu vício

pontiaguçado

Nas alturas, só Deus que salve
que eu mesmo, não vou pra lá
tão direto e reto

Nas duras, dificuldades que vivo
que a cada dia vejo revelar
tão desviadas e dementes

quero ser incisivo
espero eternamente
quero ser decisivo

cedo a frente,
finjo e rio

quero ser ponto de referência
luto bravamente
quero ser tua vivência
logo ao teu lado

quero ser diferente
espero, alternativo
quero ser novo vivo
passo a frente,
reajo e crio

quero ser ponto de insistência
luto loucamente
quero ser tua ardência
teu amor, pontiaguçado

25 fevereiro 2011

pro diabo com ela!

me basta que as cartas digam,
que dependo
que me extendo, em perdição

virá alguém que te reforça
que te ilumina

Será em vão?

me consola que os sensores mostrem
que não minto,
que pressinto
em contradição

Terei alguém que me caça
que me consome
em possessão?

essa palavra

risca essa palavra do dicionário
da tua agenda, da tua rede neural
esmigalha essa essência do imaginário
da tua prenda, da tua ode moral

sai do coma em breve gesto
não deixa resto, que assim renasça
atira essa cortisona em fundo cesto
não pensa nela, que assim desgraça

risca essa tentativa do teu diário
da tua escala, da tua teia natural
estraçalha essa clemência de campanário
da tua alma, da tua onda anormal

cai em forma em louco gesto
não digas "empresto", e sim "é meu"
atira-te à própria zona, em puro atesto
nessa palavra, que sou só eu.

o sol

estrela maior
desordem e regresso fogem
quando as cores se resumem,
às tuas mechas de fogo

mulher melhor
descaso e rudeza rugem
quando as fendas se unem
às tuas flechas de flor

pessoa plural
desprezo e raiva sublimam
quando as madeixas se mexem
às tuas flâmulas de gozo

Do além

agito sereno
cândido grito

de escutar, amor
de filtrar a doralém

agito moreno
esplêndido dito

de escutar, a cor
de fitar a posealém

extremo infinito
em sânscrito pleno

ao viver a flor
ao pairar a coralém

ingênuo inscrito
hipócrito dreno

de vazar, a dor
de flertar a moçalém

Avessos

fuja de mim
não sei segurar
escape logo
não vai começar
                         o amor assim

escolhas
diversas
escolas
promessas demais

saídas
avessos
saudáveis
tropeços, talvez

fuja de mim
não sei segurar
escape logo
não vai começar
                          o amor assim

24 fevereiro 2011

CANALHA (candangotango)

Já era hora,sacana,
miséria ativa

cegou a cura, canalha,
mero engano

clamei, aos prantos,
repulsa querida

perdi os pontos
impulso cigano

já era estúpido
amor explodido

partiu pra farra
canalha, ó desengano

cremei as pontes
expulsa a bandida

parei um pouco
senti, que te amo.

21 fevereiro 2011

no final, finja que tudo ainda está bem

sorria mecânico
acene, cìnico
simule seu pânico e reaprenda a amar


no final, finja que tudo ainda está bem

arrote incrédulo
evite, caótico
aguente, desconte e recomece a andar

no final, finja que tudo ainda está bem
 
agrida exótico
afine, crítico
segregue isotônico
e queira apresentar

suas desculpas sinceras

o que importa é tudo ajeitar
o que chora é duro suportar

o que pesa é pouco afirmar

no final, finja!
tudo está muito bem

20 fevereiro 2011

poeira

sacodiu poeira
levou de primeira
sem chance de erro

alerta primeiro
acertou em cheio
toda chance de chances

19 fevereiro 2011

porque é bom esquecer

Graças ao Senhor,
que somos falhos
que há poucos atalhos do sentimento

que bons e maus momentos se alternam
entre abomináveis e inesquecíveis

Graças ao bom Deus
que somos fáceis
que há rotas dóceis, contentamentos

que bons e maus momentos se revezam
na doce perversão de nada significarem.

acorda

Desperta, ânimo!
Anima-te!
Quando achares que deva...
Quando pensares que levas pouco dessa vida

Acorda, pronto!
Rebela-te, ao conto do réu!
Quando fitares a prova...
Quando tocares com tuas mãos a prenda nova

do inferno ao céu
é nítida a tênua separação

do sereno ao seu,
rápida e tensa aproximação

As Retas da Avenida Comercial de Brasília

não contes com isso, jovem!
o que aprontas aqui, breve terá reviravolta
o que descontas ali, em outra ponta vem
com multas e correção

sonhas em não ver o passado à tua frente
quando de pronto ele surpreende,
passa rente a ti

imaginas dividir a felicidade por igual?
para ti só haverá o mal
para elas, a brilhantina

imaginas superar a nervosidade natural?
para elas, o alto-astral
para ti, a morfina

grande angular

Pausa em mim
instantes de tua percepção
Retém, assim
tua lânguida expressão  

devora-me com olhares, que me rendo
ampara-me com teus braços, que me estendo em tua direção


encara-me com o coração, que me emendo ao teu

quero fotografar
milissegundos de felicidade
quero encadernar
macrofissuras de bondade
quero me recusar
a evoluir na idade, junto de ti

encara-me com atitudes, que me iludo
escora-me com tuas pernas, que me jogo frente tua visão

estuda-me todo, que aprendiz não serei em vão
encara-me com o coração, que teu serei em tudo

