22 março 2010

Paralelismo Luqueano

Para quem queria reto,
nasci torto,
para os que desejavam campinas,
me fiz horto.

Para quem empurrava cerveja,
refrigerante.
Para os que observavam: veja!
um claudicante!

Para quem teimava dengo,
botei fogo sem intenção,
para os que eram vermelho-lengos,
preto e branco no coração!

para quem lutava por eras,
me fiz gente
para os que cutucavam a fera,
detergente.

para que se apressa o passo,
seu menino,
se não lhe aperta, ou amasso,
pequenino
para que se contam os dias
passageiros,
se não se confrontam os mesmos,
tão ligeiros?

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