31 agosto 2010

SAFRA DE 1996 - Para Alguém

Daqui do meu lado,
o teu olhar é o mais bonito
quase não acredito que consegui te agarrar aqui

Não tô nem aí com o que falam
Quem ama não esconde o que sente

Meu rosto bobo te admira e quer gravar
o teu pra sempre em meu coração
és como a guia de meus passos
mata comigo a solidão

O carinho que recebi de ti
destruiu mazelas, intrigas
curou feridas
mas a distância é forte, me sinto animal mordido

é
amar sem muito interesse
acabou virando esse
sentimento sem fronteira
quem menos apostou
é quem mais amou pela vida inteira

SAFRA DE 1996 - Pra Cima

Eu vou por aí
desvendando essas tuas novas trilhas
e aquelas mesmas velhas armadilhas
das quais eu nunca fugi

Estou aqui
procurando não sei o quê
por bandas e bandas
Delirando ao te ver
e ainda andas
para longe, muito longe do meu ser

Ah, se pelo menos eu não fosse estressar
com situação, clima ou com lugar
não há qualquer indício de cessão
eu não ficarei à toa não
então, pra que se importar,
jogo tudo pra ver no que vai dar

sobrevivi
a mil riscos e a rombos financeiros
só, na busca, da saída do bueiro,
em que me meti, por tua causa

eu aprendi
que jogar sem muito risco é uma furada
lamentar por toda a vida não leva a nada
então, por favor, não me deixe esperando só aqui

SAFRA DE 1996 - Utópico

fique aí reclamando do clima inadequado
ou então espere por chatos de plantão
até sonhei em ser premiado
mas você não divide companhia com qualquer um não

POSSO SALVAR O TEU DIA (3x) 
ainda há tempo, ainda

Já estou mais que farto desses seus modelos
se não for do seu jeito, vai cair em desespero
vou parar pra refletir mais um pouco,
para não acabar feito louco.

ETERNOERRANTE

Eu prefiro mesmo ser um eternoerrante
do que ter a velha velha percepção sobre o tudo

sobre todos
sobre o lodo
sobre ludo

Eu perfilo seres, mesmo sendo inconsequente
do que ser o novo novo indigente frente a todos

sobre nódoas
sobre a lógica
sobro todo

27 agosto 2010

hasta luego

a passagem na vida é breve
os dias voam duros, quando deveriam ser leves
quando deveriam, nem por pouco, tecer greve do bom grado

a miragem da vida é constante
as luzes cegam forte, quando deveriam ser o norte
quando deveriam, mesmo sem muito, tecer gozo de bom grau

deveriam ser nau
não deveriam ser o mal
nem poderiam.

ALEGRIA, alergia

esquece da tua mágoa
água pra longe
o sol pra perto
pra fora do deserto
pra perto do horizonte

alegra a alergia que te acomete
que te derrete a iniciativa
que te faz cativa
que te compete
derrota e enfraquece

questiona a tua trégua
arre égua, que és mais que o mínimo
que o menino doido que te rodeia
que a menina louca que, arfante,
cirandeia, cirandeia...

24 agosto 2010

do Rodolfo Monteiro - República do Pensamento

Luiz Áudio
põe pimenta nas palavras
transforma fala em melodia
ruído em barulho
harmoniza tudo que contagia
sem perder o ritmo

* Rodolfo Monteiro
http://republicadopensamento.blogspot.com/

23 agosto 2010

claudicontos

mangia, che te fa molto benne
monge, que te faz orar bem
manco, que te apraz andar direito
mongo, que és, rapaz, ao errar a despeito.

canta, che te fa molto musico
cento, que te faz pagar 100
cantos, que te conduzem mal ou bem
conte, que és, poeta, ao fazê-lo a alguém.

danzala, que te haz muy danzante
denso, que te faz aprofundar limites sem
dulce, que tu gosto te haz muy sabroso
dândi, que és, esperto, ao te disfarçares nem.

21 agosto 2010

E= (M.C)∞ [a maior energia do coração]

penteou-se
REVLON
maquiou-se
AVON
vestiu-se
FASHION

beijou-me MEGATONS

20 agosto 2010

Gustavo Footloose WordPerfect SangueBom

Gustavo Footloose WordPerfect SangueBom

footloose é o man
sincero, cara 100
tem se dado bem na arte
de enxergar além
na qual tento fazer meus setes

Os seus confetes são singelos e delicados
O que ele assegura não existirem
pois quem vive sente
que o coração é o chão e o céu de estrelas das sensações

é divina a moção que une
universos tão ímpares e únicos pares coligados
Rodolfo, com a Dri do Lado
Alexandre, Julião e tantos outros
Juntos ao Marcão 10LOKAdo

o dom não é exclusivo
a sensação é pessoal e intransferível

aceito as loas de bom grado
que venham outras, para outros parceiros consagrados
em sonoro e bom áudio,

Tenho Dito
Luiz Cláudio

eleição sentimental

Será que governa meu coração,
esse pensar, esse voto compromisso?
Será que representa minha paixão
esse amor, esse dote não-omisso?

