estou aqui só de passagem
não levarei nada do mundo, além da minh´alma de viagens
de cores e paisagens
tortas e miragens
aortas dilatadas
estou aqui só de passagem
não levarei muito do mundo, além da minha parcial visita
de flores e vertigens
portas abertas e fechadas, sem imagens
comportas estancadas
estou aqui só de passagem
não levarei o mundo, além do meu mundo sem coragem
de dores tão selvagens
loucas e infinitas, infinitas contagens
cotas estouradas
(musicas) (C)2009-2023 http://soundcloud.com/mondo-lucca (fotos) (C)Débora Marinho 2mfotografia.contato@gmail.com
26 setembro 2012
fade away
está tudo bem
tudo que ia
de mal a melhor
está ótimo
agora tudo que de dentro,
se extendia
fora de meus dominios
do condomínio à cama da sala à poltrona de estar
está tudo digitalmente
guardado
tudo que ia
de figura à projeção
está em ótima
resolução
tudo que de um clique,
se extendia
fora de minhas mãos
do teu domínio pelo olhar da vida à vontade de estar, contigo.
tudo que ia
de mal a melhor
está ótimo
agora tudo que de dentro,
se extendia
fora de meus dominios
do condomínio à cama da sala à poltrona de estar
está tudo digitalmente
guardado
tudo que ia
de figura à projeção
está em ótima
resolução
tudo que de um clique,
se extendia
fora de minhas mãos
do teu domínio pelo olhar da vida à vontade de estar, contigo.
24 setembro 2012
continente
não me contive, dia desses
explodia de alegria
a dor que corroía
se fora, afinal
a ausência do mal
mal preenchia,
mas se não havia,
ora, que tal!
não me retive, noite dessas
exultava, Ave Maria..
a flor que então se ia
secara, sem sinal
a convivência final
não se queria,
mas se houvesse
ora, pura finesse...
explodia de alegria
a dor que corroía
se fora, afinal
a ausência do mal
mal preenchia,
mas se não havia,
ora, que tal!
não me retive, noite dessas
exultava, Ave Maria..
a flor que então se ia
secara, sem sinal
a convivência final
não se queria,
mas se houvesse
ora, pura finesse...
lá
lá
na sineta da boa esperança
na gaveta da boa lembrança
na sala de estar
na proveta da nova criança
na etiqueta da nova andança
na ala do ficar
na seta do novo caminho
na meta que move moinhos
onde ainda estará
lá
entre nossos achados
lá
estará perdido, pronto a se mirar
lá
entre nossos bocados
lá
estará contido, pronto a se propagar
na sineta da boa esperança
na gaveta da boa lembrança
na sala de estar
na proveta da nova criança
na etiqueta da nova andança
na ala do ficar
na seta do novo caminho
na meta que move moinhos
onde ainda estará
lá
entre nossos achados
lá
estará perdido, pronto a se mirar
lá
entre nossos bocados
lá
estará contido, pronto a se propagar
18 setembro 2012
de Marcos Fabrício - PRESENÇA
PRESENÇA
Por um longo período pensei que marcar presença
Por um longo período pensei que marcar presença
Fosse me tornar imortal na vida de alguém
Com muita sede ao pote
Queria me lambuzar de eternidade
Ficar com você o tempo todo
Ao me tornar completamente fruto da sua atenção
Fiquei sem jeito com a minha maneira de inventar interrogações felizes
Transformar você em resposta para tudo
Trouxe uma gula de pontos finais para a minha fome de questões
Existe lacuna na presença
Reticência assimilada ilustra o desejo de me conhecer melhor
* Marcos Fabrício
(República do Pensamento)
17 setembro 2012
sins,não?
tardes, ainda que desérticas
cedo vão, mas nunca desertificadas
juntas estão, nos ãos da solidão
e nos ãos da comunhão
rir e juntos nos apoiarmos
não é fácil, mas é gratificante
juntos estaremos, nos ãos da perdição e nos ãos da curtição
juntos estaremos, no ãos da contração e no ãos da diversão
nos sins,
não?
* Luiz Cláudio Pimentel e Marcos Fabrício
cedo vão, mas nunca desertificadas
juntas estão, nos ãos da solidão
e nos ãos da comunhão
rir e juntos nos apoiarmos
não é fácil, mas é gratificante
juntos estaremos, nos ãos da perdição e nos ãos da curtição
juntos estaremos, no ãos da contração e no ãos da diversão
nos sins,
não?