18 fevereiro 2011

p a

posturas agressivas
político astuto
promotora à altura

pessoas alienadas
perigam, avisadas
paralisadas... alertas!

provável alvo
perfumes ancestrais
pesado algo
persuasões animais

passagem, abriga 
previsão alheia
pintura, ateia
primeira amiga

improvável

o esforço é contínuo! soa perecível
o desgaste é iminente... ecoa, invencível

nossa sintonia é pouca! como fosse improvável...
nossa atonalidade é louca... como fosse impublicável

nos pontos menores
faremos horizonte
nas maiores dores
fixaremos ponte

dos contos, flores
das contas, cores
dos sonhos,
amores

17 fevereiro 2011

a hora

me surpreende teu jeito
de não querer, ardendo de vontade de se expressar, por dentro

só quem não entende teu pulso, estranha
teu viver lutando pela vontade de se revelar, por inteiro

não, nunca me arrependerei
de ouvir tua firme voz

marcando passos arteiros
teu olhar, mirando horizontes certeiros


não, nunca me arrependerei
de sentir tua pele flor
pisando poses de freira
teu andar, incandescente passageira

a hora é essa
se junte ao meu desejo
guardo o teu beijo
delicada peça

a hora é essa
me inundo em teus braços
estreita o laço
afasta a pressa

15 fevereiro 2011

topo

topei contigo
empatei

portei-me, amigo
chapei

por ti
porto
descomporto
trampo
desempato

por ti
rompo
desafio
tampo
destemido

tipo
dominante

porte
delirante.

12 fevereiro 2011

prego

estou com medo, admito!
estou atônito, aflito
não há sinal mais claro que o silêncio
devastador e discreto...

sujeito composto

eu a vejo em meus sonhos, tão verdadeiramente reais
a sinto, em presença impávida
cheia de vida, mas solta-a aos poucos, entre tragos
cadarços amargos, de fel

eu a miro em meus olhos rasgados, tão estupidamente fitos
a crio e recrio, em ausência inválida
cheio de esperança, mas prendo-a muito, entre suspiros
rechaços antigos, de dor

11 fevereiro 2011

parece que o amor me cerca (após ler wellington_xyz - twitter)

estou sentindo, e não pensando...

quiçá pensando sentir,
e não notando

talvez notando,
sentindo sem pensar.

Somente amando.

http://twitter.com/Wellington_XYZ/statuses/36058269235548160

08 fevereiro 2011

inquietude

A outra parte da relação, sou eu
a inquietude, a plenitude platônica

o outra parte da ação, me pertence pouco
a solitude, a atômica perplexidade

o teatro contém vários idiomas
onde duas faces se exultam, ou se lamentam
não há termo do meio

o drama contém poucos aromas
mas as dores se expandem, ou se realimentam
não há amor pela metade

canário candango

sinal tíbio
único, estranho
sentimento, tamanho
que não o contenho

empenho-me, portanto
em agir quando for para sê-lo

mal dúbio
múltiplo, ferrenho
máscara ilusória
que logo se desprende

te empenhes, atento!
em amar o que soa verdadeiro
te desprendas, cuidado!
ao soar como posse interesseira

07 fevereiro 2011

hora de dizer o que deve ser dito

quero querer você
podias saber logo
posso perder tudo
saberias escapar à toda

posso olhar você
devias amar isso
poderia arriscar tudo
esquivarias a rir disso

chegou a minha hora
a tua, foi-se agora
de dentro do meu peito

bastou a tua hora
a minha, foi-se embora
findou, não tem mais jeito

U ltrapassada F utebol C lube - Clube da Luta Homem vs Mulher

Queria mesmo era dar uns petelecos que valessem 3 pontos
Um de agarrar, outro de reter e o de conquista, logo de cara

Queria dar umas boas palmadas, politicamente corretas
Na caretice blasé de uns que se julgam de corpo empinado pra lua

Queria ter o Steven Seagal do lado pra dar umas dicas, só pra tirar onda
Queria ver Fat Ninja que fosse mais escolado!

Queria ter o chute do Anderson
Dinamitar uns babacas em 90 segundos,

Puxá-la delicadamente em meu colo,
Ser teu joão gordo bobo.

assada

assim ela é
assaz,
voraz

assada

assim ela é
com o mundo inteiro
(menos com vulgos vip)

virada

assim ela está
capaz,
arqueada

feroz.

06 fevereiro 2011

cruzes/crises

Ps: inspirada pela faixa "Cantor de Bolero", de Zeca Baleiro e Fagner.