Quem sabe confirma a intenção,
Transfere o poder de decidir?
Quem sabe não anula a divisão,
Transita pelo crescer da sensação,
de existir?

Talvez deporte sem nada,
Talvez soe repatriado,
esse querer, esse louco enamorado

Talvez permaneça sem mácula
Talvez voe, Drácula,
até você, essa rouca enamorada.

18 agosto 2010

do Gustavo Footloose - parceiro de poesia

Luiz Cláudio Pimentel
põe pimenta no papel
tem se dado bem na arte
de enxergar além

pois quem sente sabe
que verdade vem do coração
é humana a razão
e universal a expressão-sentir

sobrenatural de almeida
já diria Marçau Lopes, o fabricante
o dom não é exclusivo
a sensação é pessoal e intransferível

parabéns pelos poemas
não se gabe disso
e tenho dito
Footloose.

espetacular

primor ocular
obra única, singular
serena morena, a mirar

com amor a se dedicar
lida com as túnicas, pequena
menina açucena, ama amar

16 agosto 2010

amar ELA, SerELEpe

não basta a correria,
a romaria do infiel
ao relógio do passo
ao compasso do céu
entre as mãos pequeninas e mornas?

casto, a amar ELA
rastro de Ser ELE pesaroso
achado em si mesmo
perdido nas pequenas rotas,
como sempre
incríveis

gosto permanece entre nós
ao gasto lento do passar de nossos corpos
entre nós e vincos, como sempre
inesquecíveis

13 agosto 2010

bolo fofo

da fusão aleatória das palavras,
sei lá o que costuma surgir
urge transformação
ruge renovação, enfim

da cisão arbitrária dos entraves,
é bem certo o que há de vir
rouge, confrontação
rege descontrução,
o fim.

passos

poesia no plural
uma coisa qualquer
maresia temporal
um tímido bem-me-quer

passos serenos
na areia movediça
do meu sentimento

categoria fenomenal
variada dose de colher
anistia ocasional
delicada pose da mulher

(coisa de amados)

passos destinados
na paisagem fronteiriça
do meu movimento

12 agosto 2010

Menina Brasília

Menina Brasília
calor, coração, arrepia
vulcão sensação descompasso
olor atração de mormaço
explosão
de eterno flerte
adoro ter-te

menina arredia
tensão atraente da ilha
Eu canto, Meu Deus
Maravilhas...

O Paraíso, é aqui
Tudo o que rezares
Todos os altares
As modas, os bares
Pois quando eu festejo
Eu almejo teus desejos...

Menina Brasília
tesão reluzente da ilha
Toma esta poesia, como um beijo...

are you sexperienced?

PS: trocadilho de duas músicas "Are You Experienced" do Jimi Hendrix, em suas "viagens"; com "Sexperienced", sem maiores necessidades explicativas, da gaúcha Cachorro Grande.

Cada experimento
é Dezenas
Milhões de Elos
Problemas

Cama
Tormento
Pequena
Zilhões de Beijos
Morenas

11 agosto 2010

12 minutos

um quinto de hora nos basta
nos baseia, nos castra
nos alija da realidade

faz a felicidade, semeia
digere a dor alheia
com velocidade

faz-se posse, autoridade
cada segundo mais cheia
multiplica uma lua e meia
em milhões de saudades

põe-se pose, identidade
a cada segunda, mais teia
replica-se nua e meia
em milhares de bondades

Ao acaso o que é do Acaso (Cesária e César)

o lucro é o que o sobra no fim,
para um rei deportado
a alma é que fica, enfim,
para uma rainha disputada.

cores e sabores

decidi parar de correr em círculos,
zonas, quase maternidades
em poucas e prováveis improbabilidades

cansei de delegar o que deveria ser decidido
de alegar o que não podia ter esquecido
de caminhar o passo de outras

agora, que as cores e os sabores me agradam...
e como!

carambolas!

o cara travou ali no meio
sambou feio na contramão
da falta de atitude

a cara passou aqui ao lado
olhou de soslaio na direção
da sobra de amplitudes

como assim?
os opostos se quererem tanto
e se espezinharem na mesma proporção

como assim?
as apostas se anularem, tolas
e se promoverem na mesma adoração?

coluna do meio

é mais confortável a decisão
de não tentar
ser o que não se pode ser

é mais estável a visão
de não forçar
inventar o que não tem conserto

o certo, meus caros
é que a indiferença prevaleça
e que seja autêntica peça
de indecisão.

não-existente

Não é pensar
é constatação

são defeitos pra aguentar
contas pra pagar
são esporros pra ouvir

se isso é amar
o resto é invenção,
é coisa romântica

Não é pulsar
é divagação

são efeitos pra criar
ondas pra levar
são esporas pra ferir

se isso é amar
o resto é tradição,
é semântica
que não existe não.

