você tenta por vezes se esconder,
aderir ao mundo criminoso,
se isolar da publicidade sobre sua pessoa,
mas ao virar a outra face,
renasce o mesmo à toa!
Caminhos iguais, nada diferentes
respostas formais, nunca contundentes.
você tenta por vezes se esconder,
aderir ao mundo lacrimoso,
se aproveitar da bondade que lhe ressoa,
mas ao virar a mesma face,
renasce a outra pessoa!
(musicas) (C)2009-2023 http://soundcloud.com/mondo-lucca (fotos) (C)Débora Marinho 2mfotografia.contato@gmail.com
27 maio 2010
a outra face
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24 maio 2010
escrevinhando
sinto-te entremeios
entre meus veios
sinto-te por teias
em minhas veias
testas-me com cores
entras em minhas dores
tenta-me com ceras
enceras meus amores
escrevinhas minhas galerias
golfas minhas alegrias
expurgas minhas alergias
folgas minha apatia
executas minha sorte
escutas minhas mortes
expulsas-me de meu lazer
para o pulso de teu belprazer,
de teu gosto devem ser.
entre meus veios
sinto-te por teias
em minhas veias
testas-me com cores
entras em minhas dores
tenta-me com ceras
enceras meus amores
escrevinhas minhas galerias
golfas minhas alegrias
expurgas minhas alergias
folgas minha apatia
executas minha sorte
escutas minhas mortes
expulsas-me de meu lazer
para o pulso de teu belprazer,
de teu gosto devem ser.
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atalho, saída, escotilha, revés
atalho,
quebra-galho,
funcional estalo
saída,
pelo ralo,
de partida.
escotilha mínima,
no caso raro de
que seja lembrada
o revés,
ao invés,
foi só cilada.
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recusa
os anos seguiram,
e, pálido, observei,
que fui o que menos mudou de todos,
dentro de meus pensamentos
renegava e conflitava-me com tudo isso,
porém, ao notar o desdém da pós-balzaquiana,
da platinada sofrida,
e o sorriso da nova aderente à vida a duas,
uma verdade sólida, vi em frente a mim:
muda, rapaz, muda.
e, pálido, observei,
que fui o que menos mudou de todos,
dentro de meus pensamentos
renegava e conflitava-me com tudo isso,
porém, ao notar o desdém da pós-balzaquiana,
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21 maio 2010
Revira Voltas
parece não passar,
parece não voar,
o tempo
parece não querer,
usar do seu mudar,
com os ventos.
pareço não notar,
pareço não visar
o vento.
pareço não querer
usar do meu cantar,
passar o tempo.
pareces não amar,
pareces não sondar,
o quanto
pareço te chamar
usar do meu clamar
por pranto,
usar do meu amar
tanto, tanto.
parece não voar,
o tempo
parece não querer,
usar do seu mudar,
com os ventos.
pareço não notar,
pareço não visar
o vento.
pareço não querer
usar do meu cantar,
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pareces não sondar,
o quanto
pareço te chamar
usar do meu clamar
por pranto,
usar do meu amar
tanto, tanto.
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decepção 2 a zero (chave de ouro das não-resoluções)
compartilhei as minhas mágoas
as nossas treguas nunca vinham
articulei as minhas férias
as nossas flores, definhavam
e reparei em minhas tônicas
as nossas táticas nunca vingam
revigorei as minhas fúrias
as nossas flâmulas, definhavam
equiparei as minhas lágrimas
com tuas lâminas de dores
reajustei as minhas óticas
as nossas fábricas, derrubadas
decepção
dois a zero
fim do ferro
e da ambição
colisão
dos erros,
berros
na escuridão.
as nossas treguas nunca vinham
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as nossas flores, definhavam
e reparei em minhas tônicas
as nossas táticas nunca vingam
revigorei as minhas fúrias
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equiparei as minhas lágrimas
com tuas lâminas de dores
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19 maio 2010
o dia de amanhã
ei, irmão, calma
quem te admira
será teu admirador sempre
quem te inveja, não terá jeito que dê
descuidos não são más-intenções
apelações, sim
destroços são mais partições
descansos, não.
