fiel essa fila
esse filar
ataca quem quer
o bem o mal
o salve-se quem puder
não sou, mas estou lá
na espera
de quem erra, eras e eras
não vou, mas terei de ficar
na espera
de quem birra, espirra sem mira
fiel essa fuleiragem
essa imagem
autoprojetada de nada mais a dizer
a porrada moral
o ferre-se, entre dentes
não cria, mas terei de
ficar na escuta
de quem lhe cutuca, sem cerimônia
não esperava, mas terei de agir
se um dia quiser conseguir
andar nesse caminho de vida
dividido com ninguém mais.
(musicas) (C)2009-2023 http://soundcloud.com/mondo-lucca (fotos) (C)Débora Marinho 2mfotografia.contato@gmail.com
31 maio 2013
24 maio 2013
anônima
anônima
fenômeno causa
atônito, overdose ferormônios
anônima
fenômeno pausa
meteorito, aterrisa pandemônios
me sinto assim
de longe
esponja sentimental
serial lover
me sinto assim
presságio
escudo sentimental
serial poser
23 maio 2013
answering machine
respostas! respostas!
dor nas costas
estresse
intriga em construção
o que não gerencio, me cobram custas
ajusta-se à minha solidão
o que não vivencio, me cobram respostas
como se fossem brotar de meu chão
não, não sei
não, não tenho idéia alguma
dúvidas, dúvidas
dor na alma
avança
pura decepção
o que não vivencio, me exigem cotas
ajusta-se à minha indecisão
o que me silencia, me cobram respostas
como se fossem brotar de meu chão
não, não sei
não, não tenho idéia alguma
ambulante
experiência vale de quê?
diálogo, convivência?
se sempre somos vistos como imaturos
inseguros, inconsistentes
moles enquanto duros
pobres de riqueza vã
inteligência vale de quê?
dívidas, inconsequências?
se sempre somos vistos como juniors
indubitavelmente, geralmente
prefiro ser adolescente
que idiota
prefiro ser insistente
que pura chacota
do que não ser
do que não ser
esse gênero ambulante.
assim
defino amor
cores, suspiros, exageros
algo assim
defino flor
espinhos, espirros, esmeros
algo assim
defina você!
o que sou?
defino-me: nem sei pra onde vou
refino-me, retiro-me aos cantos
encantos, encontros de alguém com ninguém
defino viver
dores, reviros, entreveros
algo normal
defino sonhar
flores, giros sinceros
algo total
defino você: o que mais posso pensar?
decida-se! não sabe o que fazer?
renda-se! refine-se com encantos
encontre-se comigo, encante-se, pelo pouco perigo!
regressão
o sono vem
a cabeça pende, não rende mais....
não acende a vela do cais que por ela espera
não era, o que jamais foi
o que dói é dizer
que não amo o que não vejo
não desejo o que mais desejo
a ilusão vem
o coração curva
não turva mais, tão rubro que estã
não há de bater mais acelerado
mais descompassado, a 2
quimera
o que jamais seria
o que faria, o que faria?
regressão, terapia, infusões?
chá de cadeira?
nova brincadeira a não realizar.
22 maio 2013
364
e bem tentou
não podia segurar tanto sentimento assim
foi maior que ele
e ela quis
demonstrar que era mais que dores
amores que nunca vieram
e eles tentaram
aproximar corações amistosos, ansiosos por alguém
terrores de uma nova estação
e elas vão
permanecer como lembranças apenas, meras lembranças
andanças demais, amores letais
apenas.
