joão e maria, ausentes de dia,
vizinhos da norte,
o que não se previa,
logo dominou suas sortes.
joão era o cara,
maria, ao contrário, não se vangloriava,
afinal, a vida não era brincadeira,
era luta corriqueira, uma enxada por segundo,
o mais profundo descontentamento.
joão se gabava,
maria então sublimava, seu sofrimento.
era bruta, tosqueira, uma caixa de lágrimas por dia,
o mais absurdo afetamento.
joão se transtornava,
com a dor que em maria gerava lamentos,
dor puta, traiçoeira, uma dose de veneno por vez,
o mais infeliz desprendimento.
joão foi à casa de maria levar-lhe algum alento,
levar-lhe conforto, ouvido atento.
Sem nenhum confronto,
se amaram de pronto,
naquela humilde casa,
João saiu já em brasa,
com a luz do momento,
como seta que arrasa,
voou sobre as asas,
sublime evento,
notícia da casa:
o dia de seu casamento.
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04 outubro 2009
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