quem te admira
será teu admirador sempre
quem te inveja, não terá jeito que dê
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apelações, sim
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17 maio 2010
UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA
contrariou a parceira, amigo
reforçou o "digo, contradigo"
pisou na bola,
vacilou na escola do "segundo"
percorreu o mundo
em busca de soluções,
mas os soluços, entre opiniões, resistem.
de onde espera tirar forças,
surgem forcas do destino,
desatinos diversos,
inquilinos perversos,
adversidades.
de onde esmurra para descontar aos poucos,
surgem pipocos loucos,
atrativos controversos,
tinos de regresso,
inferioridades.
só lhe resta clamar a Deus, que chame os Bombeiros da Alma,
que leve a Lua Luz da Calma para mentes incisivas,
montes radiotivos,
complexidades.
reforçou o "digo, contradigo"
pisou na bola,
vacilou na escola do "segundo"
percorreu o mundo
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mas os soluços, entre opiniões, resistem.
de onde espera tirar forças,
surgem forcas do destino,
desatinos diversos,
inquilinos perversos,
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surgem pipocos loucos,
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TÁNACARA
tánacara
acurafoi
foiejura
quenaooé
tánacara
tanajura
juretudo
furelogo
acuraera
jaerasim
eradoida
doidafim.
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juretudo
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16 maio 2010
carta de encerramento
pra começo de conversa
não é fim, é viceversa
tanto faz como tanto fez
já perdeu mais uma vez
pra começo de proposta
não é flor, só pura crosta
tanto quis que nunca teve
não voou, só se reteve
no encerramento do fim
sobram as dores, sim
sobram amores que nunca ficaram
muitas prometem, poucas encaram
no enceramento do sim
sobre as rotas de quem
sobre as cotas do sem
novo compromisso.
não é fim, é viceversa
tanto faz como tanto fez
já perdeu mais uma vez
pra começo de proposta
não é flor, só pura crosta
tanto quis que nunca teve
não voou, só se reteve
no encerramento do fim
sobram as dores, sim
sobram amores que nunca ficaram
muitas prometem, poucas encaram
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ATENÇÃO PERDIDA
no ponto de partida
dei a saída,
e não me dei conta da chegada,
ficou atravessada, ali, a minha indecisão.
no ponto de ida,
girei a chave, dei a volta e parti:
na trave!
e não me dei conta do entrave,
ficou estatelado, ali, de prontidão.
dissonante, perde a noção,
inda que tente ter razão,
segue dolente, desatenção.
dei a saída,
e não me dei conta da chegada,
ficou atravessada, ali, a minha indecisão.
no ponto de ida,
girei a chave, dei a volta e parti:
na trave!
e não me dei conta do entrave,
ficou estatelado, ali, de prontidão.
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inda que tente ter razão,
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osciloscópio
Nota: Instrumento que permite detectar e observar oscilações.
Aqui o sinal varia tanto,
deixa-me tonto, devastado
Aqui o final seria torto
deixa-me ao ponto, libertado
Aqui o canal verte pranto,
deixa-me conto, perenizado
Aqui o tonal seria canto,
deixa-me às pontes, gradeadas
Interações,
Oscilações incontáveis,
Opções descartáveis.
Aqui o astral varia tanto,
deixa-me ogro, esquentado
Aqui o final seria torto
deixa-me a postos, torturado
Aqui o canal verte pranto,
deixa-me conto, perenizado
Aqui o virginal seria espanto,
deixa-me aos pratos, esmigalhados.
Aqui o sinal varia tanto,
deixa-me tonto, devastado
Aqui o final seria torto
deixa-me ao ponto, libertado
Aqui o canal verte pranto,
deixa-me conto, perenizado
Aqui o tonal seria canto,
deixa-me às pontes, gradeadas
Interações,
Oscilações incontáveis,
Opções descartáveis.
Aqui o astral varia tanto,
deixa-me ogro, esquentado
Aqui o final seria torto
deixa-me a postos, torturado
Aqui o canal verte pranto,
deixa-me conto, perenizado
Aqui o virginal seria espanto,
deixa-me aos pratos, esmigalhados.
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guia prático de orientação à distância de minhas mãos com as tuas
usuária,
se digo que: prossiga! e paras,
se afirmo que és tudo!
e escancaras,
que não, nunca, jamais serás...
o que está escrito, lerás?
repito, ouvirás?
insisto, saberás!