06 maio 2013
e-lamento
mas não posso mais dar voltas nesse mundo
não sou Super-Homem, seu nem delas
velas, acenda se quiser
mas estou vivo, a observar teus erros
e tentando aprender com os meus
lamento, mas não posso mais lamentar
não sou Madalena, minha ou dos fariseus que me julgam
entulham seu tempo, perdendo o meu a belprazer
mas estou de olho, a observar minhas lacunas
e tentando detectar as suas
nessas nossas esquinas nuas
o que há já cumpriu sua função
nas tuas pequeninas
o que fazes é mais nada de necessário
sou otário?
não,
talvez resistente.
não sou Super-Homem, seu nem delas
velas, acenda se quiser
mas estou vivo, a observar teus erros
e tentando aprender com os meus
lamento, mas não posso mais lamentar
não sou Madalena, minha ou dos fariseus que me julgam
entulham seu tempo, perdendo o meu a belprazer
mas estou de olho, a observar minhas lacunas
e tentando detectar as suas
nessas nossas esquinas nuas
o que há já cumpriu sua função
nas tuas pequeninas
o que fazes é mais nada de necessário
sou otário?
não,
talvez resistente.
Conteúdo Literal
conteúdo literal
luta contigo
leve, constrói
completa, lírico
lento e calmo
louco e casto
isolado astro, invisível amigo
leva cadências
inexperiências, ingenuidades
ainda nessa idade, amigo?
taí o perigo de te escapar felicidade
luta, comportado
lidera, cativados
liberta carinhosamente
se tudo é uma questão de mente
verdade seja dita
e que não se repita, ignoradamente.
luta contigo
leve, constrói
completa, lírico
lento e calmo
louco e casto
isolado astro, invisível amigo
leva cadências
inexperiências, ingenuidades
ainda nessa idade, amigo?
taí o perigo de te escapar felicidade
luta, comportado
lidera, cativados
liberta carinhosamente
se tudo é uma questão de mente
verdade seja dita
e que não se repita, ignoradamente.
caça
sucede acontecer
procede
tem razão de ser
complicar o irrisório
dificultar o simplório
sobra do que não se caça
efeitos da cachaça que não se tomou
revirou a cabeça
tem quem queira
quem se esqueça
quem se apavore
quem mais lhe ignore
quem se devore
que implore ou caia em lamentos
que mire o alvo por alguns momentos
que sua vida redecore
que, na dor, não mais se escore
que a atire ao sabor dos ventos....
procede
tem razão de ser
complicar o irrisório
dificultar o simplório
sobra do que não se caça
efeitos da cachaça que não se tomou
revirou a cabeça
tem quem queira
quem se esqueça
quem se apavore
quem mais lhe ignore
quem se devore
que implore ou caia em lamentos
que mire o alvo por alguns momentos
que sua vida redecore
que, na dor, não mais se escore
que a atire ao sabor dos ventos....
03 maio 2013
esse que não sou eu
esse que não sou eu, passou há décadas
está ali, mas não, na verdade não
a altura, a compleição
cederam lugar à usura, à competição
as impressões já não são mais as mesmas
talvez a determinação...
quem há de saber
quem há?
esse que não sou eu, estacionou no tempo
está ali, mas não, já passado
a loucura, a insinuação
tomaram lugar da candura, da imaginação
as impressões já não são mais as mesmas
talvez a decepção...
que mais há de viver
que mais?
a vida é
Oração
assimétrica
enviesada
reduzida de significados
Tentação
milimétrica
escarrada
refletida com ambos os lados
Opção
elétrica
esfolada
retorcida de dilemas
assimétrica
enviesada
reduzida de significados
Tentação
milimétrica
escarrada
refletida com ambos os lados
Opção
elétrica
esfolada
retorcida de dilemas
represália
vou andar na linha
vem a que era minha
a que amores, não me tinha
a que, de dores, desalinha
todas, em uníssono
me enfrentar, me afrontar
mas não engrenam
só encenam
pura represália
vou pousar na linha
vem a que não era minha
a que cores, se descrevia
a que dores, não mais havia
todas, em coral perverso
detonar meu universo
me perigar
mas não encenam
só desengrenam
pura represália
go, back, go
num flash, vá
suma, esvaneça por entre ares
meios bares
esquinas, que não temos aqui
num flash, há
pluma, perecer por mal navegados mares
vidas inteiras
à beira de um ataque de fervores
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