* Luiz Cláudio Pimentel e Marcos Fabrício
gentileza gera
fera sem brabeza
era sem incerteza
gera gentileza
prega com firmeza
fere sem rudeza
gentil gentileza
ferve sem crueza
ergue com firmeza
erra com certeza
é sim, gentileza
fértil delicadeza
sonha com a deusa
leve e tensa
é assim, gentil essa
era sem incerteza
gera gentileza
prega com firmeza
fere sem rudeza
gentil gentileza
ferve sem crueza
ergue com firmeza
erra com certeza
é sim, gentileza
fértil delicadeza
sonha com a deusa
leve e tensa
é assim, gentil essa
compasso #36
silêncio, eras
espera, ausência
recomeço assim
reelaboro o começo feliz
que não tenha fim
reinvento o final do "se"
seja o do "sim"
observação, quimeras
vivência que alteras
admiro, assim
reescrevo a palavra de fé
que seja como desejas
reinterpreto o sentido de "não ainda"
seja o do "será muito mais"
espera, ausência
recomeço assim
reelaboro o começo feliz
que não tenha fim
reinvento o final do "se"
seja o do "sim"
observação, quimeras
vivência que alteras
admiro, assim
reescrevo a palavra de fé
que seja como desejas
reinterpreto o sentido de "não ainda"
seja o do "será muito mais"
16 setembro 2012
novos rabiscos
espero o chuvisco
um tom a mais
seja tênue, seja arisco
observo um ser alado
calor desértico, no cerrado
de uma vida superexposta
e pouco explorada
que nada...
espero o raio revolucionário
com cores demais
sejam róseas, galegas ou morenas
observo uma pessoa amada
olor hermético, atração do amado
de uma vida pouco vivida
e superdecantada
conta zerada....
um tom a mais
seja tênue, seja arisco
observo um ser alado
calor desértico, no cerrado
de uma vida superexposta
e pouco explorada
que nada...
espero o raio revolucionário
com cores demais
sejam róseas, galegas ou morenas
observo uma pessoa amada
olor hermético, atração do amado
de uma vida pouco vivida
e superdecantada
conta zerada....
asséptico
assim estou, num quarto inseguro
bailam pensamentos pelo muro
pêndulos meus sem movimento
acreditar no futuro?
eu desejo, lampejo, me movo
eu juro, almejo...
se realizo? não vejo
como? mudo
Mudo, como?
bailam pensamentos pelo muro
pêndulos meus sem movimento
acreditar no futuro?
eu desejo, lampejo, me movo
eu juro, almejo...
se realizo? não vejo
como? mudo
Mudo, como?
amor, cremoso amor
de todos os que lhe bronzearam, protegeram,
qual tonalidade foi mais inesquecível?
qual tonalidade foi mais inesquecível?
soap opera universitária
mas, diga...
De todas as marcas de sabâo em pó
que agitaram a tua máquina da vida,
qual delas lhe perfumou mais intensamente?
De todas as marcas de sabâo em pó
que agitaram a tua máquina da vida,
qual delas lhe perfumou mais intensamente?
14 setembro 2012
meu maior inimigo
a calma me irrita
a alma que grita
indefinidamente
EU
meu maior inimigo
EU
que destruí meu abrigo
a ponte me afasta
aonde me devasta
silenciosamente
EU
meu maior inimigo
EU
que invadi meu umbigo
me escondi de mim
me sabotei, sem fim
a alma que grita
indefinidamente
EU
meu maior inimigo
EU
que destruí meu abrigo
a ponte me afasta
aonde me devasta
silenciosamente
EU
meu maior inimigo
EU
que invadi meu umbigo
me escondi de mim
me sabotei, sem fim
válvula de escape
vai dourar
brilhar até não poder mais
vai iluminar
esquecer de um brilho que não era seu
jamais será igual
porque só brilhou assim uma única vez
duas, não mais que três
por mim ou por vocês
que reluza outra vez
vai vazar
transbordar até não poder mais
vai nos inundar
sufocar melodias que não nos pertenciam
jamais será igual
porque só saltou assim uma única vez
duas, não mais que três
por mim ou por vocês
que impressione outra vez
13 setembro 2012
#partirsolidão
dá vontade de correr
pela vontade de viver o dia mais reluzente
dá vontade de viver
pela vontade de viver o dia mais reluzente
dá vontade de viver
intensamente cada momento
partir a solidão em infinitas partes
por duas partes inteiras
partir a solidão, em nenhum descarte desnecessário
dá vontade de não ser
pela vontade de observar a noite mais silenciosa
dá vontade de pausar calmamente o que me irritou
partir a solidão, o que sou
por duas partes inteiras
partir a solidão em companhia valiosa
partir a solidão em infinitas partes
por duas partes inteiras
partir a solidão, em nenhum descarte desnecessário
dá vontade de não ser
pela vontade de observar a noite mais silenciosa
dá vontade de pausar calmamente o que me irritou
partir a solidão, o que sou
por duas partes inteiras
partir a solidão em companhia valiosa
11 setembro 2012
voltas
voltas
entortam o meu coração
dúvidas
assombram sem medo
a ilusão de querer você
portas
destrancam a nossa intenção
distância nenhuma
vírgulas
separam sem fim
a posição de querer dizer
o que dizer?
a quem correr?
no mesmo sentido
o que fazer?
a quem, porquê
quando perdido?
entortam o meu coração
dúvidas
assombram sem medo
a ilusão de querer você
portas
destrancam a nossa intenção
distância nenhuma
vírgulas
separam sem fim
a posição de querer dizer
o que dizer?
a quem correr?
no mesmo sentido
o que fazer?
a quem, porquê
quando perdido?
