repousavam os óculos escuros ali, a expressão, serena, compreendia e aceitava o inevitável:
tinha que haver algum grau de tolerância.
a tolerância para poucos, que avessos aos ventos gélidos,
os restringiam,
a grande maioria que endossava as ventanias pungentes.
Mas ela, ah, ela,
a dona da ventania,
me movia e agitava, silenciosamente,
me sorvia e conflitava, repentinamente.
Turva, minha visão teimava em se espelhar,
na expressão indiferente, entrelinhas, a me conquistar
novamente e novamente replicar meu gosto bom,
por coisas não tão boas,
mas marcantes.
Cafetina do meu coração, pensa que a deletei de mim,
mas se houvesse reset pro amor, as boas lembranças seriam também levadas
para longe, em definitivo.
Mas permanecia, imperatriz de minhas fantasias intensas,
a dona do frescor que tanto desejo resgatar, em breves dias.
(musicas) (C)2009-2023 http://soundcloud.com/mondo-lucca (fotos) (C)Débora Marinho 2mfotografia.contato@gmail.com
30 setembro 2009
a dona da ventania
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