Não era nada disso.
se digo que: prossiga! e paras,
se afirmo que és tudo!
e escancaras,
que não, nunca, jamais serás...
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Não era nada disso.
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what comes around, goes around (ou o Tratado de Newton)
Sábio foi ele,
maçãs ao céu!
Hoje sou a cesta do teu léu
descontroladamente inconformado....
e sigo de volta ao ciclo de mesmice
que me tirou da chatice
e me pôs no caos
dos maus e dos bons,
sou nada mais do que nada demais.
maçãs ao céu!
Hoje sou a cesta do teu léu
descontroladamente inconformado....
e sigo de volta ao ciclo de mesmice
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sou nada mais do que nada demais.
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oração pra dormir
papai do céu, que velais minha cama
abençoado seja o vosso sono,
venha o nós o travesseiro,
seja feita a vossa vontade,
assim na fronha como na colcha
o sono nosso de cada noite nos venha agora,
perdoai os meus roncos,
assim como perdoamos os mosquitos enxeridos,
e não nos deixeis assaltar a geladeira,
cor de cereja,
assim seja.
abençoado seja o vosso sono,
venha o nós o travesseiro,
seja feita a vossa vontade,
assim na fronha como na colcha
o sono nosso de cada noite nos venha agora,
perdoai os meus roncos,
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APENAS O FIM
é o cúmulo do topo
dos tapas torpes,
das pontas planas e pontiagudas
das escusas agudas,
das justificativas, das feridas
escancaradas
quis até contemporizar
reconhecer minha limitação,
mas eis que surge a revelação:
nunca te quis, caia fora.
dos tapas torpes,
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tens razão!
Foram poucos segundos,
45 talvez
com maior impacto que o da carabina
a menina, declarou-me de vez:
"Não gostei de sua conduta
Não desejo ser puta
Nessa disputa entre quem tem ou não a rez"
"Não desejo ser incomodada
prefiro ficar ali, calada
para me achar ou me perder de vez"
O que posso responder que compense
afinal, a dança decadence
já se iniciou, não vês?
Será a melhor resposta estar quieta,
em vez de se buscar estar mais completa,
entre amigos, resolver os porquês?
Será o melhor caminho estar sozinha,
Nem na sua, nem na minha,
entre intrigas, entregar-se ao não-sei-o-quê?
Deus que guarde tua reclusão
Te dê nova visão,
Te reabilite o sorrir,
Te ajude na missão,
do construir,
nisso, Tens Razão!
45 talvez
com maior impacto que o da carabina
a menina, declarou-me de vez:
"Não gostei de sua conduta
Não desejo ser puta
Nessa disputa entre quem tem ou não a rez"
"Não desejo ser incomodada
prefiro ficar ali, calada
para me achar ou me perder de vez"
O que posso responder que compense
afinal, a dança decadence
já se iniciou, não vês?
Será a melhor resposta estar quieta,
em vez de se buscar estar mais completa,
entre amigos, resolver os porquês?
Será o melhor caminho estar sozinha,
Nem na sua, nem na minha,
entre intrigas, entregar-se ao não-sei-o-quê?
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dores de maio
dizem que é da idade
ciclo natural
felicidade à toa
algo casual
dizem que é do momento
pico eventual
coisinha boba
nada normal
essas cores me acometem
me remetem ao que não me abandona
dores de maio
vão e vem à tona
dizem que é mágico
algo sobrenatural
delirium tragicus
típico intencional
dizem que proporciona
amadurecimento
pena que estaciona
o bom sentimento
ciclo natural
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coisinha boba
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essas cores me acometem
me remetem ao que não me abandona
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09 maio 2010
mais terna
mais terna do que a dor é
a flor, a visão interna
a cor que governa
por tempos infindos
mais esta do que aquela
mais bela do que as telas
que separam idas e vindas
mais terna do que a que a ama
por querer, por devoção extrema
mais pungente que o canto da passarada
revoa, inflama, desenpena
traz alívio e me chama
pela alcunha mais terna
minha terna,
mãe.
a flor, a visão interna
a cor que governa
por tempos infindos
mais esta do que aquela
mais bela do que as telas
que separam idas e vindas
mais terna do que a que a ama
por querer, por devoção extrema
mais pungente que o canto da passarada
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traz alívio e me chama
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minha terna,
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04 maio 2010
poesia é coisa nenhuma
poesia, ora pois!