Cruzes!
Crise chega, e se instala, viral

Crises!
Cruz se apega, e abençoa, batismal

nada mais frágil e forte
na debilidade do conhecer
a fortaleza da revelação

nada mais fútil e férreo
na causticidade do saber
a agudeza da absolvição

poesia de verão

a pose não é nova
nem as palavras de milênio
a dose não é pouca
nem as penduras de seu gênio

a poesia de verão
sobe a serra
inventa e erra
investe no sim

à pose do varão
coube guerra
pimenta e terra
resultado no fim

login of love

pressione start para paquera
reset para espera
que logo logue
inicialize a paixão
sem ctrl alt del para travar o sentimento

continue eterno
para esse nosso
momento

usuária,
pode entrar.

04 fevereiro 2011

soluções da meia noite (receita do grande amor)

1 kg
doçura,
cerveja,
chocolate,
morangos

1 kg
bem salgadinho
de fofuras, recheios e sorrisos

10 ton de amargura, a caminho.
Reserve, se possível, não preserve.

500 g de lágrimas do crocodilo para a crocodila
(e vice-versa)

Tente misturar, sem bater
Tente não se meter, quando dá nos nervos
Tente, tente, tente

e não desista
Insista

Restará o sol, o suor, as lágrimas, e um grande amor,
Faltará um ingrediente principal, que pediu pra sair.

retrocesso estúpido

retrocesso estúpido
acesso do cupido
a um coração oco

ricocheteio sórdido
ingresso do diabo
a um prato cheio

podia ter idéias de merda,
mas sonho contigo
o mundo nos nega
mas teu prazer em sorrir me sustenta

não vejo graça em ruas sem curvas, como as que tens
não suporto luas sem mistérios, como os que sangram de minha mão direita,
que inventou de ser sinistra, despertando um monstro romance sempre alerta.

uma das poucas coisas sem nódulos, sem máculas
são as graças femininas
que infelizes momentos calharam de fazer morrer e secar.

Deixa-me ser um foco tímido de luz
e alimentar-me de tua vida que pulsa, aqui a meu lado.

Deixa-me ser um pouco lívido de fé
e acreditar que posso compartilhar e generosamente contigo multiplicar
os dias, que me arrastam, ariscos.

via aborrecente

não chega a luz
espero no breu
eu, e ninguém mais
(há tempos)

só levo a cruz
esbarro, sandeu
nela, e em ninguém mais
(por tão pouco)

me tolhe, sem aflição
me embaça a vista
ah, árdua conquista
dolorida lamentação!

me encolhe o coração
me esfumaça os sentidos
ah, míngua calculista
dividida apreensão!

u.ti (último, terminal idealismo)

última para ti
terminal missiva

vã tentativa de tecer, de TI ser

como não o sou,
vou

como não me queres,
feres

e como o fazes!

atroz, atropelas
desfazes o pouco

sigo como louco
isso, bem sei que estou.

03 fevereiro 2011

febre do tempo

por mais que você tente me afastar
insisto em tocar você

por mais que nos pareça ser banal
insisto, e parece natural pra mim
só assim, sou assim

febre do tempo, que não vai sarar
arde aqui dentro, a me tomar
febre do tempo, que não vai curar
ferve-me inteiro, quer te esquentar

por mais que eu tente me esquecer,
insisto no motivo que é você

por mais que eu queira me punir,
pensando tanto em desistir
ainda sigo e vivo por ti

Preto e Rosa (reta prosa)

PRETO

por vezes, tantas vezes
eu duvido do bem que me esforça,
destroça e não traz ninguém.

Se fosse, quem sabe, um troço qualquer!
jogado, tudo bem, aí vá lá...

Mas ela, bela rosa, então vem tão pura,
que me avança, balança e revela o seu melhor
e me faz sujeito passageiro, refém aventureiro do amor.

O amor, este ser ligeiro, galopa frente ao meu pobre coração
sabe como ser perfeito avacalhado,
ator abobalhado da paixão.

ROSA
por segundos, poucos segundos
eu confio no bem que me seduz,
devassa e não traz ninguém.

Se fosse, quem sabe, uma louca qualquer!
largada, tudo bem, aí vá lá...

Mas ele, negra cor, então vem tão seguro,
que me avança, balança e revela o seu melhor
e me faz menina passageira, refém aventureira do amor.

A paixão, esta dor ligeira, abusa de meu pobre coração
sabe como estar perfeita cor alada,
atriz consolidada do amar.

moçabandida

moçabandida
bandidamocinha
garota con vida
na linha, atrevida

bandida, mocinha
me tira da linha,
se vier, eu tô a fim

Seguidores

Arquivo do blog

Minha lista de blogs

Mondo Lucca

Mondo Lucca
Mondo Lucca 2013

Páginas

Aqui, link para meus sons

Aqui, link para meus sons
soundcloud.com/Mondo-Lucca