20 junho 2010

terapia descartável (ou amores espoletas)

(originalmente escrita entre outubro e novembro de 1996.)


sua inesgotável beleza
lapidada por rara inspiração
seria mais uma ilusão?
não, eu tenho certeza
que você não é obra do acaso, não

poderia estar mais contente, do que estou agora?
mas, lamento do fundinho do coração

vou ter que te jogar fora!

como uma terapia descartável, que posso queimar com minha gasolina
não é, menina?
em algum lugar mais fácil
de mostrar meu contentamento

e quem sabe assim, eu me endireite na vida
não fique reclamando de pernas pro ar
tocando guitarra ao ìnvés de trabalhar

então vou abusar dessas suas possibilidades
antes que algum outro venha exibir suas habilidades.

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divisora de águas mentais
pacificadora de distúrbios cerebrais
deusa inatingível do meu Olimpo

tomara que eu não seja o otário
então jogue limpo nessa vida

Cansei de ficar à margem de opiniões insossas
que ouvia de outras moças
bem aparecida na hora, ou margarida, ou flora

e, já está na hora
de terminar

você pra mim não passa de uma terapia descartável
que eu posso levar graças à minha gasolina, não é menina?
prum lugar mais fácil de expressar o meu contentamento

e quem sabe, assim, eu não me endireite na vida
e fique reclamando de pernas pro ar
mais fácil que trabalhar é tocar guitarra
então eu vou é abusar
nem que seja na marra...

Cuidado pra não gostar!

2 comentários:

  1. Grande Mestre! Tudo bom?
    Tá mandando bem na poesia. Muito bom!
    Obviamente não sabe quem está falando né? Sou eu, o João, dá 1ª turma de Produção Publicitária do UNICESP. Passa lá no Johnny's Pub e me segue também.
    Forte abraço!

    ResponderExcluir
  2. opa, João,
    seguirei sim!
    Bem-vindo!
    abraço!

    ResponderExcluir

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