09 agosto 2010

nova novidade

chegou de volta
sem escolta, sem falsidade
a verdade imperará
ressoará por inteira

no canto, na ribeira
na cachoeira, na cidade
és tu, ó bela mineira
a mais bela,
a nova novidade!

07 agosto 2010

risco on the rocks

a fria chegou!
inevitável linha
do início ao extermínio
dose dupla de terror....

05 agosto 2010

ecos

Não vou dizer que não sinto a sua falta
Não admito que seja alta a tensão
Só me escoro no que me exalta
No que me chama a atenção

Não vou tremer porque não existe alguém
Não insisto que não seja baixa a pressão
Só me escorro pelo que me faz bem
Pelo que impulsiona meu coração

Ecos de você
Partem de mim
Ecos de você
Tão longe, assim

Ergo, sem você
Minhas partes divididas

Não vou prever que não anseio tua volta
Não admito que não seja louca a sensação
Só me esmero no que é sincero
No que me clama decisão

Não vou morrer porque alguém não age
Não desisto! Que seja oca a punção
Só me aventuro pelo que me dá coragem
Pelo que verbaliza minha intenção

Ecos de você
Partem de mim
Ecos de você
Tão longe, assim

Largo, por você
Minhas próprias feridas

04 agosto 2010

aquelas

aquelas surgem do nada
vem como se nada tivessem de intencional
o emocional, então, se expande
se invade, irracional

aquelas viram o dia
ou as noites que as perpassam
se estressam ou se estilhaçam
o pessoal, então, se esconde
se irrompe, instrumental

aquilo que julgava impossível
é agora o mais incrível
o animal, então se transpõe
o amor, se propõe
transitivo direto.

o fator: não entendo

é fato,
é foda
ou falta de

não saco qual é
nem o que devo fazer

sou cobrado pelo que não pude oferecer
nem me cobram a disponibilidade - negociável, sempre!

é chato
é corda
dada à toa,
posto que

não arco com a maré
nem orço o que devo manter

sou pisoteado pelo que não posso ser
nem me escanteiam por caridade - desintegrável, nunca!

03 agosto 2010

EXCESSIVA

lombras, boites, sombras
cobram a noite de ti
a olheira que tange teus sentimentos
a orelha, doideira que se alastra em ti

comedido
ardido açoite,
traço que ousa vazar de mim

excessiva
ardida pose, fosse!
tuas ancas e teus closes que soçobram
me esnobam, doces

alarido
bandido-pose, pistola
que tento desenterrar de mim

lasciva
fervida hipnose, dose!
te espancas e te contorces tanto que acusas
me usas, agridoce.

02 agosto 2010

também amam

BRUTOS

alguns mais outros menos
outros mais ou menos
ainda há poucos que o fazem, mal de mais
muitos, bem de menos

LUTOS
 
poucos fazem outros veios
outros tremem, em meio
ainda há loucos que jazem, fel de mais
putos, não é pra menos

01 agosto 2010

há gostos e gostos

a escolha é livre
o gosto é discutível, porém palpável
palatável, incrível puro pano de cena

bom é mesmo curtir
um bom gosto bem dividido
multiplicado em sensações
indescritível, louvável,inabalável antena,
dos meus sentidos com os seus.

bom mesmo é varar
uma boa noite bem atrevida
expandida em diversões
ininteligível, abusável, inflamável arena,
dos meus nexos nos teus.

até breve

o adeus foi temporário
tímido, um pouco solene demais

o momento chegara,
então, que seja feito
sem vontade

reavaliar decisões impensadas
empurrões desnecessários
dores repisadas

e seguir, seguir
que breve, breve
tudo mais irá cair
na repetição

reajustar divisões mal calculadas
adições arbitrárias
flores arrancadas

e sorrir, sorrir
que breve, breve
tudo mais irá cair
na ação: esquecimento.

bolo sabor poesia - de Marcos Fabrício

grande poeta-camarada
um bolo sabor poesia
em tua homenagem

doce amigo doce
tua existência em mim
é sempre festa

divirta-se sendo nu
com os seus ideais e com as suas fantasias
vista a melhor roupa
à altura de suas utopias

grande abraço e aquele axé!

Marcos Fabrício (Julho 2010)

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