Control Quem
control quem estou
alto deletando pensamentos
hesitando movimentos
capaz disso ser inútil
control quem estaria?
andaria espaçando solidão por aí afora
revigorando uma hora que nunca chegou?
capaz disso ser a única razão
alto deletando pensamentos
hesitando movimentos
capaz disso ser inútil
control quem estaria?
andaria espaçando solidão por aí afora
revigorando uma hora que nunca chegou?
capaz disso ser a única razão
dura o céu
a pilha é fraca
os rejeitos, radioativos
a pose é óbvia
os trejeitos, descoordenados
dure o céu que for
dure a dor que não se vai
de algum jeito,
que ainda não sei ao certo
o céu brilhará
no reluzir de minha face
o azul reluzirá
no decidir de meus passos
a atitude é tíbia
os defeitos, participativos
a dose é cavalar
os medos, explicitados
dure o céu que for
dure a dor que não se vai
de algum jeito,
que ainda não sei ao certo
o céu brilhará
no reluzir de minha face
o mundo ao meu redor será
no decidir de nossos passos
os rejeitos, radioativos
a pose é óbvia
os trejeitos, descoordenados
dure o céu que for
dure a dor que não se vai
de algum jeito,
que ainda não sei ao certo
o céu brilhará
no reluzir de minha face
o azul reluzirá
no decidir de meus passos
a atitude é tíbia
os defeitos, participativos
a dose é cavalar
os medos, explicitados
dure o céu que for
dure a dor que não se vai
de algum jeito,
que ainda não sei ao certo
o céu brilhará
no reluzir de minha face
o mundo ao meu redor será
no decidir de nossos passos
06 setembro 2012
curitibanas
um quarto vazio
posso pensar
pó e pesar?
-------------
a vida de Davi
engolia a sua
dádiva divina
---------------
nem precisa contagem
sacanagem é ir de 1000 a zero
teu silêncio, meu berro
---------------------
leminski me salva
whisky ou pele alva
acesos num trinque
---------------------
penso, afinal
o começo do fim
é doença terminal?
posso pensar
pó e pesar?
-------------
a vida de Davi
engolia a sua
dádiva divina
---------------
nem precisa contagem
sacanagem é ir de 1000 a zero
teu silêncio, meu berro
---------------------
leminski me salva
whisky ou pele alva
acesos num trinque
---------------------
penso, afinal
o começo do fim
é doença terminal?
se joga!
pro alto, que a vida tá aí
concreta
vê que ela te conserta, poeta
a meta, além muito além
indireta seta, imprecisa esta
ninguém reparará
alguém sobreviverá, incerta rota de ser feliz
movimenta!
interfere!
reinventa, e não estaciona folga
se joga, poeta
se joga!
concreta
vê que ela te conserta, poeta
a meta, além muito além
indireta seta, imprecisa esta
ninguém reparará
alguém sobreviverá, incerta rota de ser feliz
movimenta!
interfere!
reinventa, e não estaciona folga
se joga, poeta
se joga!
02 setembro 2012
pet
precisei reciclar amores
reprocessar dores,
inevitáveis que foram
me plastifiquei, sentimentalmente
me abduzi da própria mente
fora de meu eixo
ah, se deixo, deixo
que isso me leve
me tirará do rumo
do caminho
do sumo,
perfeito escuro.
precisei reencontrar amizades
revigorar dias, noites e tardes,
inevitáveis que desbotam
me reeduquei, emocionalmente
me reconduzi paulatinamente
para o meu eixo
ah, se deixo, deixo
que isso me leve
me levará sem rumo
ao caminho do prumo,
perfeito e puro recomeço.
reprocessar dores,
inevitáveis que foram
me plastifiquei, sentimentalmente
me abduzi da própria mente
fora de meu eixo
ah, se deixo, deixo
que isso me leve
me tirará do rumo
do caminho
do sumo,
perfeito escuro.
precisei reencontrar amizades
revigorar dias, noites e tardes,
inevitáveis que desbotam
me reeduquei, emocionalmente
me reconduzi paulatinamente
para o meu eixo
ah, se deixo, deixo
que isso me leve
me levará sem rumo
ao caminho do prumo,
perfeito e puro recomeço.
macro ondas
setembro entrou
e me mostrou boas novas
desde já...
imediato, sem perder tempo com meias palavras
silêncios, omissões, ou meias culpas
o horizonte está lá
o mesmo
mas sou diferente, graças ao Pai
ao que se foi, e ao que nunca se vai
o ano segue em curso
e eu feito urso, hibernando em mim
nada saudável
reprovável, até
a fé é o que conduzirá à vitória
a glória do mais simples e modesto
e o resto,
deixe que virá!
e me mostrou boas novas
desde já...
imediato, sem perder tempo com meias palavras
silêncios, omissões, ou meias culpas
o horizonte está lá
o mesmo
mas sou diferente, graças ao Pai
ao que se foi, e ao que nunca se vai
o ano segue em curso
e eu feito urso, hibernando em mim
nada saudável
reprovável, até
a fé é o que conduzirá à vitória
a glória do mais simples e modesto
e o resto,
deixe que virá!
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