PRETO
por vezes, tantas vezes
eu duvido do bem que me esforça,
destroça e não traz ninguém.
Se fosse, quem sabe, um troço qualquer!
jogado, tudo bem, aí vá lá...
Mas ela, bela rosa, então vem tão pura,
que me avança, balança e revela o seu melhor
e me faz sujeito passageiro, refém aventureiro do amor.
O amor, este ser ligeiro, galopa frente ao meu pobre coração
sabe como ser perfeito avacalhado,
ator abobalhado da paixão.
ROSA
por segundos, poucos segundos
eu confio no bem que me seduz,
devassa e não traz ninguém.
Se fosse, quem sabe, uma louca qualquer!
largada, tudo bem, aí vá lá...
Mas ele, negra cor, então vem tão seguro,
que me avança, balança e revela o seu melhor
e me faz menina passageira, refém aventureira do amor.
A paixão, esta dor ligeira, abusa de meu pobre coração
sabe como estar perfeita cor alada,
atriz consolidada do amar.