deixo pra agora
não pra depois
coisa de ser
de escrever
a história de dois
que não sabem
se sabem
ou se querem saber
a oportuna hora
poesia é coisa nenhuma
nada a mais
só desfaz as vidas
em uma,
realidade em coisas irreais
poesia é lousa,
espuma invasora
dos canais
só transforma as dúvidas
em cousa,
urbanidade em bacanais.
deixo pra agora
não pra depois
coisa de ser
de escrever
a história de dois
que não sabem
se sabem
ou se querem saber
a oportuna hora
poesia é coisa nenhuma
nada a mais
só desfaz as vidas
em uma,
realidade em coisas irreais
poesia é lousa,
espuma invasora
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03 maio 2010
precipitados
precipitados são
malucos
molhados
merlins
não são doídos
nem se estrepam
por aí
só erram um pouco
a mira
e esmurram o erro
sem precisão
precipitados querem
loucas
úmidas
magas preta lógicas
não são doidos
nem trepam por aí
por aí
só enterram um tudo
na marra
e esmurram o conteúdo
sem garra
malucos
molhados
merlins
não são doídos
nem se estrepam
por aí
só erram um pouco
a mira
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sem precisão
precipitados querem
loucas
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iminente
é pulsante, pungente
faz gosto ver
incessante,
presente
tem que ter!
é gostoso,
diferente
faz juz de ser
interessante,
contente
tem que ler!
é iminente o estado
basta crer
é iminente o retardo
Não vai acontecer.
faz gosto ver
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tem que ter!
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O ENSINO PERFEITO
mudei a visão do que é ensinar
ensinar é a vontade constante de conversar
de trocar idéias
de se ajudar mutuamente
todos somos professores uns dos outros
ensinar não impõe
me propõe, supõe, bate papo
sem supapo
não tem contrato
se dispõe
se contrapõe
ao impacto
negativo, ao destrato
ensinar é a troca mais prazerosa que existe
é ouvir
e acatar
é sentir
e concordar
é um grande exercício de amor
ensinar nos ensina
que não há sina
no amar ao próximo.
*Gustavo Footloose e Luiz Cláudio Pimentel (República do Pensamento)
ensinar é a vontade constante de conversar
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de se ajudar mutuamente
todos somos professores uns dos outros
ensinar não impõe
me propõe, supõe, bate papo
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não tem contrato
se dispõe
se contrapõe
ao impacto
negativo, ao destrato
ensinar é a troca mais prazerosa que existe
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e acatar
é sentir
e concordar
é um grande exercício de amor
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que não há sina
no amar ao próximo.
*Gustavo Footloose e Luiz Cláudio Pimentel (República do Pensamento)
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02 maio 2010
velha rotina espelho
velha rotina espelho
cela cafetina zelo
descuidado
velho desatino parelho
tela parafina pelo
escaldado
velho destino apelo
velho clandestino
conselho
que não vou seguir
velho destino fedelho
velho clandestino
ferro-velho
que está em mim
cela cafetina zelo
descuidado
velho desatino parelho
tela parafina pelo
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conselho
que não vou seguir
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ferro-velho
que está em mim
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hipocrisia
os sorrisos já não bastam
as vitrines se espalham, assim
cores, notas, dores mortas
velhas novidades, estopim
hipocrisia
o que decora o jardim
o que escora o marfim
de vidro
o que soterra o jasmim
o que reforça o meu
indivíduo
eu colaborei pra isso
eu colaborei pra isso
ser assim
os amigos já não prestam
os vizinhos se estranham, sim
flores, pautas, furores comportas
centelhas brevidades, estopim
hipocrisia
o que implode o capim
o que borra o bom fim
do passo
o que censura serafins
o que implora por fins
fracasso.
as vitrines se espalham, assim
cores, notas, dores mortas
velhas novidades, estopim
hipocrisia
o que decora o jardim
o que escora o marfim
de vidro
o que soterra o jasmim
o que reforça o meu
indivíduo
eu colaborei pra isso
eu colaborei pra isso
ser assim
os amigos já não prestam
os vizinhos se estranham, sim
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